Governo dará resposta à Anvisa sobre autotestes nesta semana


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou em novembro uma nota técnica à pasta debatendo os autotestes. Eis a íntegra (168 KB). A agência ainda aguarda uma resposta do ministério.
Doenças com notificação obrigatória às autoridades de saúde, como é o caso da covid-19, não podem ter autoteste. Uma resolução da Anvisa de 2015 os proíbe.
A resolução, no entanto, pode ter exceções caso sejam implementadas ‘políticas públicas e ações estratégicas’. Essas medidas precisam ser criadas pelo Ministério da Saúde e aprovadas pela agência.
O autoteste é um exame rápido de covid-19 que pode ser feito pela própria pessoa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital.
Queiroga defendeu o produto. ‘No momento em que precisamos aumentar a capacidade de testagem, a iniciativa privada e cada um dos brasileiros com sintomas gripais podem também se somar a iniciativa do governo federal’, disse.
Contudo, o ministro disse que seria necessário ações das farmácias. Disse que os locais de venda dos autotestes precisariam orientar como realizar o teste de forma correta e como notificar o resultado do teste para que seja contabilizado pelo ministério.
Queiroga não falou sobre ações que o próprio governo desenvolveria para orientar sobre o uso dos autotestes.
Culpa festas de fim do ano por alta de casos
‘É claro que as unidades básicas de saúde experimentam um número maior pacientes, isso é fruto das festas de final de ano’, afirmou Queiroga nesta 4ª. Ele afirmou que esses eventos ‘não foram de forma alguma estimulados’ pelo governo federal.
Apesar da fala de Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a virada de ano em Santa Catarina e causou aglomeração com apoiadores na cidade.
O ministro da Saúde defendeu a importância da 2ª dose e da dose de reforço por causa da ômicron. ‘Sabemos que os indivíduos que não têm o esquema vacinal completo têm mais chance de desenvolver formas graves da doença’, disse.
Afirmou estar preocupado com Estados do Norte e Nordeste com baixa cobertura vacinal. Citou Pará, Maranhão, Amazonas, o Amapá, Roraima e Tocantis. ‘No Pará nós assistimos um aumento no número de hospitalizações e de óbito’, afirmou.
Fonte: Poder 360
Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/governo-nao-deve-distribuir-autotestes-de-covid-19-gratuitamente/