Projeção para inflação em 2021 está em 5%, diz ata do Copom

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A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 23, indicou que a projeção para o IPCA de 2021 no cenário básico está em 5,0%. Este cenário pressupõe a taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,70 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Já a projeção para 2022 está em 3,5%.

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Essas estimativas já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom elevou a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual, para 2,75% ao ano. Foi a primeira alta nos juros desde junho de 2015. Também foi o primeiro aumento de juros entre as maiores economias do globo e nos países da América Latina. Desde agosto do ano passado, a Selic estava estacionada em 2,00% ao ano – o menor nível da história.

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O recrudescimento da inflação está no centro das preocupações do Banco Central e já é sentido por boa parte da população. Entre as causas da elevação vêm sendo apontados movimentos como a alta dos preços das commodities e o auxílio emergencial concedido pelo governo para ajudar as famílias mais necessitadas durante a pandemia de coronavírus. No resto do mundo, a inflação segue ainda em patamares bastante baixos.

Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,70, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 12 de março.

Na ata da reunião anterior, de 19 e 20 de janeiro, as projeções de inflação no cenário básico (juros Focus e câmbio PPC) eram de 3,6% para 2021 e 3,4% para 2022.

Confiança do consumidor cai 9,8 pontos em março ante fevereiroECONOMIAConfiança do consumidor cai 9,8 pontos em março ante fevereiroquery_builder 23 mar 2021 – 08h03

Recuperação econômica

O Copom repetiu na ata que seu cenário básico de inflação segue com fatores de risco em ambas as direções. Por um lado, o agravamento da pandemia pode atrasar o processo de recuperação econômica, produzindo assim uma trajetória de inflação abaixo do esperado.

Por outro lado, a extensão de políticas fiscais de combate à pandemia de covid-19 ou a frustração com a continuidade da agenda de reformas econômicas podem elevar os prêmios de risco.

‘O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária’, repetiu o colegiado.

O Banco Central também reafirmou na ata de hoje que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.

‘O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia’, registrou a ata.

Estas ideias já haviam sido expressas pelo BC no comunicado do último encontro do Copom, divulgado na quarta-feira passada.

Fonte: Saída Sul DF

Coty Brasil lança e-commerce para distribuidor e varejista

coty novaOportunidade de novos negócios no canal farma. Com o objetivo de conectar comercialmente os distribuidores com os pequenos e médios varejistas, a Coty apresenta um novo portal de negócios, voltado exclusivamente à venda online de seus produtos de beleza e higiene pessoal. Denominada Loja do Varejo, trata-se da primeira plataforma B2B da empresa no mundo.

A nova plataforma permite que pequenas redes regionais ou farmácias independentes comercializem todos os produtos do portifólio da Coty em seus estabelecimentos, desde que adquirindo via distribuidores.

“Varejistas de menCoty Brasil lança e-commerce para distribuidor e varejistaor porte costumam receber visitas de representantes comerciais com menos frequência. E, assim, muitas vezes precisam se deslocar até localidades onde ficam distribuidores para reabastecer seus estoques”, afirma Karen Sanchez, diretora de e-commerce da companhia. Segundo a executiva, a pandemia tornou a tarefa ainda mais complexa, evidenciando a importância de agilidade e conveniência que transações online proporcionam.

Atualmente, a Coty está presente no canal farma em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. “O varejo farmacêutico é prioridade em nossa estratégia comercial. Atendemos diretamente as maiores redes de farmácia, que somam cerca de 10 mil pontos de venda. Via distribuidores parceiros, também atuamos para que nossos produtos cheguem a aproximadamente 60 mil lojas”, complementa Karen.

Distribuidor como protagonista

Pelo modelo, a Coty centraliza atividades nas quais têm forte expertise, como branding e marketing de seus produtos e marcas, uso de inteligência de dados, análises preditivas para personalização de comunicação e ofertas comerciais por meio de big data. “Já a gestão do estoque, faturamento e da entrega ficam a cargo das distribuidoras, o que permite se manterem como protagonistas nessa parceria comercial saudável para todas as partes”, observa.

Além de ampliar a presença digital da companhia, o formato B2B garante a digitalização do modelo de negócios do distribuidor, com vendas 24 horas e aumento de seu sell-out, além do acesso aos dados de compra dos pequenos e médios varejistas. “Isso não apenas simplifica a operação comercial, como também agiliza o prazo de entrega das mercadorias, realmente agregando valor para todos os players da cadeia”, ressalta a diretora.

Como funciona

Tudo começa com o varejista cadastrando CNPJ ativo, sendo automaticamente direcionado para um distribuidor parceiro (pelo CEP). Esse, por sua vez, é responsável pela análise financeira e liberação de crédito. Concluídas as etapas, o varejista fica apto a iniciar a jornada de compra. Ao término do pedido, o distribuidor responsabiliza-se pela tramitação de cobrança, nota fiscal e entrega.

Em um primeiro momento, a Loja do Varejo da Coty está disponível apenas nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com todos os produtos e marcas do portifólio hoje comercializados nos demais canais de vendas. Ainda neste semestre, a empresa pretende expandir a operação para outras regiões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Abrace produz cannabis medicinal a custo acessível

Abrace produz cannabis medicinal a custo acessívelFundada em 2015, a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace) é a única organização com autorização judicial para cultivo de maconha com fins medicinais no Brasil. E por meio de uma linha própria de produtos, a entidade luta para garantir o acesso ao canabidiol a custos mais acessíveis.

O trabalho da associação teve início quando cerca de 100 famílias começaram a ter dificuldades na importação do CBD em função da alta do dólar e se cotizaram para viabilizar a produção no Brasil.

“O preço ainda é um grande empecilho para muitas famílias. Na farmácia, o valor é de R$ 2.500, mais caro até do que o importado. Com o plantio próprio no nosso laboratório situado em João Pessoa (PB), conseguimos comercializar os óleos a um custo que varia de R$ 79 a R$ 680, além de uma taxa anual de R$ 350 para os associados”, explica o diretor executivo Cassiano Teixeira.

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Hoje com cerca de 15 mil associados, a Abrace tem uma produção mensal de até 4 mil unidades da linha Óleo Esperança. Para se afiliar e ter acesso aos produtos, o paciente precisa ter uma receita indicativa para o produto produzido pela Abrace e o laudo médico comprovando a doença, tais como epilepsia refratária de difícil controle, TEA (autismo), Alzheimer, Parkinson, glaucoma, câncer, doenças crônicas, por exemplo. “Cada paciente recebe uma senha para acessar o sistema de pedidos, que disponibiliza apenas o produto que o médico receitou”, completa.

Campanha de arrecadação

A entidade, porém, teve um revés judicial recentemente. No dia 25 de fevereiro, após um pedido da Anvisa, o desembargador federal Cid Marconi, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) determinou a suspensão da liminar que permitia o cultivo da maconha para fins medicinais. A decisão foi revogada uma semana depois, sob a imposição de que a Abrace faça as adequações necessárias de acordo com as normas da RDC 327.

“O problema é que o nosso laboratório está localizado junto à área de cultivo da cannabis, o que não é permitido pela resolução da agência. Por isso, estamos construindo um novo laboratório com 12 salas em um outro espaço na nossa sede”, afirma.

A Abrace agora está protocolando os projetos junto à Anvisa e, uma vez aprovados, tem 120 dias para adaptar as instalações atuais.

Para viabilizar a reforma do laboratório, a Abrace iniciou nesta semana uma campanha de arrecadação de R$ 300 mil. Com isso, além de obter o Alvará de Funcionamento junto à Agevisa, a associação projeta dobrar o número de afiliados ainda este ano.

“Em um segundo momento, partiremos para a construção de um novo laboratório de nível industrial, com 4 mil m² e com previsão de orçamento de R$ 3,5 milhões para atender até 100 mil associados”, antecipa Teixeira.

Também está em projeto o abastecimento do espaço com todos os equipamentos industriais, orçados no valor de R$ 5 milhões.

Projeto de Lei

Outra mobilização gira em torno da aprovação do Projeto de Lei 399/ 2015, que viabiliza a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação. O PL está aguardando entrar na pauta da Câmara.

Para ajudar a campanha de financiamento coletivo Abrace não pode parar basta acessar o link da Benfeitoria aqui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Marca de cosméticos pagará indenização por ofensa a transexuais em propaganda

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A 36ª Vara Cível Central da Capital condenou marca de cosméticos a reparar danos morais coletivos causados por propaganda que ofendeu a população transexual. A indenização foi fixada em R$ 100 mil, a ser destinada a fundo municipal específico para a promoção dos direitos relacionados aos ofendidos ou, na inexistência, ao Fundo Municipal de Reparação de Interesses Difusos e Coletivos Lesados.

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Consta nos autos que entidade que atua na defesa de direitos humanos apontou conduta discriminatória em propaganda divulgada em redes sociais e em dois outdoors afixados em avenidas movimentadas, que traziam a imagem de uma mulher negra transexual urinando em pé, em um banheiro masculino, com os dizeres ‘pirataria é crime’, para a oferta de produtos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

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De acordo com a juíza Thania Pereira Teixeira de Carvalho Cardin, ‘houve claro excesso à liberdade de expressão em detrimento à liberdade de gênero’.

Segundo a magistrada, a analogia entre um produto pirata e uma mulher transexual contribui ‘para o reforço negativo no incremento do preconceito’. ‘Há evidente nexo de causalidade entre o ato lesivo e a ofensa aos direitos morais difusos dos cidadãos transgêneros’, afirmou a magistrada.

‘A forma como o humano se coloca frente ao mundo encontra-se protegida pelo direito à liberdade e à auto-determinação, tendo como consectários os direitos à igualdade, à liberdade de expressão e à não-discriminação, ancorada, sobretudo, na dignidade da pessoa humana, a sinalizar, ao lado da proteção recebida pelos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, que o direito à liberdade de gênero constitui princípio fundamental da República’, escreveu a juíza em sua decisão.

Cabe recurso da sentença.

Processo nº 1009501-25.2018.8.26.0100

Fonte: Regional Press

Farmácias ultrapassam 2 milhões de testes rápidos da COVID-19 em 2021

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Os testes rápidos de COVID-19, que podem ser feitos em farmácias, ultrapassaram os 2 milhões no Brasil, só em 2021. Esse número, em três meses, é maior do que 2020 inteiro.

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Além disso, segundo a CNN, a taxa de resultados positivos está chegando a 25%. O número passou de 15% para 23%.

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Entre 1 de janeiro e 14 de março, foram 2,045 milhões de testes. Em 2020, esse valor foi inferior, chegando a apenas 13 mil.

Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), divulgados pela CNN Brasil.

UFMG desenvolve teste rápido que identifica variantes do coronavírus

O teste rápido é feito apenas com algumas gotas de sangue do dedo. Elas são colocadas num objeto pequeno de plástico, que são levados até o reagente para detectar o vírus.

O reagente é usado pois quando entra em contato com a substância, é capaz de mudar a cor, indicando a presença de anticorpos do vírus. Por isso, se a pessoa tiver tido contato com o vírus, produzirá anticorpos.

Assim, o resultado vai ser positivo e deve aparecer duas faixas no mostrador do objeto. Se aparecer só uma, o resultado é negativo. Se não aparecer nenhuma faixa, o teste deverá ser refeito.

Fonte: Rádio Metropolitana FM

OMS inclui 16 remédios para câncer nos sistemas públicos de saúde

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a inclusão de 16 novos medicamentos para tratar o câncer na Lista-Modelo de Medicamentos Essenciais para Adultos e Crianças. Agora a organização considera como prioritários para o tratamento oncológico um total 46 fármacos, que devem ser oferecidos no sistema público de todos os países. Os novos medicamentos foram sugeridos à organização por um estudo feito por 90 médicos espalhados pelo mundo.

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Um dos colíderes da força-tarefa do estudo, Gilberto Lopes, do Centro Paulista de Oncologia do Grupo Oncoclínicas do Brasil, ressaltou que esta foi a maior inclusão de medicamentos desde a criação da lista, em 1977. ‘Ficamos muito contentes que a OMS aprovou 16 das 22 drogas que sugerimos. Elas têm impacto significativo na sobrevida e, muitas vezes, na qualidade de vida dos pacientes’, informou Lopes. ‘Ela inclui alguns medicamentos que já são genéricos, mas também de alguns de alto custo, como o trastuzumab, o imatinib e o rituximab, que são usados para tratamento de câncer de mama, mieloide crônica e linfoma, respectivamente’.

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Medicamentos já disponíveis

O oncologista lembrou que o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece vários dos medicamentos recém incluídos na lista, mas alguns são restritos a tratamentos específicos. Ele citou, como exemplo, o trastuzumab que.está aprovado no SUS somente para o tratamento adjuvante, que é posterior à cirurgia, para prevenir que a doença volte.

‘A lista da OMS agora também inclui a droga para o tratamento de pacientes com a doença mais avançada, metastática, para que elas vivam melhor e por mais tempo. Essa é uma das novidades da lista deste ano, incluímos não só os remédios, mas também as indicações para as quais eles são considerados essenciais’, declarou.

Lopes comemorou também o fato de a OMS ter sinalizado que a atualização da lista-modelo passará a ser anual ou bienal. ‘A última revisão ocorreu há mais de uma década, mas conseguimos chegar a um acordo de que essas revisões devem ser periódicas e não só quando há pressão muito grande de pacientes e médicos. Assim, poderemos tentar incluir na próxima revisão alguns medicamentos que consideramos muito importantes, mas que não estão na lista’, disse.

Fonte:

Eurofarma destina R$ 10 milhões adicionais em cestas básicas para ajuda humanitária durante a pandemia

O Grupo Eurofarma, multinacional do setor farmacêutico de capital 100% brasileiro e com presença em 20 países da América Latina, se comprometeu com R$ 10 milhões adicionais em 2021 para manter a entrega de cestas básicas a populações em situação de vulnerabilidade, por meio de instituições e ONGs com as quais mantém parceria.

Em 2020, a companhia já havia doado R$ 29 milhões em diversas frentes, além das cestas básicas, a empresa doou EPIs, álcool em gel, recurso financeiro para ampliação de leitos hospitalares e manutenção de tratamento de pacientes oncológicos, e quase 800 mil unidades de medicamentos para instituições de saúde em todo o País.

Para 2021, já estão programados R$ 10 milhões para cestas básicas e será mantida a doação de medicamentos em larga escala. A Eurofarma não descarta a possibilidade de ampliar os recursos para ajuda humanitária no decorrer do ano e, caso o setor privado seja acionado, a empresa estará preparada para dar sua contribuição na aquisição de vacinas contra a Covid-19.

Ajuda humanitária no combate ao coronavírus

Há mais de uma década, a empresa concentra grande parte de suas ações sociais no Instituto Eurofarma, Oscip própria. A consciência e responsabilidade social estão inseridas nos valores da empresa há muito tempo e incorporadas na organização. Considerando a gravidade da pandemia, desde o início, a Eurofarma optou por ampliar suas ações e contabilizou, em 2020, R$ 29 milhões em ajuda humanitária.

Ao todo foram quase 800 mil unidades de medicamentos para suprir as necessidades de Santas Casas, Hospitais Universitários, Secretarias de Saúde e outras entidades habilitadas para a dispensação junto à população de baixa renda. Em outra frente, trabalhou na entrega de 100 mil unidades de cestas básicas, um investimento de R$ 6,4 milhões, cuja distribuição foi conduzida em parceria com as Prefeituras de Itapevi e Montes Claros, Governo do Estado de São Paulo e Organizações não Governamentais que conseguem, por sua capilaridade, fazer chegar a ajuda a uma parcela da população que nem sempre está inserida nos cadastros dos planos sociais do governo e que foram afetadas por terem perdido abruptamente trabalho e renda.

A empresa entende que a solidariedade e a contribuição do setor privado são fundamentais. Por isso, trabalha constantemente no diálogo com instituições do terceiro setor para mapeamento de demandas a fim de que a ajuda esteja em linha com as necessidades.

Cuidado e segurança também dos colaboradores

A Eurofarma se orgulha da sua atuação social e entende a responsabilidade corporativa como parte da atividade empresarial bem-sucedida. Além da contribuição e iniciativas voltadas à sociedade e comunidades do seu entorno, a empresa reforçou medidas protetivas para a segurança de colaboradores, adotou protocolos rígidos desde o início da crise, investiu em tecnologia, ferramentas de trabalho a distância, marketing digital e, por atuar em um setor essencial, manteve 100% das suas operações fabris desde o início da pandemia.

Com grupos de riscos afastados de suas atividades, em 2020 foram contratados centenas de temporários. Mais que aumentar a empregabilidade, a empresa abriu mão de benefícios e incentivos que pudessem impactar na renda de colaboradores.

Mesmo frente a tantos desafios e incertezas, a companhia cresceu e celebrou muitas conquistas no ano. O que reforça a tese que empresas solidárias contam com equipes engajadas e produzem resultados superiores, um ciclo virtuoso que permite à Eurofarma assumir novos compromissos e fazer crescer seu investimento social.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Covid-19: Conselho de Farmácia refuta cruzada sobre uso de ivermectina

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Nas redes sociais há uma cruzada para que a população use a ivermectina para salvar o Covid-19. O Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) alerta que não há evidências clínicas de que este medicamento esteja auxiliando no remédio Covid-19. a empresa farmacêutica MSD (Merck Sharp e Dohme), que produz ivermectina, disse em entrevista ao portal UOL em fevereiro deste ano que ainda não havia evidências de que a droga tenha algum benefício ou seja eficaz no remédio do covid-19.

Veja também: Kit covid: entenda por que o tratamento precoce não funciona

O presidente da CRF/AL, Robert Nicio, expressou medo de replicar dados falsos que estimulem a automedicação, representa uma ameaça à aptidão da população. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estima que 18% dos óbitos por intoxicação no Brasil podem ser atribuídos à automedicação.

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‘A automedicação é um desafio em nosso país. A ivermectina é uma praga de baixa toxicidade desde que seja indicada e usada corretamente, no entanto, o que tem sido observado é o uso indiscriminado desse medicamento e o resultado tem sido hepatite medicamentosa em alguns pacientes’, ressaltou.

Em segundo lugar, o presidente, o que tem acontecido, é que diante de tantos dados sobre os remédios medicamentosos do covid-19, a população vai à farmácia comprar a droga, sem a intervenção de um profissional de fitness e usa-a incorretamente. A prevenção consiste em seguir medidas de aptidão física da distância social, lavagem das mãos, uso de álcool gel e não aglomeração’, enfatizou.

E alerta que ao receber tais informações, o público busca a veracidade do profissional de aptidão em que confia, bem como páginas de confiança, como o site do Ministério da Saúde, a página do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas e o Conselho Federal de Farmácia. ‘Evite que as mídias sociais sejam informadas sobre medicamentos, remédios e doenças’, aconselhou.

Um menino de 12 anos, nascido em Paulo Jacinto, é um dos pacientes covid-19 indexados no BulletinArray.

Na terça-feira, o hospital de Las Veredas emitiu um comunicado à imprensa, declarando que suspenderia o atendimento de Array a partir desta quarta-feira, 24.

Maceió continua avançando na vacinação contra o Covid-19. Nesta terça-feira (22), as questões de estacionamento e estacionamento de Jaragu.

Nesta segunda-feira (22/03) atualização, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o Programa Nacional de Vacinação em Matriz.

Fonte: Nas Notícias

‘Medicamentos estão sendo usados irracionalmente’, alerta farmacêutico

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O uso de remédios sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19, como a hidroxicloroquina, pode trazer efeitos colaterais sérios. O primeiro estudo nacional sobre o tema confirma a ocorrência de ao menos 631 reações adversas a medicamentos em 402 indivíduos com a infecção.

Veja também: Reaberta consulta sobre canabidiol para epilepsia refratária

O trabalho analisou registros entre março e agosto de 2020 no Vigimed, sistema de Farmacovigilância brasileiro, que reúne notificações espontâneas de efeitos colaterais feitas por profissionais de saúde e cidadãos.

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Cerca de 60% das reações foram provocadas pela hidroxicloroquina. Ela e a cloroquina, sua parente, estiveram por trás de danos graves, em especial ao coração. A azitromicina, que também já demonstrou não ter benefícios em estudos, foi associada a 10% das ocorrências. A pesquisa foi publicada no periódico Cadernos de Saúde Pública.

Conversamos com o autor principal do estudo, o farmacêutico José Romério Rabêlo, especialista da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o levantamento e o uso de fármacos off-label no combate à Covid-19. Para ele, os dados mostram apenas parte do problema, que tende a se agravar com a explosão da venda da ivermectina e outras drogas, observada depois que os dados foram colhidos.

A pedido do próprio Rabêlo, devemos informar que essa entrevista é de inteira responsabilidade dele e não expressa, necessariamente, a opinião da Anvisa ou da Organização Mundial da Saúde (OMS).

VEJA SAÚDE: Que lições podemos tirar do trabalho? O que esses achados indicam?

José Romério Rabêlo Melo: Esse é o primeiro estudo brasileiro com os dados de notificação voluntária de reações adversas a medicamentos (RAM), ocorridos em pacientes com Covid-19, encaminhadas ao Sistema Nacional de Farmacovigilância. Nele foram identificadas as RAM associadas ao uso de medicamentos sem indicação terapêutica aprovada para o combate da doença, em especial para a hidroxicloroquina e cloroquina, pois foram os únicos associados a reações adversas graves, principalmente em pacientes idosos [o estudo foi feito com dados colhidos até agosto, período em que a ivermectina ainda não estava no centro do debate sobre o tratamento da Covid-19].

Nossos resultados indicam que, nos tempos de incerteza em que vivemos, é muito importante considerar a eficácia e a segurança aprovada em ensaios experimentais de medicamentos. Como lição aprendida neste estudo, também devemos reforçar a notificação de casos suspeitos e as análises sistemáticas dos registros, para identificar precocemente riscos e fortalecer as melhores práticas regulatórias de fármacos durante a pandemia.

É possível que haja uma subnotificação de casos de reações adversas medicamentosas relacionadas ao uso de cloroquina e azitromicina?

Sim. Inclusive deixamos isso evidente no nosso artigo, quando comentamos os dados apresentados em um estudo cearense sobre as RAM em pacientes de Covid-19 daquele estado. As notificações do trabalho não chegaram na base nacional do sistema brasileiro de farmacovigilância. Além do mais, 11 estados brasileiros não encaminharam ainda nenhum caso suspeito de RAM em seus pacientes com Covid-19.

Essa subnotificação ocorre por que os dados são obtidos, em sua maioria, pela vigilância passiva, com notificações espontâneas. O método apresenta uma boa relação custo/efetividade, no entanto a subnotificação pode chegar a 95% dos casos. Essa é uma barreira que dificulta a Anvisa a tomar medidas de intervenção mais efetivas em relação à segurança de medicamentos no Brasil.

Há planos de estudar também outras drogas do chamado ‘kit Covid’, como a ivermectina?

Sim. Nessa primeira análise, já foram verificadas poucas notificações envolvendo a ivermectina. No entanto, acreditamos que as próximas pesquisas tendem a identificar um número maior de reações associadas a esse fármaco. Isso porque foi a partir da divulgação maciça do ‘kit Covid’, no início do segundo semestre de 2020, que esse medicamento passou a ser mais consumido e muitas vezes estimulado por uma enxurrada de informações na mídia e nas redes sociais.

Essa avalanche de informações, a chamada infodemia, gera medo e confusão, levando os consumidores a uma corrida sem precedentes para adquirir os remédios que fazem parte desse kit. Entram na lista ivermectina, a nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e das vitaminas C e D, que podem ser adquiridos sem a prescrição médica.

Segundo os dados levantados pela consultoria especializada em mercado farmacêutico IQVIA, a venda de ivermectina cresceu 466% no acumulado de 2020 até novembro, na comparação com o mesmo período de 2019. É importante destacar que a ivermectina, diferente da azitromicina e cloroquina, é vendida sem nenhum controle nas farmácias brasileiras e isso facilita ainda mais o acesso e o uso irracional desse medicamento.

Quais são os riscos para a saúde do uso de vários medicamentos combinados para casos leves de Covid-19?

O uso de cinco ou mais medicamentos ao mesmo tempo se classifica como polifarmácia. Essa prática está associada ao aumento do risco e da gravidade das RAM, da toxicidade e de erros de medicação, além de elevar os custos com a manutenção da saúde e a morbimortalidade.

No contexto da pandemia, não existe nenhuma evidência científica disponível de que qualquer medicamento, exceto as vacinas, sejam eficazes e seguros para impedir o agravamento ou prevenir o adoecimento pela Covid-19.

Além disso, já foram emitidos alertas sobre importantes efeitos colaterais da cloroquina e da hidroxicloroquina, como exemplo as reações que afetam o sistema cardíaco, como o prolongamento do intervalo QT e taquicardias. A Merck (MSD), maior fabricante da ivermectina no mundo, diante do expressivo aumento de vendas, afirmou que até o momento os dados disponíveis não suportam a segurança e eficácia desse fármaco contra a Covid-19.

Da mesma forma, a Anvisa e a Rede CoVida/Cidacs/Fiocruz se manifestaram contra os ‘kits’ divulgados, em especial a ivermectina, e alertam a população sobre o risco do fármaco. Por isso, a OPAS recomenda que eles sejam usados apenas no contexto de estudos devidamente registrados, aprovados e eticamente aceitáveis.

Você acredita que há uma banalização do uso de medicamentos no país?

Sim. Essa banalização, no contexto da Covid-19, tem influências claras da grande quantidade de informações que circulou e circula na mídia e nas redes sociais e até mesmo pela pressão que a sociedade exerce junto aos médicos para prescrição dos tratamentos precoces.

Que conselhos daria aos profissionais que ainda prescrevem essas drogas para a Covid-19?

Na pandemia, o médico deve fazer uma análise criteriosa sobre os riscos e os benefícios dos medicamentos. Em casos de dúvidas, o ideal é procurar o Centro de Farmacovigilância de sua cidade, a Gerência de Risco ou Núcleos de Segurança do Paciente, nos hospitais, para ter maiores informações sobre os compostos e o perfil das reações adversas na sua comunidade. Em várias cidades brasileiras existem também os Centros de Informações de Medicamentos – CIM, que são unidades operacionais que proporcionam informação técnico-científica sobre fármacos de forma objetiva e oportuna.

Fonte:  

Kit covid: entenda por que o tratamento precoce não funciona

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Embora especialistas em saúde contestem seu uso, o chamado kit covid tem sido adotado como um protocolo de tratamento precoce contra a covid-19 por parte de municípios brasileiros. Ivermectina e azitromicina, por exemplo, são alguns dos fármacos que fazem parte da combinação de medicamentos usados para a profilaxia ou tratamento precoce da doença, mesmo sem existir comprovação científica sobre os benefícios aos pacientes.

Ivermectina não é tratamento para covid-19

Medicamento usado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna, a ivermectina não tem eficácia comprovada contra a covid-19. As principais autoridades mundiais de saúde continuam ressaltando que não existe tratamento comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus, assim como a atualização mais recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o assunto que também aponta que “não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da covid-19, bem como não existem estudos que refutem esse uso”.

Além disso, entidades médicas brasileiras repudiaram o suposto ‘tratamento precoce’ do governo federal contra o novo coronavírus, que envolve a ivermectina e outros remédios sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) não recomendam o uso de ivermectina para propósitos diferentes daqueles para os quais seu uso está autorizado. A FDA, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, esclarece ainda que a ivermectina não foi aprovada para prevenção e tratamento da covid-19 nos Estados Unidos e que as pessoas “não devem tomar qualquer remédio contra a doença a não ser que tenha sido prescrito por um médico e adquirido por fonte legítima”.

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Saiba mais sobre o assunto: O que é o kit covid?

De maneira geral, tem sido identificado como ‘kit covid’ uma combinação variável de medicamentos que estão sendo recomendados para a profilaxia ou tratamento precoce da covid-19. Geralmente, esse ‘kit’ inclui dois ou mais medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, vitamina D, vitamina C, entre outros.

O kit covid funciona?

Segundo o Conselho Federal de Farmácia (CCF), não há comprovação científica de que os medicamentos que normalmente compõem o kit covid ofereçam qualquer benefício na prevenção ou tratamento da covid-19.

“Até o momento, todos os estudos publicados que avaliaram a eficácia desses medicamentos, juntos ou combinados, não demonstraram qualquer vantagem no seu uso quando comparados ao tratamento com placebo ou tratamento convencional. Além disso, os pacientes ainda ficam expostos aos riscos associados ao uso desses medicamentos. Em alguns casos, o uso combinado desses medicamentos pode aumentar o risco de efeitos adversos por interação medicamentosa, como é o caso, por exemplo, do uso concomitante da hidroxicloroquina e azitromicina que pode potencializar o risco de danos cardiovasculares”, afirmou a entidade.

Quais são os efeitos colaterais e reações adversas de cada item (hidroxicloroquina, ivermectina, nitazoxanida, vitamina D, vitamina C)? Os efeitos adversos associados a esses medicamentos são vários:

Há remédios fora do kit covid com eficácia comprovada no tratamento?

Até o momento o único medicamento aprovado no Brasil para tratamento específico da covid-19, em ambiente hospitalar, é o remdesivir. No entanto, a indicação de uso aprovada é bastante específica, sendo o medicamento indicado apenas para pacientes adultos (com 12 anos ou mais), com mais de 40 kg, que tenham sido diagnosticados com covid-19 associada a pneumonia e com necessidade de suplementação de oxigênio, desde que não estejam em ventilação mecânica ou ventilação com membrana extracorpórea (ECMO).

Segundo o CFF, como observado em ensaios clínicos randomizados já publicados, o medicamento antiviral tem potencial de reduzir o tempo de recuperação desses pacientes e parece contribuir também para a melhora clínica.

No entanto, em novembro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra o uso do remdesivir. A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela aprovação em 12 de março deste ano acompanha a decisão de agências regulatórias de outros países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e da União Europeia, onde o remdesivir já está em uso desde o ano passado. Já para a OMS, faltam evidências dos benefícios e que há possíveis riscos associados ao uso do remédio, que tem alto custo.

“É importante ressaltar que o medicamento não se mostrou eficaz para reduzir mortalidade por covid-19 e necessidade de ventilação mecânica. Por essa razão, inclusive, a Organização Mundial da Saúde manteve sua decisão em não recomendar o uso do medicamento. O tempo de tratamento pode variar de acordo com a condição do paciente entre 5 e 10 dias. E o uso do medicamento não se restringe a gravidade do caso (leve, moderada ou grave), mas se trata de um medicamento injetável e de uso hospitalar”, explicou a entidade.

Durante os ensaios clínicos não foi registrado nenhum óbito associado ao tratamento. Entre os efeitos adversos graves foi registrada insuficiência respiratória, incluindo insuficiência respiratória aguda com necessidade de intubação endotraqueal. Entre os efeitos adversos não graves, os efeitos adversos mais comuns incluíram diminuição da taxa de filtração glomerular, diminuição do nível de hemoglobina, diminuição da contagem de linfócitos, insuficiência respiratória, anemia, pirexia, hiperglicemia, aumento do nível de creatinina no sangue e aumento do nível de glicose no sangue, sendo importante e recomendado o monitoramento adequado da função renal e outros parâmetros em pacientes com a doençã em uso de remdesivir.

O que a pessoa deve fazer se tiver sintomas de covid-19?

Conforme o CFF, em caso de sintomas compatíveis com a covid-19, como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, a recomendação é evitar contato físico com outras pessoas e procurar imediatamente os postos de triagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) ou outros serviços de saúde. Evitar a automedicação e o buscar pelo diagnóstico precoce é fundamental.

Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19, acrescenta que é importante a pessoa realizar o teste de RT-PCR, podendo também deve fazer o teste de swab nasal para detecção de antígeno, conforme recomenda o grupo, e procurar uma consulta médica (alguns planos de saúde ou locais fornecem o serviço de teleconsulta).

“Caso algum sintoma fique mais intenso, procurar um serviço de saúde para sempre ter a melhor orientação. Importante as pessoas terem ciência que temos sim diretrizes terapêuticas para tratar sintomas da covid-19 de acordo com a gravidade e outros fatores. A prevenção que temos evidência científica que funciona é pelas vacinas e pelas medidas de enfrentamento como uso de máscara, distanciamento físico e higienização correta das mãos”, orienta Mellanie.

Saiba mais sobre o uso do medicamento ivermectina: Como usar ivermectina?

Medicamentos que contenham ivermectina são sujeitos à prescrição médica, ou seja, não podem ser dispensados nas farmácias sem a apresentação do receituário médico, o que comprova que o paciente foi devidamente avaliado a respeito de sua condição clínica por profissional habilitado. A forma de uso do medicamento indicada nas orientações de bula do medicamento de referência Revectina®, consiste em administração em dose única, oral, dependendo do agente etiológico. Dessa forma, a dose irá depender da avaliação clínica de cada paciente, considerando o parasita diagnosticado.

Para que serve?

Medicamentos contendo ivermectina são registrados pela Anvisa na classe terapêutica de antiparasitários. As patologias para as quais o remédio possui indicação terapêutica comprovada cientificamente por estudos clínicos são:

Veja mais detalhes aqui.

Para as indicações de tratamento de parasitoses, conforme mencionado, a ivermectina possui eficácia e segurança comprovada, desde que utilizada de forma racional, mediante avaliação, prescrição e acompanhamento por profissionais de saúde habilitados.

Quais são as reações adversas?

A ivermectina é contraindicada para uso por pacientes com hipersensibilidade ao medicamento ou aos demais componentes da formulação. “Há contraindicação para uso por pacientes com meningite ou outras afecções do sistema nervoso central que possam afetar a barreira hematoencefálica, devido aos seus efeitos nos receptores GABA-érgicos do cérebro. Medicamentos contendo ivermectina são contraindicados para uso por crianças com menos de 15 kg ou menores de 5 anos”, orienta Marcos Machado, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP).

Conforme informações constantes do registro do medicamento de referência podem ocorrer raramente as seguintes reações: diarreia e náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos. Relacionadas ao sistema nervoso central podem ocorrer: tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem: prurido, erupções e urticária.

“As seguintes reações adversas foram relatadas com o uso da droga: edema facial e periférico, hipotensão ortostática e taquicardia. Cefaleia e mialgia relacionadas a droga ocorreram em menos de 1% dos pacientes. A hipotensão (principalmente a hipotensão ortostática) e a exacerbação da asma brônquica foram relatadas desde a comercialização da droga em vários países. Foram relatadas as seguintes anormalidades em testes de laboratório durante as experiências com o medicamento: eosinofilia transitória, elevação das transaminases e aumento da hemoglobina (1%). Leucopenia e anemia foram verificadas em um paciente”, acrescenta Machado.

Na intoxicação acidental ou na exposição significativa a quantidades desconhecidas de formulações veterinárias de ivermectina em humanos, seja por ingestão, inalação, injeção ou exposição de áreas do corpo, os seguintes efeitos adversos foram relatados com maior frequência: erupção cutânea, edema, dor de cabeça, tontura, astenia, náusea, vômito e diarreia.

Entre outros efeitos adversos relatados estão convulsões, ataxia, dispneia, dor abdominal, parestesia e urticária. Para mais informações clique aqui.

Não há eficácia comprovada cientificamente sobre o uso de ivermectina no tratamento de covid-19

Segundo o CRF-SP, é importante ressaltar que, até o momento, “não existem evidências científicas que comprovem a eficácia de ivermectina para tratamento e/ou prevenção de covid-19, portanto, o seu uso deverá ser resguardado apenas para as indicações constantes em sua bula”, alertou a entidade.

“A American Society of Health System Pharmacists – ASHP, publicou documento com informações sobre as principais evidências científicas para tratamentos medicamentosos da covid-19. Segundo a última atualização do documento mencionado (em 11 de março deste ano), não há dados publicados até o momento de ensaios clínicos randomizados e controlados para apoiar o uso no tratamento ou prevenção da covid-19″, acrescenta o presidente do CRF-SP. Acesse aqui.

“Sendo assim, até o presente momento não há protocolos recomendados por autoridades sanitárias regulatórias que fundamentem doses indicadas de ivermectina em humanos para tratamento da covid-19 ou posologia a ser seguida”, alertou Machado.

Posso beber álcool com ivermectina?

Os efeitos da alimentação na disponibilidade sistêmica da ivermectina não foram estudados. “Consumir álcool com ivermectina pode aumentar os níveis sanguíneos ou aumentar os efeitos colaterais da ivermectina. Isso pode causar erupção cutânea, inchaço, dor de cabeça, tontura, fraqueza, náusea, vômito, diarreia, dor de estômago, convulsões, falta de ar e dormência ou formigamento”, segundo consta no Drugs Interactions.

A ivermectina ataca o fígado?

Na descrição feita na base de dados Drugs Interactions sobre efeitos colaterais em sistemas/órgãos cita o seguinte sobre o sistema hepático: os efeitos colaterais hepáticos incluíram ALT e/ou AST elevados.

Uso de ivermectina como profilaxia (termo que denomina medidas utilizadas na prevenção ou atenuação de doenças)

Não há evidências de eficácia e segurança da ivermectina para prevenção de covid-19 em humanos. A American Society of Health System Pharmacists publicou ainda um documento com informações sobre as principais evidências científicas para tratamentos medicamentosos na covid-19. Clique aqui para saber mais.

Bula da ivermectina

Clique aqui para acessar a bula do medicamento de referência que possui ivermectina.

Por que a ivermectina foi associada como tratamento da covid-19?

Conforme o Estadão Verifica apurou, o fármaco entrou no panorama da pandemia depois que uma pesquisa da Universidade Monash, da Austrália, identificou que uma dose muito acima do recomendável do medicamento eliminou o novo coronavírus em uma cultura de células – ou seja, em testes de laboratório. Os próprios pesquisadores, no entanto, dizem que o remédio não pode ser usado para tratamento da covid-19 até que testes clínicos comprovem a sua eficácia mediante dosagens seguras em humanos.

Merck divulgou comunicado dizendo que o remédio que ela mesma produz não funciona contra a covid-19

A farmacêutica Merck, que no Brasil opera com o nome MSD e é responsável pelo desenvolvimento do medicamento ivermectina, informou em comunicado em fevereiro que não há dados que sustentem o uso do remédio contra a covid-19.

A declaração da empresa de que não existe base científica para a recomendação do vermífugo contra a covid-19 está em linha com as orientações das principais autoridades mundiais de saúde pública, para as quais a doença causada pelo novo coronavírus não tem cura conhecida até o momento.

Merck criou a ivermectina na década de 1970 e continua no mercado

O Estadão Verifica checou as informações sobre a origem e a fabricação da ivermectina em dois artigos. O primeiro foi publicado pela American Chemical Society em sua página oficial, e o segundo por cientistas do Instituto Kitasato de Tóquio no periódico Proceedings of the Japan Academy.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/abrace-produz-cannabis-medicinal-a-custo-acessivel/ 

De acordo com essas fontes, o desenvolvimento da ivermectina começou com o pesquisador japonês Satoshi Omura, que firmou uma parceria com laboratórios da Merck, ainda na década de 1970, para coletar e enviar amostras de compostos medicinais promissores. Após inúmeros testes, os cientistas obtiveram um antiparasitário eficiente a partir de uma substância chamada avermectina, produzida por uma bactéria presente no solo da cidade japonesa de Kawana.

A ivermectina entrou no mercado em 1981, destinada ao uso veterinário. Mais tarde, a Merck testou o remédio em humanos, em parceria com a OMS, e obteve a aprovação em 1987. A patente da farmacêutica sobre a ivermectina expirou em 1996, permitindo a outras indústrias comercializarem produtos com a fórmula, com mostra outro artigo divulgado por pesquisadores da James Cook University, da Austrália.

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