Já comprada, Covaxin ainda não foi aprovada para o Brasil

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Covaxin – Com poucos acordos com farmacêuticas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19, o Brasil continua em busca de outros fabricantes que possam nos vender imunizantes – além da Sinovac, que faz a CoronaVac, e da AstraZeneca, que desenvolveu a Covishield em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tinha um encontro com a Precisa Medicamentos, responsável pela vacina indiana Covaxin no Brasil. Só que a reunião foi adiada. Segundo a agência, o primeiro encontro com o representante brasileiro vai servir para que os técnicos analisem se há dados suficientes para fazer o pedido.

O objetivo da Precisa Medicamentos é pedir autorização para o uso emergencial da fórmula no país. A empresa chegou a anunciar que a requisição para uso emergencial já havia sido protocolada na Anvisa, mas foi desmentida pela agência. Agora, o encontro entre os interessados está previsto para terça-feira que vem (16).

Vacina indiana já foi comprada pelo ministério da Saúde, mas seu uso emergencial ainda não está aprovado pela Anvisa. Foto: Bharat Biotech/Divulgação Campanha de vacinação

Esse atraso atrapalha o cronograma do Programa Nacional de Imunização (PNI), do ministério da Saúde. O órgão já assinou contrato para comprar 20 milhões de doses do imunizante indiano, embora a fórmula não tenha sido testada em voluntários brasileiros nem sua importação tenha sido aprovada pela Anvisa.

Quem também está de olho na vacina do laboratório Bharat Biotech são as clínicas particulares brasileiras. Esses estabelecimentos já negociam a importação de unidades do imunizante para vendê-las no Brasil – se essa venda for liberada, inicialmente será destinada a grupos prioritários, conforme lista estabelecida pelo PNI.

Enquanto isso, o Brasil registrou até terça-feira (9) 11.122.429 infectados pela doença no país. Nas últimas 24 horas, foram registrados 70.764 novos casos e 1.972 mortes por Covid-19, de acordo com dados do ministério da Saúde. Até o momento, 8.654.186 pessoas receberam a primeira dose de vacinas contra a doença e 2.937.938 a segunda no país. Em todo o mundo, 312 milhões de doses de imunizantes contra Covid-19 já foram aplicadas.

Fonte: Olhar Digital

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Imunização contra a Covid-19 terá de ser periódica

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Imunização – O Brasil começou a campanha de vacinação contra a Covid-19 em janeiro deste ano com a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac. Depois, foram adicionadas unidades da Covishield, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

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Agora, quase dois meses depois de iniciada a vacinação no país, a CoronaVac segue como a mais utilizada por aqui: representa mais de 80% das doses distribuídas. ‘A nossa vacina é a única, atualmente, usada em grande volume no país’, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Além desses dois imunizantes, ambos liberados para uso emergencial, o ministério da Saúde diz que o Brasil deve receber em breve doses da vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech. Ela é a única, até o momento, a ter registro definitivo emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Governo Federal anunciou também a intenção de comprar unidades da Covaxin, produzida pelo laboratório Bharat Biotech, na Índia. Por enquanto, entretanto, o uso emergencial do imunizante ainda não foi aprovado pela Anvisa.

Segundo Covas, o Instituto Butatan opera em capacidade máxima e tem até reprogramado a fabricação de imunizantes contra outras doenças para priorizar a produção da CoronaVac. ‘Já fizemos um primeiro esforço e, com isso, nos planejamos para entregar 22 milhões de doses no fim de março, quando a previsão inicial era de pouco menos de 18 milhões’, diz.

A partir de abril, a instituição deve entrar na segunda etapa de fornecimento da CoronaVac. Isso deve aumentar a quantidade de doses entregues mensalmente, mas o instituto ainda depende do fluxo de chegada de matéria-prima para que a previsão se concretize.

Vacinação contra a Covid-19 com CoronaVac precisará ser feita periodicamente, afirma Dimas Covas. Créditos: Seda Yalova/Shutterstock Imunização e mutações

O Brasil enfrenta atualmente mais uma onda da pandemia do novo coronavírus, com recordes diários de mortes e surgimento de variantes. Há, inclusive, a preocupação de que o país se torne um celeiro de mutações, o que agravaria ainda mais a situação da crise sanitária em todo o mundo.

O debate sobre a eficácia da imunização contra a Covid-19 com as vacinas já existentes aumenta cada vez mais. ‘Observando a evolução da pandemia já sabemos que aparecerão outras variantes e, na minha opinião, o vírus será endêmico’, diz Covas. ‘Com tudo isso em mente, resta saber qual o tempo de duração da imunização conferida pela vacina. Tudo indica que ela será inferior a um ano e a vacinação periódica será necessária.’

Covas afirma que é preciso vacinar um número maior de pessoas para ser possível analisar a real eficácia da CoronaVac em relação às variantes. Com base no que tem de informação no momento, Covas acredita que, possivelmente, o imunizante tenha de ser atualizado para continuar a imunização contra a Covid-19.

Fonte: Olhar Digital

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Explosão de casos de Covid-19 leva a nova crise de anestésicos na pandemia

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Covid

A explosão de casos do novo Coronavírus (Covid-19) em todo o país coloca o sistema de saúde novamente em uma crise no fornecimento de anestésicos. O consumo médio diário desse tipo de medicamento no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) já é 227,96% maior nos oito primeiros dias de março, comparado a média diária de fevereiro.

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O consumo de oito dias está prestes a bater todo o consumo do mês de fevereiro. Já foram consumidas até esta segunda-feira, 08, 3.795 ampolas contra as 4.050 ampolas utilizadas em todo o mês de fevereiro.

Os anestésicos (bloqueadores neuromusculares e sedativos) são essenciais para a intubação dos pacientes. Com o aumento de internações em nível nacional, o produto está sendo racionado pelos fornecedores como forma de atender a todos os pedidos, afirma o farmacêutico responsável técnico e coordenador de suprimentos da casa de saúde, Cássio Severo.

No caso do HSSM, o estoque de dois fármacos desse tipo de medicação é de um dia. ‘Não se trata de falta de dinheiro, mas de disponibilidade do produto. Utilizamos uma plataforma de compras, a maior do Brasil, e todos os dias colocamos ali o total de itens que necessitamos, mas na maioria das vezes não há quantidade suficiente. O fornecedor manda o que consegue e no dia seguinte temos que colocar novamente no sistema’, explica.

A média diária de consumo de anticoagulantes também está maior em março. O aumento é de 64,38%, passando de 39,39 ampolas por dia em fevereiro (total de 1.103) para 64,75 ampolas por dia em março (total 518). De acordo com Severo, um dos medicamentos dessa classe já está em falta no mercado desde esta terça-feira, 09.

O momento é de apreensão. ‘É desafiador lidar com essa situação, na incansável luta de garantir o ressuprimento de insumos, com custos elevadíssimos, e o aumento exorbitante da demanda. Além disso tem a gestão de equipe, que está trabalhando além de seus limites para auxiliar, no que for preciso, para garantir o atendimento adequado dos pacientes’, desabafa.

DE NOVO

A primeira crise de anestésicos utilizados no tratamento da Covid-19 ocorreu em agosto de 2020. Um levantamento realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) analisou dados de compra e consumo em mais de 1,5 mil estabelecimentos de saúde. De acordo com o levantamento, a demanda por sedativos e anestésicos durante a pandemia já era tão alta na época que, no período de 30 dias, equivaleu ao consumo dessas substâncias durante todo o ano de 2019.

Fonte: Olá Jornal

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Procuradoria-Geral da República diz ao Supremo que apura se Bolsonaro e o ministro da Saúde indicaram remédio contra o coronavírus

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou nesta quarta-feira (10) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o órgão tem em aberto apurações preliminares que analisam as condutas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação ao uso de medicamentos contra a Covid-19.

Aras enviou a informação ao se manifestar em uma ação apresentada pelo PDT, que acusou o presidente de usar o aparato do governo para produzir e distribuir as substâncias, transformando a circulação dos medicamentos em uma política de governo. A ministra Rosa Weber é a relatora do caso.

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Bolsonaro costuma defender o uso da cloroquina contra a Covid-19. No ano passado, o Ministério da Saúde, sob a gestão de Pazuello, recomendou aos médicos que receitem a cloroquina. Contudo, não há comprovação científica de que o remédio tenha eficácia contra a doença.

Em janeiro deste ano, ao analisar o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, Meiruze Freitas, diretora da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ressaltou que não há tratamento para prevenir a Covid-19.

‘Até o momento não contamos com alternativa terapêutica aprovada para prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus. Assim, compete a cada um de nós, instituições públicas e privadas, sociedade civil e organizada, cidadão, cada um na sua esfera de atuação tomarmos todas as medidas ao nosso alcance para no menor tempo possível diminuir o impacto sobre a vida do nosso País’, declarou Meiruze na ocasião.

A manifestação da PGR

O procedimento adotado pela ministra Rosa Weber, de enviar ao Ministério Público as notícias-crime que chegam ao tribunal, é uma praxe do STF.

Isto ocorre porque, pela Constituição, como cabe ao MP fazer uma acusação formal na Justiça no âmbito penal, também é da instituição a função avaliar se é o caso de pedir a abertura de apurações desta natureza. Na manifestação enviada ao STF, Augusto Aras informou que há uma apuração preliminar em relação a Bolsonaro e duas em relação a Pazuello.

‘Os fatos narrados pelo noticiante já são de conhecimento da Procuradoria-Geral da República’, informou Aras. ‘Caso surjam indícios mais robustos da possível prática de ilícitos pelo requerido, serão adotadas as medidas cabíveis’, completou.

Fonte:  

Covid-19: Moderna confirma 13 milhões de doses da vacina para o Brasil

Em reunião com o Ministério da Saúde na última sexta-feira (5), a farmacêutica Moderna confirmou que poderá ofertar ao Brasil 13 milhões de doses de vacina contra covid-19 em 2021. Também foi discutido o cronograma de entrega dos imunizantes.

Veja também: Chega de mimimi: vamos para cima do vírus, e não zombar dele

A promessa da companhia é garantir 1 milhão de doses até julho, e iguais quantias nos meses de agosto e setembro. Entre outubro e dezembro seriam disponibilizados os 10 milhões de doses restantes.

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Em comunicado do ministério após o encontro, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, declarou que a posição apresentada pela empresa deu “segurança” para avançar na negociação e na assinatura do contrato.

De acordo com o secretário executivo, a negociação entrará agora na fase final. A minuta do contrato deverá ser elaborada para que o termo possa ser assinado pelas duas partes, concretizando a aquisição.

Franco lembrou que para a aplicação da vacina e o pagamento pelas doses é preciso que a vacina obtenha a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: O Progresso

Chega de mimimi: vamos para cima do vírus, e não zombar dele

Vírus

A pandemia tem caminhado para números assombrosos no mundo todo e, neste momento, recaem todas as atenções em nós brasileiros. Vivemos um número de óbitos diários que chega a quase 2 mil por dia, e aumentando de modo exponencial.

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Março e abril serão meses duros no controle do avanço da pandemia. Explicação plausível recaindo para a circulação das variantes, sobretudo a P1, de Manaus, que tem se mostrado mais transmissível, mas não necessariamente mais letal.

O tempo irá nos dar esta resposta. O que temos observado com certa frequência é um maior contingente de jovens sendo internados; com maior duração no tempo de internamento, sobretudo, nas unidades de terapia intensiva.

Aqui, o grande problema: o estrangulamento do serviço público e privado porque leva ao esgotamento da capacidade. Em alguns locais estamos a passar pela ‘escolha de Sofia’. Quem faz uso de respirador ou não pela falta de leitos? Essa decisão leva até a quadros depressivos de médicos e outros profissionais da área da saúde.

Chega de mimimi: vamos para cima do vírus, e não zombar dele

A abertura de novos espaços para funcionarem como UTI é bem-vinda e necessária neste momento. Porém, devemos refletir que podem faltar profissionais capacitados para esta função. Certo ou errado, estamos em uma guerra e jogamos com todas as fichas que dispomos. Chega de mimimi!!!

Vamos para cima do vírus e não zombar dele. Para isso, precisamos intensificar o processo de vacinação no Brasil. Estamos em passos de tartaruga quando comparados a outros países. Já vimos que ninguém virou jacaré. Vacinação é segura e eficaz, como quaisquer vacinas disponíveis no mercado mundial. Infelizmente ainda não alcançamos 5% da população imunizada. A demora da matéria-prima em chegar ao solo nacional tem contribuído negativamente, apesar de todos os esforços do governo.

Com segurança, posso afirmar: se tivéssemos as vacinas prontas por aqui, já teríamos imunizado muito mais e com facilidade, pela expertise do programa nacional de imunização. Se não fosse tanto ‘mimimi’, já poderíamos ter outras plataformas vacinais à disposição e, assim, definir em cada local a melhor opção.

Triste constatação: não temos. Creio estarmos longe deste fato realmente ocorrer, apesar de informações sobre contratos com todas as farmacêuticas. Quando será? De que modo? Já teremos mais variantes? Serão efetivas? Quais? Difícil responder.

Estamos ainda aprendendo com a covid-19. Um fato que tem revelado esta dificuldade do conhecimento recai sobre a avaliação da resposta vacinal. A comunidade médica e a própria população gostariam de ter resposta mais assertiva. Alguns testes já estão disponíveis no mercado, como a pesquisa da Imunoglobulina anti-S, o anti-RBD e a dosagem dos anticorpos neutralizantes.

Ainda não é consenso que estes testes tenham aplicabilidade clínica e possam realmente definir se o indivíduo está imune ou não. Há muito debate entre especialistas, e não se chega a uma consenso até agora. Devemos verificar, ainda, o custo financeiro final que isto trará.

Não sabemos também por quanto tempo a vacina irá configurar de proteção. Muitas incertezas. ‘Chega de mimimi’ também no campo farmacológico. Insistem ainda em afirmar que a ivermectina é a droga da salvação. Não é.

Mas é preciso dizer aqui. Já passamos por tantas outras e a ciência venceu. Vamos vencer de novo, apesar de os grupos de mensagens fazerem verdadeiras apologias. Até parece disputa futebolística.

Artigo recente do Journal of the American Medical Association (Jama) aponta não existir benefício clínico, colocando uma pá de cal para este fármaco. E, diga-se de passagem, que o próprio laboratório farmacêutico detentor da patente há meses vem afirmando não ser efetivo para covid-19.

Estes dias soubemos da visita da comitiva brasileira a Israel. Projetos futuros no campo médico. Será efetivo o spray nasal, motivo desta viagem? O que posso dizer é que o número avaliado de casos é muito baixo e sem poder estatístico. Mas vamos torcer para que seja uma nova possibilidade. Quero chamar a atenção que nenhum médico especialista esteja na comitiva para poder discutir mais a fundo esta vertente. Assim, ficamos apreensivos e sem informações científicas adequadas.

Em termos de avanços, nestes últimos dia foi uma atualização feita pelo Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH) em suas diretrizes, recomendando o uso do tocilizumabe (imunobiológico) associado a corticoide (dexametasona) em certos pacientes hospitalizados e que estejam internados em UTI. Esquema terapêutico apenas em sistema de alta gravidade de doença e que existem indícios que se possa beneficiar os pacientes nesta fase de doença. Caminhamos ainda devagar. Muito aprendizado em todas as situações clínicas. Chega de ‘mimimi’!!!

Vírus

Fonte: MSN Brasil

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O Brasil caminha para a estagflação?

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A combinação de estagnação econômica, desemprego elevado e inflação alta não é usual. A inflação é um fenômeno muito mais comum em economias com excesso de demanda do que um evento típico de economias fracas. A estagflação é uma anomalia, em geral, decorrente de políticas governamentais que interrompem o funcionamento normal do mercado.

Está cada vez mais evidente que as políticas públicas adotadas no combate à crise sanitária e seus impactos econômicos tendem a empurrar o Brasil para a estagflação.

Quando a calamidade sanitária atingiu o Brasil, já enfrentávamos sérias limitações ao crescimento. A pandemia não só escancarou o desequilíbrio estrutural das contas públicas, a baixa produtividade e os entraves ao investimento como também adicionou a esse rol a incapacidade de gestão de riscos.

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A falta de coordenação e governança no enfrentamento da pandemia contribuiu para o elevado grau de contágio do vírus e para repetidos ciclos de abertura e fechamento da economia. O atraso na formulação do programa de imunização tirou do Brasil a vantagem de possuir uma ampla rede de saúde pública que seria capaz de promover a vacinação de forma rápida e eficiente.

A conjunção desses fatores gerou sucessivas prorrogações de uma expansão fiscal sem precedentes, cujos resultados ficaram bem aquém do desejado. Nada surpreendente.

Em momento nenhum nós prezamos pelo bom desenho da política pública, tivemos discernimento para deixar claro quais seriam os objetivos pretendidos, nem fizemos escolhas por instrumentos mais eficazes para tal. Pelo contrário.

Flertamos com o populismo na discussão sobre a limitação dos juros cobrados no cartão de crédito, no socorro aos estados e municípios, na investida de tirar o Bolsa Família do teto de gastos e nas inúmeras tentativas de controle de preços.

Não há motivos para comemorar o fato de que as projeções para o crescimento do PIB deste ano estejam próximas de 3,0%, dada a baixa base de comparação de 2020. Tais previsões refletem nada mais do que a expectativa de que a economia encerre o ano em nível inferior ao de dezembro do ano passado.

Na contramão do resto do mundo, novas revisões para baixo nessas estimativas são bastante prováveis -não só em razão das novas medidas de restrição de mobilidade mas principalmente pelo aperto das condições financeiras: alta de juros, desvalorização cambial e ampliação do prêmio de risco do país.

É nesse ambiente que cresce o risco de uma aceleração da inflação ainda mais forte do que a elevação já em curso. Em que pesem os altos preços das commodities e as rupturas nas cadeias produtivas, é a falta de uma âncora fiscal crível que aumenta o nível de transmissão desses choques para os demais preços da economia.

Tal movimento é turbinado pelas taxas de juros extremamente baixas e pelo aumento do risco-país, que impulsionam o processo de desvalorização do câmbio. O movimento da moeda é visto como mais persistente, intensificando demais o grau de repasse para os preços domésticos.

Inflação alta pode parecer pouco usual para uma economia fraca, mas não o é para uma economia extremamente vulnerável.

Infelizmente não resta ao Banco Central outra saída senão tentar conter o risco de a inflação sair do controle a médio prazo. Bem sabemos que, uma vez que o gênio da inflação sai da lâmpada, é difícil domá-lo de volta. As inflações implícitas nos títulos indexados ao IPCA já operam acima de 4,5% para os próximos anos.

É passada a hora de o Banco Central reconhecer que a aceleração da inflação não é um fenômeno temporário, e sim reflexo de um gradual -porém inequívoco- processo de enfraquecimento dos nossos fundamentos macroeconômicos.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/10/raia-drogasil-cresce-dois-digitos-e-supera-r-20-bilhoes-de-receita/ 

Em 2022, a pandemia deixará de ser um problema para diversos países, enquanto para o Brasil a estagnação do crescimento e a alta da inflação levarão a um maior empobrecimento da população. A saída de processos de estagflação exige medidas amplas de ajuste, vontade e apoio político.

A dificuldade enfrentada para passarmos a PEC Emergencial sem grandes modificações no Congresso e a possibilidade de enfrentarmos em 2022 a mesma polarização da eleição passada trazem uma grande dúvida: se tal combinação é factível.

Fonte: Jornal do Comércio

Pfizer pediu pagamento por vacina contra covid-19 livre de impostos e Janssen queria receber US$ 95 milhões mesmo sem aprovação de imunizante

Documentos obtidos pelo jornal O Globo mostram tratativas do governo com laboratórios; Ministério da Saúde não informou se condições permanecem nas atuais negociações

Veja também: Pfizer pediu pagamento por vacina contra covid-19 livre de impostos e Janssen queria receber US$ 95…

Uma versão do memorando de entendimento entre o governo brasileiro e a Pfizer, feita ano passado, previa que a União pagasse todos os impostos relativos à aquisição de vacinas contra Covid-19, de modo que não houvesse prejuízo para a empresa nos US$ 700 milhões que seriam desembolsados pela administração federal. A Janssen, que também negocia imunizantes com o governo, chegou a pedir US$ 95 milhões que não seriam devolvidos em caso de reprovação na Anvisa.

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O GLOBO questionou o Ministério da Saúde se as negaciações com os laboratórios ainda incluem estas exigências, mas a pasta afirmou que não pode se pronunciar, já que os contratos ainda estão em discussão – depois, os documentos se tornarão públicos.

Fonte: Jornal da Ciência

Ypê doa R$ 1 milhão para construção de fábrica de vacinas do Instituto Butantan

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A Ypê vai doar R$ 1 milhão para a construção de uma nova fábrica da vacina contra o novo coronavírus do Instituto Butantan. A doação feita à organização social Comunitas, que atua em parceria com o governo de São Paulo, irá ajudar na ampliação da produção de cerca de 100 milhões de doses da CoronaVac por ano. Além disso, a nova fábrica permitirá que a vacina seja nacional, sem a necessidade de importar a matéria-prima utilizada para no imunizante, o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).

A Coronavac é fruto da parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac. Até agora, 40 empresas já doaram R$ 186,6 milhões para a viabilização da nova fábrica, que está sendo custeada integralmente pela iniciativa privada.

A nova unidade ocupará 7 mil m² e será quase quatro vezes maior que a atual fábrica do Instituto Butantan, que tem 1.880 m². Além da Coronavac, a planta terá tecnologia para produzir também outros imunizantes. A estimativa é de que a unidade esteja pronta em setembro de 2021 e que em dezembro seja capaz de produzir as primeiras doses da vacina para a população.

A Ypê formalizou a doação em reunião com o governador do estado de São Paulo, João Dória, e o presidente da InvestSP, Wilson Mello, em reunião do Comitê Empresarial Solidário e Econômico, neste dia 10 de março.

“A Ypê acredita na união de forças como elemento essencial para o enfrentamento da pandemia. Por isso, nos engajamos em ações que façam a diferença no combate à doença e ajudem de maneira direta e solidária a população brasileira”, afirmou o presidente da Ypê, Waldir Beira Júnior.

A empresa, que sempre teve projetos de apoio à saúde, intensificou ainda mais suas ações solidárias no combate à Covid-19. Desde o início da pandemia, a Ypê já doou R$ 37 milhões em equipamentos hospitalares e itens de limpeza para instituições sociais e comunidades brasileiras, além de participar da construção de usinas de oxigênio no Amazonas. Em produtos da marca foram doados 3,3 milhões de frascos de álcool 70%, cerca de 360 mil produtos da marca e mais de 260 toneladas de sabão em barras.

A organização da sociedade civil Comunitas é a responsável pelo processo de doações, em parceria com a InvestSP, a Fundação e Instituto Butantan e empresas e entidades doadoras.

Até o momento, participam do processo: Amazon, Ambev, Americanas, Astellas, B2W, B3, Ball, Banco Daycoval, Bracell, Bradesco, BRF, BTG Pactual, Boticário, CCR, Comgás, Cosan, Raia/Drogasil, Fundação Casas Bahia, Fundo Social/Itaú, iFood, ISA CTEEP, JBS, Magalu, Mercado Livre, Minerva Foods, Novelis, Península, Rappi, Rede D´Or, Safra, Santander, Sinditêxtil, Sindusfarma, Stone, São Martinho, Vale, Votorantim, XP Investimentos, Ypê e 99 Táxi.

Fonte: Jornal A Tribuna

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/11/pais-podera-ter-7-vacinas-em-uso-veja-a-situacao-de-cada-uma-delas/

Especialista orienta sobre uso seguro do álcool para higienização

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Com a pandemia do coronavírus, o uso do álcool tem sido fundamental como medida complementar para limpeza das mãos, superfícies e objetos. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados com o manuseio do produto. De acordo com a fiscal química da Vigilância Sanitária de Salvador (Visa), Elis Andrade, alguns aspectos devem ser observados no momento da compra do álcool.

‘O primeiro passo é ficar de olho na procedência desse insumo. É necessário verificar a regularidade do produto, observando se o rótulo possui autorização emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permite que o fabricante realize suas atividades. Esse selo assegura a procedência confiável do produto’, afirmou Elis.

Outro item que merece atenção é referente à finalidade do produto. De forma geral, o álcool na concentração de 70% comercializado no mercado é destinado especificamente para limpeza de objetos, ou seja, atuam como saneantes. A utilização deste tipo na pele pode desencadear um processo alérgico.

‘Como o álcool saneante é destinado para limpeza de superfícies, ele pode ter na composição componentes oxidantes e corrosivos. O uso desse produto diretamente na pele pode gerar desde vermelhidão, ressecamento, descamamento dos dedos e coceira até processos alérgicos mais persistentes’, afirmou a fiscal química. Sendo assim, o ideal é a utilização de álcool específico para higienização das mãos.

Fiscalização – Nesta quarta-feira (10), a Vigilância Sanitária intensificará a fiscalização em diversos estabelecimentos da cidade para verificar a qualidade dos tipos de álcool comercializados na cidade. A iniciativa também tem o objetivo de assegurar que produtos clandestinos sejam vendidos na capital.

Fonte: iBahia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/como-escolher-entre-as-marcas-de-alcool-em-gel/alcool-em-gel-3/