Saiba os argumentos da Anvisa para rejeitar a vacina Sputnik V

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A reunião da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que decidiu rejeitar o pedido de 10 estados para importar a vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V durou cerca de cinco horas.

Na ocasião, tanto a equipe técnica quanto os diretores do órgão regulador elencaram uma série de ponderações para que o imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya não recebesse o aval da agência regulatória, mesmo que em caráter extraordinário, para ser aplicado na população brasileira.

O principal argumento foi a falta de informações suficientes para garantir a segurança e a eficácia da vacina. De acordo com a área técnica, a partir das informações que foram apresentadas até o momento, o imunizante russo não provou que seus benefícios são maiores do que os riscos.

A tecnologia da Sputnik V, baseada em adenovírus vetor, seria o principal impedimento. Apesar deste tipo de imunizante ser bastante comum, a Anvisa encontrou indícios, comprovados pela fabricante, que há adenovírus capazes de se reproduzir no organismo humano, o que vai contra todas as resoluções internacionais.

A equipe técnica afirmou que sem estudos aprofundados sobre isso seria impossível garantir que a vacina não produziria consequências adversas sérias como, por exemplo, o desenvolvimento de outras doenças nas pessoas que tomarem a vacina, problemas reprodutivos para a população vacinada ou reações adversas como coágulos sanguíneos, por exemplo.

‘Esta é uma não-conformidade grave. Está em desacordo com o desenvolvimento de vacinas de vetor viral e com um perfil de qualidade esperado. Essa possibilidade de permitir que vírus replicantes estejam presentes não é justificada, e não é aceita tanto quando comparamos com recomendações internacionais, como quando comparamos com outras vacinas com a mesma tecnologia’, explicou Gustavo Mendes, gerente geral de medicamentos e produtos biológicos.

Outro ponto considerado crucial foi a dificuldade da equipe técnica de atestar que o imunizante a ser importado teria a mesma qualidade da fórmula usada nos ensaios clínicos. A missão da Anvisa que esteve na Rússia encontrou dificuldades para visitar as fábricas da Sputnik V, não conseguiu entrar no Instituto Gamaleya, e os técnicos consideraram impossível garantir que a fórmula usada nos ensaios clínicos seria a mesma a ser importada para o Brasil.

Ana Carolina Marino, gerente geral de inspeção e fiscalização sanitária, explicou que não foi possível avaliar as instalações, discutir os parâmetros de produção do imunizante com o fabricante, verificar se as vacinas são fabricadas de forma consistente e controlada, e que os riscos de produção estão minimizados.

‘Consideramos todas as informações disponíveis à Anvisa, e nosso parecer é que, nesse momento, o risco inerente de fabricação não pode ser superado e não recomendamos a importação’, disse.

O órgão também não conseguiu obter informações sobre a confiabilidade do imunizante com outras agências reguladoras que já liberaram ou também estão analisando a Sputnik V. Em alguns casos, como na agência mexicana, há acordos de confidencialidade que impedem a troca de dados.

A agência argentina informou o Brasil sobre uma dificuldade em diferenciar a primeira da segunda dose (são fórmulas diferentes), uma vez que o rótulo das vacinas está em russo – a confusão causou uma série de erros na aplicação, o que pode influenciar na eficácia do produto. A probabilidade alta de efeitos adversos também despertou preocupação. A equipe técnica da agência citou falhas no desenho do estudo clínico de fase 3 feito na Rússia para detecção de problemas pós-vacina.

Mesmo com as poucas informações disponibilizadas pelos autores do pedido, a Anvisa fez uma busca ativa por documentos que pudessem facilitar a análise dos técnicos. ‘Buscamos suprir a falta de informações, mas não obtivemos sucesso em nossas tentativas’, afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/27/anvisa-veta-importacaoda-vacina-sputnik-v/

Butantan solicita à Anvisa aprovação para testar Butanvac em humanos

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O Instituto Butantan enviou na última sexta-feira (23) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para início dos testes em humanos da Butanvac, novo imunizante que será produzido pelo instituto contra a covid-19. O anúncio foi feito nesta tarde pelo presidente do Butantan, Dimas Covas, durante entrevista coletiva à imprensa. Essa fase inicial de estudos busca avaliar a segurança da vacina e sua capacidade de induzir uma resposta imunológica.

‘Hoje submetemos o protocolo de estudo clínico de fases 1 e 2 [da vacina]. É estudo que tem duração prevista máxima de 20 semanas, mas a partir da 16ª semana poderemos já ter os resultados de analise primária e, com isso, solicitar o uso emergencial pela Anvisa. Submetemos hoje e aguardamos o parecer da Anvisa e esperamos que isso ocorra dentro do mais curto prazo possível devido à urgência do momento ‘, disse Dimas Covas.

Para uma vacina poder ser utilizada na população, ela passa por uma fase de estudos em laboratório, uma fase pré-clínica de testes em animais e três etapas clínicas de testes em voluntários humanos, que avaliam a produção de anticorpos, a sua segurança e a sua eficácia.

Os testes da Butanvac serão feitos em adultos. Os estudos deverão começar com 1,8 mil voluntários. Já a fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9 mil pessoas. Nesses testes poderão fazer partes, inclusive, adultos já vacinados ou que já tiveram covid-19. ‘É um estudo clínico de segurança e imunogenicidade, comparativo. Então, ele não é um teste para incluir voluntários comparando grupo de vacinados com o grupo placebo. Aqui já se tem um padrão, que já foram determinados pelas demais vacinas. Então já se sabe o que esperar de uma vacina’, explicou Dimas Covas.

A tecnologia da Butanvac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado. O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O desenvolvimento complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.

A Doença de Newcastle é uma infecção que afeta aves e, por isso, segundo o Butantan, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan. O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. Ele é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro.

Nota da Anvisa

Anvisa confirmou que recebeu o protocolo de estudos da Butanvac e que o documento se refere ao pedido de autorização para os testes de fase clínica 1 e 2 da vacina.

Esse protocolo, segundo a Anvisa, detalha a quantidade de participantes dos testes, os locais onde os estudos serão feitos e os resultados que são esperados. O prazo de análise da Anvisa é de 72 horas para os pedidos que estejam completos. Segundo o órgão, já foi iniciada a avaliação para dar seguimento ao pedido do Butantan.

Fonte: Jornal Primeira Página

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/29/butanvac-vacina-brasileira-pode-ser-disponibilizada-a-partir-de-julho/

Pacheco apresenta a ministro da Saúde projetos que podem contribuir para vacinação

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O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reuniu-se nesta segunda-feira (26) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar de propostas que visam acelerar a vacinação contra a covid-19 no país. O senador informou ao ministro que estão na pauta do Senado desta terça-feira (27) dois projetos de lei que têm o objetivo de atenuar a crise sanitária brasileira.

Um desses projetos é o PL 1.343/2021, de autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT). O texto prevê a autorização, em caráter temporário, para que parques industriais veterinários sejam utilizados para a fabricação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), necessário para a produção de vacinas contra a covid-19.

O outro projeto é o PLS 415/2015, que trata, entre outros assuntos, da atuação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Esse colegiado realiza as avaliações de novas tecnologias – como medicamentos, procedimentos e protocolos clínicos – para auxiliar o Ministério da Saúde a decidir sobre a incorporação de novos tratamentos na rede pública.

Pacheco tem ressaltado que somente a rápida imunização de pelo menos um terço da população brasileira pode proporcionar condições mínimas para frear a proliferação do vírus no país. Para que essa meta seja cumprida, outras medidas estão em andamento.

Queiroga informou ao presidente do Senado a possibilidade da entrega de lotes de 1 milhão de doses pela Pfizer, ainda no final de abril, e da importação de cargas de caminhões de oxigênio do Canadá e dos chamados ‘kits de intubação’ da Espanha.

Na reunião, Pacheco voltou a solicitar a liberação de auxílio financeiro às Santas Casas e aos hospitais filantrópicos, além de rapidez na deliberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre os imunizantes Covaxin e Sputnik V.

– Estamos trabalhando para que a vacinação chegue o mais rápido possível a todos os brasileiros. Mesmo com a redução do número de internações, é fundamental que cada brasileiro possa continuar atento e mantenha os rigores de prevenção: uso de máscara, distanciamento social e higienização constante. São ações importantes para ajudar a desacelerar a proliferação da doença no país’, reiterou o presidente do Senado.

Fonte: Jornal do Senado

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/29/butanvac-vacina-brasileira-pode-ser-disponibilizada-a-partir-de-julho/

Pacientes intubados são amarrados por falta de medicamentos, dizem médicos de hospital da Zona Norte de SP

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Sem medicamentos para sedação de pacientes intubados, médicos do Hospital Municipal da Vila Brasilândia, na Zona Norte da capital paulista, afirmam que estão sendo obrigados a amarrar mãos e pés dos internados, para que eles consigam suportar a dor.

Com 94% dos leitos de UTI ocupados, e novos infectados por Covid-19 que não param de chegar, três médicos do hospital, que pediram para não ser identificados, contaram ao SP2 como tem sido lidar com pacientes nessas condições.

‘Está faltando vários insumos… faltando sedações, faltando luvas, faltando atadura, itens essenciais para o bom tratamento dos pacientes no maior hospital de campanha de Covid do estado de São Paulo’, disse um deles.

De acordo com os funcionários do hospital, só há no estoque remédios necessários para fazer o procedimento de intubação, não para manter os doentes graves sedados e imóveis, evitando o desconforto. O efeito desses medicamentos dura poucos minutos.

‘A medicação para intubar são medicamentos para induzir. É um hipnótico junto com um bloqueador neuromuscular que você faz a intubação. Depois, passam cinco minutos e esse paciente acorda, depois que está intubado. E aí é o problema! Não tem sedação, não tem analgesia para esse paciente ficar no tubo. Então ele fica acordado no tubo, entendeu? O que pode ocasionar vários problemas. Vários problemas relacionados ao pulmão, que podem levar ao óbito do paciente’, afirmou o médico.

‘Pacientes novos, pacientes que estão morrendo por falta de sedação. Não estamos conseguindo fazer o tratamento adequado neste hospital, entendeu?’

Um segundo médico disse se sentir impotente com a situação: ‘Fico transtornado. É um absurdo. Você vê paciente igual um peixe fora da água abrindo a boca, mordendo o tubo o tempo inteiro, completamente agitado’.

Sem a sedação adequada, os internados podem ficar com sequelas e até morrer. ‘A maioria não fica bem. Não tem um desfecho positivo. Isso causa um estímulo doloroso muito grande’, afirma um terceiro médico da unidade.

Ele disse que trabalha em outros hospitais, em que também estão faltando insumos, mas que a situação é pior no da Brasilândia. ‘Nos outros serviços não falta dessa maneira. Tem uma escassez, tá faltando alguma coisa. Mas não num quadro tão crítico quanto esse aqui. O Iabas não tem uma resposta, não tem nada oficial pra gente.’

O Hospital da Brasilândia é administrado pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), uma organização social contratada pela Prefeitura de São Paulo, Segundo os médicos, a unidade recebeu os kits de intubação doados por empresários ao Ministério da Saúde, mas eles duraram apenas uma semana.

Cartaz colado na entrada da farmácia do hospital aponta quais medicamentos estão em falta por lá: propofol, midazolam/dormonid, fentanil, remifentanil, clorpromazina, cetamina, rocurônio e cistracúrio.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que “a situação geral de abastecimento dos medicamentos para intubação na rede municipal é considerada regular e esclarece que há diferentes medicamentos utilizados, como bloqueadores neuromusculares necessários para indução e manutenção da intubação, com mesma ação terapêutica”.

Em texto junto com o Iabas, a pasta disse também que “durante o processo de extubação – quando são retirados do paciente os medicamentos da intubação – as medicações sedativas são retiradas gradualmente para que o paciente acorde e retome a consciência. Durante esse processo, em alguns casos, o paciente fica agitado e, para que não se machuque, é necessária a imobilização física. Nesses casos, não há qualquer relação com o procedimento de intubação e medicamentos utilizados para tal operação, o chamado ‘kit intubação’.”

Confira a íntegra da nota conjunta:

“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que a situação geral de abastecimento dos medicamentos para intubação na rede municipal é considerada regular e esclarece que há diferentes medicamentos utilizados, como bloqueadores neuromusculares necessários para indução e manutenção da intubação, com mesma ação terapêutica. A Pasta tem realizado a compra desses medicamentos para que não falte tratamento adequado, mesmo com as incertezas do mercado e dificuldade por parte das empresas em atender a demanda nacional. Os estoques dos medicamentos são verificados rotineiramente, caso seja necessário, é possível o remanejamento entre as Unidades de Saúde.

As compras de medicações do chamado “kit intubação” são realizadas por meio de pregões eletrônicos junto a laboratórios e distribuidoras nacionais. As empresas vencedoras desses pregões têm honrado com os seus compromissos de fornecimento em condições de manter os estoques necessários para o abastecimento dos hospitais municipais. Compras emergenciais podem ser acionadas no caso de atrasos de entregas pelos detentores das ATA’s.

A SMS, juntamente com o Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (IABAS), órgão esclarece que durante o processo de extubação – quando são retirados do paciente os medicamentos da intubação – as medicações sedativas são retiradas gradualmente para que o paciente acorde e retome a consciência.

Durante esse processo, em alguns casos, o paciente fica agitado e, para que não se machuque, é necessária a imobilização física. Nesses casos, não há qualquer relação com o procedimento de intubação e medicamentos utilizados para tal operação, o chamado ‘kit intubação’.

A SMS ressalta que este tipo de denúncia visa instalar clima de instabilidade entre profissionais e familiares que, neste momento, em nada contribuem para o enfrentamento da pandemia.”

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/20/maior-lote-de-medicamentos-do-kit-intubacao-sera-repassado-nesta-terca-a-60-hospitais-do-rs/

Juros ficam de lado, com mercado à espera da agenda da semana

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Os juros fecharam perto da estabilidade, refletindo a expectativa do mercado pelos eventos da semana numa segunda-feira sem vetores capazes de impulsionar as taxas, o que foi traduzido também no giro de contratos abaixo da média padrão. Os agentes estão no aguardo da evolução da agenda de reformas em Brasília, após a sinalização positiva do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a reforma tributária; da CPI da Covid no Senado; e da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, na semana que ainda reserva o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de abril, na terça-feira, 27.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular em 4,63%, de 4,626% no ajuste anterior. Normalmente o mais líquido, esse vencimento girou hoje 233.085 contratos, contra média diária de 439 mil nos últimos 30 dias. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 7,69%, a mesma do ajuste da sexta-feira. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 8,32%, de 8,34% na sexta-feira.

A queda firme do dólar não foi capaz de trazer grande alívio às taxas tampouco o avanço da T-Note de dez anos as influenciou para cima. Após devolução consistente de prêmios nas duas últimas sessões, o mercado de juros fez nesta segunda-feira uma pausa. ‘Andou de lado, sem nada que pudesse dar direção, mas houve um pouco de fluxo tomador no miolo, com a espera pelo Fed e pela CPI’, afirmou o gerente da Mesa de Reais da CM Capital, Jefferson Lima, num momento em que, no meio da tarde, os DIs nos vértices intermediários oscilavam com viés de alta.

Após a sanção do Orçamento de 2021 na quinta-feira, cresceu a percepção de que a pauta de reformas poderia ‘andar’ nas próximas semanas, antes que o ambiente em Brasília seja totalmente envolvido pela agenda eleitoral de 2022 no segundo semestre. O avanço nas discussões, na avaliação do economista da Renova Invest, Felipe Azevedo, pode ajudar no processo de desinclinação da curva visto no fim da semana passada. ‘Com o cenário de alta de juros, a tendência para ponta curta é abrir mais. Já a da curva longa é fechar, com melhora da pandemia e sinais positivos para a reforma tributária’, disse.

Pela manhã, Lira afirmou que espera que até a próxima segunda-feira possa fazer a leitura do relatório da proposta. Em entrevista à rádio Jovem Pan, disse que para esta semana estão previstas ‘algumas reuniões’ com o objetivo de traçar ‘encaminhamentos para começarmos as tratativas’.

Na terça-feira, o mercado começa o dia já conhecendo o IPCA-15 de abril, que sai às 9 horas. A mediana das estimativas é de desaceleração para 0,67%, ante 0,83% em março, com preços de abertura arrefecendo, exceto os de serviços. Porém, por causa da deflação em abril de 2020 (-0,01%), o acumulado em 12 meses do deve saltar de 5,52% até março para 6,25%.

Fonte: Dinheiro Rural

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/07/juros-sobem-na-contramao-da-queda-do-dolar-e-do-rendimento-dos-treasuries/

Cuiabá busca assegurar vacina da Pfizer

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Ao entregar o quinto polo de vacinação contra Covid-19, o prefeito Emanuel Pinheiro disse que Cuiabá não estava entre as capitais brasileiras para receber as doses das primeiras remessas da vacina da Pfizer/BioNTech adquirida pelo Governo Federal. O motivo seria o calor registrado na Capital uma vez que o imunizante precisa ficar armazenado em baixas temperaturas.

‘Cuiabá não estava cotada entre as capitais, talvez pela temperatura, por que são vacinas que têm que ficar numa temperatura de 70º negativos. Mas, imediatamente (deputado federal Emanuel Pinheiro Neto) Emanuelzinho entrou em contato com a secretária de Saúde Ozenira (Félix), comigo e agimos rápido. Entramos em contato com o Hospital Geral, através da doutora Flávia Galindo, que nos ajudou a garantir que o hospital faça o armazenamento na sua câmara fria e possa assegurar à Cuiabá as doses da vacina Pfizer’, afirmou Pinheiro.

Por meio da assessoria de imprensa a SMS, informou que a parceria com HGU foi fechada para utilização do freezer a unidade hospitalar caso a Capital recebe as doses da Pfizer e lembrou que o envio do imunizante depende do Governo Federal. ‘Mas, Cuiabá tem condições de armazenar caso receba’, garantiu.

Em nota divulgada no último dia 22, Ministério da Saúde (MS) informou que determinou que o primeiro lote da vacina da Pfizer seja distribuído apenas para as capitais brasileiras. O governo distribuirá inicialmente 1 milhão, em 2 lotes: 500 mil destinadas à 1ª dose e, duas semanas depois, as outras 500 mil para a 2ª dose. A entrega deve começar ainda neste mês.

Originalmente, a vacina precisava ficar guardada em congelador ultrafrio, com temperatura entre -80ºC e -60ºC, o que dificultava sua distribuição. Há uma semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou as exigências de armazenamento da vacina da farmacêutica estadunidense Pfizer, flexibilizando a temperatura de conservação das doses.

Com a mudança, os frascos podem ser guardados em temperaturas entre -25º e -15º por um período de até duas semanas. Após esse prazo, os frascos precisam ser mantidos na temperatura já autorizada, entre -90º e -60º. Se retirada do congelador, os recipientes podem ser armazenados por até cinco dias nas temperaturas entre 2º e 8º. Segundo a Anvisa, estudos mostraram que a flexibilização da temperatura de conservação não prejudica a estabilidade do imunizante.

NOVO POLO – O quinto polo de imunização contra a Covid-19 está localizado no estacionamento do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, anexo à sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), no Centro Político Administrativo (CPA). O novo espaço terá atendimento com cerca de 600 pessoas agendadas por dia, a partir de segunda-feira (26), das 8 horas às 17h.

A estrutura dispõe de quatro postos de triagem, oito de cadastros e nove boxes de vacinação. Além disso, o local tem dois leitos de estabilização, uma equipe médica de prontidão e uma ambulância. A imunização também vem sendo feita no Centro de Eventos Pantanal, Sesi Papa, Sesc Balneário e na Universidade Federal (UFMT). Até o momento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já foram aplicadas mais de 100 mil doses de imunizantes entre a Coronavac e a Astrazeneca.

Fonte: Diário de Cuiabá

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/04/26/governo-federal-diz-que-capitais-terao-prioridade-para-receber-vacina-da-pfizer/

No mundo, 62 países aprovaram o uso da vacina russa Sputnik V

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Até o momento, 62 países no mundo aprovaram o uso da vacina russa Sputnik-V contra a covid-19. O imunizante teve o pedido de importação para o Brasil reprovado nesta segunda-feira (26), em uma reunião extraordinária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Primeira vacina contra o novo coronavírus a ser registrada no planeta, ainda em agosto de 2020, a Sputnik-V tem aprovação completa apenas na Rússia, onde foi desenvolvida pelo laboratório estatal Gamaleya.

Em todos os outros países, a autorização já obtida é a mesma que o fabricante buscava receber no Brasil, para uso emergencial, e que foi, nesse momento, reprovado.

Confira a lista de países que aprovaram a Sputnik-V:

Argélia, Angola, Antígua e Barbuda, Argentina, Armênia, Azerbaijão, Bahrein, Belarus, Bolívia, Bósnia, Camarões, Cazaquistão, Congo, Djibuti, Egito, Emirados Árabes, Eslováquia, Filipinas, Honduras, Gabão, Gana, Guatemala, Guiné, Guiana, Hungria, Índia, Irã, Iraque, Jordânia, Laos, Líbano, Macedônia do Norte, Mali, Marrocos, Ilhas Maurício, México, Mianmar, Moldávia, Mongólia, Montenegro, Namíbia, Nepal, Nicarágua, Paquistão, Autoridade Palestina, Panamá, Paraguai, Quênia, Quirguistão, San Marino, São Vicente e Granadinas, Sérvia, Ilhas Seychelles, Síria, Sri Lanka, Tunísia, Turcomenistão, Uzbequistão, Venezuela, Vietnã, Zimbábue.

Fonte: Correio do Povo

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EUA distribuirão 60 milhões de doses da AstraZeneca para outros países

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O anúncio foi feito por Andy Slavitt, conselheiro da Casa Branca para a resposta à pandemia da covid-19. ‘Os Estados Unidos vão liberar 60 milhões de doses da AstraZeneca para outros países assim que elas estiverem disponíveis’, escreveu, em seu perfil no Twitter. ‘A todos aqueles que, de forma compreensível, dizem que ‘era hora’ ou que questionam ‘o que estávamos esperando’, afirmou que, neste momento, ainda são poucas (as doses) disponíveis. Nenhum tempo real foi perdido’, acrescentou. A decisão de partilhar as doses ocorre em meio a críticas de que os EUA retêm doses, enquanto várias nações precisam desesperadamente do imunizante. Uma funcionária do governo Joe Biden revelou a repórteres que as primeiras 10 milhões de doses podem ser disponibilizadas ‘nas próximas semanas’. Tudo depende de uma inspeção de qualidade da FDA, o órgão regulador de medicamentos dos EUA similar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). ‘Há cerca de 50 milhões de doses adicionais que estão em vários estágios de produção e podem ser concluídas em fases ao longo de maio e junho.’

Do outro lado do Atlântico, a AstraZeneca também é alvo de polêmica: a União Europeia decidiu processar a farmacêutica anglo-sueca por atraso na entrega de doses. ‘Nós acreditamos que qualquer litígio é desprovido de mérito e saudamos esta oportunidade para resolver esta disputa o mais breve possível’, reagiu a companhia, em nota oficial. Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), a audiência em um tribunal de primeira instância francófono de Bruxelas está agendada para amanhã.

Marc Lipsitch – epidemiologista e diretor do Centro de Dinâmica de Doenças Transmissíveis da Universidade de Harvard – disse ao Correio que a decisão de Biden de partilhar as vacinas ‘é a coisa certa a ser feita’. ‘É claro que 60 milhões de doses, por si só, não vão resolver o problema do resto do mundo. Mas, isso vai ajudar, e é apropriado que os Estados Unidos compartilhem as vacinas’, afirmou. Até o fechamento desta edição, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) contabilizava 141 milhões de pessoas que receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 nos EUA, incluindo 95,9 milhões totalmente imunizadas.

A Casa Branca não divulgou quais países teriam prioridade para receber as doses da AstraZeneca. A julgar pela conversa telefônica que o preisdente Joe Biden manteve, ontem, com o primeiro-ministro Narendra Modi, a Índia é um dos principais candidatos. ‘O presidente prometeu apoio resoluto ao povo da Índia, impactado pelo recente aumento dos casos da covid-19. Em resposta, os EUA fornecerão uma variedade de assistência emergencial, incluindo suprimentos de oxigênio, materiais para vacinas e terapêuticos. O premiê Modi agradeceu a forte cooperação entre os países’, afirma nota. Ontem, a Índia registrou mais de 300 mil casos de infecção pela covid-19.

Ação judicial

Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde, justificou a decisão de acionar na Justiça a AstraZeneca. ‘Nossa prioridade é garantir que as entregas de vacinas contra a covid-19 ocorram para proteger a saúde da União Europeia. Por isso, a Comissão Europeia decidiu, juntamente com todos os Estados-membros, apresentar uma ação judicial contra a AstraZeneca. Cada dose da vacina conta. Cada dose da vacina salva vidas’, escreveu em uma rede social. Um porta-voz da Comissão Europeia (órgão executivo da UE) disse à agência France-Presse que ‘os termos do contrato não foram respeitados, e a empresa não está em condições de aplicar uma estratégia confiável para garantir as entregas no prazo fixado’. Segundo o porta-voz, a ação judicial ‘foi tomada em nome dos 27 países-membros, que concordam, de forma unânime’, com a decisão.

A AstraZeneca, por sua vez, assegurou que ‘honrou totalmente’ o contrato com Bruxelas e culpou entraves técnicos pelo atraso. ‘Vacinas são difíceis de fabricar. (?) Estamos avançando para atender aos desafios técnicos e nossa produção está melhorando’, explicou o laboratório.

Professor da Universidade Católica de Lovaina (em Louvain-la-Neuve, na Bélgica) e advogado especializado em litígios contratuais , Geert Van Calster afirmou ao Correio que muitos especialistas veem a decisão da União Europeia contra a AstraZeneca como uma ‘escalada’. ‘Isso pode ser interpretado como um relaxamento do imbróglio. Ao levar o caso aos tribunais, a União Europeia sinaliza que se trata simplesmente de um contrato que precisa ser cumprido, tal como qualquer contrato’, lembrou. ‘A Comissão Europeia tenta fazer com que as Cortes belgas confirmem o que sugere serem claras implicações do contrato, em particular em relação a uma parte proporcional das vacinas fabricadas fora da UE, que, segundo ela, precisam ser exportadas para o bloco.’

Demora sem explicação

Em contrato, a farmacêutica AstraZeneca comprometeu-se a entregar à União Europeia (UE) 300 milhões de doses de vacina contra a covid-19 até o fim de junho. Até 31 de março, a companhia tinha fornecido somente 30 milhões e entregaria mais 70 milhões no prazo combinado. Com isso, apenas 100 milhões das 300 milhões de doses acordadas seriam repassadas ao bloco. No primeiro trimestre, a promessa da AstraZeneca era de enviar 120 milhões de doses; no segundo trimestre, outras 180 milhões de doses. O contrato da UE com a AstraZeneca, cuja versão censurada foi tornada pública, é um documento regido pela lei belga, no qual o laboratório, a Comissão e os países do bloco se comprometem a resolver eventuais litígios ‘perante a jurisdição exclusiva dos tribunais estabelecidos em Bruxelas’.

» Eu acho…

‘Os tribunais belgas aplicarão um rápido procedimento que somente discutirá as claras implicações do contrato firmado entre a União Europeia e a farmacêutica AstraZeneca. É claro que isso pode ser apelado mais tarde. Vencer a primeira etapa é importante, e isso pode ser feito em sete a 10 semanas. Posteriormente, o processo de apelação levará muito mais tempo.’ Geert Van Calster, advogado belga especializado em litígios contratuais.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Brasil atinge 29,5 milhões de vacinados contra covid, 13,96% da população

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Nesta segunda-feira (26), o Brasil chegou à marca de 29,5 milhões de vacinados contra covid-19. Até agora, 29.554.723 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a doença, o correspondente a 13,96% da população do país. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Veja também: Polícia apura suposto uso de nebulização de hidroxicloroquina

Foram vacinadas 522.849 pessoas com a primeira dose entre ontem e hoje. No mesmo período, a segunda dose foi aplicada em outras 548.499.

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No total, 13.127.599 brasileiros receberam as duas doses de imunizante, conforme a recomendação dos laboratórios responsáveis pela produção da CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca. O número equivale a apenas 6,2% da população nacional.

Proporcionalmente, o Rio Grande do Sul se mantém na liderança entre os estados que mais aplicaram a primeira dose de vacina em sua população: 18,13% de seus habitantes.

O estado de São Paulo continua à frente entre aqueles que mais aplicaram a segunda dose: 8,45% de sua população.

Ex-diretor da Anvisa questiona transparência dos dados sobre a Sputnik V

O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, ex-diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), questionou a transparência das autoridades de saúde da Rússia sobre a vacina Sputnik V, usada contra a covid0-19.

“Todas as vacinas de vetor viral, estou me referindo basicamente a Jassen e a Oxford-Astrazeneca, estão com problemas de efeitos trombóticos muito raros, mas têm aparecido. Esta vacina usa a mesma tecnologia e nós não temos nenhum evento relatado sobre fármaco vigilância após a utilização da vacina. Será que ela é tão diferente assim ou será que não existe a transparência dos dados? Eu estou desconfiado da vacina da Sputnik V”, disse Vecina em entrevista à GloboNews.

Anvisa recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante, válido para todo o país, e outro para importação da vacina feito por estados e municípios. O segundo pedido chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), que deu prazo de 30 dias para que a agência avalie o pedido dos estados.

Alegando falta de informações, a Anvisa pediu que esse prazo fosse suspenso, o que foi negado hoje pelo STF, com relação ao pedido feito pelo estado do Maranhão. Hoje, a diretoria da agência se reúne para avaliar a vacina russa.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

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Fonte: BOL

Polícia apura suposto uso de nebulização de hidroxicloroquina

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A Polícia Civil do Amazonas investiga o suposto uso de nebulização com comprimidos de sulfato de hidroxicloroquina diluído em soro dado para uma idosa, de 71 anos, que estava internada com covid-19 no hospital regional José Mendes, em Itacoatiara (AM).

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Segundo a polícia, a filha da idosa procurou a DIP (Delegacia Interativa de Polícia) para registrar um BO (Boletim de Ocorrência), na última sexta-feira (23), no qual relata que descobriu no prontuário médico da mãe no hospital que a vítima foi submetida a tratamento experimental, sem autorização da família, usando nebulização com hidroxicloroquina.

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A filha prestará depoimento nesta quarta-feira (28), quando entregará cópia do prontuário. As identidades da filha e da mãe não foram divulgadas. O uso de nebulização com hidroxicloroquina não é recomendado pelas autoridades médicas e não tem comprovação científica contra a covid-19.

A idosa foi internada em 6 de fevereiro, passando 32 dias internada na unidade hospitalar, mas o estado de saúde piorou e, em 10 de março, ela foi transferida para o hospital Dephina Aziz, referência para doentes com covid-19. Ela morreu em 13 de março.

A mulher informou à polícia que a mãe recebeu inalação por dez dias durante sua internação, mas que as equipe médica e de enfermagem não comunicaram à família a administração do medicamento.

No boletim de ocorrência, a filha da idosa relatou que a mãe não estava em estado crítico de saúde, o que chamou a atenção da família após a morte, e foi ao hospital para verificar o prontuário da mãe.

De acordo com a filha, o documento indica que a vítima recebeu nebulização duas vezes ao dia, durante dez dias, com o medicamento atrovet e dois comprimidos de hidroxicloroquina diluídos em soro usando um aparelho chamado Bipass.

“Ela descobriu que foi aplicada na mãe a nebulização com hidroxicloroquina, que tomou conhecimento que o tratamento não era indicado, e procurou a delegacia para registrar a ocorrência”, informou o delegado Paulo Barros, titular da DIP.

A Polícia Civil solicitou às secretarias municipal e estadual de Saúde notas técnicas que recomendem o uso do fármaco para tratamento de pessoas com covid-19. O delegado informará o caso ao Cremam (Conselho Regional de Medicina do Amazonas) para que as condutas dos médicos que assinam o prontuário sejam investigadas. Ainda não se sabe quem receitou o procedimento.

Secretaria abre sindicância

Em nota enviada ao UOL, a SES-AM (Secretaria do Estado de Saúde do Amazonas) afirmou que “não compactua com a prática de qualquer terapêutica experimental sem comprovação científica”. A secretaria abriu sindicância para apurar o caso e destacou que a Prefeitura de Itacoatiara tem gestão plena em saúde do hospital regional José Mendes.

O UOL tentou contato com a direção do hospital, mas ninguém atendeu as ligações telefônicas feitas na tarde de hoje. A reportagem também entrou em contato com a Prefeitura de Itacoatiara e com o Cremam, mas até a publicação deste texto nenhum deles se posicionou sobre o assunto.

Entidades alertam para perigo de fármacos

A hidroxicloroquina é usado no tratamento de malária e não existe comprovação científica que cure pessoas doentes com covid-19. A SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) alerta que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina “não apenas apontam para falta de efetividade da referida droga, como também sugerem riscos de efeitos adversos em pacientes predispostos”. A instituição afirma que “não endossa o uso de cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina ou azitromicina como agentes profiláticos ou terapêuticos contra o coronavírus”.

A Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia alega que a inalação de comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina macerados e diluídos em soro fisiológico é uma prática danosa ao sistema respiratório da pessoa acometida pela covid-19. “Cabe lembrar que o comprimido tem na sua composição talco que é um silicato e outras substâncias agressoras. Quando inaladas essas substâncias podem causar broncoespasmo e se depositam no pulmão e vias aéreas causando uma reação inflamatória. Essa inflamação aguda se somando à inflamação pulmonar pela infecção viral tem o potencial de agravar o quadro”, destaca, informando que o uso contínuo da droga, a longo prazo, pode causar insuficiência respiratória crônica.

O CRF-PB (Conselho Regional de Farmácia da Paraíba) destaca que a hidroxicloroquina é um antiparasitário usado para tratara doença malária. “Os medicamentos contendo o fármaco estão registrados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso oral”, mas que a administração do fármaco por via respiratória não está “descrita em bula aprovada pela Anvisa é um uso não aprovado (off label)”.

Fonte: BOL