PGfarma quer chegar a 40 mil CNPJs até 2030
Com foco no associativismo e aposta em inteligência artificial e dados,
grupo mira presença em 40% das empresas do varejo farmacêutico
por César Ferro em
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Após um 2025 acima das expectativas, a PGfarma projeta um crescimento ambicioso para os próximos anos. Até 2030, a plataforma de gestão pretende alcançar 40 mil CNPJs, o equivalente a cerca de 40% das farmácias em operação no país.
O desempenho recente reforça a confiança na meta. “Em janeiro, atendíamos cerca de 3 mil PDVs e tínhamos como objetivo chegar a 6 mil empreendimentos. De lá para cá, mais do que dobramos nossa carteira de clientes. A projeção é totalizar 14 mil CNPJs ainda em 2026”, revela o CEO Davi Borges.
Para quintuplicar o tamanho da operação em menos de cinco anos, a PGfarma aposta em um tripé estratégico baseado em inteligência artificial, associativismo e dados de mercado.
PGfarma lançará dois modelos de IA em janeiro
No início de 2026, a empresa lançará dois modelos de inteligência artificial voltados a públicos distintos. Um deles será direcionado aos profissionais do PDV e o outro atenderá consultores de redes associativistas, com meta de ampliar a produtividade das equipes.
Para a solução destinada ao chão de loja, Borges explica que a ideia é oferecer um assistente virtual integrado ao WhatsApp. Em relação à ferramenta de backoffice para o associativismo, o objetivo é dinamizar as rotinas e processos da rede. “Com esse modelo, o consultor poderá efetivar um plano de ação já com o investimento total previsto. A ideia é que o executivo responsável por 20 lojas passe a ter capacidade para atender 100”, exemplifica.
Um olhar especial para o associativismo (H2)
Apesar de ter sido fundada com um foco maior no gestor independente, a PGfarma faz agora uma guinada estratégica em direção ao associativismo. Para Borges, o principal beneficiado continua sendo o farmacista que atua na ponta.
“O gestor de uma pequena ou média farmácia acumula diversas funções. Mesmo com uma boa ferramenta, muitas vezes faltam tempo e capacitação para utilizá-la plenamente. É aí que entra a rede, que já dispõe de estrutura e suporte para aplicar as soluções com excelência”, destaca o executivo.
Parcerias com institutos de pesquisa fortalecerão oferta de dados
A companhia também ampliou suas parcerias com institutos de pesquisa especializados no varejo farmacêutico. A partir de dados da Close-Up International e da IQVIA, a PGfarma lançará novos painéis em 2026.
Entre as novidades está o Índice de Saúde Operacional do PDV, que permitirá ao gestor comparar sua operação com a de outras 7 mil drogarias. “O painel oferecerá um escore de zero a 100, considerando indicadores como tíquete médio, itens por cesta e lucratividade”, explica Borges. Além da pontuação, o sistema mostrará se o desempenho está acima, abaixo ou na média do setor, fornecendo subsídios estratégicos para melhorias no desempenho.
Conselho externo orienta decisões estratégicas
Para definir prioridades e novos projetos, a PGfarma criou um Conselho Externo formado por lideranças das redes atendidas. “São eles que apontam quais soluções são mais estratégicas e relevantes para suas necessidades”, ressalta o CEO. Segundo Borges, desse grupo partiram as ideias que originaram a ferramenta de análise de mix de produtos e o modelo de IA voltado aos consultores.
PGfarma investiu quase R$ 2 milhões em 2025
Somente em 2025, a empresa investiu cerca de R$ 2 milhões no desenvolvimento de tecnologias e na participação em eventos setoriais em todo o país. “Queremos nos consolidar como um ecossistema de referência em tomada de decisão. Por isso, estivemos presentes em mais de 40 encontros com o mercado durante o ano”, finaliza.