AstraZeneca e Pfizer renovam parceria com foco em câncer de pulmão
Farmacêuticas tem parceria para democratizar acesso ao diagnóstico há seis anos
por César Ferro em
e atualizado em


O programa Lung Mapping, que reúne as farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer, chega à sua sexta edição. A iniciativa tem como objetivo fomentar e ampliar o acesso ao diagnóstico molecular do câncer de pulmão de não pequenas células (CNPC) nos sistemas público e privado de saúde.
A parceira tem como foco especial os pacientes com tumores do subtipo não escamoso, em estágio avançado ou metastático, que não tenham participado previamente de programas de testagem. A identificação de subtipos específicos dos tumores de pulmão, investigando a possível existência de mutações específicas associadas à doença, é fundamental para definir o tratamento mais adequado.
Por meio do trabalho conjunto, os laboratórios oferecem exames para detectar o perfil molecular do tumor, por meio de painel genético. A joint venture de Fleury com o Hospital Israelita Albert Einstein é a responsável pela realização dessas análises.
“Temos a convicção de que um diagnóstico assertivo, por meio da testagem molecular, pode transformar o futuro dos pacientes, sendo crucial para melhor definição de tratamento”, comenta a diretora médica executiva da companhia anglo-sueca, Karina Fontão.
AstraZeneca e Pfizer lançaram programa em 2019
Disponível para pacientes nas diferentes regiões do Brasil, o consórcio já beneficiou milhares de pessoas de 2019 para cá. Por meios dos sistemas Programa ID (AstraZeneca) e Cuidar Mais Diagnóstico de Precisão (Pfizer), os oncologistas podem solicitar a realização do teste genético.
Câncer de pulmão é o que mais mata no mundo
Responsável pela maior taxa de mortalidade relativa à doença entre homens e mulheres, o câncer de pulmão é um grande desafio para a saúde pública. Falando de Brasil, para o triênio entre 2023 e 2025, são esperados mais de 90 mil novos casos de neoplasia.
Como a grande parte desses casos é diagnosticado tardiamente, a taxa de sobrevida desses pacientes em cinco anos é de apenas de 18%. Quando esses tumores são identificados em estágio inicial, a sobrevida no mesmo período, sobre para 56%. O problema é que só 16% dos casos são identificados neste estágio.
“Por isso, a Pfizer está comprometida com o programa que promove a testagem molecular desses tumores, enquanto continua a avançar na pesquisa e desenvolvimento de inovações que melhorem o prognóstico do paciente”, completa a diretora médica executiva da farmacêutica norte-americana, Adriana Ribeiro.