Fundador do Grupo Jorge Batista, o empresário Jorge Batista da Silva faleceu na madrugada desta sexta-feira, dia 27, aos 94 anos. O varejo farmacêutico perde um de seus mais longevos empreendedores, que já vinha enfrentando vários problemas de saúde em função da idade.
O empresário estava internado em um hospital particular em Teresina (PI), mas retornou a Floriano (PI) nos últimos dias para ficar perto da família. Ele deixa dois filhos, Jairon Batista e Jorge Batista Filho, que atualmente conduzem os negócios. Sua esposa Josefa Teles Batista havia falecido em 2021.
O jovem que chegou a Floriano em 1947, vindo da cidade de Dourados (Mato Grosso do Sul), ergueu um império do mercado farmacêutico e da economia regional. Além da rede de farmácias, o Grupo Jorge Batista administra três distribuidoras de medicamentos, produtos hospitalares e de higiene pessoal – Alto Miudezas, Nazária (presente em seis estados) e Jorge Batista.
Fundador do Grupo Jorge Batista: de caixeiro-viajante a patrimônio bilionário
O fundador do Grupo Jorge Batista detinha o comando de 14 empresas, incluindo ramos como papelaria, material de construção, postos de combustíveis, hotelaria e churrascaria. Gera 1.500 empregos diretos e mais de 7 mil indiretos. Está entre os três maiores contribuintes de ICMS do estado do Piauí.
Mas a primeira empresa que lhe garantiu reconhecimento foi a Drogaria Globo, que iniciou operações em 1969 na cidade de Floriano (PI), hoje com 62 mil habitantes. Tornou-se uma das maiores redes de farmácias do Norte e Nordeste brasileiros, com cerca de 145 lojas nos estados da Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte. De acordo com o ranking da Abrafarma, ocupa a 12ª colocação em faturamento entre as maiores varejistas do segmento.
Jorge Batista da Silva começou sua vida profissional como caixeiro-viajante. Mas sua inquietude e vontade de se superar alimentaram a veia empreendedora. Em 1954, o então estabelecimento comercial Casa São Jorge tornou-se uma atacadista de mercadorias. A chegada ao setor farmacêutico foi natural, como parte da estratégia de diversificação das atividades.
O empresário era considerado um dos cinco homens mais ricos do Piauí, com patrimônio avaliado em quase R$ 2 bilhões. Mais do que patrimônio, ele deixa um legado de perseverança e senso empreendedor para as atuais e futuras gerações do varejo e da distribuição.