Brasil retoma produção nacional de insulina após 20 anos
Para adquirir tecnologia, R$ 142 milhões foram investidos, diz Ministério
por César Ferro em
e atualizado em


A produção nacional de insulina foi retomada na última sexta-feira, dia 11, após mais de duas décadas sem fabricação no país. Em cerimônia na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG), foram entregues mais de 200 mil unidades ao Ministério da Saúde. As informações são do Metrópoles.
Para que a manufatura do fármaco pudesse ser retomada, a farmacêutica brasileira uniu forças com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e o laboratório indiano Wockhardt, que transferiu a tecnologia. A iniciativa faz parte do programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).
Os pacientes com diabetes poderão retirar os remédios deste primeiro lote gratuitamente por meio do SUS. Esse lote, segundo a pasta, contém 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH. Atualmente, o sistema oferece esses dois tipos e também duas outras versões análogas, de ação rápida e prolongada.
Após transferência de tecnologia, metade da demanda por insulina será suprida
Com a previsão de produzir cerca de 45 milhões de doses de insulina por ano, após a conclusão da transferência de tecnologia, o Brasil poderá suprir metade de sua demanda pelas versões regular e NPH do medicamento. Para este ano e o próximo, os contratos firmados preveem a entrega de 8 milhões de unidades, entre frascos e canetas.
A PDP recebeu um investimento de R$ 142 milhões e a estimativa do Ministério é de que cerca de 350 mil pessoas com diabetes sejam beneficiadas. “Uma ação como essa garante que, mesmo em momentos de crise, o Brasil tenha segurança no abastecimento de um medicamento essencial”, comenta o ministro Alexandre Padilha.
Ministério da Saúde anunciou nova PDP com a Biomm
Em março deste ano, a pasta também anunciou uma PDP focada na produção nacional da insulina glagina, indicada para o tratamento do diabetes tipo 1 e 2. Com a previsão de fabricação de 20 milhões de frascos, a parceria une a farmacêutica chinesa Gan & Lee, a Biomm e a Fiocruz (Bio-Manguinhos).