Família Bertolaso triplica faturamento com apoio do associativismo


Com faro para oportunidades e espírito desbravador, a família Bertolaso encontrou no associativismo o impulso que faltava para transformar um pequeno negócio em um empreendimento sólido. Após ingressar na Farmarcas, a família viu o faturamento crescer 300% e hoje detém metade do mercado farmacêutico de Chapadão do Céu (GO).
O ponto de virada veio com a união entre a visão prática e a busca por profissionalização. No 32º episódio da seção Minha História, o filho do meio, Pedro Bertolaso, relembra a trajetória da família, do campo ao varejo farmacêutico, e como o apoio de uma grande rede associativista foi fundamental para o crescimento.
Família Bertolaso começou no campo
Naturais de Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, os Bertolaso se mudaram em 1997 para Chapadão do Céu, no sudoeste de Goiás, a 480 quilômetros de Goiânia e 667 quilômetros de Brasília. Na época, o pai, Marcos de Castro Bertolaso, assumiu a gestão de uma fazenda na região. Acompanhado da esposa, Silvia Regina, e dos filhos Mayra, Pedro e Luís Felipe, ele estabeleceu residência na cidade por cerca de uma década.
A exceção foi Mayra, a filha mais velha, que deixou Chapadão em 2006 rumo a Campo Grande (MS) para cursar farmácia, decisão que, sem saber, mudaria o rumo de toda a família.
Família se divide em dois destinos
Enquanto Mayra seguia na universidade, os demais membros da família se mudaram para Dourados (MS), a cerca de 220 km de distância da Capital. Já formada, ela acumulou experiência em diversas farmácias, até que surgiu a oportunidade de retornar a Chapadão do Céu para trabalhar em uma farmácia local.
“O convite da Mayra para voltarmos coincidiu com a vontade de recomeçar. Foi o que nos reuniu novamente como família”, conta Pedro.
Volta à Chapadão abre novas portas
O retorno aconteceu em 2013, mas, desta vez, o foco não era mais o campo e sim o varejo farmacêutico. Pouco depois de retomar as atividades na cidade, Mayra recebeu a proposta de adquirir o ponto comercial da farmácia onde trabalhava. Apesar do espaço modesto, de apenas 60 m², a loja era tradicional e bem conhecida pelos moradores.
Mesmo sem formação em administração, a família assumiu o desafio. “Foi um começo empírico, mas funcionou. A população já confiava na farmácia”, lembra Pedro. Quatro anos depois, com os bons resultados, decidiram abrir uma segunda unidade em um bairro mais afastado. “Era um ponto fora do centro, o que naturalmente apresentava mais desafios, mas queríamos crescer”, explica.
Empreendedorismo empírico até dá certo …
Em busca de ainda mais expansão, pai e filho insistiram na compra de uma terceira farmácia, desta vez no centro da cidade. “Minha mãe e minha irmã eram contra, mas mesmo assim decidimos seguir. Foi um erro, mas que acabou nos levando até a Farmarcas”, admite Pedro.
A nova unidade não alcançou os resultados esperados e revelou uma fragilidade até então ignorada: a ausência de gestão estruturada. “Tínhamos três farmácias com três nomes diferentes. Nem uma marca própria havíamos criado”, conta.
Foi nesse momento que um parceiro de negócios sugeriu buscar apoio profissional. “Meu pai conhecia um gestor da Ultra Popular na Bahia, que recomendou a Farmarcas como melhor alternativa. Decidimos tentar”, relembra.
Choque de gestão
Em 2021, os Bertolaso ingressaram na Farmarcas, assumindo a bandeira da Ultra Popular em sua matriz. “Queríamos converter a bandeira de nossa terceira unidade, mas os estudos da Farmarcas mostraram que esse não era o melhor caminho”, explica Pedro.
Com o suporte da administradora, os resultados logo apareceram. A terceira unidade foi encerrada e os esforços se concentraram nas duas lojas originais. O desempenho da matriz foi tão expressivo que a própria Farmarcas propôs a conversão da segunda loja. “Não precisaram insistir. Aceitamos na hora”, brinca.
Quatro anos depois, o faturamento cresceu 300% e a família detém 50% do mercado farmacêutico local. Para o empresário, não é necessária uma nova unidade na cidade, mas ele não descarta uma expansão intermunicipal, afinal, o número de farmacêuticos na família está crescendo.
“Hoje, eu, meus pais e meu irmão também estamos cursando farmácia. Com cinco farmacêuticos na família, acho que vamos precisar de mais lojas, né?”, diz aos risos. “O que posso garantir é que, quando abrirmos nossa próxima loja, será com a Farmarcas”, finaliza.
