Canetas injetáveis da EMS tiveram aporte de R$ 48 milhões do BNDES
Recém-chegados às farmácias, medicamentos são resultado de apoio do banco nacional
por César Ferro em


Nesta segunda-feira, dia 4, as canetas injetáveis da EMS chegaram às farmácias brasileiras. Os medicamentos à base de liraglutida, Lirux e Olire, contaram com um aporte do BNDES. O banco nacional foi responsável por R$ 48 milhões dos R$ 70 milhões investidos na planta industrial utilizada na fabricação dos análogos de GLP-1. A unidade, localizada em Hortolândia (SP), foi inaugurada em 2024.
Com capacidade para produzir até 20 milhões de canetas por ano, a fábrica conta com uma área construída de 2,5 mil m². O projeto prevê a geração de 150 empregos diretos, além de outros mil indiretos.
Canetas injetáveis da EMS são “marco para a indústria nacional”
Para Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o Lirux e o Olire têm relevância ímpar para o setor. “Esse é um marco para a indústria nacional e para a saúde pública. O Brasil passa a contar com produção local de medicamentos de alta complexidade, que têm potencial de ampliar o acesso da população a terapias modernas para doenças crônicas como diabetes e obesidade e com forte impacto social e econômico”, comenta.
Ainda neste ano, a EMS planeja lançar um medicamento à base de semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy. “Estamos consolidando a capacidade do país de desenvolver e fabricar medicamentos de alta complexidade, com tecnologia própria e competitividade global”, afirma o presidente da farmacêutica, Carlos Sanchez. “Em até oito anos, projetamos gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil”, finaliza.