Cinco medicamentos inovadores que fracassaram

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Expectativa x realidade cinco medicamentos inovadores que fracassaramSegundo o relatório Evaluate Vantage, as cinco farmacêuticas que mais faturaram com lançamentos nos últimos cinco anos movimentaram US$ 297,5 bilhões. Mas nem tudo são flores para a indústria farmacêutica. Outro levantamento, produzido pela Lek Consulting, revelou que 40% dos medicamentos inovadores tiveram, nos três primeiros anos, desempenho mais de 20% inferior às previsões do mercado.

Desde grandes indústrias farmacêuticas até startups de biotecnologia, nas mais diferentes áreas terapêuticas, os exemplos de fracassos foram retumbantes. Separamos alguns dos lançamentos que ficaram aquém das expectativas ou estagnaram por conta das muitas dúvidas sobre seu valor em longo prazo.

 

Novartis 1
BEOVU
Fabricante: Novartis
1ª aprovação: outubro de 2019, nos Estados Unidos
Indicação: degeneração macular
Expectativa x realidade: US$ 4,38 bilhões x US$ 190 milhões
Fator de insucesso: medicamento surgiu como potencial concorrente do Eylea (Regeneron) e do Lucentis (Novartis), mas os resultados clínicos indicaram que o Beovu trazia mais riscos

Sanofi
DENGVAXIA
Fabricante: Sanofi
1ª aprovação: dezembro de 2015, no México
Indicação: dengue
Expectativa x realidade: US$ 1 bilhão x valor simplesmente não relatado no balanço
Fator de insucesso: apesar da aprovação no México, as Filipinas estrearam o uso do medicamento em um programa de vacinação. Foram duas décadas de pesquisa e € 1,5 bilhão de aporte, mas depois de um ano, a farmacêutica divulgou que o uso da vacina poderia levar um caso mais sério entre pessoas sem histórico de dengue. No balanço do ano passado, os números de vendas desse remédio sequer apareceram

LARTRUVO
Fabricante: Eli Lilly
1ª aprovação: outubro de 2016, nos Estados Unidos
Indicação: sarcoma
Expectativa x realidade: US$ 374 milhões x suspensão da patente
Fator de insucesso: os primeiros ensaios clínicos transformaram o medicamento em uma esperança no combate a esse tipo de câncer, já que o tempo médio de vida dos pacientes havia se estendido de 12 para 26,5 meses. Mas tudo ruiu em 2019, quando o laboratório relatou falhas no teste confirmatório de fase 3. Em setembro do mesmo ano, a própria empresa solicitou a suspensão da aprovação, acatada prontamente pela FDA

Acadia

NUPLAZIDFabricante: Acadia Pharmaceuticals
1ª aprovação: abril de 2016, nos Estados Unidos
Indicação: doença de Parkinson
Expectativa x realidade: US$ 1 bilhão x US$ 441 milhões
Fator de insucesso: o remédio da farmacêutica californiana prometia o fim de sintomas como alucinações e delírios em pacientes com Parkinson. Mas os reconhecidos benefícios esbarraram no risco ampliado de mortes entre os pacientes. Para completar, sucessivas falhas no ensaio de fase 3 que testava sua eficácia contra a esquizofrenia, além de denúncias de irregularidades na propaganda do medicamento, frustraram as projeções

Intercept
OCALIVA
Fabricante: Intercept Pharmaceuticals
1ª aprovação: maio de 2016, nos Estados Unidos
Indicação: colangite (obstrução e inflamação das vias biliares)
Expectativa x realidade: US$ 8,6 bilhões x US$ 313 milhões
Fator de insucesso: a FDA aprovou o medicamento em 2017, mas a maior expectativa era que o remédio pudesse ser aplicado no combate à esteatohepatite – doença hepática progressiva originária da obesidade e um dos principais alvos de estudos da indústria farmacêutica. Após atrasos forçados pela pandemia, a agência reguladora anunciou que os benefícios não compensavam os riscos, o que levou o laboratório de Nova York a demitir funcionários para reduzir custos

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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