Brasil pode economizar até R$ 6,1 bilhões com PDP da Bahiafarma
Parceria visa produção nacional de fármaco utilizado no tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN)
por Gabriel Noronha em
e atualizado em


O Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira, dia 29, a aprovação da PDP da Bahiafarma, que aborda a produção nacional do medicamento eculizumabe.
A Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), proposta em conjunto com a Bionovis S.A, foi oficializada durante uma reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), com a presença do ministro da saúde, Alexandre Padilha, e da secretária da saúde da Bahia, Roberta Santana. Também esteve presente a presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes.
O acordo, selecionado via chamada pública, prevê a transferência integral da tecnologia de produção do medicamento utilizado no tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara e grave da medula óssea.
“A produção nacional de um biológico como o eculizumabe mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar um novo momento da ciência no país. Com a parceria da Bionovis e o apoio do Ministério da Saúde, vamos avançar com responsabilidade e inovação”, celebra Ceuci.
PDP da Bahiafarma pode aliviar cofres públicos
A expansão da produção nacional do fármaco é um importante passo brasileiro contra a dependência da importação de insumos farmacêuticos. Em 2023, por exemplo, os gastos com a importação de eculizumabe superaram R$ 1 bilhão.
Com a internalização da tecnologia, a economia estimada ao longo dos próximos dez anos ultrapassa R$ 6,1 bilhões, segundo dados da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde.
“O Brasil dá um passo decisivo para reduzir sua dependência de insumos estratégicos. Com esta PDP, a Bahia se posiciona no centro da produção nacional de medicamentos de alta complexidade. Esse é um avanço que nos orgulha e que fortalece o SUS. Estamos falando de economia para os cofres públicos, mas, sobretudo, de segurança assistencial para pacientes que não podem esperar. A Bahia está pronta para cumprir seu papel como polo estratégico da biotecnologia brasileira”, explica Roberta.