Farmarcas alcança R$ 10 bilhões em vendas
Grupo projeta chegar a R$ 17 bilhões até 2030
por César Ferro em e atualizado em
A Farmarcas, organização responsável por 11 redes de drogarias associativistas, atingiu, em novembro, um marco que reposiciona o associativismo no varejo brasileiro: R$ 10 bilhões em vendas acumuladas nos últimos 12 meses. O resultado posiciona o grupo no top 4 do varejo farmacêutico nacional em faturamento, ao lado das gigantes RD Saúde, DPSP e Farmácias Pague Menos.
De acordo com Edison Tamascia, presidente do agrupamento, o resultado reforça a consolidação da rede e projeta o futuro. “É um número de dois dígitos, o que sempre é algo representativo. O crescimento do ano foi bastante positivo, 50% acima do crescimento do mercado, mostrando que as estratégias que estamos adotando estão dando certo”, analisa.
O executivo complementa que a companhia conseguiu avançar na abertura de novas lojas, com previsão anual de 148 inaugurações. “Ao mesmo tempo, fizemos um processo de depuração, retirando cerca de 60 lojas que não estavam performando como o esperado ou não acompanhavam nossa orientação. Isso mostra que estamos crescendo de forma saudável, com critérios claros e foco na performance”, afirma.
Conjunto de movimentos possibilitou avanço
O crescimento da Farmarcas é fruto de um conjunto de movimentos estruturados, que vão desde expansão por novas unidades até mudanças profundas na gestão operacional e comercial das farmácias associadas. Entre os principais pilares que sustentam o resultado, estão:
- Abertura de lojas e captação ativa: A Farmarcas deve fechar 2025 com 1.785 farmácias em operação, demonstrando uma expansão acelerada que combina inaugurações individuais e crescimento de redes inteiras
- Crescimento de vendas nas mesmas lojas: Além da expansão física, o desempenho das unidades já existentes também avançou, reflexo do uso de indicadores de performance, suporte administrativo, marketing estruturado e melhorias de gestão comercial
- Aumento do valor agregado no mix: O tíquete médio das farmácias subiu não apenas pelo reajuste tradicional do preço dos medicamentos, houve também uma mudança relevante no portfólio, impulsionada pela maior participação de dermocosméticos e categorias premium
- Fortalecimento da marca própria: Com participação crescente no mix, a marca própria tornou-se uma alavanca estratégica de margem, fidelização e competitividade.
Farmarcas quer R$ 17 bilhões em vendas até 2030
Apesar de simbólico, o resultado faz parte de um processo maior. A Farmarcas, que completou 13 anos de operação, projeta alcançar R$ 17 bilhões em faturamento até 2030, em um planejamento estratégico baseado no fortalecimento do modelo associativista com gestão profissionalizada.
“O número é importante, mas não é um fim. Ele representa constância, critérios e maturidade de gestão: o passo necessário dentro de um projeto maior”, afirma Ângelo Vieira, diretor de comunicação do agrupamento.
“Uma empresa de 13 anos, faturando R$ 10 bilhões, é um recado para o mercado. Não é modismo e não é acaso. É planejamento, gestão e o poder do associativismo profissional”, conclui Tamascia.