Anvisa acelera análise de 20 canetas emagrecedoras
Agência prevê ainda para 2025 decisão sobre pedidos da EMS, Megalabs e Momenta
por César Ferro em
e atualizado em
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A Anvisa vai acelerar a análise de 20 canetas emagrecedoras à base de liraglutida e semaglutida. Os princípios ativos ganharam destaque por seu uso em medicamentos como Saxenda e Ozempic, ambos fabricados pela Novo Nordisk. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo a autarquia, pedidos como os da EMS, Megalabs e Momenta terão uma resposta ainda em 2025, seja para aprovação, solicitação de novas informações ou rejeição do processo. Outros laboratórios também ganharam prioridade:
- Biomm
- Cristália
- Libbs
- Aspen
- Aché
- Althaia
- Farma Vision
- Ranbaxy
- Cosmed
- Brainfarma
- Dr. Reddy’s
- Sun
- Cipla
A publicação teve acesso à lista de produtos por meio da Lei de Acesso à Informação. A expectativa da Anvisa é se manifestar sobre 14 canetas em 2026 e outras 3 em 2027.
Prioridade a canetas emagrecedoras é pedido do Ministério da Saúde
A medida atende a um pedido do Ministério da Saúde. A pasta tem como objetivo promover a fabricação nacional desses medicamentos, com a intenção de ampliar o acesso a essas terapias.
Integrantes do governo também afirmam que o plano contempla a chegada dessas canetas ao SUS. Uma das frentes nesse sentido é a parceria entre a EMS e a Fiocruz para a transferência de tecnologia.
Entidade se dividem sobre prioridade
O plano de acelerar a avaliação de análogos de GLP-1 não foi bem recebido por entidades como a Interfarma e o Sindusfarma. Ambas apontam o risco de insegurança jurídica e de atraso na avaliação de outras terapias consideradas de maior relevância.
A PróGenéricos, por sua vez, defende a priorização. Para a entidade, o aumento exponencial na procura caracteriza uma razão “excepcional de interesse público”.
Dose maior de semaglutida também está em análise
No fim de novembro, a Novo Nordisk submeteu à Anvisa o pedido de aprovação para a venda do Wegovy 7,2 mg. O medicamento, que conta com uma dose maior de semaglutida, é indicado para o tratamento da obesidade.
A formulação é a dose mais alta já proposta para o remédio. A nova apresentação é três vezes mais concentrada que o limite de 2,4 mg aprovado em diversos países. Ainda não há uma previsão para a agência concluir a avaliação.