Ibovespa hoje: Bolsa fica vulnerável ao exterior, em dia de agenda cheia nos EUA

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Ibovespa hojeIbovespa deve ter uma sessão mais volátil nesta quinta-feira (15), dia de agenda cheia nos Estados Unidos. Dados sobre as vendas no varejo e a produção industrial americana estão em destaque. Mas com os números de inflação nos EUA fora do caminho, o foco dos mercados está voltado para a reunião do Federal Reserve na próxima semana.

Ainda assim, os indicadores que serão conhecidos nesta manhã podem até dissipar a impressão de que a economia dos EUA corre o risco de entrar em recessão até o fim deste ano. Mas a expectativa é de que os números apontem queda da atividade, reforçando a tendência de desaceleração econômica.

Ou seja, as ações globais tendem a seguir em rota de colisão com o Fed. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, com um ligeiro viés positivo, diante de uma nova rodada de abertura no mercado de títulos. O petróleo recua.

De um modo geral, a percepção é de que o Fed irá manter a postura agressiva (“hawkish”) até que Wall Street passe por uma forte onda vendedora (“sell-off”). E se as ações não podem subir a menos que o Fed faça um “pivô” em direção à condução suave (“dovish”), os riscos de uma recessão global pressionam os ativos, em particular os emergentes.

Ibovespa “descolado”

E é aí que o mercado brasileiro entra em cena. A percepção de que os negócios locais têm vivido uma dinâmica própria foi selada em agosto, quando a bolsa brasileira se descolou dos pares globais e subiu 6,5%, enquanto os principais índices acionários americanos tiveram desvalorização.

Essa divergência de desempenho não surpreende os investidores mais atentos, que veem a bolsa em patamar atrativo. Afinal, o pessimismo com a situação doméstica parece fora de compasso. O índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), que sai hoje (9h), deve corroborar essa tese.

Apesar da inesperada queda nas vendas no varejo em julho, a economia brasileira está longe de uma recessão, tal qual se projeta para os EUA. Tampouco vive uma crise energética como a Europa ou passa por problemas estruturais de desaceleração econômica, como a China.

Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve começar a cortar a taxa de juros ‘mais cedo do que tarde. Vale lembrar que o BC local esteve na vanguarda do ciclo de aperto  e, da mesma forma, deve ser um dos pioneiros no processo de afrouxamento monetário.

Passadas as eleições, o tema em torno da Selic deve entrar no radar. Aliás, com a corrida presidencial ainda em aberto, a única certeza é de que não há risco de ruptura. E são nesses momentos que os investidores também devem antecipar seus movimentos, construindo posições.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h40:

EUA: os futuros do Dow Jones e do S&P 500 oscilavam com +0,01%, cada, enquanto o Nasdaq caía 0,07%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha leve alta de 0,10%; a bolsa de Frankfurt subia 0,26%; a de Londres avançava 0,53%, mas a de Paris caía 0,23%;

Câmbio: o DXY tinha leve alta de 0,05%, a 109.71 pontos; o euro cedia 0,07%, a US$ 0,9975; a libra tinha queda de 0,41%, a US$ 1,1494; o dólar subia 0,29% ante o iene, a 143,57 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,460%, de 3,408% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,839%, de 3,784% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro caía 0,71%, a US$ 1.696,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI cedia 1,02%, a US$ 87,58 o barril; o do petróleo Brent recuava 0,90%, a US$ 93,26 o barril; o minério de ferro para janeiro subiu 0,91% em Dalian (China), a 724 yuans.

Fonte: Money Times

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