A secretária extraordinária de enfrentamento à covid, Rosana Leite de Melo, disse que o Ministério da Saúde está se planejando para iniciar a aplicação da 3ª dose da vacina em idosos a partir de setembro. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta 5ª feira (19.ago.2021). Eis a íntegra.
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Segundo Melo, o Governo já tem o quantitativo necessário para a imunização desse público que poderá receber a dose de reforço de uma marca diferente da vacina aplicada nas 2 doses. Ela afirma que estão garantidas cerca de 600 milhões de doses, sendo que quase a metade está prevista para chegar entre setembro e dezembro no Brasil.
Na 4ª feira (18.ago.2021), o ministro Marcelo Queiroga informou que a 3ª dose começaria com os grupos prioritários e que estudos estavam sendo realizados sobre a medida. No entanto, a secretária disse que a ampliação do reforço para profissionais de saúde, que fazem parte desse grupo, ainda não está definida, embora ‘as chances sejam grandes’.
Já no caso de toda a população adulta, a aplicação da dose adicional depende dos resultados de estudos e da disponibilidade de imunizantes. Em julho, o ministro da Saúde anunciou a encomenda de um estudo para avaliar a necessidade do reforço da vacina CoronaVac.
A pesquisa, em pareceria com a Universidade de Oxford, contará com 1.200 participantes, moradores das cidades de São Paulo e Salvador e o intervalo entre a 2ª e 3ª aplicação será de 6 meses ou mais.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou 2 estudos que buscam investigar os efeitos de uma dose de reforço dos imunizantes contra a covid-19: da Pfizer e AstraZeneca.
A Pfizer, a 1ª empresa a realizar a solicitação, recebeu autorização da agência no dia 18 de junho. O imunizante é aplicado em duas doses no Brasil, com intervalo de 90 dias entre elas. A 3ª dose seria aplicada 6 meses depois da 2ª. O objetivo é aumentar a proteção, sobretudo para conter o avanço de novas variantes.
O 2º estudo é da AstraZeneca, que recebeu no dia 14 de julho aval da Anvisa para estudo clínico de uma nova versão da vacina desenvolvida pelo laboratório. A ideia é assegurar proteção contra a variante beta (B.1.351) do novo coronavírus, identificada pela 1ª vez na África do Sul.
Fonte: Poder 360
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