Clínicas particulares negociam compra de vacina indiana

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A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) articula a compra de 5 milhões de doses do imunizante Covaxin, produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O imunizante foi aprovado neste domingo (3) para uso emergencial na Índia. As informações são do jornal O Globo.

A ABCVAC, entidade com 200 associadas que representa 70% do setor no Brasil, enviará uma delegação à Índia semana que vem para conhecer detalhes do imunizante. Sua importação para venda em clínicas particulares não provocará um desfalque à rede pública, já que o laboratório indiano não conduz negociações com o governo brasileiro.

O presidente da associação, Geraldo Barbosa, disse que a Bharat Biotech iniciou na Anvisa o processo de “submissão contínua” de resultados, mesmo processo adotado por outras quatro vacinas (Oxford/AstraZeneca, Coronavac, Pfizer/BioNTech e Janssen). A russa Sputnik V solicitou o início de testes do Brasil.

Barbosa espera que os testes com a Covaxin sejam concluídos ainda em janeiro. Logo depois, o laboratório entraria com um pedido de registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, no cenário mais otimista, a vacina estaria disponível em clínicas particulares brasileiras na segunda quinzena de março.

A Covaxin foi desenvolvida pelo Bharat Biotech em conjunto com a Organização Central de Controle Padrão de Medicamentos — a organização de vigilância sanitária da Índia. O imunizante é administrado em duas doses com intervalo de duas semanas entre elas. Desta forma, induz um anticorpo neutralizante, que provoca uma resposta imune.

A aprovação emergencial da Covaxin, celebrada pelo governo indiano, foi alvo de críticas entre parte da comunidade científica do país, que apontou uma suposta falta de transparência nos estudos. Sua taxa de eficácia, por exemplo, não foi divulgada — segundo fontes da agência Reuters, seria superior a 60%.

Também foi contestada a velocidade com que a pesquisa é realizada. A previsão era que os imunizantes seriam disponibilizados somente em fevereiro ou março. A fase 3 está em andamento desde novembro e envolve aproximadamente 26 mil voluntários.

Ainda não há previsão do custo do imunizante, diz Barbosa, já que não há detalhes sobre sua logística e distribuição para o Brasil e as clínicas associadas. Ele destaca que a tecnologia do vírus inativo permite que o acondicionamento da vacina seja realizado entre 2 a 8°C. Segundo o dirigente, a Covaxin está há cerca de 40 dias em processo de submissão contínua à Anvisa. A agência pode exigir novos documentos antes de permitir a entrada do produto no mercado do país.

A Anvisa afirmou que ainda não foi procurada pelo ABCVAC. O processo de submissão contínua, salienta a agência, está disponível somente a empresas que promovem ensaios clínicos dos produtos no Brasil, o que não é o caso do Covaxin.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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