COVID-19: mais jovens são o novo alvo da doença
A luta pela vida envolveu 11 dias intubado com 100% dos pulmões tomados pela infecção. O alívio que se seguiu à vitória do motorista de aplicativo Lucas Marley da Silva Lacerda, de 23 anos, contra a COVID-19, agora se tornou uma corrida contra o tempo para conseguir honrar dívidas hospitalares contraídas para sua recuperação.
Sem plano de saúde, a conta do motorista de aplicativo chegou a R$ 400 mil, segundo a mãe, Elis Regina da Silva Faria, de 44. “A gente está fazendo uma vaquinha on-line e vendendo rifa para conseguir arrecadar e dar conta de pagar”, explica ela, informando o endereço para contribuições (https://vaka.me/1940281).
“Na segunda-feira (8/3), ele piorou. Liguei para o Samu e mandaram ir para a UPA. Ele só foi atendido depois de seis horas de espera. Estava tossindo e com febre no meio de todo mundo e não chegaram a perguntar se ele estava com sintomas”, disse.
“A doutora me chamou e disse que o raio-x dele estava bom, mandou a gente de volta para casa e passou mais um medicamento. Ele continuou piorando e na quarta-feira (10/3) comprei um aparelho para medir a saturação de oxigênio, que estava caindo”, completou.
Angústia
O rapaz tentou a automedicação, mas os sintomas começaram a piorar. “Minha amiga já estava internada na UTI. Os relatos que eu ouvia eram de que a partir do 10° dia haveria melhora, mas no meu caso estava piorando. Então fui para a UPA e, chegando lá, minha saturação de oxigênio estava baixíssima. Já estava com pneumonia”, conta.
Fonte: Estado de Minas