90% dos brasileiros gostariam de fazer mais pela saúde física e mental em 2021, diz pesquisa

0

Durante a quarentena, os brasileiros mudaram seus hábitos e estão menos saudáveis. A pesquisa realizada pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, mostrou que 47% se sentem menos dispostos agora do que antes do início da pandemia. Contudo, a perspectiva de melhora nesse quadro é otimista, já que 90% dos entrevistados gostariam de aproveitar o ano novo para fazer mais pela própria saúde física e mental em 2021. Tudo isso para lidar com as três principais preocupações mencionadas: stress da rotina, confinamento prolongado e problemas financeiros.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Como promessa para 2021, 65% pretendem cuidar mais da saúde mental e tempo, 49% vão inserir mais exercícios físicos na rotina, 35% devem priorizar a vida pessoal e familiar, 29% irá valorizar mais o sono e 27% farão apostas em técnicas alternativas de saúde. Apenas para 5% nada irá mudar no ano que se inicia.

É o que constata o estudo com mais 1.500 brasileiros ouvidos pela empresa de maneira digital, com idade a partir de 20 anos, das classes ABCD, sendo 52% casados e 56% mulheres, entre os dias 17 e 18 de dezembro de 2020.

Outro dado importante é que 83% dos entrevistados, mesmo com a situação crítica de 2020, se sentem como pessoas saudáveis. De fato, enquanto a prática de atividade física caiu de 46% para 35%, os cuidados com alimentação cresceram (29% para 34%) bem como meditação e terapias alternativas (9% para 12%). Mas, no geral, a parcela da população não engajada em nenhuma atividade voltada a sua saudabilidade cresceu de 39% para 43% no decorrer de 2020.

Mesmo em uma realidade tão complicada, os brasileiros aprenderam a ficar mais perto da família (53%), a cozinhar mais por prazer (41%), se alimentar melhor (38%), fazer algum exercício em casa (31%), treinar habilidades manuais (26%), cuidar mais de si (25%) e colocar a leitura em dia (20%). O apoio por meio da fé e religião foi o serviço auxiliar mais procurado com 32% das buscas. Outras opções de ajuda também se mostraram significativas para o cuidado do corpo e da mente, como a de médicos (20%), nutricionistas (13%), psicólogos (13%), instrutores físicos (12%) e meditação (11%), entre outros.

A saúde foi o tema principal de 2020, o estudo mostrou que o uso de medicamentos aumentou para 1/5 dos brasileiros, sendo que, com o início da pandemia, 20% utilizaram mais remédios, 56% consumiram a mesma quantidade de antes e 24%, agora, utilizam menos. Os sintomas mais citados para utilização dos remédios foram: dor de cabeça (67%), dor no corpo (49%) e ansiedade (46%). “Faz sentido, pois a falta de deslocamento nos deixou mais tempo sentados (50%) e, com isso, as dores no corpo aumentaram. Outro exemplo é o peso, que aumentou em função do maior consumo de doces (48%) o que, para a maioria, é uma forma de reduzir a ansiedade. Vale o destaque também para o trabalho de home office por mais de 10 horas por dia, que atingiu a margem de 17%”, explica Ligia Mello, sócia da Hibou, e responsável pela pesquisa.

Estar confinado também estimulou o brasileiro a retomar o valor a pontos positivos de qualidade de vida que, até então, estavam esquecidos, mas que devem ser enaltecidos em 2021. 54% agora gostam mais da própria casa, 53% levam mais cuidados aos familiares e amigos, 38% se dedicam à saúde da alma e outros 36% cuidam e se preocupam com o próprio desenvolvimento humano. “O olhar se voltou para dentro, com foco em generosidade, cuidado, aconchego, dando menos atenção a superfluidades como o consumo e status de reconhecimento por aquisição.”, conclui Ligia.

As promessas para 2021 existem e são otimistas do ponto de vista da saúde do brasileiro, mesmo com a sinalização do estudo sobre como a saúde mental e física da população foi abalada em 2020. De acordo com os dados, o que se espera é que as pessoas tornem essas promessas em ações efetivas.

Fonte: JNotícias 

Veja mais em: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/06/farmaceuticas-aumentam-preco-de-600-medicamentos-nos-eua/

Após lançamento de app para prescrição de ivermectina, médicos acionam CFM

0

Horas depois do anúncio do TratCOV, aplicativo lançado nesta quinta-feira (14/01) pelo Ministério da Saúde e que estimula a prescrição de remédios sem eficácia contra a COVID-19, ex-dirigentes do Conselho Federal de Medicina (CFM) pedem que a entidade se manifeste sobre a condução da pandemia pelo governo federal.

Veja também: Boehringer Ingelheim e Google aproveitarão a computação quântica para pesquisa farmacêutica

“Onde está o Conselho Federal de Medicina? Onde está a entidade máxima da categoria médica no Brasil? Até agora sabemos o endereço, mas não sabemos a sua posição frente a essa tragédia sanitária e humana que assola em especial o nosso país”, diz a carta aberta divulgada no fim da tarde desta quinta-feira, assinada por cinco ex-presidentes e 14 ex-conselheiros da instituição.

Siga nosso Instagram

O TratCOV foi lançado nesta quinta-feira (14/01) em Manaus (AM) pelo ministro Eduardo Pazzuelo, mesmo dia em que a capital do Amazonas começa a enfrentar novo colapso na rede de atendimento, com falta oxigênio aos internados por complicações da COVID-19.

Restrita ao uso de profissionais de saúde, a plataforma funciona como um auxiliar virtual de prescrição de cinco medicamentos sem eficiência comprovada no combate ao novo coronavírus: hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina. Segundo a pasta, o tratamento muda conforme os dados apresentados pelo paciente. Mais de 340 médicos de Manaus foram habilitados para usar o app.

O documento dirigido ao CFM pede que o órgão responda a iniciativa do governo, orientando a categoria médica brasileira “quanto ao adequado comportamento ético a ser adotado durante a pandemia, evitando o uso de terapêuticas sem respaldo científico”.

Outros pontos mencionados pelo texto incluem posicionamento “público e enfático” a favor da vacinação para todos e da continuidade da adoção dos protocolos sanitários de prevenção à COVID-19. “Frente a essa eloquente omissão do nosso principal órgão representativo é que nós conclamamos o CFM a que se manifeste em defesa da vida da nossa gente”, diz a carta.

“Arma genocida”Os infectologistas Carlos Starling e Unaí Tupinambás, membros do comitê de enfrentamento à COVID-19 da prefeitura de Belo Horizonte, se juntam ao coro dos colegas e classificam o silêncio do CFM como inadmissível, sobretudo após o anúncio do governo federal.

“Eu estou realmente muito preocupado. Alguém tem que parar essa gestão despreparada que recorre ao charlatanismo para enfrentar esse momento tão crítico. Nós precisamos é de vacina, de seringa, adquirir vacina pra ontem! Não dá pra assistir a essa tragédia calado”, comenta Tupinambás.

Carlos Starling alerta para os riscos da prescrição de fármacos sem comprovação científica pela população. “Veja bem, não são apenas remédios que não tratam os pacientes. Eles podem ajudar a agravar o quadro e até a matar as pessoas. A ivermectina, por exemplo, tem ação antiviral. A cloroquina é um corticoide. Aí a pessoa usa essas duas substâncias no início dos sintomas da doença, como recomendam os charlatões. Mas sabe o que acontece? Elas reduzem a imunidade, porque esse é um efeito comum de corticoides e antivirais. Com isso, um quadro que poderia ser leve pode se agravar”, explica o especialista.

Sobre a azitromicina e a doxiciclina – dois antibióticos – o médico explica que a prescrição das substâncias contribui para a propagação de ‘superbactérias”. “É ridículo prescrever antibiótico para uma doença que não é bacteriana, é viral. Menos de 2% dos casos de COVID são associados a infecções bacterianas. Logo, receitar antibiótico contribui apenas para selecionar bactérias resistentes, que depois serão difíceis de se combater”, avalia.

Unaí Tupinambás acrescenta que outro risco oferecido pelo uso dos medicamentos é que, ao utilizá-los, os pacientes experimentam uma falsa sensação de imunidade ao vírus. “A promessa mentirosa é a de que essas drogas protegem o indivíduo ou barram a evolução da infecção. Os adeptos do tratamento então deixam de procurar o serviço de saúde no início dos sintomas, pois creem que o tratamento vai resolver. O quadro, nesse intervalo, pode ser agravar e, quando o paciente finalmente for ao hospital, pode ser tarde”, avisa o profissional.

Estudos pouco conclusivosNa França, os políticos eurocéticos Nicolas Dupont-Aignan, François Asselineau e Florian Philippot solicitaram na semana passada ao ministro da Saúde, Olivier Véran, informações sobre possíveis tratamentos para a covid-19, citando hidroxicloroquina, vitamina D e ivermectina.

“A maioria dos estudos clínicos (publicados) recentemente sobre o assunto são inconclusivos, ou são pré-publicações não validadas por colegas, ou, quando são publicados, são estudos com vieses metodológicos tais que os resultados são de difícil interpretação e não permitem tirar conclusões”, resume a Sociedade Francesa de Farmacologia e Terapêutica.

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, sua contraparte sul-africana (SAHPRA) e as autoridades de saúde mexicanas também declararam publicamente que a ivermectina não é considerada um tratamento anticovid, devido à falta de dados científicos confiáveis e robustos.

“Para ter 100% de certeza da eficácia de uma droga, precisamos de resultados de maiores ensaios clínicos randomizados” do que foi feito até agora, disse o professor Kim Woo-joo, professor do departamento de doenças infecciosas no Hospital Universitário da Coreia, em Seul. (com agências)

Fonte: MSN

‘Como posso julgar quem salvar, quem merece viver?’, pergunta médico do Amazonas

0

A caminho de casa, por volta das 19h, o médico intensivista Thales Stein, de 38 anos, refletiu: hoje foi o pior dia de sua carreira. Doze horas antes, Stein, que dirige o Hospital Nilton Lins, começou a receber ligações de pessoas apelando por leitos para seus parentes, que estão em casa cuidando de parentes com Covid-19. Os 400 leitos da unidade particular, porém, estão lotados. E os cilindros de oxigênio estão prestes a acabar — sua reserva não deve durar mais de uma semana.

— Todos os dias recebo pedido de leitos. Às vezes há um disponível e, quando ligo para a família, descubro que o paciente já morreu — lamenta. — Como posso julgar quem salvar, quem merece viver? É uma sensação de impotência. A Covid-19 mudou, está evoluindo mais rápido. Estamos vendo um altíssimo número de óbitos em pessoas de 40 e 50 anos, isso não acontecia antes. Só havia complicações entre pessoas com doenças pré-existentes. O número de jovens internados também cresceu bastante.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Questionada pelo repórter sobre como é sua rotina, a estudante de enfermagem Hanna Maria Gomes, 21, adverte.

— Olha, vou chorar.

E chora.

Em dezembro — “se a pandemia deixar” — Gomes completará seu curso. A estudante, porém, já está no front da batalha contra a pandemia. Reveza-se entre três hospitais, mas em todos experimenta as mesmas frustrações.

— Os pacientes precisam de água e comida, mas não conseguem beber ou engolir. Estão cansados, pedem para aumentar o oxigênio. Nossas equipes estão adoecendo, sobrecarregadas e cansadas. Há profissionais de diversas áreas que querem nos ajudar, mas não podemos permitir porque pertencem a grupos de risco.

Enfermeiro do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, George Lucas, de 24 anos, atribui parte do caos sanitário em Manaus a informações desconcentradas sobre tratamento precoce e uso de remédios contra a Covid-19 — teses aventadas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

— Isso só provoca ansiedade, as pessoas tomam medicação sem nenhum controle — condena Lucas, uma das poucas pessoas de sua equipe, que tem cerca de 20 pessoas, que ainda não contraíram a Covid-19. — Nós não somos super-heróis, também adoecemos e todos os dias deixamos pessoas em casa para cuidar de quem está aqui, no hospital. Estamos sempre expostos a riscos.

No contato com as famílias dos pacientes, Lucas comove-se com as exigências e as limitações ligadas à pandemia..

— As pessoas precisam seguir protocolos para identificação de óbito. Muitas vezes querem me abraçar, mas não posso deixar, devido ao distanciamento social imposto pela Covid-19.

Fonte: Yahoo Finanças

Pacientes morrem por falta de oxigênio em hospital de Manaus

0

A situação da pandemia em Manaus, capital do Amazonas, ficou ainda mais desesperadora ontem. O estoque de oxigênio para pacientes internados com covid-19 acabou no hospital universitário Getúlio Vargas e em serviços de pronto atendimento. “Há informações de que uma ala inteira de pacientes morreu sem ar”, afirmou o pesquisador da Fiocruz-Amazônia Jesem Orellana. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, colunista da BandNews FM.

A assessoria do hospital confirmou ao menos quatro mortes por asfixia em decorrência da falta de oxigênio no local. Agora, a cidade tenta importar o produto da Venezuela. A empresa White Martins pretende buscar oxigênio no estoque do país vizinho.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), informou que pacientes estão sendo transferidos para outros estados, como Goiás, Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. O Ministério da Saúde vai auxiliar no transporte por avião.

O governo também anunciou um toque de recolher em todo o estado entre 19h e 6h. Somente atividades essenciais poderão permanecer abertas. As farmácias, que se encaixam entre estes serviços, deverão atender apenas por delivery durante o horário de restrição imposto.

Outra medida adotada para conter o avanço da covid-19, possivelmente agravado pela nova variante com origem no estado, foi a suspensão do transporte coletivo de passageiros em rodovias e rios. Somente transporte de cargas e insumos essenciais à vida estão liberados.

“Estamos em uma operação de guerra, onde os insumos, sobretudo a questão do oxigênio nas unidades hospitalares, é o produto mais consumido diante dessa pandemia”, disse o governador em entrevista coletiva para anunciar as medidas.

Fonte: Jornal Metro News

Capitais recomendam remédios sem eficácia comprovada contra Covid-19

0

O governo do Amazonas e a prefeitura de Porto Alegre passaram a recomendar o uso de medicamentos que não possuem eficácia comprovada no tratamento de pacientes com covid-19. A distribuição pública da hidroxicloroquina, da azitromicina e da ivermectina é incentivada pela gestão do presidente Jair Bolsonaro. Especialistas dizem que a recomendação ignora evidências científicas e cria falsa sensação de que existe um tratamento eficaz contra a doença.

Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!

Enquanto vê o número de casos, internações e mortes voltar a subir, a prefeitura de Manaus e o governo do Estado do Amazonas recomendaram publicamente, pela primeira vez, o uso dos medicamentos, conjunto que é chamado pelo governo Bolsonaro de “tratamento precoce”, mesmo sem indicativos de que seja de fato um tratamento.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Em publicação no site da prefeitura, a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, disse que reforça “a importância do tratamento precoce para evitar que o quadro clínico se agrave”. “Se, clinicamente, o paciente apresentar sintomas que sugiram covid-19, já recebe tratamento e seu quadro de saúde será monitorado por pessoal capacitado para isso”, disse.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Ministério da Saúde pressionou Manaus, em ofício, a adotar a cloroquina, em um suposto tratamento precoce contra a covid. Em maio, Bolsonaro chegou a dizer que “quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda toma tubaína”. O tratamento precoce também foi defendido pelo governador do Estado, Wilson Lima (PSC), em “live” para anunciar apoio da pasta, no último dia 4 de janeiro

Entre os agentes defensores do tratamento precoce estão o sindicato dos médicos e o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). O presidente sindicalista Mário Vianna afirmou que “o Ministério da Saúde tem mais de 150 trabalhos científicos com resultados positivíssimos com tratamento precoce”. Quando perguntado sobre a procedência desses estudos, Vianna disse que “não tem em mãos, mas os documentos estão nas redes sociais”, sem dar detalhes. A prefeitura também foi questionada sobre quais evidências científicas subsidiam o uso desses remédios, mas também não respondeu.

Nova gestão de Porto Alegre adotou medicamentos sem eficácia

Desde a campanha, o novo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciava ser contrário a medidas de restrição para conter a transmissão da covid-19. Tão logo assumiu o governo, Melo cumpriu a promessa, e editou um decreto flexibilizando as restrições impostas pelo antecessor, Nelson Marchezan Jr (PSDB)

Além da mudança em relação ao funcionamento do comércio, e mesmo para realização de eventos, Melo também decidiu adotar o chamado “tratamento precoce”. Os medicamentos que o governo municipal pretende distribuir na rede pública foram entregues pelo ministério sem custos aos cofres públicos municipais.

Médico infectologista, mestre em Ciências Médicas e membro do Comitê Covid da Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI), Ronaldo Hallal diz que a decisão de adotar o “tratamento precoce” não trará resultados práticos sobre o cenário da doença “Já há estudos clínicos publicados mostrando que esses medicamentos não possuem eficácia mesmo utilizados no 1º, 5º, ou 7º dia. A decisão da gestão Melo de adotar o “tratamento precoce” ignora evidências científicas. Os grupos de decisão revelam que a prefeitura de Porto Alegre não utiliza evidências científicas na elaboração de suas políticas”, critica.

Para Hallal, a indicação do uso do kit cria uma falsa sensação de existir um tratamento para a doença, o que prejudica as medidas de isolamento, o que na avaliação dele é justamente o objetivo do governo. “Sinaliza com a mensagem errada que essa doença tem tratamento, o que pode comprometer as medidas de isolamento.”

O governo municipal defende a distribuição do medicamento como uma decisão entre médico e paciente. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o governo tem seguido a orientação e as bases científicas do Ministério da Saúde para adotar o tratamento precoce.

Questionada sobre o parecer de comitês científicos, a SMS se limitou a se basear na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado (CREMERS). Nenhuma das duas fala sobre a eficácia do tratamento, apenas dizem que médicos que receitem o “kit Covid” não cometem infrações e casos de efeitos colaterais serão investigados.

O único “estudo” apresentado pelo governo municipal foi um link do Ministério da Saúde, citado como exemplo. Nele, o governo federal apresenta um artigo publicado na revista The American Journal of Medicine que defende o uso da cloroquina no tratamento precoce. A intenção do governo municipal é distribuir os medicamentos nas farmácias distritais e nas unidades de saúde que funcionam até 22h.

Hallal afirma que os estudos usados pelo ministério não são clínicos. “São comparativos da intervenção com placebo, são basicamente estudos retrospectivos, que tentam associar desfechos clínicos com algo que tenha ocorrido diferente.” Ele cita como exemplo pesquisas feitas nos Estados Unidos, Espanha, e o Coalizão, do qual o Brasil fez parte, que comprovaram a ineficácia da cloroquina no tratamento da covid-19.

O governo municipal vai enfrentar resistência nos próximos dias, já que a bancada do PT na Câmara de Vereadores anunciou que ainda nesta semana entrará com um pedido de providência do Legislativo, além de uma representação na Promotoria de Saúde do Ministério Público, pedindo que os remédios sejam devolvidos ao governo federal.

Fonte: A Tribuna

Covid-19: Portugal entra em novo confinamento geral

0

Portugal entra às 00h de sexta-feira num novo confinamento geral, devido ao agravamento da pandemia de covid-19, com os portugueses sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário, mas mantendo as escolas com o ensino presencial.

Veja também: Estado reclassifica Juiz de Fora na Onda Vermelha a partir de sábado

No âmbito da modificação do estado de emergência no país, o Governo determinou na quarta-feira um conjunto de medidas extraordinárias que vão vigorar até às 23:59 de 30 de janeiro para “limitar a propagação da pandemia e proteger a saúde pública” e que estão previstas no decreto que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou hoje.

Siga nosso Instagram

O dever geral de recolhimento domiciliário, em que “a regra é ficar em casa”, prevê deslocações autorizadas para comprar bens e serviços essenciais, desempenho de atividades profissionais, frequência de estabelecimentos escolares, prática de atividade física e desportiva ao ar livre sozinho e participação no âmbito da campanha eleitoral ou da eleição do Presidente da República marcada para o dia 24 de janeiro.

O confinamento obrigatório abrange por sua vez pessoas infectadas com o novo coronavírus ou em vigilância ativa por decisão das autoridades de saúde.

Na área da Educação, ficam abertos todos os estabelecimentos de ensino – creches, escolas e universidades – com aulas em regime presencial, e vai ser desenvolvida uma “campanha permanente” de testes antigênio para despistar casos de infecção.

O decreto determina ainda a obrigatoriedade do teletrabalho, sempre que as funções permitam, sem necessidade de acordo das partes, prevendo que o seu incumprimento seja considerado uma contraordenação muito grave.

Durante este período, os serviços públicos vão prestar atendimento presencial mediante marcação prévia e é reforçada a prestação dos serviços através dos meios digitais e dos centros de contato.

Na que se refere ao comércio e serviços, podem ficar abertos estabelecimentos como mercearias e supermercados, com lotação limitada a cinco pessoas por 100 metros quadrados, mas sem restrição de horário, sendo também permitida a realização de feiras e mercados, nos casos de venda de produtos alimentares.

Os restaurantes e cafés funcionam exclusivamente para efeitos de atividade de confecção destinada a consumo fora do estabelecimento através de entrega ao domicílio ou ‘take-away’.

Ao contrário do que ocorreu em março e abril de 2020, na primeira onda da pandemia, desta vez vão se manter abertos os consultórios médicos e os dentistas, assim como as farmácias, mas terão de encerrar os cabeleireiros e barbearias, equipamentos culturais e academias.

O decreto do Governo agrava o regime sancionatório, estabelecendo que as multas são elevadas para o dobro durante o estado de emergência, por incumprimento das medidas para combater a pandemia.

Em Portugal morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Fonte: MSN

Estado reclassifica Juiz de Fora na Onda Vermelha a partir de sábado

0

O Governo de Minas reclassificou a microrregião de Juiz de Fora na Onda Vermelha do programa estadual Minas Consciente. O indicador foi publicado nesta quinta-feira (14/01), e estipula a regressão de onda a partir do próximo sábado (16/01), devido ao aumento de casos de COVID-19.

Veja também: Vacina da Coronavac trará tranquilidade de doença não agravar, diz Pazuello

Além de Juiz de Fora, outras três cidades da microrregião foram reclassificadas na Onda Vermelha: Lima Duarte, São João Nepomuceno e Bicas.

Siga nosso Instagram

Conforme os indicadores do Estado, na microrregião, a taxa de UTI adulto – exclusivo para COVID-10 – chegou a 95% de ocupação.

Nos últimos 30 dias, Juiz de Fora registrou 177 mortes por COVID-19. A média é de seis mortes diárias nos últimos 30 dias, isso equivale a três vezes a média do mês de outubro, quando eram dois óbitos por dia.

No último sábado (09/01), Juiz de Fora avançou para a Onda Amarela, em que reabriu o comércio e voltou ao funcionamento de serviços não essenciais como lojas, academias, shoppings, bares e igrejas. Porém, de acordo com a atualização do programa Minas Consciente, a cidade deverá fechar o comércio e regredir à Onda Vermelha já no próximo sábado.

Das três fases de ondas, a Onda Vermelha é a mais restritiva, pois somente os serviços essenciais podem funcionar, como supermercados, farmácias, bancos e serviços de reparo e manutenção.

Onda Vermelha – Veja o que pode funcionar:

Supermercados, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência;

Restaurantes e bares (somente para delivery ou retirada no balcão);

Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;

Serviços de ambulantes de alimentação;

Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;

Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;

Vigilância e segurança privada;

Serviços de reparo e manutenção;

Lojas de informática e aparelhos de comunicação;

Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;

Construção civil e obras de infraestrutura;

Comércio de veículos, peças e acessórios automotores;

Além de qualquer atividade que possa ser feita a distância, por delivery ou sem a entrada dos consumidores nos estabelecimentos.

Empresários lamentam a decisão

De acordo com Marcos Tadeu Andrade Casarin, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Juiz de Fora (CDL/MG), a situação é crítica. Já são mais de 300 lojas fechadas, e mais de 3 mil pessoas foram demitidas na cidade.

Segundo Casarin, muitos empresários precisam pagar dívida, salário e contas, mas não têm dinheiro para honrar os compromissos. “Se proíbe a gente de trabalhar, mas o Governo deveria dar sustentação pra gente. Os protocolos de funcionamento deveriam ser analisados por setor. Veja o pessoal de eventos, eu conheço um empresário que tem mais de 30 empregados, mas não tem trabalho desde o início da pandemia, além disso, agora, sem auxílio emergencial, vai ficar inviável manter. Outra coisa, fecham as lojas, enquanto isso, olha os ônibus lotados, são lojas ambulantes porque tem muitas pessoas juntas”, reclama.

Por enquanto, Juiz de Fora ainda permanece na Onda Amarela até a publicação de novo decreto, prevista para o fim de semana.

Nesta quinta-feira (14/01), Juiz de Fora contabiliza 590 mortes pela COVID-19 e os casos confirmados somam 14.954 infectados.

A cidade tem 412 hospitalizados em decorrência da COVID-19. A taxa de ocupação de UTI-SUS é de 85,93%.

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida? A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir? A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus? Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

Febre

Tosse

Falta de ar e dificuldade para respirar

Problemas gástricos

Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

Pneumonia

Síndrome respiratória aguda severa

Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

Mitos e verdades sobre o vírus Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Fonte: Press From

Casos aumentam e Ambulatório do Coronavírus volta a atender

0

Coronavírus – Os atendimentos no Ambulatório Referência de Combate ao Coronavírus (ARC) serão retomados na próxima semana. A estrutura, ao lado do Hospital Humanitária, começou a ser reerguida pela Prefeitura. Segundo o prefeito Mario Botion, a decisão foi baseada na orientação do grupo técnico, que norteia as ações no município, em razão do aumento das notificações relacionadas a covid-19. Ainda não há data definida para o início dos atendimentos.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

A atualização da Secretaria de Saúde, de ontem, apontou 108 novos de covid em 24 horas. Agora são 14.806 pessoas confirmadas com a doença. O município ainda registrou mais duas mortes, um homem, 55 anos, e uma mulher, 89 anos. Com eles, o são 322 óbitos pelo coronavírus. Não há óbitos suspeitos.

O número de casos suspeitos está em 3.029 e os descartados, 36.555.

De acordo com o prefeito, o ambulatório permitirá um atendimento melhor e de mais qualidade, uma vez que a procura pela URC está alta. Segundo Botion, outro objetivo do ARC é tratar precocemente os pacientes com suspeita ou confirmação para Covid-19. “O tratamento nos primeiros sintomas tem se mostrado eficiente e dado bons resultados, portanto continuaremos fazendo esse trabalho”, disse.

ATENDIMENTO

O ARC terá atendimento ambulatorial de casos suspeitos de coronavírus. A estrutura, em fase de implantação, será composta por dois consultórios, salas para testagem e farmácia com dispensação de medicamentos para tratamento dos pacientes. A equipe será formada por médico e biomédico, farmacêutico, profissionais de enfermagem e técnico de enfermagem, além do administrativo.

Conforme a Secretaria de Saúde, devem ir ao ambulatório os munícipes que estiverem sentindo alguns dos sintomas relacionados à doença, como: febre alta continuada, diarreia, perda de olfato e paladar, falta de ar, dor de cabeça, dor de garganta e dor no corpo. No local, além de poder fazer o teste, a população terá os medicamentos necessários para o tratamento dos sintomas.

Inicialmente, o ambulatório funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

HISTÓRICO

O ambulatório foi criado em julho de 2020 com intuito de ampliar a rede de assistência aos pacientes suspeitos e confirmados de coronavírus e desafogar o fluxo de pacientes nas demais unidades de Pronto-Socorro de Limeira, principalmente na URC. Em setembro do mesmo ano, com a desaceleração na contaminação do vírus, o ambulatório passou a funcionar dentro da Unidade de Referência, no anexo à Humanitária.

ocupação na URC sobe para 59,3%

A taxa de ocupação da Unidade de Referência Coronavírus (URC) subiu ontem para 59,3%, com 48 internados. Na quarta-feira, eram 44 pacientes internados e o índice de ocupação de 54,3%.

Do total, 18 estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ocupação de 60%; 29 em leitos clínicos (ocupação de 74,4%); e um em leito de suporte ventilatório (emergência).

As internações gerais em Limeira (URC + hospitais) também subiram e chegaram à ocupação total de 80,1%, com 375 internados. Desses, 108 estão em UTI (ocupação de 73,5%) e 267 estão em leitos clínicos (ocupação de 83,2%). Entre os internados, 48 têm confirmação para covid-19.

Fonte: Gazeta de Limeira

Veja mais em: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/06/farmaceuticas-aumentam-preco-de-600-medicamentos-nos-eua/

Farmácia de Alto Custo aposta no ‘Remédio Agora’

0

Farmácia de Alto Custo de Mogi das Cruzes já recebeu cerca de 16,7 mil cadastros e 83,1 mil agendamentos no aplicativo Remédio Agora. A unidade mantida pelo governo do Estado atende toda a região do Alto Tietê e fornece aproximadamente 200 medicamentos especializados. Para dar maior celeridade no atendimento e evitar grandes filas, a Secretaria de Estado da Saúde incentiva que os pacientes baixem o App.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Até o dia 11 de janeiro, a Farmácia de Alto Custo, localizada na avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 776, na Vila Partenio, registrou 16,7 mil cadastros e 83,1 mil agendamentos no App Remédio Agora. A meta do governo do Estado é que o aplicativo seja adotado por todos os pacientes das farmácias cadastradas, pois a ferramenta facilita a rotina do paciente e das unidades, garantindo maior conforto na retirada de medicamentos.

“A unidade atende todos os que procuram o serviço, sendo fundamental que as pessoas compareçam somente no dia do agendamento e no horário marcado para ajudar na organização do atendimento”, disse a Secretaria de Estado da Saúde em nota. Presencialmente, a unidade de Mogi das Cruzes já registrou 15,7 mil cadastros e 61,1 mil agendamentos desde sua inauguração.

Por meio do aplicativo o tempo média de permanência na Farmácia chega a ser reduzido para 15 a 30 minutos uma vez que os pacientes comparecem com horário agendado e remédio já separado para agilizar o atendimento. “Os profissionais da farmácia fazem a divulgação diária do aplicativo junto aos pacientes para a realização dos agendamentos via Call Center, Guichês de Atendimento e Correio Eletrônico”, explicou a Assessora de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde. (L.K.)

Fonte: Portal News

Veja mais em: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/06/farmaceuticas-aumentam-preco-de-600-medicamentos-nos-eua/

Governo de SP enfrenta judicialização do pacote de ajuste fiscal

0

O pacote de ajuste fiscal, aprovado pelo governo João Doria (PSDB) há três meses na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), já enfrenta ao menos quatro ações na Justiça que questionam a legalidade de trechos da lei. A disputa judicial em torno se intensificou nas últimas semanas. Enquanto o governo ainda faz os últimos ajustes nas regras do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), setores empresariais judicializaram o tema para manter benefícios fiscais. Com as novas regras prestes a entrar em vigor, o governo teve sua primeira derrota nos tribunais.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Nesta quinta-feira, 14, a juíza Simone Gomes Rodrigues Casorett, da 9ª Vara da Fazenda da capital paulista, ordenou a suspensão do aumento de impostos para a compra de produtos, medicamentos e equipamentos médico-hospitalares determinado, por decreto, em dezembro. A decisão atendeu um mandado de segurança proposto pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) e beneficia seus filiados.

Além disso, no fim da tarde desta quinta o Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) ajuizou na Justiça uma medida cautelar contra a administração estadual. O sindicato pede a suspensão das novas regras do imposto para seus associados, e que eles não sejam multados caso descumpram a nova cobrança. O Sindusfarma também entrou com uma ação contra o pacote fiscal em dezembro, e alegou que a forma como a lei foi aprovada é inconstitucional.

“Essa majoração tributária não poderia, nunca, ocorrer por decreto do Executivo. Deveria ser por lei”, diz o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini. Nas contas do sindicato, haverá um impacto de R$ 63 milhões para os consumidores de produtos farmacêuticos no período de um ano, caso as novas cobranças do ICMS entrem em vigor. “Em um momento em que a sociedade está passando por uma serie de dificuldades financeiras, o enfraquecimento da atividade economica, aumentar o custo vai empurrar as pessoas do sistema privado para o sistema público de saúde. É um verdadeiro tiro no pé.”

Novas ações foram protocoladas em meio a uma indefinição do governo estadual. Doria anunciou na semana passada que o governo cancelaria qualquer mudança no ICMS que é cobrado sobre alimentos, remédios e insumos agrícolas. Esse cancelamento deve ocorrer por meio de um decreto, que deveria trazer detalhes de quais produtos permanecem isentos. O decreto, porém, ainda não foi publicado.

O corte dos benefícios fiscais do ICMS também motivou ações judiciais de associações que representam a indústria de tecnologia em equipamentos médicos. Já entidades ligadas ao setor agrícola, que organizaram protestos contra o pacote no interior do Estado, aceitaram o compromisso de Doria e não fizeram movimentos na Justiça.

IPVA e CDHU

A judicialização de trechos do pacote fiscal não ficou restrita à cobrança do ICMS. Na quarta, 13, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) propôs uma ação à Justiça para garantir que portadores de deficiência continuem isentos de pagar o imposto neste ano. Até a edição do pacote fiscal, todas as pessoas portadoras de deficiência tinham direito à isenção de IPVA, pelas regras estaduais. Com as novas regras, apenas os portadores de deficiências severas ou profundas e que adquiriram carros adaptados manteriam direito ao benefício. O promotor pede uma decisão imediata que suspenda as alterações na lei e, ao fim do processo, que o governo seja obrigado a avaliar os pedidos de isenção seguindo as regras da Lei Brasileira de Inclusão.

Por meio de nota, o Palácio dos Bandeirantes informou que a gestão Doria promoveu as mudanças no IPVA “para garantir o direito a quem realmente precisa e combater fraudes”. “O aumento dos casos de isenção indica que pessoas que não precisam, passaram a usufruir do benefício ao longo do tempo. Nos últimos quatro anos, o número de veículos com isenção cresceu de 138 mil para 351 mil, um aumento de mais de 150%. Enquanto isso, a população com deficiência no Estado cresceu apenas 2,1% – de 3.156.170 em 2016 para 3.223.594 pessoas em 2019, segundo dados da Secretaria da Pessoa com Deficiência”, afirma a nota do governo.

Além disso, uma ação da Defensoria Pública estadual e outras três entidades da sociedade civil questiona a extinção da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A ação foi protocolada logo após a aprovação do ajuste fiscal na Alesp, em outubro, e pede que o governo seja impedido de extinguir a companhia.

“A extinção da CDHU neste momento é um indício muito forte de quebra na execução do Plano Estadual de Habitação”, diz a defensora pública Vanessa Chalegre. “Não existe nenhuma justificativa, nenhum estudo, nenhum planejamento que foi feito de forma racional para explicar a extinção.”

A Justiça negou o pedido de liminar da Defensoria, que pedia para que a extinção fosse suspensa com urgência. O juiz José Gomes Jardim Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, determinou que o governo desse livre acesso à Defensoria e ao Ministério Público para acompanhar os estudos do governo sobre o fim da companhia.

Na ação, o governo diz que a extinção da companhia foi aprovada no Legislativo, que tem a competência para representar a vontade popular, e que as políticas habitacionais do Estado continuarão mesmo após a extinção da CDHU ser concluída. O governo ressalta que o processo não é imediato e alega que a companhia apresentou déficit, o que justificaria sua extinção.

Fonte: Press From

Veja mais em: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/06/farmaceuticas-aumentam-preco-de-600-medicamentos-nos-eua/