Dor crônica está entre as doenças mais tratadas com cannabis

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DOENÇAS MAIS TRATADAS COM CANNABISDor crônica, saúde mental, canabidiol, cannabis medicinal, CBD
Foto: Canva

Uma pesquisa do portal Cannabis & Saúde revela que as dores crônicas estão entre as doenças mais tratadas com cannabis no Brasil. O levantamento revela que 35,5% dos pacientes fazem uso do produto para enfermidades como fibromialgia, lombalgia, enxaqueca, artrite, artrose e incômodos resultantes de tratamentos oncológicos. Os dados são fundamentais para nortear a abordagem de farmacêuticos a seus pacientes.

O estudo foi realizado por meio de entrevistas virtuais com 1.016 pessoas, no intuito de mapear o perfil do tratamento com cannabis no país. “A intenção é construir uma base sólida de conhecimento sobre esse público, a fim de influenciar positivamente políticas de saúde e revisão medicamentosa, promovendo uma abordagem mais informativa”, pontua Camila Teixeira, gerente de comunicação e marketing da plataforma Cannabis & Saúde.

Outras doenças mais tratadas com cannabis

Já em segundo lugar está a saúde mental – 30,8% dos participantes utilizam a planta nos cuidados contra a ansiedade, insônia, estresse, depressão, transtorno pós-traumático e burnout. Outras patologias tratadas com a planta incluem doença neurológica, transtornos de neuro desenvolvimento e transtornos convulsivos.

Em relação ao investimento no tratamento, a pesquisa revelou que 26% dos pacientes gastam entre R$ 300 e R$ 500 mensais nos produtos à base de cannabis, 23% desembolsam entre R$ 200 a R$ 300 e 19% destinam até R$ 200.

Principal via de acesso ainda é a importação

No total, 65,6% dos entrevistados responderam que a via de acesso dos seus produtos ainda ocorre por meio da importação, via RDC 660 da Anvisa. Já 23,9% adquirem seus produtos a partir da iniciativa de associações de pacientes. Somente 5,5% realizam a compra em farmácias e 4,9% promovem o autocultivo.

Ao todo, 89% utilizam óleos à base de cannabis como principal tipo de produto em seus tratamentos. O uso tópico ocupa o segundo lugar.  Entre os insights da pesquisa, chama atenção o alto nível de satisfação dos pacientes – 42,8% afirmaram estar extremamente satisfeitos, 42,6% satisfeitos, 9,7% neutros,  3,3% insatisfeitos e 1,5% extremamente insatisfeitos.

 Confira mais dados sobre a pesquisa

  • 31% dos participantes estão realizando os tratamentos entre 1 e 2 anos
  • 37,7% das pessoas são oriundas do estado de São Paulo, região do Brasil que mais concentra pacientes de cannabis medicinal, seguido pelo estado do Rio de Janeiro (14,4%)
  • 26,1% pagaram entre R$ 201 e R$ 300 na consulta em que os médicos prescreveram a cannabis em seus tratamentos
  • 21,7% realizaram suas consultas via plano de saúde
  • 12,7% investiram mais de R$ 300 e menos de R$ 500 em suas consultas com prescritores
  • 11,6% pagaram até R$ 200 em suas consultas
  • 55 a 64 anos é a faixa de idade média de uso de cannabis, um indicativo de que o produto está se consolidando como um medicamento para pessoas com idade avançada
  • 62,3% afirmaram ser do gênero feminino, enquanto 37,1% são do gênero masculino e 0,6% dos participantes preferiu não se identificar

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