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Deputado pede urgência em PL sobre MIPs em supermercados

MIPS EM SUPERMERCADOS

O Congresso Nacional reacende o debate sobre a transformação de remédios em mercadoria. O deputado goiano Glaustin Fokus (PSC) apresentou um requerimento de urgência na Câmara para o projeto de lei que permite a venda de medicamentos isentos de prescrição – MIPs em supermercados.

O texto foi apresentado pela primeira vez em 2019 e prevê acrescentar o inciso 2º ao artigo 6º da Lei nº 5.991/1973. A intenção é autorizar os supermercados e estabelecimentos similares a dispensar medicamentos isentos de prescrição. Sim, é isso mesmo. Até quitandas poderiam comercializar MIPs.

Pressão setorial quer acelerar MIPs em supermercados

A aprovação dos MIPs em supermercados convive com uma intensa pressão do setor. Em depoimento à Folha de S.Paulo, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirmou que espera ver a pauta levada ao plenário em breve. A entidade alega que existe uma monopólio na venda desse tipo de remédio e que a medida poderia contribuir para a redução dos preços.

Reações das farmácias

O varejo farmacêutico questiona com veemência a suposta redução dos preços como argumento para defender a venda de MIPs em supermercados.

O fim da pesada carga tributária (36%) sobre os medicamentos é uma das bandeiras da Abrafarma. Qual seria a mágica dos supermercados para reduzir drasticamente os preços tendo que arcar com essa alíquota?

Além disso, um monitoramento da entidade aponta que em torno de 2,6 mil itens são mais caros nesses estabelecimentos do que nas farmácias, entre eles antissépticos bucais, escovas de dente, fraldas descartáveis e desodorantes. “Por que supermercados e estabelecimentos similares venderiam medicamentos mais barato que as farmácias e não o fazem nas diversas categorias concorrentes?”, contesta o CEO Sérgio Mena Barreto.

Ele ainda reforça que os MIPs vendidos nas gôndolas de farmácias têm autorização da Anvisa e contam com a assistência do profissional farmacêutico, a quem os usuários recorrem em 77% das ocasiões.

Novela antiga, mas persistente

Mesmo depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir pela proibição definitiva dos MIPs em supermercados em 2004, o Parlamento insiste em reverter esse cenário. Veja abaixo os inúmeros movimentos para retomar o tema.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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