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Cientistas estudam fungos da Antártica em busca de medicamento contra dengue

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Cientistas mineiros estudam fungos da Antártica em busca de substâncias que possam servir para elaboração de medicamentos contra o vírus da dengue. O projeto Micologia Antártica ou simplesmente MycoAntar está realizando testes com mais de 5 mil extratos de substâncias obtidas. Dois deles já demostraram potencial para dar origem a antivirais para humanos, pois foram capazes de inibir o vírus da dengue com baixa toxicidade.

A iniciativa envolve pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outras instituições. Durante cada Operação Antártica, que ocorre anualmente entre os meses de outubro e março, cientistas viajam ao continente gelado para realizar a coleta de fungos. As amostras, reunidas desde a criação do projeto em 2013, permitiu à UFMG constituir a maior coleção de fungos da Antártica do mundo. São cerca de 8 mil espécies.

Utilizando essas amostras, os cientistas da UFMG crescem os fungos em baixa temperatura e coletam extratos das substâncias produzidas. Eles são enviados para o Centro de Pesquisa Renê Rachou, da Fiocruz, sediado em Belo Horizonte. Lá são identificados os que manifestaram atividade biológica em contato com o vírus da dengue.

“Digamos que, de mil extratos, 100 foram ativos. Então, vamos mapear cada substância desses 100 extratos para testá-las individualmente. Já estamos nessa fase do estudo. Dois extratos já se mostraram mais promissores e agora vamos caracterizar todas as suas substâncias”, explicou Luiz Rosa, pesquisador da UFMG.

 

Também já foi identificada uma substância capaz de inibir o vírus da dengue, conhecida como meleagrina. No entanto, ela não é inédita. “Já havia sido observada em fungo marinho e agora nós a encontramos em um fungo da antártica. O problema é o seu preço. Apenas 1 miligrama vale US$ 1 mil. Mas pode ser que, de repente, nós descobrimos que esse fungo consegue produzi-la em maior quantidade. Ou quem sabe, no futuro, a gente consiga usar essa substância como modelo para criar uma molécula sintética que pode gerar um medicamento acessível”, acrescenta Rosa.

O cientista esclarece que o medicamento que buscam não será necessariamente capaz de eliminar a dengue. Pode ser, por exemplo, um remédio que alivie os sintomas de uma fase aguda ou que ajude a desenvolver uma vacina.

Biodiversidade
Com aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados, a Antártica é territorialmente 1,6 vezes maior que o Brasil e 1,4 vezes maior que os Estados Unidos. Em toda essa extensão há uma grande variedade de seres vivos. No entanto, a vida do continente gelado é composta de poucos macroorganismos. A maior biodiversidade é microbiana, isto é, composta de bactérias, fungos, vírus, microalgas etc.

O isolamento da Antártica também faz com que muitas dessas espécies tenham características particulares e sejam exclusivas, não existindo em qualquer outra parte do mundo.

“Este ano nós descrevemos um fungo novo, azul, o que é muito raro. Então estas espécies que existem lá podem ter vias metabólicas únicas, o que pode levar a descoberta de substâncias inéditas”, esclareceu o pesquisador Luiz Rosa. A nova espécie foi encontrada na neve da Antártica e foi batizado de Antarctomyces pellizariae.

Os estudos com foco na busca por medicamentos contra a dengue estão mais avançados, mas também está sendo verificada a atividade das substâncias coletadas para os vírus da zika e da febre chikungunya, entre outras doenças. Luiz Rosa destacou a importância dos investimentos públicos no Mycoantar.

“As grandes indústrias farmacêuticas investem pouco nos estudos com doenças restritas aos países tropicais, que são geralmente países subdesenvolvidos. Isso porque pesquisas com essas enfermidades, como a dengue, a zika e a febre chikungunya, dão pouco retorno financeiro. Por isso, damos a elas o nome de doenças negligenciadas. Entretanto, elas nos afetam. Cabe aos órgãos públicos, como as universidades e a Fiocruz, desenvolverem esses estudos”, acrescentou o pesquisador.

Programa Antártico Brasileiro

O MycoAntar é um dos projetos que integram o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), voltado para exploração científica do continente gelado. Ele existe desde 1982 e é desenvolvido a partir do apoio operacional da Marinha e do financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) e de instituições de fomento à pesquisa.

Desde 1982, em todos os anos, uma Operação Antártica é realizada. Entre outubro e março, os pesquisadores viajam para o continente gelado em expedições com apoio logístico da Marinha. Em 2016, ocorreu a 35ª Operação Antártica. Embora as expedições tenham período determinado, os estudos vinculados ao Proantar são ininterruptos e têm prosseguimento durante todo o ano nos laboratórios das instituições brasileiras participantes.

Fonte: Agência Brasil

Pfizer lança mapa global da resistência microbiana

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A Pfizer apresenta a Antimicrobial Testing Leadership and Surveillance (ATLAS), um mapa global da resistência microbiana, considerada uma das grandes ameaças à saúde global. A plataforma interativa oferece acesso a dados sobre a eficácia dos tratamentos com antibióticos em mais de 60 países, incluindo o Brasil.

A ferramenta já conta com a adesão de mais de 200 hospitais em nível global, mas está aberta também a farmacêuticos que desejam aprofundar conhecimentos sobre o assunto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 700 mil mortes estão relacionadas anualmente à resistência das bactérias à ação dos antibióticos.

Acessível por computador ou celular, a ATLAS disponibiliza análises de mais de 350 mil patógenos e permite que os usuários selecionem as opções de tratamento mais adequadas, estimulando o uso racional dos antimicrobianos. A atualização dos dados é feita a cada seis meses.

Ao registrar-se na página inicial do site www.atlas-surveillance.com, qualquer profissional de saúde pode avaliar dados, realizar análises e exportar tabelas e figuras que incluem parâmetros como tipo de patógeno, região e fonte de amostra.

“É essencial para os profissionais de saúde saber onde certas infecções bacterianas resistentes tendem a ocorrer e quais antibióticos permanecem eficazes contra elas”, destaca a líder médica global da Pfizer, Freda Lewis-Hall. “A plataforma ressalta nosso compromisso contínuo em fornecer aos pacientes e médicos recursos importantes, que podem ajudar a garantir a utilização adequada de antibióticos e melhorar a prevenção e o controle das infecções”, completa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Integração de líderes do setor

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Depois do sucesso da primeira edição, em 2016, a Abrafarma promove mais um rico networking entre CEOs da indústria e do varejo farmacêutico na segunda Weekend Experience. O evento, que teve início nesta sexta-feira e se estende até domingo, dia 21, propõe um formato diferenciado ao conciliar seminários técnicos para os empresários e atividades de lazer para as famílias, incluindo palestras ligadas a bem-estar, comportamento e saúde.

“Imersos em uma programação que harmoniza conhecimento e descontração, os empresários podem vivenciar uma sinergia única e agregar informações preciosas para o seu negócio”, comenta o presidente do Conselho Diretivo da entidade, Francisco Deusmar de Queirós, que conduziu a abertura dos trabalhos.

O time de palestrantes contempla renomados profissionais e formadores de opinião. A lista reúne nomes como o economista Maílson da Nóbrega, o treinador e tricampeão olímpico de vôlei José Roberto Guimarães e o publicitário Washington Olivetto. Os familiares poderão interagir com a sexóloga Laura Muller e participar de um workshop de dança com a coreógrafa Fernanda Chamma. Noites temáticas, degustações e clínicas esportivas completam a agenda e estimulam ainda mais o relacionamento entre os participantes.

Indicadores do varejo

O presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, apresentou também os mais recentes números do mercado farmacêutico nacional, a partir de dados da Close-Up International relativos ao primeiro trimestre. O setor passa por um período de desaceleração em 2017 na comparação com o ano passado, empurrada pela queda nas compras do segmento hospitalar, mas mantém um crescimento na casa dos 13%. Já no caso do varejo, as grandes redes experimentaram uma alta de 12%, enquanto as farmácias independentes não passam de um dîgito. “O grande varejo é favorecido pela estratégica localização dos pontos de venda, concentrados em regiões com renda superior à da média geral do país. Mas há ainda um vasto campo a ser explorado, sobretudo entre os medicamentos isentos de prescrição (MIPs)”, observa.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Venda de genéricos aumenta dois dígitos nas redes de farmácias

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As vésperas do Dia Nacional do Medicamento Genérico, em 20 de maio, um novo balanço de vendas divulgado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) revela um crescimento de dois dígitos na venda de medicamentos genéricos no primeiro trimestre de 2017, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os genéricos totalizaram um movimento de R$ 1,17 bilhão no grande varejo farmacêutico nacional entre janeiro e março deste ano, com alta de 10,28% sobre o primeiro trimestre de 2016. Mais de 72,2 milhões de unidades foram comercializadas, contra R$ 70,9 milhões contabilizadas no mesmo período

“O poder de compra reduzido da população leva à substituição dos medicamentos de referência pelos de menor valor”, explica Sergio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

Faturamento nominal 2016 2017 Variação
Jan 370.851.956 387.045.222 4,3%
Fev 346.160.229 359.360.954 3,8%
Mar 334.729.530 425.048.945 26,9%
Total 1.062.282.572 1.171.455.121 10,2%

 

 Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

J&J lança novo e rápido medidor para glicemia

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A marca OneTouch, da Johnson & Johnson Medical Devices, acaba de incorporar ao seu portfólio um novo medidor de glicemia. Disponível nas principais farmácias e drogarias do país a partir de junho, o OneTouch Select Plus Flex indica o resultado do teste por meio de cores e em um display com números grandes, que permite a leitura em cinco segundos e proporciona mais segurança durante a medição.

Com o lançamento, a Johnson & Johnson amplia seu esforço em prol do controle do diabetes no país. Cerca de 14 milhões de brasileiros convivem com a doença, dos quais apenas 3 milhões controlam diariamente os índices de glicemia, segundo dados da International Diabetes Federation. O OneTouch Select Plus Flex tem um preço sugerido de R$ 54,90.

“Pesquisas de mercado apontam que, para a medição diária da glicemia, conveniência e simplicidade são critérios fundamentais levados em conta pelos pacientes”, acrescenta Manoela Cordeiro, brand manager da OneTouch no Brasil.

Os diferenciais do aparelho incluem a tecnologia ColorSure, que proporciona a visualização dos resultados através de cores no visor, personalização do intervalo glicêmico de acordo com a recomendação médica, memória para 500 medições e o lancetador OneTouch Delica, para testes mais suaves e com maior sensação de conforto.

A LifeScan Medical, Inc., líder na fabricação de glicosímetros nos Estados Unidos, é a fabricante do novo medidor. Seus produtos OneTouch são utilizados por mais de 10 milhões de pessoas e estão entre os mais recomendados por endocrinologistas e clínicos gerais.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Anvisa registra primeiro teste de farmácia para detecção do HIV

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou esta semana o primeiro autoteste para detectar o HIV a ser comercializado em farmácia, como outros testes comuns. O Action, nome comercial do produto, será fabricado pela empresa Orangelife Comércio e Indústria e dará o resultado em até 20 minutos. O valor do teste será definido pelo fabricante.

A ideia do registro do autoteste do vírus da aids vinha sendo estudada desde 2015, ano em que a Anvisa havia regulado o registro de produtos para diagnóstico in vitro do HIV.

Assim como alguns aparelhos que são usados para a medição de glicose por diabéticos, o teste de HIV vem com um líquido reagente, uma lanceta específica para furar o dedo, um sachê de álcool e um capilar (tubinho para coletar o sangue). O resultado aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do HIV. A presença do anticorpo mostra que a pessoa foi exposta ao vírus que provoca a aids.

Apesar de demonstrar 99,9% de sensibilidade e efetividade, o teste só poderá indicar a presença do vírus 30 dias depois da situação de exposição. Caso o teste dê positivo, a pessoa deve procurar um serviço de saúde. Em caso de resultado negativo, o teste deverá ser repetido após 30 dias.

A situação de exposição começa a contar a partir do momento em que a pessoa possa ter tido o contato com o vírus da aids, seja em uma relação sexual sem proteção ou com o compartilhamento de agulhas. O tempo de 30 dias é o período que organismo precisa para produzir anticorpos em níveis que o autoteste consegue detectar.

Se uma nova situação de exposição ocorrer após este período um novo teste precisa ser feito, respeitando o prazo necessário para detecção e as confirmações necessárias.

*Estagiária sob supervisão da editora Luana Lourenço

Fonte: EBC

RD apresenta nova linha de suplementos vitamínicos

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A RD anuncia uma nova linha própria de complexos vitamínicos e minerais, intitulada Needs Vita e que será incorporada ao guarda-chuva da Needs, tradicional marca de HPC da rede.

“A novidade atende um público que busca produtos de qualidade com preços competitivos. A linha repõe carências nutricionais, reforça a defesa diária do organismo e custa de 10% a 15% menos que produtos de outras marcas. Sabemos que estamos no caminho certo quando constatamos que, de 2015 para 2016, as vendas de nossas marcas exclusivas cresceram 81%”, afirma Eugênio De Zagottis, vice-presidente de Relações com Investidores da RD.

Seis suplementos – Vita A/Z, Vita Ômega 3, Vita Cálcio +D, Vita Senior, Vita Mulher e Vita Homem – estão à venda nas mais de 1.450 lojas da Droga Raia e Drogasil, e também pelos sites www.drogaraia.com.br e www.drogasil.com.br. Disponíveis em frascos de 60 e 90 cápsulas, com valores entre R$ 27,70 e R$ 39,99, os produtos auxiliam na reposição de cálcio e vitaminas de A a Z, manutenção de triglicerídeos e vitalidade, além de contribuir para o funcionamento celular.

A Needs, marca-mãe da nova linha, foi concebida em 2011, com foco em produtos de primeiros-socorros. Hoje já contempla 232 produtos de diversas categorias, o que representa um aumento de 49% no portfólio em relação a 2015.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Merck lança o primeiro meio de cultura celular pronto para uso para processos de perfusão do setor

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Os dados abaixo são de responsabilidade das empresas envolvidas e não são produto jornalístico do UOL

DARMSTADT, Alemanha, 15 de maio de 2017 /PRNewswire/ — A Merck , empresa líder de ciência e tecnologia, deu hoje um passo significativo em direção ao aumento da flexibilidade na fabricação e da produtividade, com o lançamento do meio de perfusão de alta densidade EX-CELL® Advanced™. Este meio de cultura celular de alta densidade, pronto para uso, suporta processos de perfusão em baixas taxas de perfusão, aumentando o rendimento e a velocidade de perfusão.

Os fabricantes de produtos biofarmacêuticos estão adotando os processos de perfusão, a nova geração em fabricação, pois buscam cortar custos ao mesmo tempo em que desejam aumentar a qualidade e a eficiência. No entanto, os processos de perfusão precisam de um novo tipo de meio. O meio de perfusão de alta densidade EX-CELL® Advanced™ da Merck atende aos requisitos de fabricação de “nova geração” e permite que os clientes alcancem um resultado melhor do que utilizando processos convencionais descontínuos ou semidescontínuos alimentados.

“Esse lançamento representa um grande marco no caminho para permitir o processamento de nova geração, afirmou Udit Batra, membro do conselho executivo e diretor geral da Merck, Life Science . “Os benefícios da tecnologia de perfusão incluem maior custo-benefício, menor risco e mais flexibilidade na fabricação, aprimorando a capacidade de produção dos nossos clientes e aumentando o acesso ao tratamento para pessoas do mundo todo.”

Um dos benefícios do processo de perfusão é a maior produção de proteínas, comparado com processos semidescontínuos alimentados, que foi o principal modo de cultivo celular de mamíferos no setor de fabricação biofarmacêutica nas últimas décadas. A tecnologia de perfusão é compatível com pequenas instalações portáteis e pode ser usada com vários tipos de medicamentos, em várias escalas de produção.

O meio de perfusão de alta densidade EX-CELL® Advanced™ da Merck é a aquisição mais recente da linha de produtos EX-CELL® Advanced™ da empresa, que oferece melhor desempenho, simplifica a conformidade regulamentar e oferece à cadeia de abastecimento a segurança necessária no crescente ambiente biofarmacêutico da atualidade.

Todos os comunicados de imprensa da Merck são distribuídos por e-mail logo que são disponibilizados no site da Merck. Acesse www.merckgroup.com/subscribe para se registrar on-line, alterar sua seleção ou interromper este serviço.

Sobre a Merck

A Merck é uma empresa líder de ciência e tecnologia na área de cuidados com a saúde, ciências da vida e materiais de alto desempenho. Cerca de 50.000 funcionários trabalham para desenvolver tecnologias que melhoram e aprimoram a vida – de tratamentos biofarmacêuticos para tratar o câncer ou a esclerose múltipla, sistemas de ponta para a pesquisa e produção científica, até cristais líquidos para smartphones e TVs LCD. Em 2016, a Merck gerou vendas de € 15 bilhões em 66 países.

Fundada em 1668, a Merck é a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo. A família fundadora continua sendo detentora da maioria do capital do grupo empresarial de capital aberto. A Merck detém os direitos globais do nome e marca Merck. As únicas exceções são os Estados Unidos e Canadá, onde a empresa opera com os nomes de EMD Serono, MilliporeSigma e EMD Performance Materials.

Info – http://mma.prnewswire.com/media/511598/Merck_Next_Gen_Stats_Infographic.jpg

Foto – http://mma.prnewswire.com/media/511513/Perfusion.jpg

Fonte: UOL Notícias – SP

Gasto com saúde sobe mais do que a inflação

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Os cuidados com a saúde estão pesando mais no bolso do brasileiro. Enquanto a inflação no país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acumulou variação de 4,08% nos 12 meses encerrados em abril, os gastos com remédios, médicos e cuidados pessoais avançaram 8,91%, diz o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Só em São Paulo, a alta foi de 9,92% para esse tipo de despesa, enquanto a inflação ficou em 4,16% no período.

Os maiores aumentos foram verificados nos preços dos medicamentos.

No final de março, a Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) divulgou o índice máximo de reajuste autorizado para os remédios neste ano, de 4,76%.

Fonte: Agora São Paulo

Quando a queda de cabelo pode indicar que sua saúde vai mal?

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  • Cabelo caindo além da conta? Cuidado, sua saúde pode estar em risco

Não se trata apenas de uma questão estética. Tampouco estamos falando só de autoestima. Quando dia após dia nosso cabelo cai para valer, é hora de ligar o alerta.

A queda de cabelo em si é corriqueira, já que diariamente perdemos cerca de cem fios. Eles aparecem no ralo do chuveiro ou ficam presos nas cerdas das escovas de cabelo: até aí, tudo bem. Quando, porém, percebemos que há muitos fios no travesseiro quando acordamos ou que o teclado do computador fica repleto de cabelos caídos, pode ser sinal de que há um problema de saúde.

Seu travesseiro amanhece repleto de cabelos? Algo não vai bem em sua saúde “Cabelo caindo é sinal de que algo não vai bem”, diz o tricologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo Valcinir Bedin. Mas como saber se o tanto de cabelo que está caindo é normal ou não?

Para Bedin, há um “teste” rápido e eficaz, que consiste em passar a mão no cabelo e depois contar quantos fios ficaram presos entre os dedos. “Até cinco fios na mão é considerado normal. Mais que isso já é algo patológico”, afirma.

São dois os principais motivos que levam à queda de cabelo, segundo ele: os fatores hormonais e os fatores metabólicos.

Quando temos alguma desregulação hormonal em glândulas como a hipófise, a tiroide (o hipotireoidismo e o hipertireoidismo) e as suprarrenais, o cabelo, de fato, pode cair. Alterações em glândulas como os ovários, os testículos e o fígado também podem levar à queda de cabelo.

Algumas alterações hormonais, como as ocorridas durante o ciclo menstrual das mulheres, não indicam alguma enfermidade mas também podem levar à queda de cabelo. Há, porém, um distúrbio endócrino, chamado de Síndrome do Ovário Policístico, que provoca alteração dos níveis hormonais, levando, entre outras coisas, à formação de cistos nos ovários. Nesse caso, a queda de cabelos também pode ocorrer, segundo Bedin.

Para ele, uma pessoa que tenha queda de cabelo acima do considerado comum, “não pode ficar negligenciando, esperando ele crescer, para quando descobrir [o motivo da queda], o cabelo já estar em um estágio difícil de tratar”.

“Quando você perde um fio de cabelo, em até dez anos ele pode nascer novamente, de forma natural. Então teríamos o prazo máximo de dez anos para tentar fazer o tratamento, tentar interferir”. Mas e se esse tratamento for negligenciado? “Aí, somente um transplante resolve”.

Alterações metabólicas também podem causar queda de cabelo e a má alimentação é um dos principais motivos para que isso ocorra.

São duas as proteínas que formam o cabelo: a queratina –que dá a dureza, o formato, aos fios– e a melanina, que dá a cor. “E proteína precisa de vitamina, sais minerais, aminoácidos, que são encontrados em alimentos. Logo, uma dieta muito rígida, excludente, pode levar à queda de cabelo”, frisa o tricologista, que coloca o ferro e as vitaminas do complexo B como nutrientes essenciais para a boa saúde capilar.

“O ferro abre o caminho para os outros nutrientes entrarem na célula que faz o cabelo. Então se você não tiver ferro o suficiente, estes nutrientes não vão entrar nas células do cabelo”, explica. Quanto às vitaminas do complexo B, elas são “essenciais” para a produção da queratina.

O consumo de carnes vermelhas, ovos, frutos do mar e leite, segundo o presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, pode garantir os nutrientes necessários para que a pessoa mantenha o bom funcionamento do metabolismo e não venha a ter queda de cabelo.

O “tempo de vida” de um fio de cabelo é de seis a sete anos.

Existem doenças autoimunes, ou seja, que afetam a imunidade da pessoa e ataca o organismo, “que também interferem no metabolismo do corpo” e levam à perda de cabelo. Além do lúpus, doença que faz com que o cabelo caia em grande quantidade, em tufos, Valcinir Bedin coloca, também, nesta lista a artrite reumatoide e a tiroidite de Hashimoto.

A inflamação dos folíolos capilares também leva à queda e a causa, aí, pode se dar por ação de fungos como o Microsporum spp e o Trichophyton spp. A doença, chamada de “tinha do couro cabeludo” (ou tinea capiris), pode ser tratada com antifúngicos.

A alopecia areata é uma doença que faz com que pequenas áreas arredondadas de cabelo –ou de pelos– caiam Causas como o estresse também podem ocasionar a inflamação dos fios de cabelo, levando à queda. Uma das enfermidades mais conhecidas ligadas a causas emocionais é a alopecia areata, uma das vertentes da doença.

A alopécia areata faz com que pequenas áreas circulares de cabelo –ou de pelos localizados em outras áreas– caiam. Trata-se de um processo inflamatório na área da raiz do cabelo cuja causa, segundo o tricologista Valcinir Bedin, ainda não foi elucidada pela ciência –sabe-se, contudo, que fatores emocionais desencadeiam tal queda.

O cabelo, nesse caso, tende a voltar a crescer naturalmente, mas existem tratamentos à base de corticoides para a doença –com injeções ou aplicação de cremes que podem acelerar o crescimento do cabelo. O maior impacto da enfermidade acaba sendo psicológico, pois a perda de cabelo pode abalar a autoestima.

Para o patologista Juliano Schmitt, “existe uma conexão bem evidente entre os sistemas nervoso, imunológico e endocrinológico”. Ele lembra que “estresse gera aumento do cortisol, que é um hormônio que vai alterar o metabolismo de algumas glândulas do corpo”, fator que pode, como vimos, desencadear a queda de cabelo.

Ainda sobre causas emocionais, no caso, a depressão, muitas vezes é o remédio utilizado pelo paciente em seu tratamento que pode impactar na queda de cabelo. Bedin cita os medicamentospsicotrópicos, usados na psiquiatria como exemplos. “Eles interferem na entrada dos nutrientes do cabelo. Impedem os nutrientes de agir adequadamente”, afirma.

Fonte: UOL

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