Vacinação em adolescentes já pode ser feita no país? Entenda

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Adolescentes entre 12 e 14 anos começaram a ser vacinados contra a covid-19, nesta quarta-feira (16), em Betim, Minas Gerais. A cidade mineira é a primeira do Brasil a imunizar essa faixa etária, mesmo com a orientação do PNI (Plano Nacional de Imunizações) de aplicar as doses somente em pessoas acima dos 18 anos.

Para o infectologista e pediatra Renato Kfouri, da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a decisão de antecipar doses para essa faixa etária é errada, já que os riscos de desenvolver a forma grave da doença são menores. ‘É um equívoco você vacinar primeiro adolescente. Não se vacina nenhum adolescente até que o último adulto esteja vacinado. Não têm questões de risco para priorizar adolescentes’, explica o médico.

A decisão vai contra também à indicação da OMS (Organização Mundial da Saúde). O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom sugeriu que os países doassem as doses de vacinas ao países mais pobres em vez de aplicar em crianças e adolescentes, neste momento.

A cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan afirmou, ainda no começo das imunizações no mundo, que as crianças correm um risco muito menor de contrair a forma grave da covid-19. E lembrou que não há doses suficientes disponíveis no mundo para proteger as pessoas que correm mais riscos. ‘Proteja primeiro as pessoas mais expostas, porque queremos reduzir as taxas de letalidade. Depois, gradualmente vai por faixas etárias até chegar às crianças’, disse ela.

Kfouri também alerta para a falta de informações sobre a segurança dos imunizantes em crianças e adolescentes. ‘Os eventos adversos precisam ser mais bem estudados nessa faixa etária. Porque um efeito tolerável nos adultos, pode ser inaceitável em crianças a adolescentes. Os efeitos podem não alterar a relação risco-benefício para adultos, mas o mesmo efeito, a mesma vacina pode ter uma relação de risco-benefício afetada nas pessoas mais novas’, ressalta o infectologista.

No dia 11 de junho, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a aplicação da vacina Pfizer em pessoas acima dos 12 anos, baseado nos resultados de estudos feitos pela farmacêutica fora do país.

Pela pesquisa, a eficácia do fármaco entre adolescentes de 12 a 15 anos é de 100%. O estudo clínico foi feito com 2.260 voluntários. Um grupo recebeu placebo e 18 pessoas foram infectadas. O outro recebeu o imunizante e ninguém ficou doente.

A liberação da agência e os resultados apresentados pelo laboratório não levaram o Ministério da Saúde a liberar a imunização para pessoas dessa idade. Em comunicado, a assessoria de imprensa da pasta respondeu:

‘O Ministério da Saúde informa que a ampliação da vacinação para adolescentes a partir dos 12 anos, com o imunizante da Pfizer, está em discussão na Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis. A pasta reforça que, neste momento, a prioridade é vacinar todos os grupos prioritários estipulados pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 e imunizar toda a população acima de 18 anos. A orientação é para que estados e municípios sigam o que é recomendado pelo Ministério da Saúde. No entanto, os gestores locais do SUS [Sistema Único de Saúde] têm autonomia para seguir com a própria estratégia de vacinação.’

O prefeito de Betim, Vittorio Medioli relacionou a antecipação à volta as aulas. ‘Depois de iniciarmos a vacinação dos professores, damos mais um passo no planejamento de retomada às aulas. Já perdemos o ano letivo de 2020 e temos que fazer um esforço para recuperar e não perdemos ainda este ano. Poderemos avaliar as condições de retomar com as aulas (ensino semipresencial) em agosto’, disse o gestor.

Na América Latina, o Uruguai já aplica vacinas em jovens e adolescentes e a previsão é começar no Chile, a partir da próxima segunda-feira (21). Além dos vizinhos do Brasil, nos Estados Unidos, em Israel e alguns países europeus começaram imunização da faixa etária. Mas vale lembrar que em todos esses lugares a vacinação está mais adiantada do que aqui.

Fonte: Diário da Amazônia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/betim-nao-aprovou-vacinacao-contra-a-covid-de-adolescentes-em-conselho-diz-governo/

Ao contrário do que afirma post, ivermectina em altas doses pode causar até convulsão

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É enganosa postagem de médico no Twitter e no Instagram afirmando que a ivermectina é um remédio seguro em altas doses e com estudos comprovados de sua ação antiviral. O profissional defende o uso da substância no “tratamento precoce” contra a covid-19, porém não há, até o momento, estudo que comprove a eficácia do antiparasitário neste sentido e o uso é desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela farmacêutica Merck, que produz a droga nos Estados Unidos. Especialistas também afirmam que nenhum medicamento é seguro em doses excessivas.

Conteúdo verificado: Postagens no Instagram e no Twitter de um médico defendendo que ivermectina é um remédio ‘enviado por Deus’, seguro em altas doses e com estudos já comprovados de sua ação antiviral.

É enganoso o conteúdo de postagens feitas pelos perfis de um médico no Twitter e no Instagram em que ele afirma que a ivermectina é um ‘remédio enviado por Deus’, barato, seguro em altas doses, pouco metabolizado no fígado e não filtrado nos rins e que sua ação antiviral já foi comprovada em estudos. O medicamento, de fato, é barato, mas ele não é seguro em altas doses, não tem eficácia antiviral comprovada e deve ser utilizado apenas como antiparasitário, como indica a bula. Doses além do recomendado podem provocar intoxicação e reações que vão desde urticária até convulsão.

Além disso, segundo especialistas ouvidos pelo Comprova, o teor de metabolização do medicamento no fígado ou de filtragem pelos rins não é, por si só, um indicativo de que ele seja seguro e que possa ser tomado em altas doses. Isso porque, ainda que um medicamento tenha baixa toxicidade, não quer dizer que ele não possa fazer mal. A ivermectina tem muitas interações medicamentosas e seu uso é recomendado em dose única, e não diária ou semanalmente, como vem sendo prescrita pelos defensores do ‘kit covid’ e do ‘tratamento precoce’.

De acordo com a bula do medicamento, a ingestão de altas doses pode provocar intoxicação e, nestes casos, o paciente deve procurar assistência médica imediatamente levando, se possível, a bula ou a embalagem do medicamento. São relatados com maior frequência lesões cutâneas até urticária, inchaço, dor de cabeça, tontura, falta de disposição, náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia, convulsões, alteração do equilíbrio, falta de ar e alterações na sensibilidade. A Food and Drug Administration (FDA) alerta para a possibilidade de coma e até morte em caso de overdose.

Como verificamos?

Primeiramente, buscamos informações profissionais do usuário @CanaldoFalcao1 em seu perfil no Twitter e encontramos o registro profissional de Marcos Falcão Farias Monte, sob o número 8608-AL, no Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas. Também analisamos um canal do Telegram mantido pelo médico, por meio do qual encontramos um estudo envolvendo a ivermectina como potencial profilático para covid, compartilhado por ele. O material foi publicado no periódico Journal of Clinical and Diagnostic Research, considerado de média relevância, sem ser de excelência nacional ou internacional.

Em seguida, a partir de postagens em que o médico defendia e prescrevia a ivermectina e outros medicamentos do chamado ‘kit covid’, entramos em contato com especialistas para falar sobre os efeitos da droga e o impacto de altas doses. Para isso, ouvimos o infectologista Fábio Amorim, médico do Instituto Couto Maia, em Salvador, unidade de referência para doenças infectocontagiosas, e também o hepatologista Raymundo Paraná, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador do núcleo de pesquisa em Hepatologia do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES/UFBA).

Buscamos informações sobre o uso da ivermectina para pacientes com covid-19 junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) e sobre os efeitos do medicamento em reportagens, como esta, publicada pelo CORREIO, e esta outra, do UOL.

Por fim, também entramos em contato por meio de um número de celular disponível na conta do Twitter de Marcos Falcão.Ele respondeu por outro número de telefone, exigindo o número de registro do jornalista e não respondendo às questões propostas. Também tentou intimidar o profissional, ameaçando denunciá-lo, processar o Comprova e, ao fim, compartilhou trechos da conversa nas redes sociais, desmerecendo o trabalho da checagem.

O Comprova fez esta verificação baseado em informações científicas e dados oficiais sobre o novo coronavírus e a covid-19 disponíveis no dia 16 de junho de 2021.

Verificação O que diz a bula da ivermectina

Disponível no bulário eletrônico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a bula da ivermectina recomenda a ingestão de uma dose única do medicamento para tratar doenças causadas por vermes ou parasitas. Na maior parte das doenças – estrongiloidíase, filariose, ascaridíase, escabiose e pediculose -, a dosagem recomendada é de 200 mcg por quilo de peso corporal. Uma pessoa que pesa entre 66 kg e 79 kg, por exemplo, deve tomar dois comprimidos e meio. Acima desse peso, o paciente deve calcular a quantidade de mcg por kg para tomar a dosagem correta.

Tabela 1

No caso do tratamento para oncocercose, a dose oral única deve ser de 150 mcg/kg de peso corporal. Uma pessoa que pesa entre 65 kg e 84 kg deve tomar dois comprimidos.

Tabela 2

A bula esclarece que a dose não deve ser repetida, a menos que haja recomendação médica e após a realização de exames laboratoriais. Também informa que, ‘em caso de intoxicação acidental ou na exposição significativa a quantidades desconhecidas de formulações veterinárias de ivermectina em humanos, seja por ingestão, inalação, injeção ou exposição de áreas do corpo’, o paciente deve procurar assistência médica imediatamente levando, se possível, a bula ou a embalagem do medicamento.

A bula da ivermectina informa que foram relatados alguns sintomas após a ingestão de dose acima da recomendada. Com maior frequência aparecem lesões cutâneas até urticária, inchaço, dor de cabeça, tontura, falta de disposição, náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia, convulsões, alteração do equilíbrio, falta de ar e alterações na sensibilidade.

Problemas no fígado e nos rins

No post verificado aqui, Marcos Falcão afirma que a ivermectina é um ‘remédio enviado por Deus’, que é ‘apenas 8% metabolizado no fígado’ e que ‘a molécula é grande e portanto não é filtrada nos rins’. Ele também afirma haver estudos comprovados de sua ação antiviral e que a medicação é ‘segura em altas doses’.

Médicos ouvidos pelo Comprova, contudo, refutam a informação publicada por Falcão. Tanto o infectologista Fábio Amorim, do Instituto Couto Maia, em Salvador, quanto o hepatologista Raymundo Paraná, da UFBA, têm atendido pacientes com problemas relacionados à ingestão de altas doses da ivermectina.

‘Não desmerecendo o papel de Deus nisso tudo, mas é, no mínimo, questionável. Não tem nenhum documento, nenhum paper (artigo científico), em nenhum lugar do mundo que prove a eficácia da ivermectina (contra a covid). Eu desconheço. Não tem medicação nenhuma milagrosa. A gente trata as complicações da doença e não tem nada que trate ou amenize a covid’, afirma Fábio Amorim, que atende apenas em ambiente hospitalar pacientes infectados pelo coronavírus.

Ele acrescenta, ainda, que nenhuma medicação é segura em altas doses. ‘O que diferencia droga de veneno é volume, é quantidade. Nada em excesso ou fora de padrão é benéfico para ninguém. Se você conversar com gastroenterologista, tem pacientes com intoxicação por hipervitaminose, por excesso de vitamina D, e se você não tratar, o paciente pode ter infarto em poucos anos. Nem vitamina é benéfica em altas doses e as pessoas estão fazendo overdose de ivermectina, de hidroxicloroquina, de zinco, de vitamina D. Não tem porque a gente usar medicamento em demasia. Isso é insanidade’, afirma.

Raymundo Paraná, que tem atendido pacientes com lesões no fígado por conta do uso indiscriminado da ivermectina, reforça que a quantidade metabolizada no fígado ou filtrada nos rins não torna o medicamento seguro, ou mesmo eficaz, contra a covid. ‘Ela tem muitas interações medicamentosas, tem neurotoxicidade e, embora o potencial de toxicidade dela seja muito baixo, não quer dizer que ela não tenha potencial de toxicidade’, explica.

‘A medicina tem como princípio primum non nocere – primeiro não faça mal. Para saber se não está fazendo mal, a gente tem que ter noção de que ela faz bem, o quanto faz mais bem do que mal. Se a gente não tiver essa noção, o pouco mal pode se transformar num grande mal se eu não tenho benefício. Como qualquer outra droga, se eu não tenho vantagens com o uso dela, eu só acumulo desvantagens. E, até o momento, a ivermectina é utilizada como antiparasitário e nem o fabricante recomenda que se use em outra coisa’, aponta.

O que dizem as entidades de saúde e o fabricante

A OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, não recomendam o uso de ivermectina para nenhum propósito que não seja aqueles para os quais o medicamento é autorizado: doenças parasitárias, como oncocercose e sarna.

A revisão dos estudos sobre medicamentos para uso em pacientes com covid-19 identificou ‘incerteza nos benefícios e danos potenciais’. ‘Embora estimativas sugiram benefícios com ivermectina, fatores como limitações metodológicas dos estudos apontam que as evidências são insuficientes e que mais pesquisas são necessárias para confirmar ou descartar esses achados’, diz a OMS.

Em 31 de março de 2021, a organização recomendou que a ivermectina fosse usada apenas em ensaios clínicos relacionados à covid-19, tendo em vista que a evidência atual sobre o uso desse medicamento para tratar pacientes com a doença é inconclusiva.

A Food and Drug Administration (FDA), agência de regulação dos Estados Unidos, também não aprova o uso da ivermectina para tratar ou prevenir a covid-19 e alerta que o uso de doses excessivas do medicamento, que não tem efeito antiviral, pode causar danos. A European Medicines Agency (EMA) também desaconselha o uso da ivermectina para pacientes com covid ou para prevenir a doença.

O laboratório Merck, fabricante da ivermectina nos Estados Unidos, afirmou em 4 de fevereiro de 2021 que os cientistas da empresa examinam cuidadosamente todos os estudos disponíveis e emergentes de ivermectina para o tratamento da doença para evidências de eficácia e segurança.

Até o momento, diz, a análise identificou não haver base científica para um efeito terapêutico potencial contra a covid de estudos pré-clínicos; não haver evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com a doença; e preocupação com a falta de dados de segurança na maioria dos estudos.

‘Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora’, diz o comunicado.

Quem é o autor do post

Marcos Falcão Farias Monte é médico com registro no Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas, sob o número 8608-AL. O documento foi emitido há seis meses, em 15 de dezembro de 2020, após ele se formar pela Universidade Federal de Alagoas. Não há especialidades registradas.

Ele atende no formato de telemedicina e, tanto no Twitter quanto no Instagram, se apresenta como ativista político de direita, oferecendo tratamento imediato contra a covid. Também mantém um canal no YouTube, que já passou quatro meses desmonetizado como punição aplicada pela plataforma.

Via WhatsApp, o médico oferta serviços de análise clínica, prescrição de remédios, acompanhamento até a cura dos sintomas e solicitação de exames, com direito a quatro retornos por um valor de R$250.

Também pelos perfis, o Comprova localizou um canal do Telegram mantido pelo médico com mais de 5 mil inscritos. Na plataforma, Falcão recomenda – para ‘ajudar na prevenção da covid’ – que todo domingo as pessoas tomem um comprimido de ivermectina para cada 30 kg. ‘Se tiver num meio-termo, arredonda para mais. Exemplo: 45 kg, toma dois’, diz a publicação, que indica, ainda, a ingestão de outras quatro substâncias também sem comprovação contra a covid em dias alternados, por semana ou diariamente. Em nenhum momento o profissional orienta as pessoas a consultarem um médico antes da ingestão do combo.

Para o hepatologista Raymundo Paraná, essa dosagem não é testada em humanos e não há estudos que comprovem o efeito antiviral da ivermectina, diferente do que diz Falcão. ‘Já vi pacientes tomando 2 comprimidos por dia, 1 por dia, 1 por semana, 1 a cada 15 dias e já vi 12 comprimidos por dia. É uma loucura. Nunca vi uma prescrição igual à outra porque ninguém sabe qual é a dose e nem o tempo de tratamento. Quando, em medicina, existem propostas muito diferentes, é porque nenhuma presta. Quando tem alguma que presta, todo mundo faz igual’, explica.

Ele destaca que opiniões individuais que defendem o uso da ivermectina contra a covid são frágeis e não há estudos sérios que comprovem sua eficácia, afirmando não fazer sentido que a venda do medicamento tenha crescido vertiginosamente justo no momento em que a pandemia teve mais vítimas.

‘Se fosse uma dose tão milagrosa assim, não deveria ter essa coincidência, você deveria ter menos casos graves. Mas, pelo contrário, você teve muito mais casos do que quando não se usava. Obviamente que se fosse demonstrada a eficácia, nenhum médico sério do mundo se recusaria a prescrevê-la’, afirma.

O médico Marcos Falcão, em uma das postagens no Telegram, chega a compartilhar o estudo ‘Use of Ivermectin as a Potential Chemoprophylaxis for Covid-19 in Egypt: A Randomised Clinical Trial’, publicado no Journal of Clinical and Diagnostic Research, afirmando que ele comprova efeito da ivermectina na proteção contra a covid.

A conclusão do estudo, entretanto, sugere que a ivermectina apresenta eficácia promissora enquanto droga quimioprofilática (uso de medicamento de modo preventivo) contra a covid, acrescentando que trata-se de um primeiro relatório em relação ao uso da substância na profilaxia e que é apropriado se estudar rigorosamente o medicamento.

Conforme consulta na Plataforma Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, o periódico no qual o estudo foi publicado é avaliado como B3 na área de Medicina I, ou seja, considerado de média relevância, sem ser de excelência nacional ou internacional.

A cientista Natalia Pasternak, microbiologista da Universidade de São Paulo (USP), ouvida pela Comissão da Pandemia no Senado no dia 11 de junho de 2021, projetou em telão uma série de estudos científicos reconhecidos, de diversas partes do mundo, mostrando que a cloroquina e outros medicamentos do chamado ‘tratamento precoce’, dentre eles a ivermectina, não funcionam contra a covid-19.

Ela destacou que o chamado ‘kit covid’, que engloba remédios como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, não tem base científica, argumentando que a hidroxicloroquina, por exemplo, nunca foi testada em conjunto com ivermectina, e, juntas, podem ter interações medicamentosas que podem ser nocivas para os rins, para o fígado e podem levar pessoas à fila do transplante.

Na ocasião, o senador Luis Carlos Heinze defendeu que a ivermectina tem comprovação científica no combate à covid, declarando haver cinco metanálises favoráveis, sendo duas já publicadas (pelos doutores Pierre Kory – já verificado pelo Comprova – e Timotheus). A cientista, entretanto, voltou a negar a eficácia, defendendo que boas metanálises devem incluir ‘os melhores estudos feitos sobre aquele assunto’.

‘Se a gente fizer uma metanálise só com estudos fracos, a gente vai ter uma metanálise fraca, e daí vão poder dizer que algo funciona, quando, na verdade, o conjunto das evidências que foi contemplado naquelas metanálises é um conjunto de evidências fracas. Então precisamos ter metanálises bem feitas’, declarou a especialista, lembrando que o consenso científico é constituído a partir de inúmeras pesquisas, de diferentes níveis de qualidade.

Por que investigamos?

Em sua quarta fase, o Comprova verifica conteúdos suspeitos que tenham viralizado nas redes sociais sobre a pandemia ou sobre políticas públicas do governo federal. Quando esse conteúdo envolve medicamentos ou tratamentos contra o novo coronavírus, sua checagem se torna ainda mais necessária, porque informações incorretas podem levar as pessoas a colocarem a saúde em risco.

As postagens verificadas aqui tiveram mais de 4,1 mil curtidas, 1,2 mil compartilhamentos e 101 comentários no Twitter, além de 4,7 mil curtidas no Instagram.

Neste ano já foram publicadas checagens informando que a ivermectina não tem eficácia comprovada contra a covid-19 pelas agências Boatos.Org, Aos Fatos e o próprio Comprova.

Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; ou ainda que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Fonte: Correio Braziliense Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/vendas-da-ivermectina-ja-movimentam-r-16-bilhao/

E-mails mostram que Pfizer tentou vender vacinas ao Brasil por 6 meses

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Um e-mail enviado pelo presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde coronel Elcio Franco, em 2 de dezembro do ano passado, mostra a insistência em garantir contato com o governo brasileiro. O documento, enviado em caráter sigiloso à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, foi obtido pelo Correio e mostra Murillo pedindo por uma resposta à última oferta de vacinas contra covid-19, ressaltando que a tentativa de parceria durava já seis meses e que esta seria a última chance para o Brasil obter doses que estavam reservadas para o país.

Durante a oitiva de Elcio Franco, na semana passada, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez questão de contar os 81 emails da Pfizer enviados ao governo federal sem que houvesse acordo. Em alguns momentos, a farmacêutica chegou a enviar quatro e-mails em um dia, o que Elcio definiu como sendo ‘muito redundante’. O último contato da empresa por e-mail em 2020 foi no dia 15 de dezembro. Neste contato do dia 2, Murillo descreve que vinha tentando falar com Franco desde o dia anterior, mas sem sucesso, alertando ao prazo da resposta para oferta encaminhada no dia 24 de novembro e com data de vencimento no dia 7 de dezembro.

‘Encaminhamos, juntamente com as respostas ao ministério, três propostas de esquemas possíveis de distribuição e vacinação que são muito viáveis e de efetiva implementação considerando inclusive as características geográficas e climáticas do país’, afirma o presidente da Pfizer na América Latina, na época representante da empresa no Brasil.

Sem resposta, Murillo frisou, em novo envio do dia 2 de dezembro, ser essencial a assinatura do novo memorando de entendimento não vinculativo até 7 de dezembro, ‘que a matriz da companhia autorizou em caráter excepcional para o Brasil’. ‘Caso não tenhamos esse documento assinado, nesta data as doses ainda reservadas para o Brasil para o primeiro e segundo trimestre de 2021 serão disponibilizadas para outros mercados da região que já tem o contrato assinado com a Pfizer’, informou.

E completou: ‘Por conta disso e pela urgência do tema, caso os senhores já tenham tomado a decisão de não avançar na assinatura deste documento, peço que, por favor, nos comuniquem para que possamos liberar essas doses de forma que elas possam ser disponibilizadas aos países da região que estão trabalhando em seus planos de vacinação que irão começar em alguns dias, sujeitos à aprovação regulatória desses países’.

Em busca de parceria

Na mensagem, Murillo afirma que, apesar de o quantitativo para o Brasil ser limitado no primeiro semestre, ele seria necessário para vacinar os grupos prioritários e de maior risco. ‘Durante seis meses, temos buscado atuar em parceria com o governo brasileiro, reservando, inclusive, doses para o país na expectativa de realizar uma possível parceria que poderia beneficiar milhões de brasileiros. (…) Esperamos que possamos receber um retorno oficial e positivo do governo para nos prepararmos para os próximos passos e conseguirmos avançar com a vacinação da população brasileira após a aprovação da Anvisa‘, pontuou.

À CPI, no dia 13 de maio, Murillo informou três ofertas feitas ao governo em agosto do ano passado, envolvendo possibilidade de aquisição de 70 milhões de doses com início de entrega em dezembro; uma oferta no dia 1º de novembro; outra 24 de novembro; depois dia 15 de fevereiro e outra no dia 8 de março, quando o contrato foi assinado para 100 milhões de doses. O e-mail do dia 2 de dezembro se refere à oferta do dia 24 de novembro. Murillo relatou reiteradas ofertas que foram ignoradas pelo governo brasileiro.

Franco, por sua vez, a quem o e-mail era destinado, disse à CPI que, em dezembro, a consultoria jurídica do Ministério da Saúde ‘desaconselhava a assinatura do memorando de entendimentos com a Pfizer e apontava óbices para a sua contratação’. A pasta, então, propôs uma medida provisória. De acordo com ele, não houve consenso das consultorias jurídicas dos ministérios que estavam atuando na elaboração da MP. Havia dúvidas se a iniciativa deveria ser do Executivo ou do Congresso Nacional, e então ‘foram retirados do texto proposto os artigos que atenderiam às exigências contratuais dos laboratórios americanos’.

Diante da demora em relação à compra de vacinas da Pfizer, o Congresso começou a se movimentar e o presidente do Senado propôs um projeto de lei que autoriza estados e municípios a assumirem a responsabilidade de indenizar cidadãos por efeitos colaterais causados por imunizantes. O governo vinha dizendo que não assinaria o contrato devido às cláusulas da Pfizer, como isenção de responsabilidade em caso de efeitos adversos. O contrato, entretanto, como pontuado por Murillo na CPI, é igual a todos os países.

Aos senadores, ao ser questionado sobre o atraso nas negociações, disse que o presidente da Pfizer tinha seu telefone. ‘Poderia ter se comunicado, caso houvesse algum gap nas negociações com a Pfizer’, disse.

Neste contato com Elcio Franco no dia 2, Murillo afirma que nesta oferta, a empresa conseguiu ‘adequar às limitações de ordem jurídica que foram compartilhadas’ com eles pelo governo. ‘Um dos pontos mais relevantes foi estabelecer a condição para o contrato definitivo à emissão do registro sanitário pela Anvisa‘, pontua.

Pagamento após registro

Em um e-mail enviado a Elcio Franco no dia 24 de novembro, também obtido pela reportagem, Murillo agradece a oportunidade de se reunirem no dia 17 de novembro. No e-mail, ele pontua que a proposta é válida até o dia 7 de dezembro. ‘Após essa data, as doses alocadas para o Brasil serão redistribuídas entre outros países que solicitaram mais unidades à Pfizer, sendo que teríamos a oportunidade de obter novas doses apenas após julho de 2021’.

A assinatura do contrato definitivo seria feita 10 dias após a obtenção pela Pfizer do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).O presidente e autoridades do governo sempre disseram que não comprariam a vacina sem registro da Anvisa, e e-mail mostra que a própria empresa estabelecia que o contrato só seria assinado após o registro. Em relação ao pagamento, o e-mail mostra que anteriormente deveria ser antecipado, mas houve uma mudança para que o pagamento ocorresse apenas 10 dias após assinatura do contrato definitivo. ‘Ou seja, após registro da potencial vacina pela Anvisa‘.

Nas possibilidades de envio das doses, a empresa deixa a cargo do governo federal escolher se receberia as vacinas diretamente no Centro de Distribuição do Programa Nacional de Imunização. Também, há a possibilidade de entregas às regionais de saúde de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo (considerando que elas são reconhecidas “pela capacidade de capilarização, capacitação de pessoas, forte atividade das coordenadorias em imunização e em vigilância em saúde, além de estrutura física de armazenamento”). Por fim, sugere uma entrega aos Centros de Referência para Imunibiológicos Especiais, com foco na distribuição aos profissionais de saúde.

Responsabilização

No e-mail do dia 2 de dezembro, Murillo pontua uma questão que foi frisada pelo governo brasileiro como um entrave, que é a responsabilização da farmacêutica. Na mensagem, o presidente da Pfizer afirma que ‘a União Europeia, os Estados Unidos e alguns países da América Latina, a exemplo da Argentina, editaram leis e atos normativos reconhecendo a importância das vacinas e as limitações de tempo impostas aos fabricantes, em razão do interesse público e necessidade urgente de aprovação de vacinas que previnam a infecção por covid-19, limitando, assim, a responsabilidade de desenvolvedores e fornecedores de vacinas destinadas à prevenção de infecção por covid-19’.

‘Enfim, os países na América Latina que firmaram acordo com a Pfizer também aceitaram as mesmas cláusulas de responsabilidade e indenização, concedendo proteção à Pfizer em relação a ações judiciais futuras e apresentadas garantias para fins de indenização à Pfizer’, pontuou.

Fonte: Correio Braziliense Online

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Osid recebe homenagem de Pfizer e BioNTech por contribuição em pesquisas da covid

O Centro de Pesquisa Clínica (CPEC) das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) recebeu, nessa quarta-feira (16), uma homenagem da farmacêutica multinacional Pfizer e da empresa alemã BioNTech, em reconhecimento pela importante contribuição do núcleo da OSID nos estudos da vacina da covid-19.

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O CPEC sagrou-se o segundo maior centro de pesquisa em número de voluntários para a vacina Pfizer/BioNTech no mundo, tendo incluído 1.549 participantes, de um total de 46 mil voluntários em 154 centros nos Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Turquia, África do Sul e Brasil.

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O ensaio clínico na instituição da Santa Dulce dos Pobres foi realizado de agosto a outubro de 2020 e avaliou aspectos como segurança, tolerabilidade, imunogenicidade e eficácia das vacinas. A vacina Pfizer/BioNTech (BNT162b2) tornou-se a primeira vacina a receber o registro definitivo da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil, concedido em fevereiro de 2021.

Fonte: Correio 24 Horas Online

Câmara aprova urgência para projeto que permite uso alternativo de medicamentos pelo SUS

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A Câmara dos Deputados começou a sessão deliberativa remota do Plenário e aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 1613/21, do Senado, que permite o uso, no Sistema Único de Saúde (SUS), de medicamentos cuja indicação de uso seja distinta daquela aprovada no registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a Agência Câmara de Notícias, a proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Copom eleva taxa básica de juros para 4,25% ao ano

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O Banco Central (BC) subiu os juros básicos da economia em 0,75 ponto percentual, pela terceira vez consecutiva. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (16) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), elevou a taxa Selic de 3,5% para 4,25% ao ano. A elevação foi deliberada de forma unânime pelos integrantes do colegiado, que é formado por diretores do BC, e era esperada pelos analistas financeiros.

Em comunicado, o BC indicou que deve seguir elevando a taxa Selic na próxima reunião, marcada para os dias 3 e 4 de agosto. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização monetária com outro ajuste da mesma magnitude. Contudo, uma deterioração das expectativas de inflação para o horizonte relevante pode exigir uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários. O Comitê ressalta que essa avaliação também dependerá da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e de como esses fatores afetam as projeções de inflação”, informou o texto.

No comunicado, o Copom destacou que a pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, “sobretudo entre os bens industriais”. “Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real. O Comitê segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários, assim como ao comportamento dos preços de serviços conforme os efeitos da vacinação sobre a economia se tornam mais significativos”, informou o comunicado.

Com a decisão de hoje, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986. Porém, a taxa começou a subir novamente em março deste ano, passando para 2,75%. Depois, em maio, subiu de novo, para 3,5%.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o indicador fechou no maior nível para o mês desde 1996. No acumulado de 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,06%. De janeiro a maio deste ano, a inflação foi de 3,22%.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Com isso, o IPCA não poderia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o IPCA fecharia o ano em 5% no cenário base. Esse cenário considera um eventual estouro do teto da meta de inflação no primeiro semestre, seguido de queda dos índices no segundo semestre. A projeção oficial só será atualizada no próximo Relatório de Inflação, no fim de junho.

Já a projeção do mercado prevê uma inflação ainda maior, acima até do teto da meta. De acordo com o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,82%, na 10ª alta consecutiva da projeção.

Crédito mais caro

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 3,6% para a economia em 2021, decorrente da segunda onda da pandemia de covid-19. No Boletim Macrofiscal de Maio, divulgado no mês passado pelo Ministério da Economia, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) para 2021 foi de 3,5%.

O mercado projeta crescimento maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 4,85% do PIB este ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: Agência Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/copom-deixa-espaco-para-alta-mais-rapida-dos-juros/

Começou o pré-cadastro de voluntários para testar ButanVac

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O Instituto Butantan começou a fazer o pré-cadastro de voluntários para testar a vacina ButanVac. Os testes da nova vacina contra covid-19 vão ser feitos no Hospital das Clínicas na cidade de São Paulo e no Hospital das Clínicas, de Ribeirão Preto, no interior do estado.

Na primeira fase, vão ser selecionados 418 voluntários. Nessa etapa vão ser avaliadas a segurança da vacina e a seleção de doses, ou seja, quantas doses vão ser necessárias para garantir a imunização. Nesse caso, parte dos voluntários vai receber vacina outra parte vai receber apenas um placebo.

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Na segunda e na terceira fases do estudo, que vão avaliar a eficácia da vacina, o Butantan espera contar com 5 mil voluntários. Nessa etapa não haverá uso de placebo. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou que todos os voluntários vão receber doses da ButanVac e os resultados vão ser comparados com a eficácia de outras vacinas contra covid-19 que já estão em uso.

Podem se cadastrar como voluntários pessoas com mais de 18 anos, tanto as que não foram vacinadas quanto as que já tomaram a vacina. Também podem participar pessoas que contraíram o coronavírus. Isso porque o estudo também quer avaliar a eficácia da ButanVac como dose de reforço da imunização, no caso de serem necessárias vacinações periódicas anuais como acontece com a gripe.

A previsão é que os estudos do novo imunizante durem 17 semanas. Se passar nos testes, o Butantan vai entrar com o pedido de uso emergencial na Anvisa.

Segundo o governo de São Paulo, o Instituto Butantan já tem 18 milhões de doses da ButanVac prontas e estocadas.

Fonte: Agência Brasil

Farmácia dá crédito para cliente não se descuidar da saúde

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Em um cenário marcado pela pandemia do novo coronavírus, cuidar da saúde tem sido uma demanda urgente. Empresas que oferecem esse tipo de serviço com qualidade, respeito e preço acessível ganham a preferência do consumidor. Foi assim que a Rede Farmes conquistou o primeiro lugar em seu segmento na 29ª edição do Recall de Marcas Rede Gazeta.

A rede associativa do varejo farmacêutico foi a mais lembrada pelos entrevistados na categoria ‘Farmácia/Drogaria‘. O presidente da Rede Farmes, Marcelo Frisso, atribuiu o resultado positivo ao trabalho desenvolvido nas 145 lojas distribuídas nos municípios de norte a sul do Espírito Santo. A empresa genuinamente capixaba atua no mercado desde 1997.

‘Esse resultado é fruto de muito trabalho. Estamos nos consolidando dentro do projeto proposto, que é oferecer um serviço varejista com a estrutura e atendimento de rede. Estamos perto do público. Com a pandemia, o comércio dos bairros foi intensificado, pois os shoppings e grandes centros comerciais ficaram fechados. Mantivemos nossos serviços e atendimento focados em nossos consumidores desde o início’, ressaltou.

Como diferencial, o presidente cita as ações que oferecem facilidades, sobretudo de crédito, para os consumidores que tiveram redução salarial ou perderam o emprego por causa da crise econômica provocada pela Covid-19. Uma das medidas foi a criação do programa de benefícios CredFarmes, lançado em 2020, que permite ao cliente comprar com crédito e ter descontos exclusivos.

Quem está apto a participar possui vantagens como crédito inicial de R$ 180, parcelamento das compras em até três vezes e possibilidade de pagamento do valor em até 40 dias. Segundo informou o presidente, o programa pode gerar limite de compra até para quem tem o nome incluído nos serviços de proteção ao crédito.

‘O limite de compra vai subindo à medida que o consumidor vai quitando as compras. A ideia inicial era gerar crédito para quem tem pouca renda ou perdeu a renda nesse último ano. Outro fato observado é que muita gente passou a trabalhar no mercado informal e tem dificuldade de comprovar a renda. Também atendemos esse público’, afirmou.

Os interessados podem acessar o site da Rede Farmes, ir à área do CredFarmes, preencher as informações solicitadas e aguardar o contato para finalização do cadastro, ou, então, passar em uma das unidades e apresentar o CPF e um documento de identificação com foto, tais como carteira de identidade ou de habilitação.

Outro foco da rede está voltado para o convênio empresarial, quando os colaboradores de empresas do Estado podem adquirir os produtos das lojas da Rede Farmes com a possibilidade de pagamento mediante desconto em folha. Frisso explicou que a pandemia encolheu o mercado, mas afirma que os acordos estão sendo retomados.

‘Com a pandemia, tivemos uma diminuição, uma queda natural por inadimplência, por fechamento de empresas ou diminuição do número de funcionários. Agora estamos retomando esse crescimento. No mês de maio, voltamos ao patamar do ano passado. Agora, estamos buscando empresas de menor porte’, frisou.

SEGUNDA BANDEIRA

Para oferecer preços ainda mais acessíveis, a Rede Farmes lançou recentemente a segunda bandeira do grupo de farmácias, denominada Extra Popular. Marcelo Frisso explicou que, conforme o próprio nome sugere, as lojas oferecem produtos com preços baixos. A marca conta com oito lojas. A meta é alcançar 30 unidades até o final de 2022.

MARCA PRÓPRIA

Protetor solar; a linha capilar que contém xampu, condicionador, máscara e creme de pentear; suplementos vitamínicos. Esses são alguns dos produtos da marca própria composta por mais de 80 itens. Criada em 2013, a Bem Cuidar tem itens feitos com os mais rigorosos padrões de qualidade.

Marcelo Frisso destacou que a Bem Cuidar tem o propósito de atender à demanda identificada no mercado capixaba e oferecer mercadorias fabricadas por indústrias brasileiras. Além de seguir critérios exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os itens chegam às prateleiras com preços acessíveis.

Fonte: A Gazeta Online ES

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/farmacias-futuro-passa-pela-venda-de-saude/

Regn-Cov2 reduz mortes em pacientes hospitalizados com Covid

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Um coquetel de anticorpos de Covid-19, desenvolvido pela Regeneron Pharmaceuticals e pela Roche, reduziu mortes em pacientes hospitalizados cujos próprios sistemas imunológicos não haviam produzido uma resposta, segundo um estudo britânico desta quarta-feira (16). As informações são do G1.

A terapia, batizada de Regn-Cov2 (medicamento que combina dois anticorpos), recebeu autorização para uso emergencial em pessoas com Covid-19 leve a moderada nos Estados Unidos, mas os resultados do teste, conhecido como Recovery, passam evidências mais claras da sua eficiência entre pacientes hospitalizados.

O estudo descobriu que a terapia de anticorpos reduziu em um quinto a mortalidade ao longo de 28 dias de pessoas internadas no hospital com Covid-19. Os pacientes – soronegativos – tinham sistemas imunológicos que não haviam construído uma resposta de anticorpos.

O resultado apontou uma taxa de seis mortes a menos a cada 100 pacientes soronegativos tratados com a terapia, disseram os pesquisadores. O tratamento também reduziu o tempo de estadia no hospital de quem era soronegativo e as chances de precisar de um ventilador mecânico.

Dexametasona

O teste Recovery também mostrou que o esteroide dexametasona e o remédio para artrite da Roche Actemra (tocilizumabe) diminuiu as mortes em pacientes hospitalizados.

Outras empresas estão desenvolvendo tratamento similares. A autorização de uso emergencial nos EUA foi concedida ao tratamento com anticorpos desenvolvido pela Eli Lilly and Co e pela Vir Biotechnology, com a GlaxoSmithKline. Os dois foram aprovados para tratamento de casos leves a moderados.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Atacado de medicamentos lidera emissão de notas fiscais em 2020

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Com 133 milhões de NFEs (Notas Fiscais Eletrônicas) emitidas, o comércio atacadista de medicamentos liderou a economia no ano de 2020, que apresentou crescimento geral de 12,95% de notas emitidas em comparação com 2019. Em números absolutos foram mais de 3 bilhões de NFEs emitidas no ano passado, totalizando um valor de R$ 17,51 trilhões. as informações são do R7.

Segundo a reportagem, os dados fazem parte de um estudo desenvolvido pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) e a empresa de inteligência fiscal Systax.

Em termos percentuais, o setor de livros foi o que teve maior destaque, com crescimento de 158% das notas emitidas em relação a 2019, seguido do comércio de cosméticos, perfumaria e higiene (74,50%) e o de vestuário e acessórios (67,96%).

“Estas atividades varejistas tiveram o crescimento na emissão de NFEs principalmente por conta do avanço do e-commerce neste período de isolamento social’, explicou o diretor de negócios do IBPT, Carlos Pinto.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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