Brasil reforça liderança no mercado de remédios derivados do sangue

A inauguração da nova fábrica da Hemobrás em Goiana (PE) ratifica o investimento do país no segmento de remédios derivados do sangue. O Brasil, que já se destaca na produção dos “medicamentos mais procurados do mundo”, busca consolidar sua posição de referência. 

O governo marcou presença no evento, representado pelo presidente Lula e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e celebrou o momento, classificando-o como um “marco histórico para a saúde brasileira”.

A nova planta da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia possibilita a fabricação de vários tipos desses fármacos. “Por exemplo, os que são utilizados em UTIs, situação de grandes queimados, que são utilizados para a defesa do corpo, diante de tratamentos do câncer, enfim, de várias doenças”, explica o ministro. Outro ponto amplamente destacado na celebração foi o fato de que a Hemobrás passou agora a deter essas tecnologias.

Remédios derivados do sangue: produção começa com doações voluntárias

“A gente tem trabalhado muito internamente com o conceito de que é uma fábrica de produção de cidadania, porque aqui a gente coleta, tria e cuida do plasma da população brasileira, que voluntariamente doa sangue no Brasil inteiro”, diz Ana Paula do Rego Menezes, diretora-presidente da Hemobrás.

“Esse sangue é dividido nas células vermelhas, na plaqueta e no plasma. Uma parte vai para a transfusão e a outra é o plasma excedente, que é o plasma de qualidade industrial que vem ser a nossa matéria-prima para a produção de medicamentos”, complementa.