Bolsonaro: ‘Vou tomar por último, tem muita gente apavorada aguardando a vacina’

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, 16, que pretende tomar a vacina da covid-19 “por último”. A declaração foi feita a apoiadores que o esperavam em frente ao Palácio da Alvorada. Crítico da vacina – tendo declarado anteriormente que não pretendia receber o imunizante – o presidente justificou a decisão pelo fato de haver “muita gente apavorada” esperando pela vacina.

“O que acontece, tem muita gente apavorada aí aguardando a vacina, então deixa as pessoas tomarem na minha frente. Vou tomar por último. Eu acho que essa é uma atitude louvável. Porque tem gente que não sai de casa, está apavorado dentro de casa”, disse Bolsonaro. Aos simpatizantes, o presidente chegou a se queixar que a imprensa teria criticado a sua decisão de se vacinar por último. “Em vez da imprensa me elogiar, me critica”, citou.

Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, com 66 anos de idade, Bolsonaro está apto a receber a vacina no Distrito Federal desde o dia 3 de abril, mas optou por não se vacinar. Um dos argumentos do presidente para não receber o imunizante é o fato de já ter contraído o vírus em julho do ano passado. No entanto, casos de reinfecção têm sido registrados no País, além de novas variantes do vírus.

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A resistência do presidente também decorre da sua desconfiança da eficácia dos imunizantes. Além de desestimular medidas para conter o contágio pelo vírus ao longo de toda a pandemia, Bolsonaro também, por diversas vezes, colocou em dúvida a segurança das vacinas, mesmo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso de imunizações no País.

Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, 12,17% da população já foram vacinados com a primeira dose. O País, contudo, avança em ritmo lento na imunização e acumula desde o início da pandemia mais de 369 mil mortes pelo novo coronavírus.

Com a alta nos casos e mortes registrada desde o mês passado, o presidente e o governo ajustarem o discurso quanto à vacinação. O chefe do Executivo e aliados passaram a defender a imunização para a retomada da economia. Agora, o governo tenta compensar o atraso nas negociações das vacinas e seus insumos. O Ministério da Saúde também não tem atualizado os cronogramas de entregas das vacinas, depois de críticas por recuos nas previsões de doses que chegariam a cada mês ao Brasil.

Ontem, após o apelo de governadores que se reuniram ontem com representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a instituição anunciou a antecipação da entrega de doses ao Brasil. Nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que o governo brasileiro deve receber 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19 em maio, fruto do consórcio Covax Facility.

Segundo a pasta, os imunizantes serão adquiridos via Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). O primeiro lote da Covax Facility foi entregue em março com pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas na Coreia do Sul pelo laboratório SK Bioscience.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também informou na quarta-feira, 14, que a farmacêutica Pfizer deve antecipar o envio de cerca de dois milhões de doses ao Brasil no primeiro semestre. A previsão de entrega até junho desta vacina é de 15,5 milhões de doses. No total, o governo contratou 100 milhões de doses da Pfizer após meses de negativas a ofertas da empresa. Bolsonaro alega não ter aceitado as ofertas da empresa no ano passado porque o imunizante ainda não tinha a aprovação da Anvisa.

O atraso na aquisição dos imunizantes pelo governo, bem como a falta de insumos e medicamentos estão na mira da CPI da covid-19 no Senado, criada nesta semana após determinação do Supremo Tribunal Federal. O colegiado deverá investigar as ações e omissões do governo federal durante a crise sanitária e os repasses de recursos a Estados e municípios.

Fonte: RÁDIO CULTURA FM 101,7

Saúde só consegue comprar 17% dos remédios previstos

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O Ministério da Saúde está com dificuldades para refazer a reserva técnica de remédios do kit intubação, que está praticamente zerada. Esses medicamentos são usados no tratamento de pacientes de covid em estado grave. Nota técnica da pasta do dia 12, obtida com exclusividade pelo Estadão, mostra que o governo tentou comprar doses para seis meses, mas só conseguiu 17% do planejado.

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Ontem, o ministro Marcelo Queiroga disse que deve receber mais lotes em até dez dias. Os remédios garantem que o paciente seja intubado sem sentir dor e sem tentar arrancar o tubo em reação involuntária.

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O estoque federal de um dos dez remédios do kit acabou, e os de outros nove estão quase no fim. A responsabilidade de comprá-los costuma ser de Estados, municípios e hospitais. No entanto, o próprio documento determina que, com o risco de desabastecimento nacional, o ministério tem o papel de facilitar as compras. A pasta vem recebendo alertas a respeito há mais de um mês.

Analgésicos, sedativos e remédios que controlam o coração e a circulação pulmonar estão entre os itens que acabaram. O maior estoque é do sedativo Cetamina, com previsão de durar 19 dias. O ansiolítico diazepam dá para mais quatro dias: o hemitartarato de norepinefrina, para mais 24 horas.

Segundo a nota, o ministério vinha mantendo a reserva por meio de pregões de compra de 2020. Agora, destaca a ‘considerável baixa no estoque’ e alerta para a dificuldade de compra no País e no exterior. Procurada, a Saúde não informou o volume ideal da reserva, mas o documento fala em montar estoque para seis meses.

Em reunião com a Casa Civil no fim de março, ficou acertado que a Saúde compraria 186 milhões de doses dos medicamentos, o suficiente para 180 dias. Só foram obtidas, porém, 32,48 milhões de unidades (17%).

Sem estoque

As compras seriam feitas por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Braço das Nações Unidas para o continente, a Opas só conseguirá entregar 14% das 100 milhões de doses demandadas. Queiroga citou ontem a entidade como uma das saídas para normalizar o estoque. No último dia 29, o ministro já havia dito que a entrega, via Opas, levaria 15 dias e normalizaria o abastecimento.

Por meio da ata de registro de preços, o País conseguiu 14,9 milhões de doses, 82% do previsto. Já a tentativa de compra pelo pregão ainda não deu resultado. O governo também recebeu, da Vale, doação de 2,8 milhões de doses de cinco medicamentos.

Para fazer a conta de quantas doses são necessárias por dia, o governo leva em consideração o consumo médio mensal verificado na última semana de março, que foi de 34,3 milhões. Mas os dados de abril, ainda não consolidados, já mostram um aumento no consumo desses medicamentos – sinal de que a quantidade necessária pode ser ainda maior.

Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz, disse que a dificuldade enfrentada nessas compras pelo Ministério da Saúde acende um ‘alerta vermelho’ para o risco de desabastecimento no País. ‘A situação está grave porque o ministério não se preparou para a piora da pandemia. A chance de faltar remédios para intubação é grande.’

Uma saída possível, diz ele, é comprar remédios de forma direta, sem necessidade de licitação. O rito habitual exige a licitação, mas Maierovitch explica que, em situações emergenciais, pode ser dispensada.

Em nota, o ministério diz já ter distribuído mais de 8 milhões de medicamentos para intubação aos Estados e municípios. Questionada pelo Estadão sobre o tamanho habitual da reserva técnica e se o País corre risco de desabastecimento, a pasta não respondeu.

Chegada de medicamentos

Em nota, o Ministério da Saúde informou que aguarda para esta quinta-feira a chegada de 2,3 milhões de medicamentos para intubação. Os insumos foram doados por um grupo de empresas formado pela Petrobrás, Vale, Engie, Itaú, Unibanco, Klabin e Raízen. Os medicamentos saíram da China nesta quarta e, assim que chegarem ao Brasil, serão distribuídos imediatamente aos Estados com estoques críticos dos insumos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: CGN

‘Na melhor das hipóteses, podemos concluir a vacinação em novembro’, diz fundador da Anvisa

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É isso mesmo. A imunização dos grupos elegíveis atualmente contra a Covid-19 pode terminar em novembro no Brasil. Embora haja poucas chances de isso ocorrer, Gonzalo Vecina Neto, fundador e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz que a situação pode sim, ser considerada.

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O médico sanitarista, que também é professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) conversou com o Olhar Digital sobre a vacinação no país e falou sobre o que se pode esperar nos próximos meses. ‘A perspectiva mais concreta é de que terminemos de vacinar esses grupos em fevereiro de 2022’, afirmou.

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Vecina lembra que é importante considerar apenas as vacinas que o Brasil já tem à disposição, ou seja, a CoronaVac e a Covishield, fabricadas no país, respectivamente, pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). ‘O que precisa é alinhar com o Butantan e a Fiocruz qual é o esquema de entrega. São eles que devem definir o cronograma’, explicou.

Além disso, tudo está condicionado a imprevistos. ‘Diariamente, há notícias de fatos novos em alguma fábrica, seja um atraso de insumo, seja uma máquina que quebra. Então, eles [Instituto Butantan e Fiocruz] se planejam, e a gente cobra essa promessa deles’.

Se a imunização dos adultos for realmente concluída em novembro, para 2022 ficam faltando as crianças. ‘Estamos falando aí de 50 milhões de pessoas, ou seja, 100 milhões de doses’, calcula Vecina. Segundo ele, até lá, o Instituto Butantan e a Fiocruz já devem estar com suas produções estabilizadas. ‘Então, pode ser que sejam essas as vacinas ministradas em crianças e jovens e, talvez, a Sputnik V’, avalia.

Criada pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, a Sputnik V aguarda autorização da Anvisa para ser utilizada por aqui. Há pouco mais de duas semanas, a União Química, empresa brasileira que é parceira do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e responsável pela fórmula no Brasil, divulgou o primeiro lote do imunizante produzido integralmente no país.

Paralelamente, a Anvisa avalia a liberação da importação direta da vacina, solicitada pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC). Formado por Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, o BrC apresentou contrato de intenção de compra de cerca de 30 milhões de doses do imunizante.

Vecina não acredita que essa importação direta chegue a ser concretizada. ‘A Sputnik V somente existirá se for produzida no Brasil. Então, quando a União Química tiver condições de fabricá-la em Brasília, ela poderá ser produzida e posteriormente entregue.’

Para o médico, ainda deve levar cerca de seis meses até que a produção da fórmula russa seja iniciada por aqui. Isso porque a fábrica precisa receber equipamentos adequados e passar por inspeção da Anvisa. ‘Aí, sim, é que entra o processo de transferência de tecnologia do Instituto Gamaleya para a União Química. Não tem milagre: não dá para fazer de um dia para o outro’, disse.

Na corrida das vacinas, mais uma opção foi anunciada recentemente, há pouco menos de três semanas: a Butanvac, do Instituto Butantan. Quando apresentou o imunizante, a entidade divulgou um cronograma ousado, que prevê que a fórmula esteja pronta para distribuição para todo o país já em julho deste ano.

Vecina contesta a possibilidade de a Butanvac passar por todas as etapas de avaliação nesse prazo. ‘Nem sonhando. Se tudo correr maravilhosamente bem, ela estará disponível no fim do ano. E olhe lá: existem muitas coisas para acontecer antes disso’.

O imunizante da instituição será 100% produzido no Brasil, mas sua tecnologia é importada: foi desenvolvida nos EUA por pesquisadores da Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai, em Nova York. O Instituto Butantan tem licença para o uso e a exploração de parte da técnica, que permite obter o vetor viral usado na fórmula da Butanvac.

Vacina da Índia não é recomendável

Na busca pela solução para a crise sanitária, o professor destaca que as vacinas indianas não são uma boa opção para o Brasil. ‘A Covaxin é bom a gente fugir’, ressaltou. ‘Ela não tem aprovação de fase 3 e não é produzida em boas práticas de fabricação. Havia um contrato de compra de 20 milhões de doses desse imunizante, por meio da Precisa Medicamentos, mas não dá para comprar uma vacina que é feita sem esterilização adequada ou sem mensuração da potência’.

A chegada das vacinas da Janssen e da Pfizer ainda parece distante para o especialista. ‘O contrato com a Pfizer tinha uma cláusula de confidencialidade, que foi violada pelo Ministério da Saúde. Portanto, tecnicamente, o acordo pode ser simplesmente rompido’, lembrou. ‘Já o contrato com a Janssen teria sido assinado com o [ex-ministro Eduardo] Pazuello, mas o [atual ministro Marcelo] Queiroga não fala desse assunto. Então, elas não são uma realidade no momento’.

Vale lembrar que os EUA interromperam o uso do imunizante da Janssen na quarta-feira (14) por determinação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA. A decisão foi motivada por relatos de casos raros de trombose (formação de coágulos sanguíneos) associados ao uso dessa fórmula.

Fonte: Plantão News

Yes! Cosmetics caminha para se tornar uma empresa totalmente vegana

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Uma das marcas mais conhecidas de cosméticos do Brasil, a Yes! Cosmetics, caminha para se tornar totalmente vegana. Atualmente, mais de 50% dos produtos da marca já são veganos, incluindo toda a linha de perfumaria e todos os lançamentos dos últimos dois anos. Com a substituição gradativa dos produtos, em alguns anos, todo o mix de produtos da Yes Cosmetics será vegano, alinhando a empresa a uma tendência mundial.

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‘Os produtos veganos chegaram para ficar. Acredito que é uma tendência em todo o mundo, como um estilo de vida mais saudável. Isso porque a consciência ambiental é cada vez mais forte e está se tornando uma exigência dos consumidores, do mercado’, diz a Ketty de Jesus, sócia-fundadora e diretora de Desenvolvimento de Produtos da Yes! Cosmetics.

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Segundo ela, diferente de alguns anos atrás, os produtos veganos estão se tornando cada vez mais acessíveis, com preços equivalentes aos produtos tradicionais. Só que com muitas vantagens para o meio ambiente e para os consumidores. Além de não agredirem os animais, a Yes! também se preocupa com os benefícios dos produtos, colocando ativos que trazem nutrição, hidratação e tratamento para o usuário.

Por ser uma empresa preocupada com a sustentabilidade, os produtos possuem fórmula livre de parabenos e triclosan e não são testados em animais, ou seja, são cruelty free. A marca também se preocupa com as embalagens, que são de papel com certificação FSC, selo que garante a origem de bom manejo florestal.

Outro passo que vem sendo estudado pela empresa é a substituição das embalagens plásticas. Hoje, algumas embalagens da linha já utilizam menos plástico e todas são recicláveis, mas a marca quer ir além. ‘Estamos trabalhando, com muita pesquisa, para trocar o plástico das embalagens primárias por embalagens feitas com produtos biodegradáveis’, acrescenta Ketty de Jesus.

Muita gente confunde o cosmético natural com o vegano, mas eles são diferentes. Os cosméticos veganos não utilizam nenhuma matéria-prima de origem animal, como leite, mel, cera de abelha, lanolina ou colágeno, por exemplo. Eles também não são testados em animais. Já os cosméticos naturais utilizam matérias-primas naturais na produção, podendo ser de origem vegetal, mineral ou animal.

O veganismo é uma filosofia de vida em que os praticantes se abstém do uso de produtos de origem animal, seja na alimentação, vestuário ou qualquer área da vida. Para o consumidor que não é vegano, ao comprar cosméticos veganos, ele contribui para um regime de produção mais sustentável, com menor utilização de água, menos desmatamento e proteção aos animais. Optar por cosméticos veganos impulsiona uma cadeia de solidariedade e sustentabilidade.

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O Governo Federal faz acordo para trocar testes para covid que perderem a validade

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Testes para covid – O Ministério da Saúde chegou a um acordo para a troca de exames de diagnóstico da covid-19 que perderem a validade por produtos com prazos mais longos de uso. A coreana Seegene, fabricante dos exames, aceitou fazer a reposição em nome do ‘bom relacionamento com o governo brasileiro’ e também devido ao volume de compras já feito pelo ministério.

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A ideia do ministério é distribuir 1,8 milhão de exames em maio, além de trocar parte do estoque que pode vencer. Há pelo menos 2 milhões de exames que vencem no próximo mês. O governo federal comprou 10 milhões de testes da Seegene em 2020, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O negócio custou R$ 423 milhões.

Em novembro, cerca de 6,8 milhões de testes RT-PCR estavam prestes a vencer em armazém do Ministério da Saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) renovou a validade dos lotes por mais 4 meses. Mais de 4 milhões de unidades foram distribuídas desde que o estoque foi revelado pela reportagem.

Trata-se do exame mais preciso para diagnóstico da covid-19, pois encontra o vírus ativo no organismo. A coleta do material dos pacientes é feita pelo nariz e garganta, por meio de um cotonete ‘swab’. Depois a amostra é analisada em laboratório. A demanda pelos testes aumentou nos últimos meses.

Em março foram feitos 2,39 milhões de testes na rede pública. O recorde anterior, de dezembro de 2020, era de 1,85 milhão. Apesar da alta procura, havia temor no governo federal de que os exames fossem distribuídos, mas perdessem a validade nos Estados. No fim de março, o Maranhão, por exemplo, tinha ainda cerca de 66,91 mil exames com validade para 30 de abril. Pelo ritmo de exames no Estado, o estoque poderia perder a validade antes do prazo.

Há ainda dúvidas de gestores do SUS sobre o que o ministério fará após superar o estoque atual. Não há uma grande compra engatilhada, mas a Saúde pode voltar a adquirir produtos da Seegene.

O exame RT-PCR é complexo. Durante a pandemia, o ministério deixou faltar insumos usados no processo de coleta (como tubos e cotonete do tipo ‘swab’) e extração do RNA, que exige reagentes específicos. O governo chegou a traçar a meta de encerrar 2020 com mais de 24 milhões de exames deste tipo. Até agora foram feitos apenas 14,6 milhões.

Secretários de Estados e municípios também cobram do ministério a compra de testes de antígeno, que são mais ágeis e tem boa qualidade. O secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que esse tipo de exame pode passar a ser usado em uma estratégia de controle da doença no transporte urbano, com testagem entre passageiros e funcionários das empresas do setor, como motoristas e cobradores.

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Paulo Paim defende a quebra de patente da vacina de Covid

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Quebra de patente – O senador gaúcho Paulo Paim (PT) diz que tem trabalhado dia e noite para aprovar o projeto da “quebra da patente” da vacina contra a Covid-19. A proposta de sua autoria, pronta para ir à votação no Senado, permite que os laboratórios brasileiros produzam milhares de imunizantes desenvolvidos por grandes farmacêuticas – pagando apenas os royalties pela fórmula. Conforme o senador, o setor agropecuário do País conseguiria produzir até 400 milhões de doses das vacinas contra o coronavírus, visto que possui laboratórios de excelência, onde são produzidos milhões de vacinas para o gado todos os anos.

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“O nosso projeto busca isso: liberar temporariamente a tecnologia desenvolvida pelas farmacêuticas, permitindo que todos os laboratórios brasileiros produzam a vacina contra Covid-19. A vacina salva vidas”, defende Paim.

A suspensão da patente das vacinas – o termo oficial é “Licença Compulsória de Patentes” – quase foi à votação na semana passada no Senado. Na avaliação do petista, o texto não foi apreciado devido à pressão do “maior e mais bem organizado lobby do planeta”: o da indústria farmacêutica.

Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Paim também critica o projeto que libera a compra de imunizantes por empresários, pois furaria a fila da vacinação da maioria da população brasileira. Além disso, se posicionou contrário às propostas de regularização de terras griladas na Amazônia e à autorização de garimpo em terras indígenas. Paim disse ainda que acredita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser candidato à presidência da República em 2022, com a anulação das condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Jornal do Comércio – Como a proposta de quebra de patente pode agilizar a vacinação no Brasil?

Paulo Paim – O projeto prevê a quebra de patente temporária de vacinas, insumos e medicamentos usados na pandemia da Covid-19. Na realidade, o termo correto não é “quebra de patente”, mas sim “Licença Compulsória da Patente”. O setor da agropecuária diz que, se for liberada a tecnologia para produzir a vacina, teremos condições de produzir em três meses 400 milhões de doses no Brasil. Esse setor possui laboratórios top de linha, onde produzem milhares de doses da vacina para febre aftosa (aplicada no gado). O nosso projeto busca isso: liberar temporariamente a tecnologia desenvolvida pelas farmacêuticas, permitindo que todos os laboratórios brasileiros produzam a vacina contra Covid-19. A vacina salva vidas. Não podemos mais esperar. Cada dia sem a vacina significa mais mortes.

JC – No período em que a patente estaria suspensa, o Brasil não pagaria nada para produzir?

Paim – Não, ninguém está querendo que seja de graça. Vão ser pago os royalties (pelo uso da tecnologia de fabricação da vacina). Mas serão valores muito menores do que os cobrados hoje. Os países ricos que compraram primeiro a vacina pagaram US$ 2,00 por dose. Mas hoje, países como o Brasil, que ficaram no final da fila, estão pagando três vezes mais por cada dose e ainda tem que esperar pela boa vontade (da farmacêutica). No momento, quem pagar mais leva. Então, hoje o valor da dose da vacina chega a US$ 10,00. Esse valor inviabiliza que países pobres tenham acesso à vacina. Ao mesmo tempo, os insumos e remédios para intubação subiram até 1.000%.

JC – Seria pago apenas o valor referente ao conhecimento para fazer a vacina…

Paim – Exatamente. Só o conhecimento, o resto – os insumos e ingredientes da vacina – seria gasto nosso.

JC – Com a quebra da patente, ou Licença Compulsória da Patente, quanto custaria cada dose?

Paim – No máximo, US$ 2,00. Porque pagaríamos só o royalties.

JC – Por que o projeto não entrou na pauta semana passada?

Paim – Comecei esse debate no ano passado, mas o lobby do setor farmacêutico, que é um dos maiores e mais bem organizados do planeta, foi tão forte que não deu para colocar em pauta. É interessante que a própria presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC) é a favor da Licença Compulsória da Patente. A OMC permite isso em caso de emergência. Há um movimento mundial pela quebra da patente. Já recebi documentos, por exemplo, do Prêmio Nobel da Paz, Dr. Muhammad Yunus; do ator George Clooney, da atriz Sharon Stone e outras personalidades que estão liderando um movimento para conseguir um milhão de assinaturas (pela quebra da patente). A ideia é pressionar a OMC, que vai se reunir até o fim de abril, sobre essa demanda.

JC – Quando o projeto será apreciado? O senhor acredita que entra em votação nesta semana?

Paim – Sim. O relator do projeto, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou, na sessão desta quarta-feira, que o relatório está pronto para ser votado. Fizemos um apelo ao presidente do Senado (Rodrigo Pacheco, DEM-MG) e aos líderes das bancadas para que coloquem em votação. Faremos uma live nesta segunda-feira, com a presença do relator e de especialistas em propriedade intelectual, para tratar do projeto. Estamos convictos de que a matéria é urgente e necessária. A vacina é fundamental para salvar vidas

JC – Esse projeto está rivalizando com o que permite aos empresários comprar vacinas?

Paim – De maneira nenhuma. Não tem nada disso. Tem senadores que defendem aquele projeto, mas não são contra a proposta da Licença Compulsória da Patente. O nosso projeto vai permitir que o Brasil tenha acesso à tecnologia – ou sementes, como se referem alguns especialistas – para produzir a vacina. Ninguém é contra que o Brasil produza vacinas. Já esse outro projeto quer, em resumo, que os empresários que puderem comprar vacinas no exterior vacinem seus trabalhadores.

JC – E o que o senhor pensa desse projeto?

Paim – O problema é que não tem vacina lá fora. O que dizem os médicos e especialistas na área? Se liberar, isso é furar fila. Em princípio, as farmacêuticas dizem que vão negociar com os governos dos países, não de forma particular. Mas, no mundo dos negócios, tudo pode acontecer. Talvez os empresários brasileiros consigam adquirir a vacina se chegarem lá fora dizendo que têm autorização do Brasil para comprar. Só que eles vão comprar as vacinas que poderiam vir para o conjunto da população. Aí, o critério de vacinação não vai mais ser a idade, grupo de risco etc. Vai ser o seguinte: o empresário que tiver mais dinheiro compra para sua empresa, enquanto a fila de vulneráveis e idosos vai ter menos vacinas ainda. Se tivesse vacina à vontade, não teria problema nenhum. Mas não tem.

JC – Na semana passada, foi instalada a CPI da Covid, que vai investigar como o Brasil chegou a uma das piores gestões da pandemia no mundo, com mais de 360 mil mortos. O colegiado vai analisar a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro e a aplicação dos recursos federais pelos estados e municípios. O que pode sair dessa CPI?

Paim – Estou no Congresso Nacional há quase 35 anos. Já vi todo o tipo de CPI: algumas cassaram presidente da República; outras, presidente da Câmara dos Deputados, e algumas não deram em nada. Mas uma coisa é certa: você sabe como começa uma CPI, mas nunca como termina. Por isso, foi uma bobagem essa discussão sobre estender as investigações para os prefeitos e governadores, ou não. Se alguém acha que controla uma CPI, está enganado, não controla. Quando a comissão começar a investigar a fundo, vai seguir o dinheiro. Se, porventura, (os estados e municípios) tiverem alguma conexão com o dinheiro que veio da União, vão ser chamados também. É uma bobagem quererem antecipar se vai ou não atingir governadores ou se vai ficar só no governo federal. Quero que investigue tudo. Assinei essa CPI, porque o caso é grave. O País está sofrendo um verdadeiro genocídio. Não precisa usar a palavra “genocídio”, mas há um massacre do povo brasileiro, através desse inimigo invisível (coronavírus), que tem resultado nessa quantidade de mortes assustadora. Já passamos de 360 mil mortes e há projeções que indicam que podemos chegar a 400 mil. Na semana passada, chegaram a morrer mais de 4 mil pessoas em 24 horas. Diante de tudo isso, não tem outra alternativa a não ser investigar por que chegamos a esse patamar.

JC – A tese de impeachment já vinha ganhando força dentro do Congresso Nacional, onde já existem dezenas de pedidos…

Paim – Tem mais de 100 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados.

JC – A CPI tende a dar mais força aos pedidos de impeachment?

Paim – Olha, a CPI não deixa de estar na esfera política, portanto não deixa de ser política também. Claro que a Comissão Parlamentar de Inquérito não pode ser um instrumento para querer perseguir Pedro, Paulo ou João; ou ser usada para fazer um debate ideológico ou político-partidário. A comissão vai levantar dados, números, provas, no campo da técnica e o resultado Se a CPI construir os instrumentos até mesmo para o impeachment, pode resultar nisso. É como dizem: doa a quem doer, mas prevaleça a verdade. O resto é consequência.

JC – Além da gestão da Covid-19, outro assunto tem prejudicado a imagem do Brasil no exterior: o aumento da degradação ambiental. O governo federal tem articulado a aprovação de projetos polêmicos, como o que libera o garimpo em terras indígenas – que, em estados como o Mato Grosso, são as únicas áreas onde a floresta ainda está preservada. O que pensa sobre essa proposta?

Paim – Ao mesmo tempo que eles (garimpeiros) têm um lobby muito forte no Congresso, têm dificuldades. Como é que funciona o lobby? Eles vendem o peixe, dizendo que as próprias comunidades indígenas teriam interesse nessa exploração, que melhoraria a qualidade de vida deles. Na verdade, os povos originários têm outra visão de mundo: em primeiro lugar, as águas, a terra, as florestas… De qualquer forma, há um lobby enorme no Congresso contra o qual estamos resistindo ao máximo para que isso não aconteça. Se resistirmos até o ano que vem, eles não conseguirão aprovar mais. Teremos eleições. Esperamos que se eleja um presidente comprometido com a vida e, consequentemente, com o meio ambiente.

JC – Outro projeto priorizado pelo governo é o que permite título de terras para grileiros que desmataram e se apossaram de terras públicas, principalmente na Amazônia. Originalmente, a proposta estava contida em uma Medida Provisória, que acabou caducando. Depois a MP da Grilagem – como ficou conhecida – se transformou em projeto, que não foi votado ano passado, devido à mobilização da sociedade civil.

Paim – Pelo movimento que vejo na Câmara, acho que essa proposta tem mais chance (de ser aprovada). Eles (os defensores da proposta, principalmente a bancada ruralista) alegam que o governo vai regulamentar a terra dos agricultores que estão lá há anos. Mas foi grilagem. Não pagaram nada, se apropriaram das terras públicas e correram de lá os indígenas. A maioria do Congresso é composta por pessoas muito bem de vida. Quem está mal de vida são os quilombolas, indígenas, povos da floresta, os chamados mais vulneráveis. O lobby (a favor da regularização das terras griladas) é muito grande.

JC – Com a decisão do STF que anulou as condenações do ex-presidente Lula, o senhor acredita que ele concorrerá em 2022?

Paim – Sim. Percebo que ele está não só habilitado, como também com vontade de concorrer. O ex-presidente Lula cumpriu todas as decisões da Justiça. O STF anulou as suas condenações. Enfim, se fez justiça. Lula, neste momento, é considerado imbatível em todas as pesquisas. O tabuleiro está posto à mesa, as peças começam a se movimentar. É preciso uma frente ampla pelo Brasil para salvar a Nação. O nosso povo está agonizando. Esperançar é preciso. Com esse resultado, surgiu uma luz para as grandes mudanças que o povo precisa.

JC – E aqui no Rio Grande do Sul? O PT vai ter candidato?

Paim – O PT no Rio Grande do Sul, pelo que vejo, vai ter candidato. Mas isso não quer dizer que não possa discutir uma aliança. A construção em nível nacional vai refletir também nos estados. Mas, hoje, no Rio Grande do Sul, o nome que está sendo mais lembrado é o do deputado estadual Edegar Pretto, que já foi presidente da Assembleia Legislativa, é articulado com os movimentos sociais. Sempre defendi uma frente ampla: uma composição em nível nacional que busque o melhor candidato; e uma composição no Estado também.

Perfil

Paulo Renato Paim, 71 anos, é natural de Caxias do Sul. Formado em marcenaria e matrizaria pelo Senai, iniciou a vida política na adolescência, no movimento estudantil, sendo presidente do ginásio noturno para trabalhadores e do ginásio estadual Santa Catarina, na época da ditadura militar. Jovem, veio a Porto Alegre trabalhar como metalúrgico e, depois, foi para Canoas. Logo, tornou-se uma liderança do movimento sindical, sendo presidente da central estadual. Eleito secretário-geral da CUT nacional, em 1983, Paim foi um dos escolhidos para representar o movimento na Constituinte. E, por isso, filiou-se ao PT, aos 35 anos. Elegeu-se deputado federal em 1986, sendo um dos 10 mais votados. Dividiu apartamento com Lula e Olívio Dutra nos primeiros tempos de Brasília. Reelegeu-se em 1990, 1994 e 1998 na Câmara dos Deputados, e, em 2002, elegeu-se senador. Em 2010 e 2018, reelegeu-se para o Senado. Com isso, pode completar 40 anos de Congresso Nacional ao fim do novo mandato. Sua atuação no Legislativo se destacou pela defesa dos direitos dos aposentados e da valorização do salário-mínimo.

Fonte: Jornal do Comércio – RS

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Pandemia aumenta consumo de suplementos alimentares em 48%

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Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais, ABIAD, realizada para entender os impactos da Covid-19 no comportamento do consumido. Empresas que comercializam esse tipo de produto, como a Akmos, investem nesse mercado

O novo Coronavírus ascendeu um alerta vermelho para saúde. E os cuidados com a imunidade ganharam destaque, já que a doença afeta mais gravemente aqueles com menor imunidade. O resultado: um aumento de 48% no consumo de suplementos alimentares.

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Os dados são da segunda edição da pesquisa ‘Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares no Brasil’, realizada pela Toledo & Associado para a ABIAD (Associação brasileira da indústria de alimentos para fins especiais) que investigou o comportamento dos consumidores em maio de 2020 e revelou também que em 59% dos lares brasileiros têm pelo menos uma pessoa consumindo suplementos.

De olho nesse mercado, empresas com foco em bem-estar e saúde têm aumentado a oferta desses produtos, como é o caso da Akmos, holding com ampla atuação nacional por meio de franquias e vendas multinível. A empresa, que viu seu faturamento crescer 90% em plena pandemia, lançou recentemente mais quatro linhas de suplementos alimentares, todos com os mais criteriosos processos de fabricação e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa.

O própolis é a base do Pro Power, suplemento alimentar com vitaminas C, D, E, selênio e zinco. Ele reforça a imunidade e tem sido um dos produtos mais procurados nas prateleiras da empresa. ‘O crescimento da venda de todos os suplementos da Akmos foi de 70% no primeiro trimestre de 2021 comparado com o mesmo período do ano passado. Os benefícios para a saúde são imensos e esse nicho tende a crescer ainda mais’, revela William Miranda, CEO da Akmos.

Em pesquisa sobre o assunto, realizada pesquisa da BHB Foods e Suplementos, em parceria com a Decode, feita em outubro de 2020 com base na coleta de dados digitais, 91% das buscas por suplementos correspondem àqueles relacionados ao aumento da imunidade. Só na plataforma do Mercado Livre, suplementos alimentares correspondem à categoria de produtos que mais cresceu durante a pandemia, perdendo apenas para Máscaras e Álcool gel (de 24/02 A 03/05/2020 vs. mesmo período em 2019).

Para Fabiana Benedetti, técnica responsável pela divisão de alimentos da Akmos, o consumidor precisa ter cuidado ao escolher seus produtos para consumo, priorizando os que têm registro na Anvisa. Ela alerta ainda que os benefícios variam de acordo com o organismo de cada um.

‘A função do suplemento é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação. Suplementos alimentares não são medicamentos. Portanto, não tratam, previnem ou curam doenças. Eles são destinados a pessoas saudáveis. E a dica para ter eficácia no uso é atrelar as necessidades individuais ao suplemento certo, considerando sempre uma dieta balanceada, uma vez que quando os nutrientes se apresentam em quantidades ótimas, a saúde e o bem-estar do indivíduo são maximizados, além disso, consumi-los conforme indicação e dose correta certifica sua performance. Vale muito a pena investir em suplementos já que no dia a dia é muito difícil suprir na alimentação as vitaminas e minerais que o corpo precisa’.

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Entenda a diferença de suplemento e complemento alimentar:

Suplementos alimentares: servem para complementar com vitaminas e minerais na dieta diária de uma pessoa quando não é possível alcançar os níveis ideais de nutrientes através da alimentação. Eles podem ser compostos por fibras, aminoácidos, carboidratos, proteínas e muito mais.

Complementos alimentares: têm como foco complementar a refeição, quando há carência de um nutriente específico. Ademais, agora também estão disponíveis no mercado complementos com colágeno e antioxidantes. Eles combatem o envelhecimento precoce e melhoram a saúde da pele, cabelos e unhas.

Fonte: Anvisa

Médicos relatam demissões, agressões e coerção para receitar ‘tratamento precoce’

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Mesmo com ineficácia comprovada na prevenção ou tratamento da doença, esses remédios são alardeados por autoridades, gestores e até colegas como solução mágica para a pandemia

Médicos na linha de frente da Covid-19 relatam abusos e coerção frequentes para que receitem o chamado ‘kit Covid’. Mesmo com ineficácia comprovada na prevenção ou tratamento da doença, esses remédios são alardeados por autoridades, gestores e até colegas como solução mágica para a pandemia.

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A infectologista Tassiana Galvão, professora da PUC-SP, conhece bem os prejuízos causados pela prescrição indiscriminada destes medicamentos. No dia 31 de março, ela viu o marido, Danilo Galvão, também infectologista, perder o avô para a doença após uso de remédios do kit prescritos por outro profissional. Guilherme Galvão morreu aos 79 anos com insuficiência hepática.

A complicação é um dos riscos associados ao uso do kit, que supostamente retardaria e amenizaria os efeitos da doença – daí também ser chamado de ‘tratamento precoce’. Na prática, nenhuma autoridade de saúde respeitada, como a OMS ou a Anvisa, o recomendam. Pelo contrário: alertam para possíveis efeitos colaterais, como complicações renais e hepáticas.

Tassiana, que atua com controle de infecção hospitalar no interior de São Paulo, recusou-se a assinar protocolos para a adoção do kit em hospital da região. Foi demitida no dia seguinte.

Seu relato é um entre vários de médicos pelo Brasil que têm sofrido múltiplas retaliações e pressões para adoção do tratamento. A intimidação vem de políticos populistas e colegas de profissão com viés ideológico ou desatualizados, além de pacientes desesperados e iludidos pelas fake news sobre o assunto.

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– Na busca pelo voto e aprovação, políticos veem o kit como caminho fácil para agradar a população leiga, a solução para salvar a saúde e garantir retorno da economia – diz Tassiana.

A pressão se traduz em demissões, ameaças, contratações e escalas de plantão condicionadas à prescrição do kit, assédio verbal e uma série de irregularidades praticadas por gestores públicos, privados e colegas de profissão, relatam os médicos.

Maria Flávia Saraiva, médica da família que atua na mesma região de Galvão, pediu demissão de um hospital em que trabalhava havia quatro anos devido as pressões que vinha sofrendo. Assim como colegas, recebe constantes ameaças e xingamentos, inclusive em redes sociais, acusando-a de mentiras sobre os remédios e até assassinato deliberado de pacientes.

– Me colocar contra um tratamento que o presidente é a favor parece que me coloca como inimiga do Estado. Minha família fica horrorizada com os ataques. Por isso muitos colegas se calam – desabafa, em alusão à reiterada defesa da cloroquina e de outros medicamentos sem eficácia, promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia.

O endosso do kit por autoridades aumentou a procura de pacientes pelos medicamentos– e a tensão e tempo dos atendimentos. Em cidades do interior de São Paulo, o protocolo de tratamento precoce adotado oficialmente por municípios inclui 14 remédios.

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– Metade da consulta é gasta desmentindo fake news – conta a médica da família. – A insistência varia com a moda: antes era a cloroquina, agora ivermectina, amanhã quem sabe? Quando negamos, os pacientes xingam, brigam, vão na ouvidoria.

‘Máquina de prescrições’

Nem mesmo estudantes de medicina têm passado ilesos pela coerção. Um residente da região metropolitana de Cuiabá, que pediu para não ser identificado por receio de retaliações, relata que viu sua supervisora numa Unidade Básica de Saúde sofrer represálias, como redução de equipe, por se negar a prescrever o kit. Ao questionar o uso da ivermectina num dos atendimentos com outro supervisor, foi repreendido.

– O médico responsável me mandou calar a boca e disse que, se a gente não quer trabalhar, tem muita gente precisando de emprego. A ameaça é clara: ou aceita o absurdo ou está fora- diz o residente.

Os gastos públicos com os medicamentos duvidosos, por prefeituras que adotaram oficialmente o protocolo, refletem-se na pressão sobre médicos para darem vazão aos estoques adquiridos. A pressão também assume a forma de receitas padronizadas entregues em blocos para que médicos apenas carimbem e assinem a prescrição do kit, relatam profissionais ouvidos pela reportagem que preferiram não se identificar.

A coação também cria situações aterradoras como a relatada pelo profissional de Cuiabá que, quando atendido com Covid-19 por outro médico, ouviu do colega uma recomendação incomum:

– Ele disse ‘vou te prescrever esses remédios porque sou obrigado, mas por favor não tome’. Somos forçados ou demitidos. Virou uma máquina de prescrições.

Julia Canellas, médica em São Bento do Sapucaí (SP), tem o respaldo da Secretaria de Saúde da cidade para não receitar os remédios. Em sua atividade anterior em município próximo, no entanto, lidou com profissionais mais velhos que apoiavam o kit. Na cidade atual, são os pacientes quem vão à Secretaria reclamar da falta de prescrições.

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– Estamos fazendo o melhor para eles, mas eles não veem – lamenta.

Em comum, os médicos relatam insatisfação com a falta de apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM)na pressão que vêm sofrendo por defenderem a ciência.

– Esses kits com 15 remédios são uma salada mista com grandes riscos óbvios. Não há respaldo da ciência, e o Brasil tem sido um laboratório a céu aberto. O CFM diz que garante a autonomia do médico mas, na prática, essa autonomia é só pra quem receita – diz Saraiva.

Fonte: Folha de Dourados

Covid-19: prefeitura diz que lockdown foi positivo em Araraquara

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O lockdown decretado em Araraquara, no interior paulista, foi capaz de diminuir os indicadores relativos à disseminação da covid-19 no município, revelam dados da prefeitura. O confinamento foi de 21 de fevereiro a 2 de março, e houve queda no número de diagnósticos positivos da doença, internações e óbitos.

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Os dados da prefeitura comparam os indicadores entre o primeiro dia do lockdown, 21 de fevereiro, e o dia 11 de abril, 50 dias após o início do ‘fechamento’ da cidade. O número de casos confirmados em 15 dias caiu 66,2%: de 2.361 (de 7 de fevereiro a 21 de fevereiro), para 799 (de 30 de março a 11 de abril).

‘Não tem a menor dúvida de que o lockdown foi a arma mais eficiente’ para reduzir os números, disse a secretária de Saúde de Araraquara, Eliana Honain. O município não tinha condições de vacinar a população em massa, e o outro mecanismo para aliviar a situação era o isolamento social, que realmente mostrou-se efetivo para conter e diminuir a transmissão, destacou a secretária.

No lockdown realizado em Araraquara, estavam autorizadas a funcionar apenas farmácias e unidades de saúde de urgência e emergência. Foi proibida a circulação de veículos e de pessoas na cidade. Era permitido sair de casa apenas para aquisição de medicamentos, obtenção de atendimento ou socorro médico para pessoas ou animais e serviços de urgência ou necessidades inadiáveis.

Também foram proibidas todas as atividades comerciais, incluindo postos de combustível, supermercados, que podiam funcionar apenas para delivery, prestação de serviços (inclusive agências bancárias) e industriais, seja por atendimento presencial ou para prática de atividades internas, externas, produtivas, de manutenção, de limpeza ou outra de qualquer natureza, exceto segurança. O transporte coletivo também não circulou no período.

‘O lockdown valeu a pena porque foi feito por um período de dez dias. Há quanto tempo nós estamos nessa fase emergencial e na vermelha, e não conseguimos os resultados que a gente conseguiu com dez dias?’, questionou a secretária.

As fases Emergencial e Vermelha do Plano São Paulo, a que a secretária se referiu, têm medidas menos restritivas que o lockdown, com permissão, por exemplo, para funcionamento de supermercados e circulação de pessoas nas ruas.

O número de internações caiu 24% em Araraquara: eram 218 pessoas em 21 de fevereiro e 165, no último dia 11. O total de mortes por covid-19 na cidade também teve queda expressiva: 62%. A doença matou 42 pessoas nos 15 dias anteriores ao confinamento. No período de 29 de março a 11 de abril, foram 16 vítimas.

‘O primeiro sintoma de que o lockdown deu certo é o início da diminuição do número de casos. Consequentemente, começam a diminuir as internações e os óbitos’, ressaltou a secretária de Saúde.

Apesar da melhora no cenário epidemiológico do município, que chegou a ficar com todas os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 ocupados em fevereiro, Eliana Honain destacou que a situação atual exige ‘alerta total’. No último boletim divulgado pela prefeitura, na sexta-feira (16), a ocupação dos leitos de UTI estava em 91%.

A secretária afirmou que, se as contaminações voltarem a subir, novo lockdown será realizado no município. ‘Estamos em total sinal de alerta’, enfatizou Eliana. Ela informou que estão sendo estudados critérios para fechar de novo, se for atingido o percentual de 30% de pessoas com diagnóstico positivo entre as que são testadas diariamente na cidade.

‘É difícil ter uma reabertura com controle muito rígido’, disse a secretária. ‘A gente sabe que, a partir do momento em que se faz a abertura, aumenta o número de contaminados.A transmissão volta porque não se conseguiu, em nenhum momento, zerar [a transmissão] no país’, acrescentou.

Fonte: Expresso 222

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Procon alerta: desconto mediante CPF é prática abusiva

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Procon  – É tão comum chegar estabelecimento e ditar o CPF ao operador de caixa na hora de pagar a conta que muita gente nem imagina o quão arriscado isso pode ser. O número de cadastro de pessoa física (CPF) é solicitado pelos comerciantes, sobretudo em redes, para criar uma fidelidade do consumidor. Porém, esse registro não pode ser critério para concessão de descontos na hora da compra.

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Segundo o diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, o órgão de defesa do consumidor considera abusivo o ato de condicionar desconto ao fornecimento de dados.

‘Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a loja deve explicar de maneira clara ao consumidor de que forma os seus dados serão utilizados. O consumidor deve saber que ele precisa autorizar o tratamento e o uso compartilhado dos seus dados pessoais, salvo algumas exceções. O consumidor deverá concordar com o cadastro e poderá atualizar e excluir os seus dados sempre que desejar’, explica Athayde.

Foto: Agência Brasil

De acordo com o diretor-presidente, se esses dados pessoais coletados pelas farmácias forem utilizados de uma maneira indevida ou criminosa, o consumidor pode registrar um boletim de ocorrência para que ocorra uma investigação e ainda pode realizar uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor.

Já a advogada do consumidor e professora universitária Marta Vimercati não vê problema nas redes pedirem tais dados no momento do desconto, contanto que não seja algo imposto ao cliente, e que, portanto, venha como um pedido. ‘Pode ser CPF, ou até mesmo outros dados, não há problema em pedir, contudo, o pedido deve vir acompanhado de uma autorização. Não pode ser uma obrigação’, diz.

Muito comum essa prática em farmácias, o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Espírito Santo (CRF-ES), Luiz Carlos Cavalcanti, destaca que a única situação onde legalmente se exige a identificação do comprador é quando se trata de medicamento controlado, conforme Portaria 344/98 do Ministério da Saúde, e mesmo assim a identificação se dá pelo RG.

‘Consideramos a prática de condicionar o desconto na compra ao fornecimento de dados uma prática abusiva que pode ser denunciada ao PROCON, contudo é uma prática que o cliente aceita, pois ele fornece o CPF. Existe a recente lei de proteção de dados, a LGPD onde uma empresa é a responsável pela guarda das informações que possui dos seus clientes. Caso seja provado que ela repassou tais informações ela responderá em juízo por tal ilegalidade’, conclui o presidente.

Fonte: ES Hoje

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