Anvisa cria painel para monitorar disponibilidade de oxigênio

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) criou um painel on-line com informações sobre os níveis de produção, abastecimento e distribuição de oxigênio no Brasil. O painel será atualizado semanalmente, na 6ª feira, com a informação dos últimos 7 dias.

Segundo a agência, ainda faltam informações de empresas, o que dificulta visualizar a situação nacional. Os primeiros dados, relativos ao período de 13 a 17 de março, trazem um universo de 100 empresas atuando na produção de oxigênio. Do total fornecido, 71,7% eram de companhias privadas, 25,9% de instituições públicas e 2,46% de distribuidoras.

Em comunicado oficial, a Anvisa explica que os dados sobre estoque devem ser observados de acordo com a capacidade de cada Estado.

‘Eventuais dados de estoque zerados podem ocorrer devido à ausência de fornecimento de informações por parte das empresas ou por inexistência de empresas no estado. Assim, Estados como o Acre, onde não existem empresas produtoras, não constarão no painel’, explica o informe.

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São Paulo é o Estado com o maior volume de fabricação de oxigênio no período analisado, com 7,4 milhões de metros cúbicos (m3), seguido por Minas Gerais (2,5 milhões de m3) e Rio de Janeiro (2 milhões de m3). Os estoques de produção mostrados no painel são pequenos. O Estado com o maior estoque é o Amazonas: 1,17 milhão de m3.

Quando considerado o envase do oxigênio em cilindros, São Paulo novamente é o primeiro do ranking, com 1,18 milhão de m3. Em seguida vêm Ceará (1 milhão de m3) e Minas Gerais (875 mil de m3). Assim como na fabricação, nos cilindros, o Amazonas detém o maior estoque, com 1,17 milhões de m3.

Plano nacional

O Ministério da Saúde anunciou nessa 3ª feira (23.mar.2021) o Plano Oxigênio Brasil, com o intuito de dar auxílio a Estados e municípios no abastecimento deste insumo. Segundo a pasta, os Estados com mais dificuldade são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia.

De acordo com a Saúde, já começaram a ser transportados cilindros e estruturas relacionadas à oferta de oxigênio de Manaus para outras localidades. Serão deslocados 120 concentradores para o Rio Grande do Norte e 200 para o Paraná. Também serão enviadas duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, foi feita requisição de envio a partir de São Paulo de 400 cilindros para Rondônia, 240 para o Acre, 160 para o Rio Grande do Norte, 100 para o Ceará e 100 para a Região Sul.

Fonte: Poder 360

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/kit-covid-entenda-por-que-o-tratamento-precoce-nao-funciona/

Em 2020, empresa de cosméticos cresce 842% em vendas online

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Fundada em 1978 pela farmacêutica Eliane Brenner, a Dermatus se consolidou no mercado brasileiro com a manipulação de dermocosméticos – usados para cuidados com a pele. Desde 2019, a empresa está nas mãos de novos sócios, que investiram em uma experiência mais digital, fazendo com que as vendas pelo e-commerce crescessem 842% em 2020, ajudando no faturamento anual de R$ 5 milhões.

Uma das novas sócias é Claudia Souza, que tem uma empresa de farmácia de manipulação, chamada Officilab, há 33 anos, no Rio de Janeiro. ‘Nossa expertise era mais no uso oral, e sempre foi um grande sonho entrar na dermatologia’, diz Souza. Quando soube que Eliane estava disponível para conversar sobre a Dermatus, ela e os sócios fizeram um acordo para incorporar a empresa. “Acreditamos que seria uma oportunidade de juntar negócios que têm o mesmo DNA de qualidade e inovação.”

Quando assumiram a Dermatus, encontraram desafios. Souza usou seu primeiro ano de trabalho para organizar a empresa. ‘Fizemos uma mudança de plataforma, que agregou muito valor, e investimos em divulgação no ambiente virtual.’

Também cancelaram o contrato com a empresa terceirizada que produzia o seu conteúdo digital, e formaram uma equipe interna para realizar o trabalho. O custo ficou cerca de 18% maior, mas a agilidade no processo facilitou a comunicação com os clientes nas redes.

Finalmente, quando estavam prontos para crescer, veio a pandemia. Por ser do setor de farmácia, a empresa continuou trabalhando, mas os três pontos de venda físicos (localizados no Rio de Janeiro) tiveram grande perda no movimento. Isso também porque as consultas haviam diminuído e o carro-chefe da empresa é a manipulação com base em receitas médicas.

O que ajudou a Dermatus foi justamente o investimento no online que havia sido realizado no ano anterior, com parceria e vendas também em marketplaces, como Americanas e Magalu.

Outro fator que ajudou no crescimento da empresa, de acordo com Souza, é que as pessoas passaram a se cuidar mais. Além disso, o aumento do dólar e do euro fez com que os cosméticos internacionais ficassem mais caros. ‘Muita gente costumava comprar dermocosméticos quando viajava para o exterior, mas as viagens foram canceladas. E quem deixou de viajar, teve mais dinheiro para consumir nossos produtos.’

Ainda assim, a empresa encontrou desafios no ambiente online, já que seu público-alvo costumava ser de pessoas mais idosas. ‘Na migração para o virtual, atingimos os mais novos pela maior intimidade com o digital. Como consequência, vimos uma mudança no nicho de produtos vendidos’, diz Souza. Por exemplo, ela cita que houve um aumento nas vendas de cosméticos de fotoproteção para luz azul (a de telas, como o celular), e também para acne. Souza diz que a empresa ainda está trabalhando em estratégias para ter uma comunicação mais efetiva com o público jovem.

Apesar do grande aumento nas vendas online, a Dermatus cresceu 10% no ano passado – já que as vendas presenciais tiveram uma grande queda. Para 2021, a empresa planeja fazer um rebrand, com novas embalagens, e continuar apostando na experiência digital, com cosméticos customizados para diferentes peles.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/01/e-commerce-de-cosmeticos-organicos-abre-loja-conceito-em-sao-paulo/

Sites bolsonaristas produzem propaganda para desencorajar vacinação

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O sucesso da vacinação contra a Covid-19 (e qualquer outra doença) depende do maior alcance possível entre a população, de modo a se garantir uma imunização coletiva. Jogando contra esse sucesso, além da demora na disponibilização das doses, estão militantes antivacinação, que, no caso do coronavírus, calham de ser apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro.

Sites de apoio ao governo, que já haviam se envolvido na produção de desinformação sobre as vacinas no seu processo de desenvolvimento, investem agora em uma nova tese conspiratória, segundo a qual a vacinação em massa em vez de imunizar a população vai é criar novas e mortais variantes do coronavírus.

Creditada a um cientista europeu chamado Geert Vanden Bossche, a tese já circulou em outros países, sempre sendo desmentida por especialistas e por agências de checagem. No Brasil, o site Boatos.com já identificou a circulação dessa história nas redes e fez uma checagem mostrando que não há valor científico nas conclusões que estão na internet.

Mesmo assim, textos sobre esse falso perigo da vacina têm sido propagados por veículos de viés radicalmente governista, como Estudos Nacionais e Crítica Nacional, esse último ligado ao notório empresário bolsonarista Otavio Fakhoury, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura o financiamento a atos antidemocráticos.

Dos sites, o boato ganha grupos de WhatsApp de apoiadores de Bolsonaro. A divulgação da desinformação ganhou força com uma postagem, em seu canal do Telegram, do principal guru desse bolsonarismo radical, o escritor Olavo de Carvalho. Sem se comprometer com a veracidade da informação, Carvalho divulgou na segunda-feira (22/3) o material negacionista. Veja:

Postagem de Olavo de Carvalho em grupo no Telegram

Doutor em epidemiologia e professor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Bruno Pereira Nunes explica que não faz sentido acreditar em teorias conspiratórias sobre as vacinas contra a Covid-19, porque há muito controle sobre seu desenvolvimento.

‘Agencias similares à nossa Anvisa, como a FDA nos Estados Unidos, avaliam a segurança e a relação custo/benefício das vacinas. Muitos estudos são feitos com milhares de pessoas para se concluir que a vacina é segura e traz benefícios’, defende ele.

‘Além disso, essas agências continuam a monitorar possíveis eventos adversos da vacina. Se qualquer coisa ocorrer, decisões serão rapidamente tomadas para evitar efeitos negativos na população’, completa o pesquisador.

Veja exemplos dos formatos em que o novo boato tem circulado nas redes sociais e em grupos bolsonaristas no WhatsApp que são acompanhados pela reportagem.

A dinâmica de comunicação nesses grupos prevê muita distribuição de propaganda e pouco debate. Nos casos em que a reportagem viu a história circular, não houve nenhum usuário que tenha questionado a veracidade das informações.

Essas postagens antivacinação convivem nesses grupos com material de propaganda dos esforços do governo pela vacinação contra a Covid-19.

Reação

Entre pesquisadores e divulgadores científicos brasileiros, a circulação do novo boato começa a preocupar, como mostra essa postagem do pesquisador Bruno Filardi, diretor científico do Instituto do Câncer Brasil:

Será necessário um fio sobre o vídeo do Bossche?

De verdade, alguém acha que devemos parar a vacinação pelo medo de uma variante nova (que certamente a vacina irá proteger, nem que parcialmente)?

Já não perdemos pessoas demais para perdermos tempo com esse tipo de vídeo?

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/ministerio-da-saude-pede-celeridade-na-atualizacao-de-dados-de-vacinacao/

Consumo de oxigênio cresce até 449% com explosão de casos de Covid-19

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O consumo de oxigênio hospitalar chegou a quintuplicar em algumas localidades do país, com o agravamento da pandemia do novo coronavírus, preocupando cidades, que temem registrar mortes devido à falta do gás, além de gestores, órgãos de controle e empresas, que se movimentam para evitar o desabastecimento.

Monitoramento do Ministério da Saúde aponta que seis estados apresentam situação crítica em relação ao nível de oxigênio medicinal disponível. São eles: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte.

Além disso, Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em estado de atenção. A informação foi dada nessa segunda-feira (22/3) pelo diretor de Logística do Ministério da Saúde, general Ridauto Fernandes, durante reunião do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac).

Roraima apresenta uma das maiores taxas de crescimento do consumo do gás hospitalar. Ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde informou que, considerando dados de fevereiro, o consumo médio hoje gira em torno de 2.616,4 metros cúbicos (m³) por dia, o equivalente a 73.259,2 m³ no mês. Em novembro do ano passado, a quantidade consumida tinha sido de 13.346 m³ – ou seja, houve alta de 448,9% nesse período.

Ainda no Norte do país – região que já vivenciou, em janeiro deste ano, o desabastecimento do gás no estado do Amazonas -, Amapá teve um aumento superior a 200%, segundo dados da empresa White Martins, principal fornecedora do setor. Em Macapá (AP), a ampliação da rede de atendimento elevou o fornecimento de cilindros de oxigênio de 14 para 70 unidades por dia.

Após ser cobrado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério da Saúde informou, no domingo (21/3), que vai aumentar o fluxo diário de insumo enviado a Acre e Rondônia – outro estado que pode sofrer com o desabastecimento – por tempo indeterminado.

No Distrito Federal, a White Martins revelou ao Metrópoles que a demanda diária de oxigênio aumentou 97% nos últimos sete dias, em comparação com o mesmo período de janeiro. Por sua vez, Águas Lindas de Goiás registrou, nessa terça-feira (23/3), desabastecimento do gás na rede de saúde e recebeu apoio emergencial do Governo do Distrito Federal (GDF), segundo a Coluna Janela Indiscreta.

Por meio de uma notificação ao governo do Mato Grosso – também na região Centro-Oeste -, na segunda-feira (22/3), a empresa Dois Irmãos, que fornece oxigênio medicinal para 28 municípios do estado, declarou que está com o estoque do material em falta e que o insumo só estará disponível para venda na quinta-feira (25/3). Por sua vez, o governo do estado afirmou que a crise gerada pela falta de oxigênio medicinal afeta, na verdade, 50 municípios.

Já em São Paulo (SP), 10 pacientes com Covid-19 da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ermelino Matarazzo, na zona Leste da capital, tiveram que ser transferidos, nesse sábado (20/3), para o Hospital de Itaquera por falta de oxigênio. Segundo profissionais da unidade de saúde do Hospital de Itaquera, os pacientes chegaram durante a troca de plantão e estão todos em estado grave.

E no Rio Grande do Sul, o aumento do consumo foi expressivo, segundo relatado pelos serviços à Secretaria de Saúde: mais de 300%. A pasta informou, entretanto, que a logística de entrega e reabastecimento no estado, até o momento, não tem sido um entrave para o abastecimento das instituições hospitalares, UPAs e pronto atendimentos.

Por sua vez, no Nordeste, mais especificamente em João Pessoa (PB), a White Martins relatou que o consumo de oxigênio líquido cresceu cerca de 15% e o de oxigênio gasoso (em cilindros) mais que dobrou apenas nas últimas duas semanas, em comparação aos 15 dias anteriores.

Nota divulgada pela Prefeitura de João Pessoa na última terça-feira (16/3) revela que a empresa fornecedora de oxigênio para a capital está enfrentando dificuldades com a alta demanda, por causa do aumento de casos de Covid-19 nos estados e o consequente aumento de internações. O Executivo municipal disse também já ter iniciado contratos com outras empresas para evitar o risco de entrar em colapso.

Em contrapartida, a White Martins esclareceu, em nota, que tem cumprido rigorosamente todas as suas obrigações junto à Secretaria de Saúde de João Pessoa nos hospitais contratados, apesar da alta registrada no consumo.

Em sintonia, a Secretaria de Saúde da Paraíba disse ter ‘quantidade suficiente de oxigênio para atender a demanda e, segundo nossos dois maiores fornecedores, não há risco de desabastecimento’. ‘Nenhum município nos informou sobre desabastecimento e também não solicitamos apoio do Ministério da Saúde nesse sentido’, prosseguiu a pasta.

Levantamento feito pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nessa sexta-feira (19/3), contudo, aponta que a Prefeitura de Capim, pequena cidade de 6,6 mil habitantes no leste da Paraíba, a 60 quilômetros de João Pessoa, relatou que o oxigênio ‘infelizmente já está em falta’ e que há dias não consegue abastecer no local onde tem contrato, segundo relato obtido pelo Metrópoles.

Junto a Capim, outras 79 prefeituras, de 16 estados, relataram que o oxigênio para pacientes com a Covid-19 está prestes a acabar. A entidade enviou questionários a 2,5 mil dos 5.570 municípios do país. Desses, quase 600 responderam.

Um dia antes do levantamento, na quinta-feira (18/3), a Frente Nacional de Prefeitos enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao Ministério da Saúde alertando sobre a potencial falta de oxigênio e de medicamentos para sedação de paciente intubados acometidos pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

‘A União poderá reforçar a aquisição dos medicamentos e também tem prerrogativa de determinar redirecionamento de insumos e produtos. Isso poderia ser feito com a indústria metalúrgica, que também utiliza oxigênio com o mesmo grau de pureza do hospitalar, por exemplo’, destacou a entidade, em trecho do documento.

Em resposta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na sexta-feira, uma resolução com medidas que abrem exceções temporárias para o uso de cilindros (também chamados de balas) de oxigênio na área da saúde pública.

Agora, balas de gases industriais poderão ser preenchidas com gás medicinal. Ou seja, poderá ser usado cilindro cinza, ao invés do verde, pra envasar oxigênio medicinal. Para isso, as empresas devem atender alguns critérios de qualidade, como válvulas testadas e aprovadas, limpeza adequada dos cilindros industriais para eliminar contaminação cruzada, e rotulagem adequada para o gás medicinal.

No auge da crise da pandemia de Covid-19 em Manaus (AM), em janeiro deste ano, familiares de pacientes internados com a doença chegavam a pintar de verde os cilindros de uso industrial para reabastecer o equipamento.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/anvisa-cria-painel-para-monitorar-disponibilidade-de-oxigenio/

Droga Raia e Panvel fecham parceria para aplicar vacina em Porto Alegre

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A Droga Raia, da RD, e a Panvel, da Dimed, fecharam parceria com a Prefeitura de Porto Alegre (RS) para aplicar a vacina contra a Covid-19.

A Droga Raia irá operar um posto volante de vacinação drive-thru no estádio Beira Rio. Neste momento, o foco é a imunização de pessoas com idade a partir de 72 anos. O atendimento será realizado de quinta-feira (25) a sábado (27), das 9h às 17h. A iniciativa integra o Programa Nacional de Imunização, com o serviço prestado de maneira inteiramente gratuita, tanto para a prefeitura quanto para as pessoas que serão vacinadas.

Farmacêuticos da Droga Raia, treinados e habilitados para aplicar a vacina, realizarão a aplicação das doses. Outros profissionais da rede de farmácias também vão atuar como voluntários para organizar o fluxo e dar suporte à população durante todo o processo.

Segundo a empresa, o número de postos volantes poderá ser ampliado futuramente, conforme a necessidade dos órgãos de saúde do município. O local funcionará como uma extensão dos postos de vacinação da prefeitura.

A empresa já fez uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para vacinar a população da cidade.

Na Panvel, esquema já começou

Já a Panvel irá imunizar profissionais da saúde contra o vírus em 13 de suas lojas na cidade durante duas semanas. As aplicações serão realizadas por farmacêuticos habilitados em salas do programa Panvel Clinic.

O serviço será das 9h às 17h, e acompanhará o cronograma estabelecido pela Secretaria Municipal da Saúde. Podem se vacinar tanto profissionais liberais ou de estabelecimentos, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, odontologistas e psicólogos.

O esquema de vacinação começou nesta terça-feira (23), atendendo a faixa etária a partir de 60 anos. Na quarta-feira, serão imunizadas pessoas a partir dos 55 anos, na quinta, 50 anos ou mais, e na sexta-feira, 45 anos ou mais. A retomada do atendimento acontece na segunda-feira (29/3), mantendo o foco nos profissionais com idade a partir dos 40 anos, até quinta-feira, dia 1º de abril.

A rede informa que, para garantir atendimento, o público do serviço deverá apresentar cópias impressas do comprovante de residência em Porto Alegre, vínculo a conselho ou entidade de classe e da autodeclaração de profissional de saúde habilitado a receber a imunização(disponível no site da Secretaria Municipal de Saúde). A aplicação da segunda dose ocorrerá no mesmo lugar da primeira, conforme informado pela carteira de vacinação que será entregue ao profissional.

Na semana passada, a Droga Raia já tinha iniciado o apoio à Prefeitura de São Paulo no processo de imunização. Na capital paulista, foram disponibilizadas 17 lojas da rede RaiaDrogasil para servir de postos volantes de vacinação. Desde o início da ação, em 15 de março, foram aplicadas mais de 4,5 mil doses da vacina nas unidades da Droga Raia e Drogasil em São Paulo.

Fonte: Mercado & Consumo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/anvisa-destaca-pendencias-para-pedido-de-uso-emergencial-da-sputnik-v/

Laboratórios descartam antecipação de entrega de vacinas

Em audiência com representantes de laboratórios farmacêuticos nesta terça-feira (23), senadores pediram aceleração do calendário de entrega de doses de vacinas contra a covid-19 para o Brasil. Os convidados explicaram que não veem condições para isso, mas reforçaram a manutenção dos prazos previstos nos contratos já assinados com o governo federal. As informações são da Agência Senado.

A audiência ocorreu no primeiro dia em que o país registrou mais de 3 mil mortes num período de 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Foram ouvidos representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina britânica Oxford/AstraZeneca; dos laboratórios Pfizer e Janssen, que produzem vacinas próprias; e das empresas União Química e Precisa, representantes brasileiras das vacinas Sputnik V, russa, e Covaxin, indiana.

Para os senadores, no entanto, os calendários apresentados pelas empresas têm informações vagas e até imprecisas sobre a disponibilidade dos imunizantes.

Dados discrepantes

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, questionou a Fiocruz, por exemplo, sobre uma ‘discrepância’ entre os cronogramas de doses apresentados ao Senado pela instituição e pelo Ministério da Saúde. Na informação original, o ministério prevê 99,8 milhões de doses até o mês de julho, mas a Fiocruz apresentou na audiência uma previsão de 97,8 milhões – 2 milhões de doses a menos.

A presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, afirmou que as previsões iniciais podem desacelerar devido a etapas técnicas da fabricação do imunizante ou da chegada do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), que é importado. Segundo ela, a Fiocruz procura compensar possíveis atrasos em um mês com um aumento das doses previstas para o mês seguinte.

“Estamos trabalhando com os números mais próximos da realidade possível, sendo que a nossa orientação é acelerar esse cronograma, só que eu diria que ele está no limite”, admitiu.

Papel do Congresso

A senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que propôs a audiência com os laboratórios, quis saber que tipo de ajuda os parlamentares podem oferecer para que as entregas sejam adiantadas. Para ela, não há planejamento unificado para essa questão e o Congresso precisa assumir esse papel.

“O que pode ser feito no curto prazo para que nós possamos ter essa vacina produzida na escala que foi contratada? Como o Congresso Nacional pode cooperar para que haja o aumento da produção, para que as vacinas possam efetivamente chegar à população brasileira?”, questiona a senadora.

Outros senadores fizeram coro a ela, sugerindo medidas. Izalci Lucas (PSDB-DF) propôs a solução de gargalos institucionais e logísticos e perguntou sobre a parceria com laboratórios nacionais. Paulo Paim (PT-RS) sugeriu o licenciamento obrigatório de vacinas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e insistiu na transferência de tecnologia para produção no país.

Risco internacional

O senador Humberto Costa (PT-PE) quis saber sobre a possibilidade de o Brasil receber doses que estão contratadas por outros países, visto que a situação brasileira é crítica a ponto de representar um risco internacional, de acordo com ele.

“A Organização Pan-Americana da Saúde lançou um alerta de que esse quadro que estamos vivendo no Brasil se propague para outros países fronteiriços. Não há possibilidade de que todas as empresas possam antecipar as suas entregas ao Brasil e tentem negociar com outros países para que uma parte possa vir imediatamente para cá?”, pergunta.

Os representantes dos laboratórios alegaram, porém, que os entraves são de ordem técnica e dificilmente podem ser contornados. Foi o que explicou Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos, a unidade de produção de vacinas da Fiocruz.

Produção complexa

“A produção de imunobiológicos é uma das mais complexas que se pode ter. Esbarramos em questões tecnológicas e regulatórias para garantir a segurança e a eficácia da vacina que não conseguimos ultrapassar. Estamos integralmente focados na tentativa de acelerar o máximo possível o cronograma, mas é o que hoje enxergamos como o mais viável de ser cumprido”, afirma Zuma.

Já Ronaldo Pires, diretor de Assuntos Governamentais da Janssen, destacou o ritmo de trabalho incomum a que as empresas têm sido submetidas. “Num ano normal, o mundo produz cerca de 4,5 bilhões de doses de todas as vacinas que existem. Neste ano, só de vacinas para a covid-19, está estimada alguma coisa entre 10 e 14 bilhões de doses. As empresas estão fazendo em meses o que fariam em anos. Não é por falta de compromisso, esforço, investimento, é porque estamos em uma circunstância que jamais havia sido pensada. Temos desafios logísticos, de armazenagem, de insumos”.

Oportunidade perdida

Por sua vez, Miguel Giudicissi Filho, diretor médico da União Química, afirmou que a dificuldade burocrática na obtenção do registro da Sputnik V fez com que o Brasil perdesse o acesso a doses que já estavam disponíveis. “Nós perdemos a oportunidade, no primeiro trimestre, de termos 10 milhões de doses, que era o compromisso do Instituto Gamaleya [fabricante da vacina na Rússia]. É lógico que eles não vão guardar essas vacinas, elas foram desviadas para outros locais”.

Final da fila

Diante das exposições, alguns senadores falaram em responsabilidade do governo federal sobre a aquisição atrasada de vacinas, o que leva o Brasil para o final da fila mundial no recebimento de imunizantes. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que o país paga por um ‘passado de negação’.

“Hoje são mais de três mil pessoas que perderam a vida pela omissão e pela irresponsabilidade de alguns poucos que ainda acreditam que através de contaminação em massa nós podemos sair dessa crise”,  lamentou.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) observou que, dos cinco fabricantes cinco vacinas analisadas representados na audiência, apenas duas têm registro na Anvisa e apenas uma delas já está entregando doses para o Programa Nacional de Imunização. Sem a antecipação dos demais contratos, alertou ele, a perspectiva para os próximos meses é catastrófica. “Eu vim para assistir a este encontro muito animado, para ver alguma luz no fim do túnel. Infelizmente, estou saindo muito mais preocupado do que entrei”.

Medidas provisórias

O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu para que os colegas não ‘radicalizassem’ nas críticas, e disse que o Executivo disponibilizou recursos para a compra de vacinas através de medidas provisórias. Também declarou que, se somados todos os contratos já assinados, o governo já encaminhou vacinas em quantidade suficiente para imunizar toda a população.

“Vamos continuar apostando não na radicalização da crítica, mas apostando no diálogo, no entendimento, para que possamos não perder tempo em encontrar culpados neste momento”,  disse Fernando Bezerra.

Situação de vacinas discutidas na sessão temática

Oxford/AstraZeneca – Produzida no Brasil pela Fiocruz e com registro para uso permanente no Brasil. Ainda depende de insumos importados. Previsão de entrega de 97,8 milhões de doses até julho e outras 110 milhões no segundo semestre.

Pfizer – Produzida pelo laboratório Pfizer e com registro para uso permanente no Brasil. Sem previsão de produção nacional. Contrato assinado para entrega de 100 milhões de doses em 2021, previstas para o segundo semestre.

Janssen – Produzida pelo laboratório Janssen, ainda sem registro no Brasil. Sem previsão de produção nacional. Contrato assinado para entrega de 38 milhões de doses em 2021, previstas para o segundo semestre.

Sputnik V – Produzida no Brasil pela empresa União Química. Ainda depende de insumos importados. Registro solicitado à Anvisa mas ainda não concedido. Contrato assinado para entrega de 10 milhões de doses em 2021, dependentes do registro.

Covaxin – Importada no Brasil pela empresa Precisa. Registro solicitado à Anvisa mas ainda não concedido. Contrato assinado para entrega de 20 milhões de doses em 2021, dependentes do registro.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/21/quase-60-do-setor-reprova-atuacao-do-governo-na-pandemia/

Saúde negocia entrega de 2,8 milhões de medicamentos para intubação

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O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (23) que mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) começaram a ser distribuídas para todo o Brasil, por meio de uma parceria firmada com três empresas fabricantes. As entregas foram negociadas após reuniões entre a pasta e representantes dos laboratórios fornecedores dos medicamentos ocorridas ontem e hoje.

A intubação é necessária nos casos mais delicados de tratamento da covid-19, quando o paciente precisa receber ventilação mecânica e manter a respiração adequada enquanto combate a infecção. Por conta da explosão de internações nas redes públicas e privadas de diversos estados ao mesmo tempo, os medicamentos anestésicos essenciais para a realização deste procedimento estão se esgotando.

Segundo o ministério, a empresa Cristália se comprometeu a fornecer 1,26 milhão de unidades dos medicamentos, com entregas previstas para os próximos sete dias. A empresa Eurofarma entregará, a partir de hoje, 212 mil ampolas em todo território nacional. Já a empresa União Química também enviará, até 30 de março, um total de 1,4 milhão de medicamentos.

O cronograma de entregas é feito pelo Ministério da Saúde com base no monitoramento realizado nos estados e municípios, para verificar a disponibilidade dos medicamentos de intubação orotraqueal em todo o país. Essas informações são então repassadas à indústria e aos distribuidores para que os estados possam realizar as aquisições.

Além disso, toda semana a pasta recebe do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) informações do Consumo Médio Mensal (CMM) dos medicamentos por estados e municípios. O ministério também recebe dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a produção e venda dos fabricantes no país.

Oxigênio

A pasta também informou nesta terça que está realizando o monitoramento da demanda por oxigênio hospitalar para otimizar as entregas aos estados.

No momento, segundo o ministério, o abastecimento do produto atinge, de forma mais intensa, estabelecimentos de saúde que dependem de oxigênio gasoso, entregue em cilindros. Nos grandes hospitais, o produto normalmente é entregue na forma líquida, que fica armazenado em reservatórios criogênicos, e as empresas produtoras têm garantido as entregas aos estabelecimentos.

‘A duração dos estoques em cada local depende da quantidade disponível de cilindros e do consumo do produto em cada estabelecimento de saúde. O Ministério da Saúde esclarece que os estados que acusaram maiores dificuldades em manter esse fluxo de oxigênio são Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rondônia’, informou a pasta.

Para abastecer essas localidades, estão sendo redistribuídos materiais enviados ao Amazonas no início do ano, que incluem 120 concentradores de oxigênio para Rio Grande do Norte e Rondônia; 200 cilindros de oxigênio para o Paraná; duas usinas de oxigênio para Santa Catarina, uma para o Acre e outra para Rondônia. Além disso, foram requisitados cilindros de oxigênio cheios, que serão enviados de São Paulo, entre os dias 22 e 26 de março, para abastecer Rondônia (400 cilindros), Acre (240 cilindros), Rio Grande do Norte (160 cilindros), Ceará (100 cilindros) e estados da Região Sul (100 cilindros).

O governo ainda espera a chegada, no início de abril, de concentradores de oxigênio importados da China e nos Estados Unidos, que tiveram apoio da iniciativa privada.

Fonte: ISTOÉ Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/23/laboratorios-fecham-acordo-com-o-governo-sobre-kits-de-intubacao/

Macau e Hong Kong suspendem uso da vacina da Pfizer por problema nas tampas

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Macau e Hong Kong suspenderam o uso da vacina contra o coronavírus da Pfizer/BioNTech nesta quarta-feira (24), depois que o laboratório informou sobre um problema de ‘tampas defeituosas’ em um lote.

‘Como princípio de precaução, a vacinação em curso deve ser suspensa enquanto prossegue a investigação’, anunciou o Executivo de Hong Kong em um comunicado.

Os dois territórios afirmam que tomaram a decisão, depois que foram contactados pela Fosun, laboratório farmacêutico que distribui a vacina Pfizer/BioNTech na China.

De acordo com as autoridades, os frascos com o número de lote 210102 apresentavam tampas defeituosas.

‘A empresa farmacêutica afirmou não ter nenhuma razão para acreditar que este lote de vacinas apresenta riscos à segurança’, disse a secretária de Saúde de Hong Kong, Sophia Chan.

‘As vacinas que soubemos que apresentavam defeitos nos frascos antes da injeção foram descartadas. Não foram usadas em residentes’, acrescentou.

Nas redes sociais, moradores de Hong Kong afirmaram que a vacinação foi cancelada nesta quarta-feira e que os centros de imunização estavam fechados.

Com quase 7,5 milhões de habitantes, Hong Kong registrou poucos casos, devido às severas restrições e a uma quarentena de três semanas às pessoas que chegam do exterior.

Desde o início da pandemia, o território registra quase 11.000 casos e 200 mortes por covid-19.

Hong Kong iniciou a campanha de vacinação no fim de fevereiro, mas a população não demonstra empolgação, desconfiada do Executivo pró-Pequim.

Em 2019, a cidade foi cenário de manifestações pró-democracia, às quais Pequim respondeu com uma forte repressão.

De acordo com uma pesquisa recente, apenas 37% dos adultos de Hong Kong pensam em procurar a vacinação.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

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Até que ponto é acertada a estratégia de não reservar a 2ª dose da vacina

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A população que for vacinada com os 369 mil imunizantes recebidos nos últimos dias pela Secretaria Estadual de Saúde não terá a segunda dose reservada. Será preciso esperar um novo lote de vacinas para, então, obter a proteção completa.

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Isso não significa uma falha no esquema vacinal. Há, segundo os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, benefícios para a contenção da pandemia no estado a partir dessa abordagem, orientada pelo Ministério da Saúde.

Os riscos dependerão da estratégia de cada vacina e se a segunda dose não for, de fato, aplicada. “Em um momento de pandemia, não existe uma estratégia nem totalmente certa ou errada. É preciso adotar aquela que consiga abranger a coletividade”, explica Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, presidente da Regional Paraná da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm-PR).

Uma dose: estímulo do sistema imunológico

Usar todas as doses disponíveis, sem reservas da segunda aplicação, alcançará um número maior de pessoas que, embora não estejam com a proteção completa, receberão um estímulo na produção dos anticorpos. Dependendo da estratégia de cada vacina, esse primeiro estímulo poderá ser suficiente para impedir que a Covid-19 grave se estabeleça pelos próximos seis meses.

No início de fevereiro, a farmacêutica AstraZeneca divulgou dados preliminares de um estudo clínico de fase 3, no qual a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford/Fiocruz demonstrou uma eficácia de 76% após a primeira dose. Embora o intervalo previsto nos estudos fosse de 28 dias, mesmo após 12 semanas (84 dias), o imunizante apresentou eficácia de 82%.

No caso da vacina do laboratório Sinovac/Instituto Butantan, a Coronavac, não há dados completos que demonstrem eficácia apenas com uma dose, mas é possível esticar o intervalo entre as aplicações até 28 dias. Um estudo divulgado no início de janeiro do Butantan demonstra que as pessoas imunizadas com um intervalo de 21 a 28 dias tiveram uma resposta 20% melhor do que os demais participantes.

Isso se justifica pela estratégia deste imunizante. De acordo com Breno Castello-Branco Beirão, professor de Vacinologia do departamento de Patologia Básica da UFPR, as vacinas de vírus inativado – como é o caso – precisam das duas doses para uma proteção completa.

“A recomendação não é ficar em uma dose apenas, a não ser que se conseguisse fazer a vacinação apenas com a vacina de Oxford/AstraZeneca, o que não vai ser o caso. No momento, a indicação é que as pessoas recebam as duas doses”, explica.

Heloisa Giamberardino, da SBIm-PR, reforça que o esquema ideal é o preconizado pela Anvisa, com a aplicação das duas doses. “Não sabemos dar a resposta sobre o que pode acontecer fora disso. É uma estratégia que não se pode dizer que está certa ou errada nesse momento, porque pode ser importante contra a pandemia.”

Risco é vacina criar falsa sensação de liberdade

O risco maior, segundo o professor Beirão, é com relação à sensação de liberdade que a vacinação – ainda que apenas uma dose – traz, com o aumento na circulação das pessoas e flexibilização dos cuidados.

“As pessoas têm que entender que a função das vacinas é diminuir o risco da doença grave. Essas vacinas, muito provavelmente, não vão prevenir a doença leve. As pessoas imunizadas ainda vão estar suscetíveis aos sintomas, ainda que leves. E isso é ainda mais importante para quem tomou apenas uma dose. A primeira dose é só uma preparação para a segunda”, reforça.

Fonte: Gazeta do Povo

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/anvisa-destaca-pendencias-para-pedido-de-uso-emergencial-da-sputnik-v/

Após frustração com vacina russa, Paraná aposta alto em laboratórios nacionais

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Durante reunião com secretários municipais da Saúde nesta terça-feira (23), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), e o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD), admitiram que toda a expectativa de aquisição de doses de vacinas contra o coronavírus está concentrada hoje na produção de laboratórios nacionais, o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). ‘Quem vai salvar o Brasil da pandemia são os nossos institutos, a Fiocruz e o Butantan. Outros laboratórios internacionais também serão importantes, mas isso em um segundo momento, possivelmente só em meados do segundo semestre de 2021’, afirmou o governador.

Em 12 de agosto de 2020, o governo do Paraná surpreendia com o anúncio da assinatura de um Memorando de Entendimento com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF), que administra a distribuição da vacina Sputnik V contra a Covid-19, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya. Na época, foi divulgado que russos e paranaenses, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ligado ao governo do Paraná, trabalhariam juntos para a elaboração de um protocolo a ser apresentado à Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Nas palavras do diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, tratava-se de um ‘primeiríssimo passo’ para a entrada da vacina no país. Depois, a expectativa do Tecpar era absorver a tecnologia russa e preparar suas instalações para produzir a Sputnik V em território nacional. As conversas entre russos e paranaenses, contudo, não avançaram nem mesmo para o ‘primeiríssimo passo’, embora tal desfecho não tenha sido totalmente esclarecido pelas partes envolvidas.

Também na mesa de reunião para falar com os secretários municipais de Saúde nesta terça-feira (23), Guto Silva afirmou que ‘o grande volume de vacinas será através desses dois laboratórios’ e que ‘vamos focar nossa estratégia em cima disso’. ‘Assim como eu, possivelmente todos os secretários do Paraná foram inundados com propostas de vacinas – da Rússia, da China, dos EUA. Mas está muito claro para nós que quem vai conseguir nos fazer atravessar essa pandemia neste primeiro momento são a Fiocruz e o Butantan’, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil.

Na expectativa da produção em escala de vacinas contra a Covid-19 pelos dois laboratórios nacionais, o governo do Paraná prevê um fluxo de 300 mil a 400 mil doses por semana para distribuir aos 399 municípios. Segundo o governador, o Paraná prevê o aumento do fluxo ‘dentro das próximas semanas’. Butantan e Fiocruz são responsáveis pela produção das vacinas Coronavac e Astrazeneca/Oxford, respectivamente.

Com 1.500.450 doses recebidas do Ministério da Saúde desde janeiro até aqui, o governo do Paraná já encaminhou 966.380 para os municípios – e 807.926 doses já foram aplicadas, o correspondente a 610.174 paranaenses (197.752 pessoas já receberam a segunda dose).

Fonte: Gazeta do Povo

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