Cannabis medicinal movimenta R$ 250 milhões nas farmácias
Estudo aponta alta de 20,5% nos últimos 12 meses até setembro de 2025
por Ana Claudia Nagao em
por Ana Claudia Nagao em
O mercado de cannabis medicinal nas farmácias movimentou R$ 250 milhões nos últimos 12 meses até setembro de 2025, um avanço de 20,5% em relação ao mesmo período anterior. Os dados são da Close-Up International e foram apresentados durante o Cannabis Connection, realizado em 6 de novembro na capital paulista. O evento teve oPanorama Farmacêutico como mídia parceira.
O levantamento também registrou a venda de 744,4 mil unidades, crescimento de 31,1% na comparação anual. “O setor evolui acima de qualquer outro segmento farmacêutico. Enquanto o varejo de medicamentos como um todo apresenta incremento de 10% a 12% ao ano, a cannabis medicinal tem um histórico de aumento médio de 55,4%”, afirma Filipe Campos, líder de Market Insights da Close-Up International.
Evolução do mercado
(receita em milhões de R$ nos 12 meses até setembro de cada ano)

Grandes redes dominam o mercado de cannabis medicinal
As grandes redes seguem liderando as vendas de cannabis medicinal nas farmácias, com 71,8% de participação e crescimento de 23,3% nos 12 meses até setembro de 2025. Na sequência aparecem as redes associativistas (11,5%), independentes (8,2%), o canal digital (5,9%) e as pequenas e médias redes (2,7%).“A predominância do grande varejo se explica pela maior capilaridade, pelo giro de produtos e pela prioridade estratégica das indústrias no lançamento de novas moléculas”, destaca Campos.
A expansão do mercado nos últimos quatro anos também é significativa. O faturamento passou de R$ 62,92 milhões em 2022 para R$ 250,01 milhões em 2025, alta de 58,4%. O domínio das grandes redes aumentou no período, passando de 64,5% em 2022 para 71,8% em 2025.
São Paulo lidera as vendas por estado
O Estado de São Paulo concentra 27,2% das vendas de cannabis medicinal nas farmácias, seguido por Rio de Janeiro (11,4%) e Minas Gerais (9,8%). Juntos, os três respondem por 48% do total comercializado no país.
Participação por Estado
