Oito de 12 empresas farmacêuticas nacionais já acessaram cerca de R$ 3,5 bilhões em empréstimos do BNDES. Os recursos fazem parte de um plano de investimento que prevê a aplicação de R$ 20 bilhões até 2026 – sendo R$ 13 bilhões destinados à pesquisa e desenvolvimento, e R$ 7 bilhões à modernização da infraestrutura, como fábricas, equipamentos e centros de inovação.
“A agilidade e precisão com que o banco tem analisado as propostas das nossas associadas asseguram a previsibilidade necessária para que a indústria farmacêutica brasileira continue crescendo de forma sólida”, destaca Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, que representa as principais empresas do segmento.
“Isso é um claro reflexo de como o foco da indústria farmacêutica nacional em inovação está sendo seguido à risca, com laboratórios investindo entre 6% a 14% do faturamento líquido em P&D”, ressalta Arcuri.
Empréstimos do BNDES ressalta a importância estratégica da indústria nacional
Os investimentos na construção e expansão de fábricas que já haviam sido iniciados tiveram continuidade no ano passado. “Para 2025 nós, certamente, vamos ter um conjunto muito importante desses parques fabris iniciando suas operações”, afirma Arcuri.
Ele acrescenta que tem ficado cada vez mais evidente a importância estratégica da indústria brasileira para o país. Prova disso foram as visitas do presidente Lula nas inaugurações das plantas da Biomm e da EMS e da Ministra da Ciência e Tecnologia à Libbs em 2024.
“Me arrisco a dizer que a Indústria farmacêutica nacional está se caracterizando como uma espécie de “nova Embraer”, reconhecida pela sua qualidade mundial e instalando modernas plantas e centros de P&D não só na América Latina, mas em vários países do Hemisfério Norte, como Canadá, Servia e Itália”, ressalta Arcuri.
Atualmente, as farmacêuticas do Grupo mantêm 29 fábricas e sete centros de P&D distribuídos pelo país. O Brasil ocupa a oitava posição no ranking global do mercado farmacêutico e concentra 47% do setor na América Latina.
Só em 2024, o mercado de varejo de medicamentos no país movimentou R$ 115,5 bilhões — alta de 11% em relação ao ano anterior. As associadas do Grupo FarmaBrasil respondem por 39% desse montante.