Apoio à cannabis atinge recorde de 66% entre brasileiros
Levantamento do PoderData mostra crescimento contínuo
da aceitação do uso terapêutico da planta desde 2022
por Ana Claudia Nagao em
por Ana Claudia Nagao em
Dois em cada três brasileiros apoiam a liberação da cannabis para fins medicinais. É o que revela uma nova pesquisa do instituto PoderData, realizada em setembro de 2025, que apontou uma aprovação recorde de 66% da população – o maior índice registrado desde janeiro de 2022. As informações são do Portal Sechat.
O levantamento, que ouviu 2.500 pessoas em 178 municípios de todas as 27 unidades da Federação, também identificou queda na rejeição ao tema. Apenas 26% se declararam contrários, uma redução de cinco pontos percentuais em comparação com o ano anterior.
Avanço consistente no apoio à cannabis
A análise histórica dos dados mostra um avanço consistente no apoio à cannabis medicinal. Em outubro de 2024, 60% eram favoráveis. Já em julho de 2022, o número era de 54%. A rejeição, por outro lado, caiu de 37% em 2022 para os atuais 26%.
Apesar do crescimento na aceitação, a maioria dos brasileiros segue contrária à liberação de todas as drogas. Do total de respondentes, 58% rejeitam a ideia, embora esse índice tenha caído três pontos percentuais em um ano. Apenas 26% se disseram a favor, um aumento de quatro pontos em relação a 2024.
Quem apoia a cannabis medicinal?
O apoio é mais forte entre jovens de 16 a 24 anos (71%), mas também é significativo entre pessoas com 60 anos ou mais (63%). Por escolaridade, o maior índice está entre os que têm ensino fundamental (74%). Entre os que vivem com até dois salários mínimos, 67% apoiam a liberação. No recorte religioso, católicos demonstram maior apoio (68%) do que evangélicos (60%).
Perfil dos entrevistados
A amostra da pesquisa representa de forma equilibrada a população brasileira, com 53% de mulheres e 47% de homens. A faixa etária predominante é de 25 a 44 anos (41%), com maior concentração nas regiões Sudeste (43%) e Nordeste (27%).
No perfil educacional, 44% têm ensino médio e 37% ensino fundamental. Já em relação à renda, 54% vivem em lares com até dois salários mínimos.