Fiocruz lança edital para construir maior fábrica de vacinas da América Latina

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, nesta sexta-feira (5), edital para a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde. Segundo a fundação, o empreendimento será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina.

Com isso, a instituição poderá aumentar em quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos – número que poderá ser ainda maior dependendo do mix de produtos – para atender prioritariamente às demandas da população brasileira por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Tal produção reforçará a autossuficiência do país na área de imunobiológicos, reduzindo a dependência tecnológica externa.

Para a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, o projeto é prioritário para a Fundação e o Ministério da Saúde. “O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde tem um valor estratégico para o Brasil e para o Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a necessidade de ampliar a oferta de vacinas tem se mostrado um dos elementos centrais, principalmente diante das emergências sanitárias que temos vivido. O CIBS é um marco nos 120 anos da Fiocruz e tem destacada importância para o futuro da Fundação, para o Ministério da Saúde e para o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro. Com esse empreendimento, o país dá um passo fundamental para garantir sua autonomia na produção de imunobiológicos”.

Empreendimento

O terreno do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) abrange uma área de aproximadamente 580 mil m². Apenas o novo Centro de Processamento Final (NCPFI), principal instalação do projeto, representa 334 mil m² de área construída. O complexo será constituído inicialmente por nove prédios, englobando dois para formulação, envase, liofilização e revisão de vacinas e biofármacos e os demais para atividades de embalagem; armazenagem de matéria-prima; armazenagem de produto acabado; controle e garantia da qualidade; utilidades em geral; centrais de tratamento de resíduos e efluentes; e administração. O terreno conta ainda com áreas reservadas para futuras expansões.

A capacidade de produção está estimada em 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos/ano e poderá ser ampliada dependendo do regime de operação a ser adotado. Em doses, a capacidade irá variar conforme o mix de produtos, podendo ser superior a 600 milhões de doses/ano. Hoje, Bio-Manguinhos fornece vacinas com as apresentações de 1 dose, 5 doses e 10 doses/frasco, e a ampliação da capacidade produtiva no CIBS também representa a possibilidade de incorporação de novas apresentações.

A nova planta poderá, por exemplo, viabilizar a produção de novas vacinas, como a dupla viral (sarampo e rubéola), cujos estudos clínicos foram recém-concluídos por Bio-Manguinhos, e a meningocócica C, que se encontra em estágio avançado de estudos de fases II/III, além de novas apresentações de vacinas do portfólio do Instituto (número de doses/frasco), para atender a diferentes necessidades do SUS.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/03/marcas-buscam-parceiros-para-produtos-de-canabidiol/

Notícias Relacionadas