Falta de medicamentos psiquiátricos pauta comissão na Câmara
Debate foi solicitado pelo deputado Luiz Couto (PT-PB)
por César Ferro em
e atualizado em
A falta de medicamentos psiquiátricos nas drogarias brasileiras foi o tema de uma audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados. As informações são do portal da Casa.
O debate ocorreu na manhã desta terça-feira, dia 9, e foi solicitado pelo deputado Luiz Couto (PT-PB). Segundo o parlamentar, o desabastecimento teve início após a transferência dos registros de determinados psicofármacos entre laboratórios.
Falta de medicamentos psiquiátricos começou em abril
Em abril, a Sanofi comunicou a transferência dos registros de alguns psicofármacos usados no tratamento de transtornos psiquiátricos graves para a Blanver, representante da Neuraxpharm no Brasil. São eles:
- AmpliCTIL – cloridrato de clorpromazina
- Equilid – sulprida
- Neozine – levomepromazina
- Neuleptil – periciazina
De acordo com Couto, desde então esses produtos foram descontinuados sem informações claras sobre prazos de retorno ou alternativas terapêuticas, o que deixou pacientes e profissionais de saúde em situação de vulnerabilidade. “A gravidade da situação exige a mobilização do Parlamento, dos órgãos regulatórios e da sociedade civil para buscar alternativas imediatas e estruturais”, defende.
O parlamentar aponta a necessidade de esclarecimento da Anvisa sobre a regularidade do processo de transferência e registro, de um posicionamento da indústria farmacêutica quanto à retomada ou substituição da produção e medidas emergenciais do Ministério da Saúde para garantir a continuidade do tratamento dos pacientes. Ele também pede que especialistas indiquem protocolos alternativos e estratégias de mitigação.