Cade autoriza acordo entre Votorantim e Hypera
Órgão estava analisando a perspectiva concorrencial do negócio
por Gabriel Noronha em
e atualizado em


No final da última semana, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a negociação entre Votorantim e Hypera. O acordo permite que a multinacional brasileira conclua a aquisição de mais 5,4% do capital da farmacêutica, elevando sua participação para 11%. As informações são do Valor Econômico.
A transação envolveu João Alves de Queiroz Filho, fundador do laboratório, a holding mexicana Maiorem e a Votorantim. As partes formaram um novo bloco de controle, que passa a deter 53% do capital social da companhia.
Os principais acionistas da Hypera são: Queiroz Filho, com 27,7% do capital social; Maiorem, com 14,7%; e a Votorantim, agora com 11%. As demais ações estão distribuídas entre acionistas, pessoas físicas e jurídicas, conforme informado no processo administrativo.
Durante o processo, as empresas alegaram ao Cade que o ingresso da Votorantim no bloco de controle da Hypera possibilitará “maior solidez e eficácia na gestão e no crescimento, contribuindo para a implementação de estratégias que reforcem sua posição no mercado e ampliem a criação de valor para seus acionistas e stakeholders”.
As corporações ainda reforçaram que as aquisições de participação acionária no capital social e votante não tinham caráter obrigatório de submissão ao órgão.
Cade não encontrou irregularidades em acordo entre Votorantim e Hypera
A entidade analisou a transação para garantir que o Grupo Votorantim não detenha de forma direta ou indireta, participação no controle ou participação igual ou superior a 20% no capital social total ou votante. Isso refere-se a qualquer empresa no Brasil com atividades nos mesmos mercados de atuação da Hypera ou em mercados verticalmente relacionados.