Nebulização de hidroxicloroquina: Polícia avalia indiciar médica por homicídio

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A médica ginecologista Michelle Chechter enfrenta a possibilidade de responder por homicídio no âmbito do inquérito que investiga a morte de uma paciente com Covid-19 que foi tratada com hidroxicloroquina nebulizada – tratamento experimental, que não tem eficácia comprovada cientificamente – em Manaus.

Em entrevista ao Metrópoles, a delegada Deborah Souza, titular do 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Manaus (AM), afirmou que a situação é agravada pelo fato de que a vítima estava grávida.

‘O problema foi que ela utilizou um medicamento que não tinha comprovação de que tivesse alguma eficácia no tratamento da Covid-19 e, além disso, a paciente ainda estava grávida, violando normas de protocolo da Anvisa e do Ministério da Saúde. Isso pode ter piorado a situação em que ela [a vítima] já se encontrava’, afirma.

O tratamento – amplamente divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) depois de situação similar em Camaquã (RS) – foi realizado em Manaus, no mês de fevereiro. Em vídeo que circula nas redes sociais, Michelle alega que a paciente havia sido curada da doença.

A ginecologista foi contratada para trabalhar temporariamente no Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL), junto a 2,3 mil profissionais de saúde. Após o episódio, a Secretaria de Saúde do Amazonas (Sesam) afastou a médica do cargo. O método aplicado não faz parte de protocolos terapêuticos contra a doença.

‘O procedimento tratou-se de um ato médico, de livre iniciativa da profissional, que não faz mais parte do quadro da maternidade, onde atuou por cinco dias’, complementou.

A delegada também responsabiliza a médica pela divulgação e viralização do vídeo. O conteúdo foi compartilhado, inclusive, pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. O Twitter, contudo, excluiu a postagem.

‘A médica foi responsável por passar uma informação que não era correta, de que ela havia conseguido recuperar a paciente com aquele tratamento, mas na verdade a paciente veio a óbito’, pontua a investigadora.

O marido de Michelle, o médico Gustavo Maximiliano Dutra da Silva, também é investigado. Ele acompanhou a esposa para trabalhar no mesmo instituto. Os policiais ainda não tem provas, contudo, de que ele tenha realizado o tratamento precoce da doença.

A médica ginecologista Michelle Chechter foi procurada desde quinta-feira (15/4), via rede social, para se manifestar sobre o episódio, mas não respondeu aos contatos. O espaço segue aberto, e esta reportagem será atualizada se a profissional responder.

Fonte: O Impacto

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Covid: Caiado pede à ONU que Brasil produza princípio ativo da vacina

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), solicitou à Organização das Nações Unidas (ONU) ajuda para que o Brasil e demais países sejam autorizados a produzir, mediante o pagamento de royalties, o IFA (ingrediente farmacêutico ativo) das vacinas contra Covid-19.

Veja também: Governo já desembolsou R$ 1,7 bilhão por vacinas que ainda não recebeu

O pedido foi feito durante reunião virtual, na última sexta-feira (16/4), com governadores e a secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohammed.

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Atualmente, o IFA só é fabricado por quatro países, o que Caiado chamou de inadmissível. ‘Isso atrasa demais o processo de vacinação. Por isso, a ONU precisa intermediar esse processo e garantir que possamos produzir o IFA, mediante o pagamento de royalties’, disse o governador, durante reunião do Fórum de Governadores com a ONU.

No início de abril, o Instituto Butantan paralisou a produção das vacinas em decorrência de atraso na entrega da matéria-prima, que viria da China. Eram 6 mil litros de IFA, que dariam origem a 10 milhões de vacinas.

Milhões de doses

Durante o encontro virtual, a ONU anunciou que vai antecipar ao Brasil o repasse de 4 milhões de doses de vacinas contra Covid-19. Elas devem chegar ainda em abril. Outras quatro milhões de unidades podem vir em maio. Os imunizantes fazem parte do consórcio Covax Facility. ‘Reafirmamos a necessidade de uma atuação conjunta no combate ao coronavírus’, afirmou Caiado, que comemorou o anúncio das vacinas.

Amina Mohammed acenou positivamente à sugestão de Caiado. E declarou ser necessária a ação conjunta. De acordo com Marlova Noleto, coordenadora da ONU no Brasil, o país será auxiliado em relação a medicamentos, vacinas e ajuda humanitária. ‘Vamos intensificar isso’, garantiu.

Fonte: Metrópoles

Convênio Drogaria Coop tem meta de crescimento de 50%

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O Coop Facilita, área financeira da Coop, pretende cumprir até dezembro deste ano a meta de elevar em 50% o número de empresas com contratos firmados com o Convênio Drogaria. Atualmente, são 17 empresas conveniadas e 7.144 beneficiários cadastrados no sistema.

De acordo com a assistente de Produtos Financeiros Caroline de Souza Carvalheiro, o Convênio Drogaria Coop é mais uma conveniência e comodidade disponibilizadas pela Cooperativa.

‘Este convênio possibilita que os funcionários das empresas cadastradas comprem medicamentos em qualquer unidade sem pagar nada na hora. O desconto é efetuado na folha de pagamento com a possibilidade de incluir um subsídio, caso a empresa empregadora prefira conceder mais esse benefício aos seus colaboradores’, explica Caroline.

As Drogarias Coop compõem uma das frentes de negócio da Coop e, até o momento, são 65 unidades, situadas no Grande ABC, cidade de São Paulo, Barueri, Piracicaba, São José dos Campos, Sorocaba, Tatuí, Cotia e Catanduva.

Na região do ABC, os cooperados e clientes ainda contam com uma drogaria que opera 24 horas, localizada na Avenida D. Pedro II, 217 – Bairro Jardim – Santo André. Para usufruir do conforto de receber seus medicamentos em casa, o serviço Coop Entrega também funciona nesse horário para as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Os pedidos podem ser feitos pelo telefone (11) 3003-2080 ou pelo WhatsApp (11) 96191-3805.

Sobre a Coop: possui mais de 895 mil cooperados ativos, cerca de 6 mil colaboradores diretos e 99 unidades de varejo, divididas em 31 lojas de supermercados, sendo 23 no Grande ABC, uma em Piracicaba, três em São José dos Campos, duas em Sorocaba e duas em Tatuí, três postos de combustíveis e 65 drogarias. Por ser uma cooperativa, seu principal objetivo é oferecer os melhores serviços a preços justos, além de reverter benefícios a seus cooperados e à comunidade. Site: https://www.portalcoop.com.br

Fonte: Folha do ABC

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/17/drogaria-coop-lanca-linha-exclusiva-de-vitaminas/

Consumir álcool não altera efeito da vacina, confirmam cientistas

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É preciso evitar o consumo de bebida alcoólica antes ou depois de tomar vacina contra a Covid? Não, mas a ideia de que é necessário cortar o álcool no período de imunização é um mito que tem se espalhado nesta campanha, constata a médica Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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A entidade, que inclusive ajuda nas decisões do Programa Nacional de Imunização (PNI) junto ao Ministério da Saúde, não tem qualquer recomendação neste sentido.

– Há muito tabu e muito despreparo dos profissionais da saúde que estão nas salas de vacinação – avalia Levi. – Infelizmente o Brasil não deu conta de fazer um bom treinamento dos profissionais, e cada um fala o que quer – conclui.

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Para Levi esse boato é preocupante, porque pode desestimular a proteção de parte da população. Entre o 1,5 milhão de pessoas que não apareceram para tomar a segunda dose contra a Covid, número que o Ministério da Saúde divulgou nos últimos dias, podem estar alguns que foram impactados por essa desinformação quanto às bebidas alcoólicas, projeta a médica.

O mito se traduz tanto em receio de que a vacina não funcione quanto de que provoque uma reação indesejada, mas os fabricantes dos imunizantes usados no Brasil, CoronaVac (criado pela biofarmacêutica chinesa SinoVac) e Covishield (do laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford), não veem comprometimento do efeito nem o risco de eventos adversos ligados às bebidas. Nos estudos clínicos, os voluntários não precisaram ter nenhum cuidado quanto a isso.

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Também não há nada a respeito nas bulas de ambos, afirma a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por avaliar e liberar os produtos no país. A reportagem consultou ainda o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, a Fiocruz, responsável pela Covishield, e o Ministério da Saúde. Todos afirmam que não há por que se preocupar.

‘Não há nenhuma evidência sobre a relação do álcool com o comprometimento da formação de anticorpos promovida pela vacina Covid-19′, diz a pasta, em nota enviada por sua assessoria de imprensa.

Em contraste com as informações oficiais dos fabricantes e das autoridades de saúde, não é incomum ver nas redes sociais publicações falando de orientações assim recebidas no momento da imunização. Um vídeo que viralizou nas últimas semanas mostra um senhor surpreso ao ouvir da profissional de saúde que terá de esperar 30 dias para tomar uma cerveja. ‘Égua, tira de volta isso’, brinca ele.

O portal de notícias Ver-o-Fato, de Belém, noticiou que a gravação foi feita em um posto de vacinação drive thru da cidade. A Prefeitura de Belém não confirma o local da filmagem, mas, em nota, explica que há sim uma orientação no município, só que mais curta. ‘O recomendado é de 24 a 48 horas ficar sem beber, mas por questão de efeito colateral’, escreve a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde. ‘Não tem nenhuma orientação para que as vacinadoras digam que tem que ficar um mês sem beber’, completa.

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A abstinência também é recomendada, por exemplo, pela Prefeitura de Fortaleza. Segundo a gestão, o consumo de álcool deve ser evitado ‘por pelo menos 24 horas do período de aplicação de qualquer vacina ofertada pela rede pública’.

Para a SBIm nada disso faz sentido. Uma resposta menor do sistema imunológico só deve ser uma questão entre as pessoas que fazem consumo pesado de álcool, especialmente aquelas que já têm uma doença hepática. Elas, ainda assim, não têm nenhuma contraindicação para tomar a vacina, ressalta Levi. Pelo contrário, quem abusa do álcool tende a ser mais suscetível a infecções e, por isso, deve buscar a proteção assim que possível.

No caso dos bebedores pesados, a orientação do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) é a de que tentem parar ou pelo menos diminuam o consumo durante o processo de imunização.

– A preocupação que a gente tem não é só com a vacina, é por toda a questão do consumo pesado de álcool em tempos de pandemia. É importante que as pessoas tenham um controle do consumo – avisa a biomédica Erica Siu, vice-presidente do Cisa.

A ingestão moderada, o famoso ‘beber socialmente’, ela diz, é calculada como sendo de, no máximo, uma dose por dia para mulher e até duas doses por dia para homem.

– É importante a gente destacar o conceito de dose. Uma dose padrão são 350 ml de cerveja ou 150 ml de vinho ou 45 ml de destilado – afirma.

Fonte: Extra online

Terceira fase da campanha “Vacina Sim” informa sobre cuidados mesmo após a imunização

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Após três meses de um processo de vacinação contra a Covid-19 ainda lento, cresce o número de imunizados com a segunda dose. Entretanto, é importante que os conhecidos cuidados de distanciamento social, uso de máscaras e higienização constante com álcool em gel continuem a fazer parte da rotina dos brasileiros. Por esse motivo, os veículos que integram o consórcio de imprensa – TV Globo, G1, GloboNews, O GLOBO, Extra, Estadão, Folha de S. Paulo e UOL – lançam, hoje, a terceira fase da campanha ‘Vacina Sim’.

Nesta etapa, mais de 70 marcas e figuras relevantes que integram outros veículos do consórcio entram em cena para amplificar não apenas informações sobre a relevância da vacinação, como também reforçar a necessidade de manter os cuidados sanitários individuais mesmo após a vacinação. O diretor de redação do O GLOBO, Alan Gripp, reforça a importância do consórcio de veículos de imprensa ao levar informação e fomentar o questionamento sobre políticas públicas no contexto da pandemia da Covid-19:

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– A união das maiores redações do país criou uma fonte vital de dados para a elaboração de políticas públicas de combate à Covid-19. E jogou luz sobre a relevância de informações confiáveis em tempos de fake news-, declara.

A relevância da vacinação foi apontada pelo diretor do Jornal Extra, Humberto Tziolas, como força vital para voltarmos à normalidade.

– Não há solução para a pandemia fora da vacinação. Só a imunização fará com que possamos voltar à vida normal. A nova fase da campanha é fundamental para reforçar que a vacina e a manutenção dos cuidados são a única saída, principalmente neste momento crítico da pandemia -, comenta.

A comunicação da terceira fase vai contar com clipe de 30 segundos com figuras que integram os veículos do consórcio para informar sobre a importância de manter os cuidados mesmo após a imunização. Além disso, as mídias impressa e digital e as redes sociais terão peças direcionadas para reforçar a mensagem, incluindo também a assinatura das mais de 70 marcas que compõem o grupo.

O diretor de Marca e Comunicação da Globo, Manuel Falcão, reforça a importância de dar continuidade à campanha Vacina Sim como forma de atuar em diversas frentes, como a desinformação, o autocuidado durante a pandemia e a preocupação com o próximo.

– É importante reiterarmos essa mensagem de continuar com os cuidados recomendados, chancelada pelo consórcio de imprensa, que todos os dias leva informação confiável e de qualidade à população -, afirma.

A Rádio CBN, uma das marcas apoiadoras da campanha Vacina Sim, integra o discurso em favor da informação e da conscientização dos ouvintes. O diretor executivo de Jornalismo, Pedro Dias Leite, afirma que o veículo está engajado em orientar a população ‘para ajudar o Brasil a superar essa tragédia o quanto antes’.

Para o diretor de Redação da Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila, a terceira fase da campanha Vacina Sim cumprirá também o papel de reforçar a importância da população retornar aos postos para tomar a segunda dose da vacina, que efetiva a imunização contra a Covid-19.

– A campanha cumpre também um papel importante em um momento em que brasileiros estão deixando de tomar a segunda dose da vacina, não completando, assim, o ciclo necessário de imunização -, declara o diretor.

O destaque e o alcance da campanha desde o início, diante de um contexto incerto de gestão da saúde no país, foi destaque para o diretor de conteúdo do UOL, Murilo Garavello. Segundo ele, o esforço e as ações coordenadas do consórcio de veículos de imprensa segue se mostrando essencial para conscientizar a população.

– Junto à imensa cobertura de todos os veículos e talentos envolvidos no projeto, acredito termos reforçado a importância da imunização coletiva como estratégia solidária, e não individual, para conter o avanço do coronavírus -, afirma Garavello.

O médico sanitarista e ex-diretor da Anvisa, Gonzalo Vecina, reforça que, quem está vivo hoje, tomou vacinas e que, por isso, não há justificativa para retirar a possibilidade de imunização contra a Covid-19. Para ele, as informações sobre a vacinação veiculadas pelo consórcio de imprensa também atuam para combater o negacionismo da ciência.

– Existem pessoas que negam a importância das vacinas. Mas o que as vacinas fazem é justamente nos proteger de enfermidades que podem ser fatais. Elas ajudam a desenvolver nossa capacidade imunológica de defesa. Temos que combater os poucos negacionistas que insistem em sua cantilena lúgubre. Informação é a vacina contra a ignorância destas pessoas – afirma o colunista do Estadão.

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Contra a desinformação

A campanha Vacina Sim foi iniciada em janeiro de 2021, junto com a imunização contra a Covid-19 no Brasil, como forma de informar a população sobre a importância de se vacinar, quando chegar o momento. Na segunda etapa, jornalistas, colunistas, atores e apresentadores que fazem parte do consórcio de veículos de imprensa – O GLOBO, Extra, G1, TV Globo, GloboNews, Folha de S. Paulo, UOL.

Fonte: Extra online

Governo já desembolsou R$ 1,7 bilhão por vacinas que ainda não recebeu

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vacinas Vacinas  – O governo Jair Bolsonaro já pagou R$ 1,7 bilhão às farmacêuticas Pfizer e Janssen por vacinas contra a Covid-19 que ainda não recebeu. As autorizações para os pagamentos ocorreram três dias após o anúncio da assinatura dos contratos, mas não há data para a entrega de imunizantes, apesar dos depósitos feitos.

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O Ministério da Saúde autorizou ainda os pagamentos de R$ 2,3 bilhões a outras duas farmacêuticas que fecharam parcerias para a entrega de vacinas, mas cujos imunizantes não receberam aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): a União Química, fornecedora do imunizante russo Sputnik V, e a Precisa Medicamentos, responsável pela indiana Covaxin. Nesses casos, a fase da despesa é o empenho, uma autorização para gastos futuros.

Os dados estão no Portal da Transparência, alimentado pelo governo federal. Depois de atrasos na atualização dos dados pela CGU (Controladoria-Geral da União), as informações ficaram disponíveis.

As novas inserções permitem saber como o governo está gastando parte dos R$ 20 bilhões liberados de forma emergencial para a compra de vacinas. O dinheiro foi destravado por uma MP (medida provisória) assinada por Bolsonaro em dezembro.

Os dados sobre pagamentos foram confirmados ainda no Siga Brasil, o sistema do Senado com informações sobre a execução orçamentária federal, baseadas no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).

O governo Bolsonaro vem fornecendo aos estados apenas as vacinas desenvolvidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz. O presidente chegou a se opor à Coronavac, a vacina do Butantan que garantiu o início da imunização.

O governo também rejeitou uma proposta da Pfizer de agosto de 2020 que previa 70 milhões de doses até o fim de 2021, com 500 mil doses já para dezembro. Pressionado a acelerar a vacinação -até agora, apenas 4% da população recebeu as duas doses-, o governo retomou as negociações com a farmacêutica.

Em 19 de março, o Ministério da Saúde comunicou a assinatura de contratos com a Pfizer e com a Janssen. A primeira deve entregar 100 milhões de doses. A segunda, 38 milhões -a vacina da Janssen é em dose única.

A pasta tornou público o contrato com a Pfizer. O pagamento antecipado está previsto no item 3.2: “O comprador efetuará um pagamento antecipado de US$ 200.002.140,00 (calculado a US$ 2/dose multiplicado pelas doses contratadas) no prazo de dez dias a contar do recebimento de uma fatura da Pfizer”.

O Ministério da Saúde autorizou R$ 1,86 bilhão à farmacêutica em 22 de março. No dia 31, houve o pagamento de R$ 1,13 bilhão, conforme os registros do Portal da Transparência. A observação na ordem bancária é a seguinte: “Pagamento adiantado US$ 200.002.140,00. Cotação R$ 5,6910.” Cada dose custou US$ 10, segundo o contrato. O pagamento efetuado mostra que o valor pago, na moeda brasileira, foi R$ 56,30.

Na prática, o governo antecipou pagamentos correspondentes a 20% do contrato.

Uma cláusula contratual prevê a possibilidade de escassez do produto e de fornecimento insuficiente dentro do cronograma acertado. Há a previsão de que a vacina seja fornecida a “outro mercado”, conforme o contrato.

O cronograma mais recente prevê 15,5 milhões de doses da Pfizer até junho e o restante até setembro. A vacina tem registro da Anvisa desde fevereiro.

Em nota, a Pfizer afirmou que um acordo de confidencialidade impede que comente “detalhes das negociações”. “O contrato estabelecido com o governo brasileiro está em linha com os acordos fechados em outros países da América Latina e do mundo.”

O contrato com a Janssen também é sigiloso. Em 25 de março, o Ministério da Saúde pagou R$ 536,7 milhões pela aquisição de vacinas. “Pagamento inicial US$ 95.000.000. Cotação R$ 5,6495”, registra a ordem bancária. Cada dose saiu por R$ 56,30, segundo o mesmo documento.

A Janssen não tem um cronograma para a entrega dos 38 milhões de doses. O uso emergencial da vacina está autorizado desde o dia 31 de março.

A empresa não quis fazer comentários sobre pagamento e contrato “por questões de confidencialidade”. “O valor do imunizante será o mesmo globalmente, independentemente do país ou da sua faixa de renda”, afirmou.

Fornecedor da Coronavac, o Instituto Butantan já recebeu R$ 1,9 bilhão do governo federal, referentes a 32,9 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Cada dose custa R$ 58,20.

Falta pagar por outros 7,9 milhões de doses já fornecidos. Os pagamentos ocorrem em até 30 dias após a emissão das notas fiscais, feita no momento da entrega. Não há, portanto, pagamento antecipado.

Já União Química e Precisa Medicamentos não têm, até agora, aval da Anvisa para fornecer as vacinas acertadas com o governo federal. A primeira ainda não apresentou documentos suficientes para provar qualidade, eficácia e segurança da Sputnik V.

Em 12 de março, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de um contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina russa. Antes disso, a pasta já havia empenhado R$ 693,6 milhões para o imunizante. A nota de empenho diz que o valor se refere à aquisição de 5 milhões de doses, “componentes 1 e 2”. Cada dose sairá por R$ 69,36. A União Química não respondeu às perguntas da Folha.

A autorização para pagar a Precisa Medicamentos, que deve entregar 20 milhões de doses da Covaxin, também ocorreu em 22 de fevereiro. O valor é de R$ 1,6 bilhão. Cada dose, segundo a nota de empenho, custará R$ 80,70.

“É correto o governo reservar doses para combater a pandemia”, disse a Precisa. “O governo federal não pagou nenhum real adiantado, diferentemente do que preveem contratos com outros laboratórios, que têm previsão de pagamento antecipado e entrega prevista só para o segundo semestre.” Segundo a empresa, o cronograma de entregas está condicionado a uma aprovação da Anvisa.

Secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Marcelo Queiroga, Rodrigo da Cruz afirmou que os pagamentos antecipados à Pfizer e à Janssen estão amparados em lei de 10 de março que prevê “medidas excepcionais” para a compra de vacinas.

As cláusulas dos contratos são sigilosas, disse. “No mundo inteiro, a prática é essa com esses laboratórios.”

Cruz espera 1 milhão de doses da Pfizer até o fim de abril e todas as doses da Janssen nos últimos três meses do ano.

Sobre as autorizações de pagamentos à União Química e à Precisa, Cruz afirmou que, por determinação legal, há necessidade desse amparo orçamentário. “Cláusulas contratuais condicionam os pagamentos à autorização pela Anvisa.”

Fonte: Diário de Cuiabá

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Governo aposta na desinfecção de espaços com grandes circulação de pessoas

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Desinfecção de espaços – Para evitar a disseminação do novo coronavírus, uma das estratégias adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) é a sanitização dos ambientes e dos transportes públicos para eliminar o micro-organismo. Quando a pandemia chegou à capital federal, em março do ano passado, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) alterou a rotina de trabalho e passou a incluir a desinfecção para eliminar possíveis pontos de contaminação pelo vírus.

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Desde março de 2020, as imediações de hospitais passam por sanitização diária, sempre à noite. Às 19h, as equipes do SLU usam caminhões-pipa para fazer a lavagem. Para tanto, utilizam água, detergente e desinfetante no Hospital de Base, no Hospital Universitário (HUB) e no Hospital da Asa Norte (Hran). As passagens subterrâneas que ficam perto desses locais também são higienizadas. O SLU passa uma vez por semana nas paradas de ônibus e feiras. Nas unidades prisionais, a desinfecção só é feita quando há pedido.

Ônibus e Metrô

Nos ônibus, a higienização fica sob a responsabilidade das empresas que operam o sistema de transporte. Desde o início da pandemia, a secretaria de Mobilidade e Transporte (Semob) determinou que a limpeza dos veículos deve ser feita com desinfetante ao chegar aos terminais. Durante as viagens, as janelas devem ficar sempre abertas.

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que, além da limpeza diária nos vagões e nas estações, faz a sanitização com peróxido de hidrogênio, a cada meia hora, nos trens que chegam nos terminais de Ceilândia, Samambaia e Central; nas estações; e no complexo administrativo.

Uma vez por semana, há a desinfecção com quaternário de amônio, que ocorre durante a madrugada, quando não há passageiros no Metrô. O investimento nessas ações foi de R$ 27 mil, pagos no ano passado com a compra dos equipamentos para higienização dos vagões.

Comércio

Nas lojas e estabelecimentos comerciais, onde há circulação de pessoas, a higienização foi intensificada. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) divulgou um protocolo sanitário com orientações a serem seguidas pelos shoppings na reabertura das atividades: não promover eventos, operar em horário reduzido, e distanciamento entre as mesas na praça de alimentação, assim como o aumento na frequência de desinfecção das áreas comuns.

No Taguatinga Shopping, por exemplo, o investimento é feito em medidas sanitizantes para reforçar a limpeza e higiene do ambiente, com entradas e tapetes sendo limpos três vezes ao dia. As superfícies em que há maior contato das pessoas, como corrimões, maçanetas, mesas, assentos, botões e totens de pagamento são higienizados com álcool 70%.

Eficiência

Uma nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda essas ações sanitizantes, sobretudo, quando não houver instalações adequadas para a lavagem das mãos. Coordenador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fiocruz, Cláudio Maierovitch ressalta que o maior risco de infecção pelo novo coronavírus é pelo ar. ‘Essa forma de transmissão pode acontecer ou por proximidade das pessoas que têm o vírus ou por compartilhamento de ambientes fechados e mal ventilados. O mais importante é a renovação do ar’, alerta.

O especialista explica que a chance de uma pessoa se infectar depois de tocar uma superfície é pequena. ‘É cada vez menos provável a contaminação pelo contato com objetos que não se põe na boca’. O epidemiologista frisa que a sanitização é mais racional em ambientes hospitalares e unidades de saúde, pois ‘é onde tem probabilidade grande de ter pessoas doentes’.

Contudo, para Maierovitch, sanitizar outros ambientes é uma estratégia pouco eficiente. ‘Limpar porta, parede e chão não tem relação nenhuma com a transmissão do Sars-CoV-2. Para a maior parte dos ambientes, basta a limpeza habitual’, diz. Ele defende que a alternativa mais segura, do ponto de vista sanitário, além das máscaras e do distanciamento entre as pessoas, é limpar as mãos. ‘As pessoas têm que cuidar para, depois de tocar em superfícies que muita gente toca, higienizar as mãos’, completa o epidemiologista. Por isso, deve haver ‘uma disposição grande de álcool para as pessoas se higienizarem’, finaliza.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Cosméticos com o DNA brasiliense

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DNA brasiliense

Sentir-se bonito ou bonita faz parte de um processo que não depende apenas de aparência, mas também de bem-estar e estado de espírito. Tomar aquele banho relaxante, passar um hidratante cheiroso ou um xampu diferente fazem parte do ritual de beleza. Ao cultivar esses hábitos e ao usar produtos que trazem prazeres olfativos e sensoriais, estamos cuidando de nós mesmos.

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E por que não aproveitar o momento de autocuidado para ajudar no fortalecimento dos negócios brasilienses? Separamos algumas sugestões de produtos de beleza e bem-estar com DNA candango.

Cerrado na pele

Creme facial Flor do Cerrado (R$ 45) e Tônico facial Aloe (R$ 35), da Tropicaiana

Criada há um ano pela brasiliense Tatiane Alice Rabelo, 28 anos, a Tropicaiana tem como foco a valorização do cerrado e dos ativos botânicos da região. A caliandra, planta nativa, é um dos ingredientes centrais do creme facial da marca. A divulgação da nossa riqueza natural está entre os grandes objetivos de Tatiane. ‘Queremos que ele possa viajar na pele e nos cabelos das pessoas do Brasil inteiro.’

Instagram: @tropicaianabrasil

Site: www.tropicaiana.com

Brasília inspiradora

Hidratante corporal (R$ 45) e Óleo finalizador para cabelos (R$ 35), da Ludge Saboaria/Divulgação

Criada por Cláudia Ataíze Santos Ludgero, 53, e Alessandra Santos Ludgero Nunes, 47, a Ludge Saboaria está há quatro anos embelezando brasilienses. A empresa familiar valoriza os ativos naturais e o contato com a natureza.

Cláudia ressalta que a cidade proporciona um contato intimista com a natureza. ‘Por todos os lugares podemos encontrar o verde das plantas e o azul do céu. Essa jovem senhora tem a maturidade necessária para abordarmos questões ambientais, de sustentabilidade, saúde e respeito aos consumidores, que são pilares da Ludge Saboaria’, completa.

Instagram: @ludgesaboaria

E-mail: ludgesaboaria@gmail.com

Um céu para todos

Sérum Facial (R$ 42), desodorante (R$ 24), bronzeador (R$ 43), protetor labial (R$ 9) e pomada cicatrizante (R$ 16), da Cherin da Mata

Adriele Notine Peixoto, 27, criou a Cherin da Mata há sete anos. Inspirada na diversidade de Brasília, lugar que nasceu, que mistura culturas e tradições de todo o Brasil, busca investir na beleza natural como forma de cuidar da cidade.

‘Acho que essa mistura multicultural gera uma potência incrível. Todos debaixo desse nosso horizonte de 360. E ainda que tenhamos muitas desigualdades para combater, é bom pensar que esse céu é para todo mundo’, declara.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Após 3 meses, Brasil vacinou contra covid só um terço do grupo prioritário

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Grupo prioritário – O Brasil completa três meses do começo da vacinação contra a covid-19 ainda longe de conseguir imunizar todos os prioritários. Hoje, o país iniciou a imunização de, aproximadamente, uma em cada três pessoas do grupo, formado por idosos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde e da educação, entre outros.

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No total, pouco mais de 25 milhões de brasileiros receberam ao menos uma dose de vacina – todos do grupo prioritário, que é estimado em 77,2 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.

Quando apresentou o plano de vacinação, no final do ano passado, o governo calculava cumprir três fases de distribuição de doses para o grupo prioritário em cerca de quatro meses. À época, a previsão era iniciar a imunização em meados de fevereiro, com projeção de vacinar todo o grupo até o fim do primeiro semestre -e a população em geral, acima de 18 anos, nos 12 meses seguintes (totalizando 170 milhões de pessoas, segundo afirmou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello).

Na prática, a vacinação contra o novo coronavírus começou um mês mais cedo, mas demorará mais do que o previsto para atingir todos os prioritários. A falta de doses, os atrasos no recebimento e a ampliação do grupo – com a inclusão de cerca de 27 milhões de pessoas – frustraram a projeção feita por Pazuello em 16 de dezembro.

Ainda é possível que o grupo prioritário receba ao menos a primeira dose até o final de junho com algumas pessoas precisando completar o esquema vacinal no seguinte -num cenário otimista, sem novos atrasos no recebimento de doses, histórico que o Brasil não tem.

Enquanto isso, países como Estados Unidos, Israel e Chile, já estão em uma etapa avançada para imunizar a população em geral. Esses países garantiram a encomenda de mais de um imunizante em 2020, algo que o governo de Jair Bolsonaro não fez.

“A pandemia mostra o seu pior momento e, agora que precisamos das vacinas, nós ficamos sem”, diz Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).

Fizemos uma estratégia de longo prazo. Porém, no curto e médio prazo [o governo] não se preocupou em ter vacinas imediatamente. E é isso que estamos sentindo hoje a falta”

Renato Kfouri, diretor da SBIm

Procurado pela reportagem desde quarta-feira (14), o Ministério da Saúde se não manifestou sobre a vacinação do grupo prioritário.

Situação hoje

Na última quinta-feira (15), o ministério anunciou que já recebeu 53,9 milhões de doses de vacina, com cerca de 34 milhões aplicadas até agora -cerca de 8,5 milhões destas eram de segunda dose.

Com base nesses dados, uma projeção otimista indicaria que todo o grupo prioritário terá recebido ao menos a primeira dose até junho -a imunização com as duas doses deve ser atingida só em setembro. Porém, o governo federal constantemente tem frustrado a quantidade de doses previstas em seus cronogramas, como aconteceu em fevereiro e março.

Para abril, por exemplo, o governo chegou a estimar que receberia cerca de 47,3 milhões de doses. Na prática, deverá ter 23,6 milhões, de acordo com consultas feita pelo UOL com a Fiocruz, fornecedora da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford), e o Instituto Butantan, da CoronaVac. Nem todas elas servirão para vacinar pessoas ainda não imunizadas, já que uma parte terá de ser usada para aplicação da segunda dose.

A princípio, deverão entregues cerca de 100 milhões de doses entre maio e junho. Mas o cronograma do Ministério da Saúde, atualizado pela última vez em 19 de março, apresenta imunizantes que ainda não foram aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não conta com atrasos nas entregas de doses da Fiocruz e do Covax Facility.

Por esse histórico, o diretor da SBIm é mais pessimista e acredita que a última pessoa do grupo prioritário a receber a primeira dose será alcançada no final de julho.

Falta de doses e lentidão

Quando o plano de operacionalização foi apresentado, em dezembro, o Brasil só havia fechado contrato para a Covishield, tendo rejeitado anteriormente acordos pela CoronaVac e pela vacina da Pfizer. À época, Pazuello reclamou da “ansiedade” da população por imunizantes.

A falta de doses para acelerar a imunização já gera contratempos para o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assumiu no mês passado. Na última terça-feira (13), ele disse que não tem “condição de estabelecer prazos” e que não sabe quando o país poderá vacinar 2,4 milhões de pessoas por dia, capacidade máxima de imunização do Brasil. Como comparação, na última quinta, foram vacinados 930 mil brasileiros com primeiras e segundas doses.

Prioridade ainda não alcançou todos os idosos

Dos imunizados do grupo prioritário, foram atendidos praticamente apenas os primeiros da lista: profissionais da saúde, indígenas e pessoas que vivem em instituições de longa permanência.

Dos idosos, ainda falta avançar para o grupo com idade entre 60 e 64 anos. De acordo com a 13ª pauta de distribuição de vacinas, de 14 abril, 2,4% das pessoas nessa faixa etária serão atendidas com os imunizantes entregues até agora.

Além dos idosos, alguns estados já começaram a imunizar profissionais de educação e da área da segurança. A lista, porém, ainda precisa avançar para áreas como a de transporte e indústria, e pessoas com comorbidades.

Quando apresentou o planejamento, a gestão Pazuello indicou que planejava iniciar a vacinação de 15 milhões de pessoas em um mês. O Brasil, porém, conseguiu chegar a essa marca em 27 de março, ou seja, pouco mais de dois meses depois de a primeira dose ter sido aplicada no país.

Governo nega omissão

A lentidão para imunizar os brasileiros é alvo de ações contra o governo federal no STF (Supremo Tribunal Federal). A Presidência, porém, nega ter sido omissa na busca por imunizantes.

Em manifestação enviada na quinta-feira (15) ao Supremo, a AGU (Advocacia-Geral da União) disse que o plano de vacinação teria “a estratégia mais eficaz de enfrentamento da pandemia, considerando a quantidade inicial limitada de vacinas para o atendimento da população brasileira”.

Ela ainda pontua que o governo “vem empreendendo os esforços possíveis para a disponibilização de imunizantes de forma célere e responsável”. Cerca de 370 mil pessoas já morrera

Fonte: BOL

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Dólar pressionado vira pesadelo para parte da indústria

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A forte valorização do dólar, que já subiu mais de 7% este ano em relação ao real, após alta de quase 30% em 2020, é um pesadelo para boa parte da indústria. Isso ocorre por causa do aumento de custos que a moeda americana provoca, seja pela importação direta de matérias-primas e componentes ou pelo fato de os insumos usados, mesmo que produzidos localmente, serem cotados a preços do mercado internacional.

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Esse equilíbrio de forças entre benefícios e prejuízos ocasionados pela alta do dólar depende, no entanto, do peso das exportações em cada negócio. Fabricantes de calçados e frigoríficos de aves e suínos, por exemplo, que vendem grande parte da produção para o mercado externo estão conseguindo se sair bem neste momento de câmbio pressionado, pois embolsam receita em dólar.

Já empresas de setores que usam insumos importados, mas são voltadas para o mercado doméstico, como fabricantes de eletroeletrônicos e medicamentos, estão sendo penalizadas pelos aumentos de custos sem ter a contrapartida do faturamento em moeda estrangeira. Neste caso, a saída é buscar alternativas para compensar as perdas de margens.

Na indústria de medicamentos, onde 90% das matérias-primas são importadas e os preços dos remédios são controlados pelo governo, há empresas que resolveram deixar de fabricar determinados itens porque não querem operar com prejuízo, conta o diretor executivo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Henrique Tada. Outras farmacêuticas tentam compensar a pressão de custos provocada pelo câmbio aumentando a escala de produção de um mix de medicamentos. “Sempre o reajuste autorizado pelo governo foi inferior aos custos, mas agora piorou porque o câmbio está alto”, diz o executivo.

Sem componentes.

No segmento de eletroeletrônicos, onde boa parte dos componentes são importados, a pressão do dólar é visível. Em 12 meses até março, os preços ao consumidor de televisores, equipamentos de som e itens de informática acumulam alta de quase 23%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mesmo período, a inflação geral aumentou 6,1%.

A Multilaser, uma das maiores indústrias nacionais de eletroeletrônicos, que fabrica tablets, televisores, computadores, entre outros, registrou aumento de mais de 40% nos custos nos últimos meses por conta do câmbio e da escassez de componentes, como chips de memórias. “Não repassamos integralmente esses custos, no entanto isso não assegura um aumento inexpressivo na ponta, já que a pressão é muito alta”, diz o presidente da empresa, Alexandre Ostrowiecki.

Para contrabalançar a retração nas vendas que os aumentos de preços podem provocar, Ostrowiecki conta que a companhia está desenvolvendo linhas de produtos mais simples e competitivas para caber no bolso do consumidor.

José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne os fabricantes de eletroeletrônicos, explica que as indústrias estão repassando os aumentos de custos para os preços porque não têm como absorvê-los. Apesar da situação complicada, ele ressalta que as companhias do setor não pensam em ajustar a produção e o emprego. Mesmo com a demanda fraca neste momento, os fabricantes enxergam uma recuperação do consumo no segundo semestre, com o avanço da vacinação.

Exportadores.

Apesar do peso da alta do dólar nos custos de vários componentes e matérias -primas, fabricantes de calçados e frigoríficos que vendem para o exterior parcela significativa da produção conseguem obter ganhos com o avanço do câmbio.

O Grupo Dok, fabricante de calçados femininos e infantis das marcas Ortopé, Dok e Dijean, com unidades em Birigui (SP) e em Frei Paulo (SE), viu dobrar no último ano a fatia das exportações na produção de 16 mil pares por dia. Hoje a empresa exporta 16% da produção. “Esse resultado é por conta do desabastecimento que houve no mercado externo em razão da pandemia e da alta do dólar”, diz o diretor de Negócios, Otávio Facholi.

Ele conta que desde o ano passado a empresa tem sido afetada pela retração nas vendas domésticas por causa da covid 19 e as exportações para 25 países, a maioria da América Latina, têm contribuído para manter as duas fábricas em funcionamento. Juntas, elas empregam 1,3 mil trabalhadores.

O cenário de alta do câmbio também é favorável para frigoríficos de aves e suínos, mas apenas para aqueles que têm parcela significativa da produção voltada para exportação. Ricardo Santin, diretor executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), observa que a alta do câmbio foi boa para os frigoríficos que são grandes exportadores “porque deu mais competitividade aos produtos, apesar dos custos malucos”.

Pressionado pelo milho e pelo farelo de soja, commodities cotadas em dólar que são a base da alimentação de suínos e frangos, o custo de produção dessas carnes subiu, em média, 45% em 12 meses. Essa alta afetou os frigoríficos voltados ao mercado doméstico, onde há hoje empresas que operam no vermelho.

Santin diz que não é possível dizer qual é a posição geral do setor. “Depende da representatividade das exportações na produção de cada um. Para quem exporta muito foi maravilhoso.” Em março, as vendas externas de frango e suínos superam a meta mensal de 500 mil toneladas estabelecida pelo setor. Foram 109 mil toneladas de suínos e 396 mil toneladas de frango. “Essa marca foi atingida muito em função do câmbio.”

Fonte: Terra

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/