A lição de Guilherme Strapasson para faturar R$ 35 mi por mês
Empresário do varejo farmacêutico comanda o Grupo SPN, controlador da rede Unipreço
por Ana Claudia Nagao em
e atualizado em


A trajetória de Guilherme Strapasson, CEO do Grupo SPN, começou em 2007, com uma farmácia simples, poucas prateleiras, uma equipe enxuta e um sonho.
Hoje a companhia engloba nove empresas que atuam em sinergia, dando suporte às operações das Farmácias Unipreço, sua companhia-mãe.
A rede de farmácias paranaense contabiliza faturamento mensal de R$ 35 milhões, provenientes de 60 lojas distribuídas pela cidade de Curitiba (PR), Região Metropolitana, litoral paranaense e Campos Gerais. Com 1.200 colaboradores, o Grupo SPN registra receita anual de R$ 550 milhões.


Ao lado da esposa Priscila Strapasson, o executivo gosta de frisar que ela sempre teve um olhar humano para o negócio, acreditando que a farmácia podia ir muito além do balcão e transformar vidas. “Crescemos juntos como casal, como líderes e como construtores de uma nova cultura no varejo farmacêutico”, ressalta.
Guilherme Strapasson passa de gestor a mentor
O tempo passou e com ele vieram os desafios para Guilherme Strapasson – concorrência acirrada, falta de gestão financeira, dificuldade de escalar e pressão por margem. “Aprendi na prática o que hoje ensino para outros donos de farmácia. Não basta vender bem, é preciso gerir com excelência”, explica.
Para o empresário, a virada aconteceu quando ele percebeu que parou de apagar incêndios e passou a pensar como empresário. “Estudei, errei, testei e fui ajustando processos, pessoas e indicadores. Descobri que a farmácia pode ser um grande negócio, desde que tenha método, cultura forte, um time bem treinado e, principalmente, gestão”, acrescenta.

Como líder do Grupo SPN e das Farmácias Unipreço, o executivo manda um recado importante. “Mesmo gerindo uma empresa, que saltou de R$ 35 mil para R$ 35 milhões de faturamento por mês, continuo visitando lojas, ouvindo a equipe e entendendo o cliente”, enfatiza.
A dica tem fundamento. “Muitos donos de farmácia que têm sucesso no negócio não compartilham o conhecimento, guardam para si, seja por medo ou por ausência de uma cultura colaborativa. Mas eu acredito que há espaço para todos os empresários. Assim como eu aprendi na força do braço, ainda hoje existem muitos gestores vivendo o que chamo de “escravidão de porta aberta”, alerta.
Foi dessa indignação com a falta de informação no varejo que nasceu a NGV – Nova Geração Varejo. “Nossa intenção é garantir que todo empresário alcance uma performance de excelência, por meio de um método voltado ao crescimento sustentável”, afirma Strapasson. O trabalho da NGV consiste em imersões presenciais e mentorias voltadas para donos de varejistas de todo o Brasil.