Ter uma boa gestão do lucro continua a ser um obstáculo quase intransponível para as farmácias brasileiras. Sem o devido planejamento financeiro e tributário, as empresas do setor sustentam a velha prática de apurar esse indicador somente no fim do mês.
“Existe um livro chamado Lucro Primeiro, de Mike Michalowicz, que traz aconselhamentos relevantes para posicionar esse indicador no começo da equação”, avalia Marcus Cordeiro, fundador e CVO da Farmacon.
“Sempre aprendemos que a lucratividade vem depois dos custos, das despesas e dos impostos. Mas se invertêssemos essa lógica como exercício? Não é sobre mágica financeira. É sobre mentalidade. Sobre escolher tratar o lucro como prioridade, não como sobra”, ressalta.
Dicas para tratar a gestão do lucro como prioridade
Na jornada para viabilizar uma boa gestão de custos, a contabilidade pode ir além de um centro de custos ou um gerador de guias. Um planejamento especializado pode ajudar a farmácia a otimizar essa tarefa com ações simples.
- Escolha do regime tributário mais adequado – Muitas farmácias seguem anos no mesmo modelo sem avaliar se outro regime não seria mais vantajoso para o momento do negócio
- Revisão de classificação fiscal de produtos – Medicamentos e itens de perfumaria podem ter tributações diferentes. Erros nesse segmento custam caro
- Aproveitamento correto de créditos fiscais – PIS, COFINS e ICMS muitas vezes são pagos a mais por falta de controle ou orientação
- Gestão tributária em expansão – Ao abrir uma nova loja, um bom planejamento pode evitar aumento proporcional da carga tributária
Esses são apenas alguns exemplos. “Quando a contabilidade olha para o lucro com o mesmo foco que o empresário, ela deixa de ser um “mal necessário” e torna-se parte da estratégia da companhia”, afirma Cordeiro.