Entidades se unem contra MIPs em supermercados

Abrafarma e Abcfarma lançam campanha com abaixo-assinado para alertar sobre riscos de aprovação de projeto de lei

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

MIPS EM SUPERMERCADOSMedicamentos, Abrafarma, Abcfarma, supermercados
Foto: Freepik

A Abrafarma e a Abcfarma uniram-se em torno de uma campanha para alertar sobre os riscos da venda de MIPs em supermercados. A iniciativa inclui um abaixo-assinado online para estimular a população a repudiar o Projeto de Lei (PL) 1774/19.

A proposta do deputado federal Glaustin Fokus (Podemos-GO) prevê a comercialização de remédios isentos de prescrição até em quitandas, sem nenhuma previsão de uma farmácia dentro do estabelecimento ou da presença obrigatória de um farmacêutico para assistência ao consumidor.

Mobilização contra venda de MIPs em supermercados chega às redes sociais

A mobilização conta com apoio dos conselhos de classe e sindicatos da categoria, além de instituições como Anvisa, Ministério da Saúde, CNS, CONASS, CONASEMS e Sociedade Brasileira de Toxicologia. “Vamos usar as redes sociais e também incentivar cada farmácia a afixar a arte da campanha na loja para conscientizar seus clientes. A hashtag Remédio tem lugar certo resume nossa preocupação”, explica Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, que aglutina as 29 maiores redes do setor.

Segundo o executivo, medicamentos não podem se transformar em mercadorias e colocar em xeque a saúde da população. Além dos riscos à saúde pública, as entidades demonstram apreensão com os impactos econômicos da medida para o varejo farmacêutico independente, representado pela Abcfarma. O Brasil tem mais de 90 mil farmácias que cobrem 99% da população. Deste total, 53 mil são estabelecimentos de pequeno porte optantes pelo Simples.

MIPS EM SUPERMERCADOS Medicamentos, Abrafarma, Abcfarma, supermercados
Campanha é encabeçada por duas das principais entidades representativas do varejo farmacêutico nacional (Foto: Divulgação)

“Esses pontos de venda comercializam uma série de produtos e ainda asseguram a oferta de serviços de vacinação e até curativos, nos 365 dias do ano. Geram empregos, recolhem impostos e são a base da economia em muitas localidades. Os medicamentos isentos de prescrição contribuem para essa sustentabilidade. Canibalizar a venda resultará em uma onda de fechamentos e perda de empregos. Quem realmente ganha com esse cenário?”, contesta Mena Barreto.

Notícias Relacionadas