Especialistas pedem mais dinamismo na precificação de medicamentos
Tema foi debatido na IV Cúpula Brasileira de Inovação em Saúde
por César Ferro em
e atualizado em


A precificação de medicamentos inovadores foi um dos principais temas da IV Cúpula Brasileira de Inovação em Saúde. Em painel, que reuniu Daniela Marreco, diretora da Anvisa, e Julia Paranhos, coordenadora do grupo de economia da inovação do Instituto de Economia da UFRJ, concluiu-se que esse processo precisa ser mais dinâmico.
“Precisamos de respostas rápidas. Se há demora na definição do preço, há atraso na entrada no mercado”, opina Julia. Já a diretora da Anvisa defendeu a criação de regras de precificação mais ágeis e compatíveis com a dinâmica do setor da saúde. “Antes de estabelecer uma regulação econômica, é essencial garantir o monitoramento constante do mercado, devido à sua complexidade”, destaca.
Precificação de medicamentos: previsibilidade e segurança jurídica são fundamentais
Daniela também acrescentou que a previsibilidade e a segurança jurídica são fundamentais para o mercado farmacêutico. Ela observou que a realidade do setor mudou nos últimos 20 anos e que, por isso, a legislação deve acompanhar essas mudanças.
Julia destacou que é preciso considerar os investimentos realizados pela indústria ao definir um preço justo para essas terapias. “Para definir o preço justo, deve-se levar em conta a construção de capacidades, o avanço em tecnologia e em produção local, ações importantes para nos livrar da dependência externa”, afirma.
Pesquisa clínica foi protagonista do evento
Além do debate sobre precificação, a Cúpula também promoveu uma análise franca e profunda sobre os desafios e avanços da pesquisa clínica no Brasil. O assunto foi tema de uma mesa-redonda mediada por Rosana Mastellaro, diretora técnico-regulatória e de inovação do Sindusfarma.
Com cobertura do Panorama Farmacêutico, o painel contou com a participação de especialistas, representantes da indústria farmacêutica e autoridades regulatórias.