Análise geral sobre o uso do antiviral em pílula contra a COVID-19 e suas variantes

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Nos últimos dias e semanas, notícias calorosas e animadoras sobre a possível eficácia de uma pílula que combate a atuação das variantes da COVID-19 pairaram sobre o mundo e foram divulgadas em inúmeros veículos de comunicação.

Antes de analisar um pouco mais sobre as reportagens realizadas e também analisar de uma maneira mais técnica a eficácia e o desenvolvimento da pílula, é essencial entender qual a importância da pesquisa e do investimento em ciência e tecnologia para casos como este.

A atuação de jovens universitários e pesquisadores em seu primeiro estágio dentro da universidade é essencial para trilhar um possível caminho de atuação destes jovens como futuros cientistas e pesquisadores, sejam da rede pública ou privada.

Portanto, o desenvolvimento e reconhecimento de pesquisas de base, como a iniciação científica é essencial para o surgimento de novos pesquisadores.

Logo, o estudante deve também se atentar a detalhes acadêmicos, como fazer considerações finais no TCC de maneira correta, escolher um tema que possua relevância em sua área de atuação e entender o papel de seu orientador no desenvolvimento de sua pesquisa.

Mas, de qualquer forma, como exatamente se deu a eficácia do remédio contra a COVID-19? Como foi realizada esta pesquisa e desenvolvido este medicamento?

O anúncio da farmacêutica Merck Sharp and DohmeMerck Sharp and Dohme

Também conhecida como farmacêutica MSD, ou MRCK 34, a Merck Sharp and Dohme é uma empresa farmacêutica, química e biológica, sendo a mais antiga de todo o mundo na área.

A MSD foi fundada no ano de 1668 por Friedrich Jacob Merck e, ao longo dos séculos, foi se tornando uma das maiores empresas farmacêuticas de todo o mundo e também uma das mais respeitadas e tradicionais.

Nesta última sexta-feira, dia primeiro de outubro, a MSD realizou um anúncio que chocou o mundo da medicina e da farmácia: os resultados de seus testes clínicos para seu novo remédio anti-covid-19.

De acordo com a gigante farmacêutica, os resultados para seu novo medicamento, Molnupiravir, foram positivos, de maneira que o medicamento pode reduzir em até 50% o risco de internações, hospitalizações e óbitos por COVID-19.

Caso tenha eficácia comprovada em todas as suas fases de teste, o Molnupiravir será o primeiro medicamento eficaz desenvolvido especificamente contra a COVID-19.

O que é o Molnupiravir? Qual seu efeito?

 

Molnupiravir

Segundo a epidemiologista responsável pelo desenvolvimento do Molnupiravir, ele era um medicamento que estava sendo desenvolvido, originalmente, para tratar a gripe comum.

A atuação desta droga no organismo, ainda segundo a epidemiologista, é capaz de interromper a ação de enzimas responsáveis pelo processo de replicação do Sars-CoV-2, o vírus responsável por causar a COVID-19.

Ou seja, de maneira simples, o Molnupiravir é capaz de interromper o processo de multiplicação do vírus causador da COVID-19.

Isso é essencial, pois diversos estudos apontam para a alta carga viral como principal causa de casos clínicos graves, hospitalizações e óbitos.

O estudo de eficácia do Molnupiravir foi realizado em cerca de 770 adultos portadores da COVID-19 leve, moderada e de maior risco devido à comorbidades.

Os resultados do estudo são animadores, onde apenas 7.3% dos pacientes que receberam o medicamento apresentaram um quadro grave ou óbito após um mês. Dentre o grupo que não recebeu o remédio, este número foi o dobro, praticamente, totalizando 14.1%.

O que representa uma queda de cerca de 50% de casos de hospitalização devido à comorbidades ou óbito.

Cautelas e cuidados necessários

 

Cautelas e cuidados

Apesar dos resultados extremamente animadores em relação a eficácia do Molnupiravir, os cientistas alertam para a necessidade  de divulgação de todos os dados de todas as etapas da análise e não apenas do período de divulgação de testes, como até agora foi realizado.

Isso permitiria que a comunidade científica realizasse mais análises e estudos que colocassem a eficácia deste medicamento à prova.

Por exemplo, atualmente, ainda não foi divulgado se o estudo foi realizado entre pacientes vacinados ou não-vacinados, o que pode representar um grande viés no resultado final.

Contudo, o desenvolvimento e produção do Molnupiravir são indícios promissores do final da pandemia. Apesar de necessitar de mais estudos e revisões, este medicamento se mostra promissor para o combate dos casos graves de COVID-19 em todo o mundo.

Fonte: TOSSOX HOLDINGS


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