Busca por cloroquina continua nas farmácias de Jundiaí

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Mesmo não tendo eficácia comprovada pelos órgãos de vigilância e de saúde, a procura por medicamentos para tratamento da covid-19, como a cloroquina e a ivermectina ainda é grande nas farmácias. O infectologista Roberto Focaccia, o uso de medicamentos sem comprovação científica só traz prejuízos.

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“No início da pandemia havia uma suspeita que esses remédios poderiam surtir efeito, mas eles nunca tiveram eficácia comprovada. O governo federal, negacionista da pandemia, abraçou a teoria de que esses medicamentos funcionavam, mas pelo contrário, além de não ajudarem, eles têm efeitos colaterais severos, podendo causar arritmias muito sérias. O uso indiscriminado é perigosíssimo.”

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A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tratamento farmacológico precoce para covid-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio, dióxido de cloro), já que os estudos clínicos com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais.

O farmacêutico Gustavo Gabriel Garcia destaca que apesar da ampla divulgação dos malefícios dos medicamentos, a procura continua grande.

“Mesmo sem eficácia comprovada, a procura por cloroquina e hidroxicloroquina ainda é grande aqui na farmácia. Mesmo sendo um medicamento que não vende sem receita, as pessoas ainda insistem em tentar comprar. O que mais tem é gente vindo aqui procurar remédio para covid. Não adianta vir até a farmácia, os remédios para tratamento são todos controlados e prescritos por médicos”, alerta.

Garcia afirma ainda que além da busca por medicamentos, muitos clientes procuram por atendimento. “As pessoas procuram muito a gente porque tem medo de ir até os hospitais e pegar a covid-19, mas sempre orientamos a procurar um hospital ou posto de saúde para receber atendimento e se necessário, fazer os exames e passar por especialistas”.

O mesmo se repete nas farmácias de bairro. Segundo Erica Ribeiro Toldo, farmacêutica em uma drogaria na Vila Aparecida, a procura por medicamentos contra covid continua. “No começo da pandemia a procura por cloroquina foi uma loucura. Esgotava rapidamente dos nossos estoques. Agora a busca por esse medicamento diminuiu bastante, o que as pessoas buscam agora é a ivermectina, geralmente a cada 15 dias a procura aumenta, tanto de pessoas com receita médica quanto de pessoas que viram em algum lugar que era bom.”

Fonte: Jornal de Jundiaí

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