Ações do mercado farmacêutico ganham status de “compra”
Bancos indicaram papéis da Hypera e da RD Saúde aos investidores


A carteira dos investidores da bolsa de valores deve passar a contar com mais ações do mercado farmacêutico. Afinal, bancos recomendaram a compra de papéis da Hypera e da RD Saúde. As informações são do Brazil Journal.
Para os analistas, as turbulências que afetaram ambas as companhias já passaram e um “voo de cruzeiro” as aguarda nos próximos meses.Ações do mercado farmacêutico são indicadas por bancos
Bradesco indica papéis da RD Saúde
O Bradesco elevou sua recomendação às ações da RD Saúde para outperform. Apesar de os papéis terem caído 35% do início do ano para cá, na contramão do movimento vivido pelo Ibovespa, o banco afirma que “o pior já passou”.
Mesmo com os resultados fracos no 1° trimestre, os analistas entendem que as revisões para baixo dos lucros já foram precificadas e que as bases mais fracas devem ajudar nos resultados do próximo ano. Outro ponto destacado é que o valuation do papel se tornou atrativo, com o múltiplo P/L num desconto de 44% em relação à média histórica, ou 18x o lucro estimado para 2026.
O banco passou a trabalhar com um preço-alvo de R$ 17, um upside de 20% sobre o fechamento em R$ 14,11 da última terça-feira, dia 17. O valor do grupo de redes de farmácias na Bolsa está na casa dos R$ 24 bilhões.
Itaú eleva Hypera a outperform
Depois de analisar o turnaround em curso na Hypera, o Itaú elevou sua recomendação as ações da farmacêutica para outperform. Diante de feedbacks positivos sobre uma aceleração do sell-out do setor em maio e junho e da conclusão do ajuste de capital de giro no 1° trimestre, os papéis já vêm perfomando e registram uma alta de 56% no ano.
O P/L atual de 9x o lucro estimado para 2026, na visão dos analistas, parece incorporar o risco de formação de estoques nos últimos anos, uma vez que a previsão é de que o faturamento do laboratório continue em alta e a alavancagem em queda. Além disso, há o otimismo ante a possível chegada de genéricos do Ozempic (semaglutida da Novo Nordisk) e Saxenda (liraglutida da mesma farmacêutica) .
Somando esses fatores, o banco estabeleceu um preço-alvo de R$ 35 para os papéis da companhia, indicando uma valorização de 26% sobre o fechamento em R$ 27,80 também registrado no último dia 17. Na bolsa, a empresa vale cerca de R$ 18 bilhões.