Biolab traz ao Brasil tecnologia para controle da hipertensão
Farmacêutica firmou parceria com o laboratório George Medicines, do Reino Unido
por César Ferro em
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A Biolab traz ao Brasil uma tecnologia inovadora para o controle da hipertensão, ao firmar um acordo exclusivo de licenciamento e comercialização do GMRx2. O medicamento é uma combinação contendo três princípios ativos – a telmisartana, o amlodipino e a indapamida.
O remédio é o primeiro com essa combinação e pertence à George Medicines, empresa de biotecnologia sediada em Londres, no Reino Unido. Após aprovação da Anvisa, o fármaco deverá ser integrado ao portfólio de cardiologia do laboratório brasileiro.
“A parceria com a biofarmacêutica George Medicines reforça a atuação estratégica da Biolab no segmento cardiovascular. O medicamento, que será submetido à aprovação regulatória no Brasil, representa uma inovação importante no tratamento da hipertensão”, afirma Fabio Amorosino, CEO da Biolab.
“Esta parceria no Brasil reforça ainda mais nossa estratégia comercial global para o GMRx2. Por meio da parceria com a Biolab, temos a oportunidade de avançar significativamente na atenção cardiovascular no Brasil”, comenta Mark Mallon, CEO da George Medicines.
GMRx2 facilita controle da hipertensão
Estudos e diretrizes nacionais e internacionais destacam que a maioria dos pacientes com hipertensão arterial precisam de dois ou mais medicamentos para o controle adequado do quadro. O GMRx2 oferece eficácia e praticidade aos pacientes, já que é uma combinação tripla em um único comprimido.
Segundo artigo publicado na revista The Lancet, o medicamento proporcionou melhorias clinicamente significativas na redução da pressão arterial em comparação com combinações duplas e foi bem tolerado. A pesquisa envolveu 1,3 mil participantes.
Ao reunir os três princípios ativos em uma única pílula, o remédio melhora a adesão ao tratamento, pois simplifica a rotina do paciente. Além disso, suas doses mais baixas oferecem menos efeitos colaterais, mantendo a mesma eficácia clínica que o tratamento feito com os mesmos medicamentos em doses separadas e mais altas, garantindo segurança sem comprometer os resultados.
Farmacêutica quer faturar R$ 5 bi com nova fábrica
Em paralelo, a Biolab quer chegar a um faturamento de R$ 5 bilhões em 2027, impulsionado por sua nova fábrica. A expectativa da farmacêutica é mais que dobrar sua produção atual com o novo parque. Atualmente, o laboratório tem uma receita de R$ 3,2 bilhões.