Não é apenas Bolsonaro. Rede privada ainda distribui ‘kits de tratamento precoce’ ineficazes contra a covid-19

0

Um ano depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a existência da pandemia de coronavírus e de o presidente Jair Bolsonaro ser criticado pela comunidade científica por fazer propaganda da cloroquina, remédio sem qualquer eficácia para o tratamento da covid-19, hospitais continuam prescrevendo medicamentos que não têm comprovação de funcionamento contra a doença. Eles constam nos chamados “kit de tratamento precoce”, que incluem, além da cloroquina, remédios como a ivermectina, usado originalmente para combater vermes. A indicação tem acontecido em diferentes regiões do país para casos, inclusive, que sequer testaram positivo para a covid-19. A ordem é primeiro medicar, depois fazer o diagnóstico.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

No último mês de fevereiro, uma paciente diabética, moradora de Fortaleza, procurou um hospital da rede particular Hapvida com dor de garganta, preocupada com uma possível contaminação pelo coronavírus. Ela conta que recebeu uma cesta com hidroxicloroquina, ivermectina e prednisona —remédio, inclusive, que não é recomendado para pessoas com diabetes, por aumentar a glicemia do corpo. A paciente, que prefere não se identificar, afirma que os remédios estavam sendo distribuídos para todos os que chegavam com sintomas respiratórios na clínica. Ela não tomou os medicamentos, fez o exame pelo plano de saúde no dia seguinte e seu resultado foi negativo.

A distribuição dos remédios comprovadamente ineficazes contra a covid-19 foi adotada por diferentes planos de saúde durante todo o ano passado. Em maio, a reportagem do EL PAÍS mostrou que a Unimed Fortaleza estava distribuindo 30.000 kits com cloroquina para seus mais de 300.000 clientes. Em dezembro, Lia Moura, dentista e conveniada da Unimed na capital cearense, procurou um hospital da rede motivada pela preocupação de trabalhar em um posto de saúde. “A médica já me passou de cara o kit, com azitromicina e ivermectina. Ainda deixou uma receita de corticoide caso piorasse”, conta ela. Só depois foi fazer o exame de covid-19. O resultado foi negativo, mas ela assegura que não tomaria os medicamentos nem se estivesse infectada.

Também em dezembro, Denise Lima Xavier, empresária e moradora de São Paulo, teve febre e recorreu ao atendimento de seu plano de saúde, Prevent Senior, que trabalha na capital paulista desde 1997 com especialidade em maiores de 60 anos. Denise fez o teste RT-PCR para detectar a doença e, antes de saber o resultado, saiu do hospital com um kit de remédios. “Suplemento alimentar, anti-inflamatório e antibiótico. A cloroquina fazia parte, mas eu dispensei”, conta ela. “Não fizeram consulta, apenas triagem. E não perguntaram sobre doenças pré-existentes. Disseram que era um protocolo do convênio”. A empresária recebeu o teste positivo para a doença no dia seguinte e tomou os remédios por uma semana antes de desistir, segundo ela, por “não adiantar nada”.

Outro conveniado da Prevent Senior em São Paulo, que não quis se identificar, especificou a lista de medicamentos que recebeu do plano privado após avisá-lo que estava com tosse, já em fevereiro de 2021: 10 unidades de prednisona, três de ivermectina, cinco de azitromicina, 10 de colchicina, oito de hidroxicloroquina e vitamina D. Também relata ter recebido, via celular, um “termo de consentimento livre e esclarecido sobre o uso de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes com covid-19 suspeito ou confirmado”, o qual precisa aceitar antes de iniciar o tratamento. “Essa decisão compartilhada é ridícula porque o paciente assina o que o médico prescreve, já que ele não tem condições de julgar a evidência científica por trás daquilo”, pontua Ana Paula Herrmann, professora de farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Ela se aplica para questões onde o médico não tem certeza, onde ele precisa levar em conta o estilo do paciente. Nesse caso, existe uma certeza sobre a ineficácia desses tratamentos”, completa.

A cearense Lia Moura, por trabalhar na rede de saúde da região metropolitana de Fortaleza, é uma das raras pacientes que tinha conhecimento prévio sobre os medicamentos receitados por seus médicos. “Já sabia que não havia evidências [da eficácia contra o novo coronavírus]. Azitromicina, como qualquer antibiótico, não deve ser usado descontroladamente. E sabia de casos de uso profilático de ivermectina que resultaram em ataques de hepatite medicamentosa”, afirma.

Herrmann detalha outros efeitos colaterais advindos dos remédios receitados. “Esse uso de antibióticos, como azitromicina, pode ocasionar consequências graves a longo prazo”, explica. Segundo ela, o uso indiscriminado pode acabar por selecionar as bactérias mais resistentes no organismo, criando superbactérias que não são facilmente tratáveis. “E a prednisona é um corticoide recomendado só para casos de ventilação mecânica. Se aplicado antes, pode piorar o caso”. A farmacóloga, no entanto, ressalta que é comum o uso médico de remédios com efeitos colaterais em casos em que os benefícios superam os efeitos adversos. “O problema desse caso é que não há benefício. Então tudo que sobra é o efeito adverso, inclusive os que nem conseguimos prever”, conclui.

Ineficácia comprovada

Ao longo de 2020, foram realizados estudos ao redor do mundo que desmistificaram a eficácia de alguns dos remédios receitados no combate à covid-19. Em setembro, pesquisadores brasileiros publicaram na revista científica The Lancet um estudo com 400 pacientes internados com coronavírus que não tiveram alteração do status clínico após o tratamento com azitromicina. O vermífogo ivermectina, também adotado no kit, apareceu como um agravante da infecção quando aplicado precocemente em estudo feito pela Fiocruz e pela Universidade Federal do Amazonas em Manaus, divulgado no último mês de fevereiro.

A cloroquina e a hidroxicloroquina despontaram, graças ao Governo federal, como os grandes expoentes dos supostos remédios contra a covid-19. Desde 21 de março do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro indica o medicamento para a população, exaltando-o em lives e colocando-o como responsável por sua cura quando foi infectado. O Ministério da Saúde, desde que passou ao comando do general Eduardo Pazuello, em maio de 2020, adotou orientações que recomendam o uso da cloroquina. A pasta chegou a solicitar à Fiocruz “a ampla divulgação desse tratamento [precoce], considerando que ele integra a estratégia do Ministério para reduzir o número de casos que cheguem a necessitar de internação hospitalar” e a recomendar o medicamento em sua plataforma digital, TrateCov, voltada para o atendimento de pacientes em Manaus. Após críticas, o ministro Pazuello, que está de saída do cargo, afirmou, em janeiro deste ano, que nunca sugeriu o tratamento com o remédio. “Nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando medicamentos”, completou, contrariando as ações anteriores.

Esse recuo do Governo federal, que também parou de publicizar a cloroquina como fazia nos primeiros meses de pandemia, tem como contexto a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos próprios fabricantes desse e outros remédios. O ensaio Solidarity, concluído pela OMS em outubro, acompanhou a evolução da doença em 11.200 pessoas em 32 países e não detectou efeitos do tratamento com cloroquina na hospitalização ou na mortalidade entre os voluntários. A Apsen, maior produtora do medicamento no Brasil, não indica seu uso no combate contra a covid-19. Da mesma forma, a farmacêutica norte-americana MSD, responsável pela produção da ivermectina, garante que o remédio não é eficaz para esta doença.

“A questão política explica [o fato de redes privadas ainda distribuírem o kit com os medicamentos], mas também tem o lado sociológico, de querer oferecer algo quando não tem nada para prevenir. Não fazer nada parece uma atitude errada, mas é o ideal na ausência de evidência”, opina a professora de farmacologia Ana Paula Herrmann. “É lamentável que a gente continue falando disso. Há um ano até tínhamos algumas incertezas, mas agora sabemos que esse tratamento não tem a menor possibilidade de tratar algo”, diz ela.

Planos de saúde se defendem

Em contato com a reportagem, as redes privadas Unimed Fortaleza, Prevent Senior e Hapvida defenderam o protocolo interno de distribuição dos kits de tratamento precoce para seus clientes. Em maio de 2020, quando o EL PAÍS trouxe a distribuição dos remédios pela Unimed Fortaleza, a empresa disse que a iniciativa buscava “tentar evitar o agravamento da doença e, consequentemente, a necessidade de internação” e que a elaboração do protocolo tinha como base “estudos iniciais” sobre a prescrição da medicação em estágios iniciais da doença.

Hoje, o plano privado afirma que “respeita a autonomia dos médicos na prescrição das medicações, uma vez que cabe a eles avaliar a necessidade da utilização de cada medicamento para o tratamento da doença”. Segundo a empresa, o recebimento do kit está condicionado à receita médica, termo de consentimento assinado, cartão da Unimed e documento oficial com foto. A empresa ainda deixa claro que o protocolo adotado pela Unimed cearense é uma “iniciativa local”, apesar de não descartar que o kit seja distribuído por outras filiais pelo Brasil.

A Prevent Senior, por sua vez, chama de “essencial” o “acolhimento inicial ao paciente” que, segundo eles, contempla os remédios, exames e tomografias. A justificativa para o kit é a “necessária suplementação vitamínica e nutricional”, com a garantia de que “todos os remédios são receitados segundo os critérios de cada médico, em consenso com os familiares, e estão de acordo com a regulamentação brasileira”. No dia 8 de março, a deputada federal pelo PC do B, Jandira Feghali, enviou ao diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma carta denunciando a conduta da Prevent Senior e tendo como base um dos casos citados na matéria. “Grave o fato de medicamentos sem eficácia comprovada chegarem à casa de um segurado sem que ele tenha dado qualquer informação mais detalhada sobre seu estado de saúde”, escreveu a deputada.

Por fim, a Hapvida diz que metade dos seus 4.000 médicos da rede utilizam a hidroxicloroquina “conforme sugerido em protocolos dinâmicos, elaborados por um comitê médico internacional que se apoia em evidências clínicas e critérios do Conselho Federal de Medicina”, sem mais detalhes. A empresa ainda acrescenta que “não há registros de internações resultantes de qualquer efeito colateral pelo uso do medicamento”.

Fonte: El País

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Gripe do Frango – Gripe Aviária

0

Gripe Aviária é uma doença contagiosa causada por várias estirpes do vírus da influenza (gripe) tipo A, sendo a H5N1 motivo de grande preocupação para a saúde humana.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Este vírus infecta aves e, em casos bem menos frequentes, suínos e seres humanos. Ela foi identificada pela primeira vez na Itália, no século XIX e, mais recentemente, ocorreram casos na Holanda, Bélgica, Chile, EUA, Canadá, China, Japão, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Cazaquistão e Rússia.

Nas aves, esta gripe é fatal, podendo ir a óbito no mesmo dia em que os primeiros sintomas aparecem: apatia, dificuldades respiratórias, penas eriçadas e queda na produção de ovos são alguns destes. Geralmente, as aves migratórias disseminam o vírus entre as criações de aves domésticas, adoecendo-as.

Medidas:

O abate sanitário das aves infectadas ou expostas a estas, incluindo a destruição das carcaças, desinfecção do local e procedimentos de quarentena são formas de controlar este vírus. Esta primeira medida pode causar grandes prejuízos para os proprietários de granjas e, inclusive, para a economia dos países. Assim, restrições quanto à movimentação de aves vivas dentro e entre nações e a proteção dos trabalhadores que têm contato mais próximo com estes animais são cuidados importantes para evitar contaminações destes animais e de seres humanos.

Gripe aviária em humanos:

O primeiro surto registrado de infecção humana foi em 1997, em Hong Kong – consequência da contaminação pela estirpe H5N1. Neste, ocorreram 6 mortes e 18 hospitalizações. Em todos os casos conhecidos, a transmissão se deu através do ar, água, alimentos e roupas contaminadas, por meio de secreções infectadas pelo vírus.

Os primeiros sintomas são: febre, dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios, fraqueza, tosse seca, dor de garganta, espirro, coriza e, em alguns casos, pele quente e úmida, olhos avermelhados e lacrimejantes. Estes indícios ocorrem, geralmente, 24 horas após o contágio.

Existem alguns medicamentos antivirais utilizados para gripe humana que têm mostrado eficácia para o tratamento deste mal.

Fonte: Brasil Escola

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Quais as manifestações da covid-19 na pele e como identificá-las?

0

A comunidade científica internacional tem investigado todas as linhas de sintomas possíveis da covid-19 e os achados dermatológicos tem sido cada vez mais comuns. Até o momento, já se sabe que há pelo menos cinco manifestações cutâneas possíveis.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

A depender da associação a outros sinais e do estudo epidemiológico do paciente, essas manifestações podem estar associadas à contaminação pelo novo coronavírus. Para falar sobre isso, convidamos a médica dermatologista do Hospital Santa Lúcia, Natália Medeiros.

Leia a entrevista e compartilhe conhecimento.

1 – Quais as possíveis manifestações cutâneas da covid-19 identificadas até o momento e o que elas fazem com a pele?

Já foi observada uma grande variedade de manifestações cutâneas da covid-19, entre elas o exantema, a urticária, o livedo, a isquemia e até mesmo a necrose.

O exantema é caracterizado por manchas avermelhadas, que podem ser mais disseminadas ou se apresentar por meio de caroços. Já a urticária é caracterizada por placas elevadas, avermelhadas e pruriginosas.

No livedo, a pele apresenta uma coloração com aspecto mosqueado, o que mostra comprometimento vascular, assim como a isquemia. Nesta, a pele já está mais comprometida, com coloração arroxeada/ azulada, podendo evoluir para necrose, em que há destruição tecidual.

2 – Essas manifestações podem ser curadas antes de a pessoa ser curada da covid-19?

Geralmente, as manifestações estão relacionadas à doença, mas algumas delas podem ter regressão antes da cura. Não há um padrão definido. Da mesma forma, ainda não se comprovou correlação entre manifestações cutâneas da covid-19 e gravidade da doença.

3 – Como identificar se os sintomas cutâneos apresentados são indicativos de covid-19? Na dúvida, procurar uma emergência hospitalar ou um dermatologista?

As manifestações cutâneas da covid-19 são, muitas vezes, semelhantes a manifestações de outras viroses ou quadros como alergias. Para que se pense no diagnóstico de covid-19, é preciso fazer o estudo epidemiológico do paciente, que auxiliará o profissional da saúde em seu raciocínio clínico.

O paciente deve procurar o atendimento que lhe for de mais rápido acesso, levando em consideração a importância do diagnóstico precoce e medidas de isolamento.

Em tempos de pandemia, todas as manifestações que podem fazer parte do quadro da doença devem ser levadas em consideração e investigadas. É um esforço necessário para que se consiga desacelerar a progressão da disseminação da doença.

4 – O tratamento dos sintomas sofre alguma alteração se estiverem associados à covid-19? Como? Por quê?

Sendo realizado o diagnóstico diferencial do quadro do paciente, é possível direcionar o tratamento específico para o que está causando a manifestação na pele. Não existem manifestações cutâneas exclusivas da covid-19. Precisamos determinar sua causa para então definir tratamento adequado.

Por exemplo, um paciente com urticária devido a uma medicação precisa suspender o uso e tomar anti-histamínicos. Já um paciente com urticária pela covid-19 receberá tratamento para a doença segundo protocolo da instituição em que se encontra.

Fonte: Hospital Santa Lúcia

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Anvisa aprova imunoterapia inédita contra o câncer de pele

0

Libtayo

A Anvisa aprovou o uso do medicamento Libtayo®, nome comercial da molécula cemiplimabe, cuja produção é da Sanofi em parceria com a Regeneron. Trata-se de uma imunoterapia inédita no país.

O medicamento é voltado ao tratamento de pacientes com carcinoma basocelular (CBC) localmente avançado ou metastático previamente tratado com inibidor da via Hedgehog ou para os quais um inibidor da via Hedgehog não é adequado. O Libtayo será comercializado pela Sanofi Genzyme, a unidade de negócios da farmacêutica francesa focada em soluções para doenças de alta complexidade.

De acordo com o INCA, estima-se que o Brasil registra 177 mil novos casos de câncer de pele não melanoma por ano, dos quais 80% são basocelulares. O CBC origina-se nas células basais, presentes na camada mais profunda da epiderme e ele pode se tornar avançado e agressivo em 1% dos casos. Entre os fatores de risco para desenvolvimento da doença, além da exposição excessiva ao sol e aos raios ultravioletas, destaca-se a idade avançada.

O Brasil é o segundo país a registrar o medicamento, que já foi aprovado pela FDA nos Estados Unidos, no último mês de fevereiro.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

O que comer quando se está com diarreia? 8 alimentos aliados da sua saúde intestinal!

0

A diarreia é um problema que, quando surge, é capaz de mudar toda uma rotina. Mas com a alimentação adequada, o quadro pode ser revertido. Conheça agora os 8 melhores alimentos para essa missão e saiba o que comer quando se está com diarreia!

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

A diarreia é a manifestação de diversas alterações no intestino que provocam evacuações frequentes com perda da consistência das fezes, tornando-as aguadas. Dentre as suas possíveis causas estão infecções por vírusbactérias ou outros parasitas que entram no organismo, sendo estas as causas mais comuns. O problema também pode ocorrer devido à intoxicação alimentar e ao uso de alguns remédios, como laxantes ou antibióticos.

E sabemos bem… quando a diarreia aparece, muitas vezes a rotina desaparece. Mas existe uma forma de combater esse problema: com a alimentação adequada. Para dar dicas sobre o que comer quando se está com diarreia e ajudar na restauração da flora intestinal nesse momento delicado, convidamos a nutricionista hospitalar Camila Marques. Confira abaixo as dicas da profissional!

8 alimentos para comer quando se está com diarreia

1. Batata

As batatas são ricas em cálcio, ferro e aumentam a efetividade do sistema imunológico. Isso porque elas têm propriedades que atuam estimulando os componentes celulares e seus reguladores químicos, contribuindo para o equilíbrio intestinal. Podem ser consumidas cozidas, na sopa ou em forma de purê.

2. Cenoura

Rica em pectina – um tipo de fibra solúvel – e em potássio, a cenoura ajuda no combate às inflamações e contribui para o aumento da imunidade. Além de ajudar na restituição de eletrólitos – minerais responsáveis pelo fluxo do líquido no organismo – que são perdidos na diarreia. Sua ingestão pode ser como purê, cozida ou até em sucos.

3. Banana

Com os episódios de diarreia, alguns nutrientes como magnésio e potássio são rapidamente perdidos. E, aqui, a banana é uma excelente aliada para repor esses componentes. Além disso, por ser rica em amidos – substância que pode absorver água do intestino -, essa fruta ajuda a deixar as fezes mais sólidas. Para consumir, a banana pode ser sólida ou amassada.

4. Maçã (sem casca)

A maçã ajuda a amenizar o fluxo intestinal por contar com fibras capazes de regular o intestino. “Limpam” o organismo e aliviam a inflamação causadora da diarreia. Seja a sua ingestão crua ou até cozida, a maçã é uma excelente aliada.

Importante! A casca da maçã possui propriedades que dificultam a melhora do quadro diarreico, como as fibras insolúveis, por isso, recomenda-se o consumo sem a casca.

5. Melancia

Nessa missão, a melancia é uma boa aliada por ser rica em água e contribuir para a hidratação do organismo, uma vez que a diarreia causa desidratação.

6. Carnes brancas

Devido à baixa quantidade de gordura presente e por ser rica em vitamina B, a carne branca (de preferência frango ou peixe) contribui com o fortalecimento da imunidade. Por ser também uma fonte proteica, esse alimento ajuda na redução da inflamação no intestino. O seu consumo pode ser em pedaços cozidos e cortados ou desfiados.

7. Arroz ou caldo de arroz

O arroz ou seu caldo auxiliam no combate à diarreia devido à ausência de fibras insolúveis, que contribuem para o aumento do quadro diarreico. Além disso, assim como as carnes, o arroz possui vitaminas do complexo B (as quais o organismo humano já não produz de maneira suficiente e, com a diarreia, fica mais deficiente ainda) e ajuda na restauração da flora intestinal.

8. Sopa de legumes

O maior potencial da sopa de legumes está em repor os nutrientes e líquidos que são facilmente perdidos quando se está com diarreia. Em hipótese alguma deve-se utilizar mantimentos industrializados, que mais causariam o efeito contrário, aumentando o quadro diarreico. O melhor é apostar em uma sopa com batata, cenoura, pedacinhos de frangos etc.

3 alimentos que devem ser evitados em um quadro diarreico

1. Gorduras e frituras

Ao ingerirmos gorduras e frituras, nosso organismo começa a agir para reduzir o excesso de gordura e esse processo pode irritar a parede estomacal. Quando o intestino já está sensível por conta da diarreia, a solução mais prática que o corpo encontra é a de colocar tudo para fora rapidamente. Ou seja, esses alimentos aumentam o quadro diarreico.

2. Leites e derivados

Além da gordura presente, a lactose também é digerida pelas bactérias intestinais e, por isso, pode aumentar a diarreia devido ao fluxo intestinal já estar comprometido.

3. Pão integral

Isso mesmo! O pão integral possui alto teor de fibras insolúveis e faz com que a formação do bolo fecal seja mais rápida. Isso piora o quadro de diarreia.

Diarreia e desidratação

Devido à evacuação demasiada e fezes aguadas, a diarreia faz com que o corpo perca nutrientes e água, até mais do que são ingeridos. Esse fator causa a desidratação, uma complicação que, quando não tratada, pode fazer com que o quadro de diarreia evolua para um problema de saúde maior. A nutricionista Camila alerta sobre formas de manter a hidratação nesse período:

“Para evitar esse quadro, é essencial a ingestão de líquidos como água, chás, água de coco e sucos naturais. Além disso, nessa lista, pode-se incluir também o soro caseiro. Ele atua na reidratação e contribui para o organismo se recompor. Ingeri-los durante todo o quadro de diarreia vai ajudar na recuperação mais rápida.”

Como fazer soro caseiro?

A receita do soro caseiro é prática e combate à diarreia de forma eficiente, uma vez que sua composição atua na reposição dos eletrólitos. Confira:

Ingredientes

Água, açúcar e sal.

Modo de preparo

  • Em um recipiente, coloque 1 litro de água filtrada ou mineral;
  • Adicione 2 colheres rasas de sopa de açúcar;
  • Acrescente 1 colher de chá de sal e misture bem.
  • Pronto! O seu soro caseiro está feito.

Se, mesmo depois de fazer uma alimentação equilibrada, o quadro diarreico permanecer, procure ajuda médica. A ingestão dos alimentos adequados nesse período é imprescindível, mas se persistir, a ajuda de medicamentos pode ser essencial.

Mantenha sua flora intestinal equilibrada

Depois de saber o que comer quando se está com diarreia, é importante entender como manter a sua flora intestinal equilibrada no dia a dia. E os aliados dessa missão são os probióticos! Eles atuam diretamente na estabilidade das bactérias intestinais. Conheça nosso canal no Youtube e saiba mais sobre a importância e os benefícios dos probióticos para a sua flora intestinal!

Fonte: Unimed

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Por que temos dor de barriga?

0

Acho que todo mundo já sentiu dor de barriga, não é mesmo? Essa pergunta já foi dúvida de várias crianças e quem nos ajuda a entender isso é o Lucas, aluno de medicina da UFMG.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

A dor física é uma sensação que indica que há algo diferente acontecendo com o nosso organismo. Ela é um alerta sobre alguma alteração que provocou ou que possa provocar dano ao nosso corpo.

Essa sensação é percebida no tálamo, que é uma porção do cérebro que participa da sensibilidade da dor. No tálamo, existem células específicas, os neurônios nociceptivos, que emitem prolongamentos muito longos, como se fossem braços que se ligam a outros neurônios e a várias partes do nosso corpo. Dessa forma, as extremidades desses braços podem estar localizadas nos órgãos dentro da nossa barriga.
Assim, caso algo estranho esteja acontecendo nesses órgãos, essas extremidades são acionadas e mandam uma mensagem ao tálamo, que então gera a sensação de dor, nesse caso, na barriga.

Mas o que pode acionar essas fibras?
Várias coisas! Por exemplo, tudo que possa irritar esses tecidos pode provocar a dor. Uma inflamação provocada por vermes ou outros bichinhos, alimentos estragados, grande quantidade de gás no intestino, pancadas, muito tempo sem fazer cocô, variações no ciclo menstrual das meninas e até mesmo alguns medicamentos podem causar essa dor.
Além disso, existem dores na barriga que não são provocadas por irritações diretamente nesse local. Algumas pessoas, por exemplo, quando ficam estressadas, muito ansiosas ou depressivas podem sentir dor na barriga. Viu quanta coisa pode provocar essa sensação desagradável?

Por isso, é importante ficar atento à dor de barriga e procurar um adulto para te ajudar. Caso essa dor não passe logo, é bom procurar um médico para que ele possa cuidar direitinho de você e tentar te ajudar a solucionar esse problema.
Interessante, né?

Fonte: Universidade das Crianças

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/16/farmacias-sao-joao-alcancam-a-marca-de-800-lojas/

Novo líder de trade marketing na Elfa

0

Novo líder de trade marketing na ElfaO Grupo Elfa anuncia Rafael Lisboa como novo coordenador de trade marketing. O executivo tem vasta experiência no setor farmacêutico. Atuou na área de trade marketing da Hypera Pharma, onde acumulou promoções. Também passou pela Sanofi, além de trabalhar no varejo alimentício, na GPA.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Brasileira comandará divisão pharma da Roche Argentina

0

Brasileira comandará divisão pharma da Roche ArgentinaA partir do mês de abril, a brasileira Lorice Scalise assume a divisão pharma da Roche Argentina, cargo anteriormente ocupado pelo uruguaio Osvaldo de la Fluente. Com grande expertise na divisão de diagnósticos, a executiva reúne mais de 20 anos de atuação na farmacêutica. O cargo ocupado até então por Lorice ficará com Paula Aguiar, que também conta com extenso know-how na filial argentina, além de ter mais de 18 anos de companhia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Copos de transição que brilham no escuro

0

Copos de transição que brilham no escuroA MAM Baby lança a linha Copos Night, com alças que brilham no escuro. Com um design exclusivo e moderno, a novidade facilita a rotina no período em que os bebês estão em desenvolvimento.

Nas cores rosa, azul e neutro, os produtos são ideais na transição da amamentação para o copo. São três opções: Trainer, ideal para crianças a partir dos quatro meses; Starter, a partir dos cinco meses; e Fun To Drink, a partir dos oito.

A coleção tem um bocal antivazamento e alças antideslizantes que acomodam facilmente as mãos dos pequenos. Além disso, são livres de composições tóxicas, como BPA e BPS.

Distribuidora: sistema próprio de distribuição
Gerente de marketing e produto: Lívia Coelho

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Promoção no marketplace da Araujo

0

Promoção no marketplace da AraujoCom passagens por empresas de diferentes segmentos como Firjan, Reserva e Friopecas, Carolina Celles sobe mais um degrau em sua carreira, dessa vez na Drogaria Araujo. A executiva deixa a cadeira de especialista de marketplace, que ocupou por nove meses, para se tornar líder da área.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico