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CEO da Hypera promete genérico do Ozempic para 2026

Breno Oliveira, porém, afirma que preço do medicamento não deve cair tanto quanto esperado pelo mercado

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Foto: Freepik

A Hypera Pharma é mais uma  indústria farmacêutica a entrar na corrida por um genérico do Ozempic. Na última sexta-feira, dia 21, o CEO da empresa, Breno Oliveira, confirmou o interesse. As informações são da Reuters.

A disputa por uma versão do medicamento vem se tornando mais acirrada à medida que se aproxima o prazo de extinção da patente do blockbuster da Novo Nordisk, em março de 2026. Além do montante de vendas registrado pelo medicamento para o tratamento do diabetes, o executivo destaca outro ponto para explicar o interesse.

“Nós não esperamos uma degradação tão grande nessa categoria no curto prazo”, afirma. Para ele, os altos custos de produção e a baixa disponibilidade das canetas para aplicação impedirão que os preços do remédio caiam de forma tão acentuada, o que tende a potencializar a rentabilidade da farmacêutica.

O anúncio teve impacto imediato nos papéis da farmacêutica. No mesmo dia, as ações apresentaram uma alta de 7%, sendo aquela com maior crescimento em um dia morno no Ibovespa.

Mercado de R$ 3 bilhões atrai interessados em genérico do Ozempic

Grandes nomes do mercado farmacêutico nacional já revelaram seu interesse em contar com um genérico do Ozempic. Além da Hypera, Biomm, Cimed, EMS, Eurofarma e Prati-Donaduzzi já declaram publicamente seu interesse de entrar no lucrativo mercado da semaglutida.

O desejo é um tanto quanto compreensível. Afinal, os medicamentos análogos do GLP-1, que também compreendem a liraglutida, tirzepatida e dulaglutida, movimentam, só no Brasil, cerca de R$ 3 bilhões em vendas por ano.

Biomm

No último ano, a Biomm anunciou que havia assinado o licenciamento e distribuição de um genérico do Ozempic fabricado pela indiana Biocon.

Cimed

Tendo em vista a expiração da patente, a Cimed deseja contar com o medicamento, já apelidado por seu presidente, João Adibe Marques, como “canetinha amarela”.

EMS

Além de investir mais de R$ 1 bilhão na fabricação nacional de liraglutida, a EMS busca autorização junto ao FDA para vender a semaglutida nos Estados Unidos.

Eurofarma 

Já presente no mercado de diabetes, a Eurofarma aguarda o fim da patente, mas olha para a categoria como um todo.

Prati-Donaduzzi

Ainda em 2023 a Prati-Donaduzzi decidiu entrar no páreo. Para tanto, a farmacêutica buscou se aproximar de fornecedores na Ásia e na Europa.

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