Data analytics transforma dados em estratégia para farmácias
Conceito permite aglutinar grande volume de informações
e cria insights que fundamentam decisões no PDV
por César Ferro em
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Muito se fala sobre a decisão baseada em dados. Mas com um volume tão grande de informações geradas diariamente nas farmácias, como entender quais são os indicadores mais estratégicos? É aí que entra o data analytics.
Esse conceito viabiliza a consolidação dos números, a realização de análises e, a partir dos padrões identificados, transforma as informações em insights valiosos para a operação. “Dados soltos não se revertem em algo utilizável. Eles precisam passar por esse refino para revelar os caminhos a seguir”, explica Oscar Ferauche, gerente de produto do Cosmos Pro.
Segundo o especialista, a estratégia pode beneficiar a tomada de decisão em todas as áreas do varejo farmacêutico, mas três em particular são mais impactadas.
Data analytics pode potencializar alguns pilares da farmácia
1º pilar: sortimento
Uma área bastante beneficiada pelo uso de data analytics é o sortimento da loja. Por meio das informações, é possível determinar quais itens são os mais indicados para cada uma das unidades da rede.
“É fundamental conhecer o perfil do público atendido pela farmácia. Faz mais sentido investir em medicamentos genéricos ou de referência? Essa resposta varia de bairro para bairro. Por isso, a decisão deve considerar a realidade de cada ponto de venda”, destaca.
Ele vai além e ressalta que, com indicadores de mercado mais estruturados, é possível identificar quais produtos têm maior saída na região e ajustar a formação do mix de acordo com essas tendências.
2º pilar: precificação
Não basta ter o produto disponível na farmácia sem praticar a precificação correta. “Da mesma forma que o gestor pode consultar quais produtos são mais requisitados na região, ele também pode acompanhar a média de preços aplicados pela concorrência. Com isso, pode-se equilibrar competitividade e rentabilidade, adotando preços mais agressivos apenas nos itens que realmente exigem essa estratégia”, detalha Ferauche.
3º pilar: previsibilidade nas compras
A ruptura ou o excesso de estoque podem abalar toda a operação. No entanto, com informações estruturadas, o gestor consegue antecipar picos de demanda, se preparar para períodos sazonais e identificar oportunidades comerciais. É o caso dos protetores solares, que tradicionalmente registram maior procura no verão. Já no inverno, a queda nas vendas faz com que os custos junto a fabricantes e distribuidores diminuam.
“Com base no histórico de vendas, o gestor pode estimar a demanda e realizar as compras durante a baixa temporada, aproveitando condições comerciais mais vantajosas”, explica o gerente.
Solução automatiza jornada
Mesmo seguindo os parâmetros abaixo, muitos gestores ainda podem se sentir perdidos ao dar os primeiros passos nessa jornada. Um exemplo para apoiar esse processo é a plataforma Cosmos Pro, cuja solução automatiza parte do trabalho.
Com o Gestão na Veia, o empresário tem acesso a dashboards padronizados, elaborados a partir das informações coletadas pelo sistema no dia a dia da farmácia. Esses relatórios contemplam alguns dos principais setores da operação, como vendas, compras, controle de estoque e gestão financeira.
“Esse é o primeiro passo. O empreendedor começa com relatórios padronizados e, à medida que ganha experiência, amplia sua atuação para criar dashboards personalizados, obtendo insights cada vez mais precisos”, finaliza Ferauche.