Em carta, procuradores-gerais de todo o Brasil cobram ações do governo federal para frear pandemia

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Todos os chefes de Ministério Público do Brasil divulgaram carta no início da noite desta quarta-feira (17) manifestando ‘imensa preocupação’ com o agravamento da pandemia no País, que causou uma crise sanitária sem precedentes.

Os procuradores-gerais de Justiça listaram nove itens que consideram fundamentais para superar a crise instalada, e cobra ações coordenadas do Ministério da Saúde.

Entre as medidas, além da implementação do Plano Nacional de Vacinação, os chefes dos ministérios públicos, dos Estados e da União, pedem medidas que podem tornar-se imediatas e com pouco custo, como a implementação da cultura da prevenção, com melhor comunicação da necessidade do uso de máscaras e álcool em gel. São raras as campanhas preventivas do Ministério da Saúde nos meios de comunicação, na internet, e nas ruas.

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Mas a carta vai além disso: ela também cobra um efetivo combate às notícias falsas (fake news), que prejudicam o trabalho de prevenção que é feito por outras esferas de governo, e ainda desinforma a população sobre prevenção, uso de vacinas e formas de contágio.

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Há ainda, segundo os procuradores, a necessidade de organizar campanhas de conscientização para evitar aglomerações. E também sugestões demanda o fim de uma guerra retórica entre estados e União, como o respeito às decisões dos Estados sobre medidas de distanciamento social.

‘São necessárias ações efetivas, centralizadas e organizadas pelo Poder Executivo Federal’, afirma o documento do Conselho Nacional dos Procuradores Gerais (CNPG).

‘O Ministério Público de Mato Grosso do Sul vem lutando duramente para que o equilíbrio e o bom senso impere. Vivemos a pior crise sanitária de nossa geração, e estamos no pior momento da pandemia e é fundamental agora, uma coordenação não só estadual, mas nacional’, afirmou o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que também é signatário da carta.

Por fim, os chefes do Ministério Público, órgão que deve zelar pelo interesse público e tem o poder de ajuizar ações contra os governantes, afirmam que estão dispostos ao diálogo: ‘Considerando a singularidade do momento, seguimos trabalhando e à disposição para a construção das melhores soluções possíveis, em um ambiente de mútua colaboração e diálogo, de maneira a, conjuntamente, viabilizar a mitigação das trágicas consequências da pandemia’.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/18/mantida-lei-que-obriga-distribuicao-de-medicamentos-em-unidades-24h-de-campo-grande/ 

– a implementação do Plano Nacional de Vacinação, com a compra de todas as vacinas disponíveis no mercado

– a aceleração dos processos de aprovação das vacinas existentes pela Anvisa

– a adoção de amplo programa de testagem, rastreamento e isolamento dos casos confirmados e dos respectivos contactantes

– o incremento da vigilância genética, possibilitando a célere detecção de novas variantes

– a promoção da cultura de prevenção, com melhor comunicação da necessidade de uso de máscaras e de álcool em gel

– a organização de campanhas de conscientização da imperiosa necessidade de não causar aglomerações;

– o respeito às decisões dos estados no que tange às medidas de distanciamento social;

– o efetivo combate às fake news;

– a estreita observância das orientações emanadas dos comitês técnicos, colocando em prática somente as ações que tenham comprovado embasamento na Ciência.

Fonte: Correio do Estado

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