Ame o Ben: pais anunciam compra do medicamento mais caro do mundo para tratar atrofia muscular espinhal do bebê

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Na noite desta segunda-feira (18) uma das notícias mais esperadas para que esteve envolvido com a luta do pequeno Benjamin Brener Guimarães, o Ben, chegou. Usando o Instagram, Nathalie e Túlio, pais do garotinho, anunciaram ter conseguido todo o dinheiro para comprar o medicamento Onasemnogene Abeparvovec (Zolgensma®), conhecido como o ‘remédio mais caro do mundo’.

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Remédio de US$ 2 milhões. Justiça determina que Ministério da Saúde forneça medicamento ao bebê Benjamin Brener Guimarães

O remédio, que custa mais de 2 milhões de dólares, é utilizado no tratamento da atrofia muscular espinhal (AME), doença rara e degenerativa com a qual Ben, de apenas cinco meses, foi diagnosticado.

A notícia é um respiro de alívio para os pais de Ben e todos aqueles que se empenharam em campanhas na internet para arrecadar o valor para compra do remédio. “É com muito orgulho que anunciamos que o Ben venceu mais uma etapa. Recebemos o complemento financeiro necessário para a aquisição e já compramos o medicamento junto ao fabricante suíço”, revelou a mãe do pequeno.

Até o momento, a família não divulgou o valor pago pelo medicamento, mas informou que ele deve chegar ainda neste mês. “A expectativa é que a chegada ocorra ainda em outubro e, assim, possamos cumprir essa meta do Ben tomar o tão sonhado remédio antes de completar os seis meses de vida”, disse Nathalie.

Por fim, o pai do bebê agradeceu todo apoio que a família vem recebendo nas redes sociais. “Nosso sonho está se tornando realidade, graças ao empenho, espírito solidário, a garra, o abraço à causa e à compaixão de cada um. Obrigado a todos que participaram, se envolveram, doaram, chegaram junto, trouxeram aquele calor que o nosso coração tanto precisou durante esses mais de 100 dias de luta para nunca desistir do nosso objetivo. Nossa família é só alegria e gratidão”, disse Túlio Guimarães.

REVERSÃO Benjamin precisa de remédio que custa cerca de R$ 12 milhões – CORTESIA / FAMÍLIA

Atrofia Muscular Espinhal (AME)

A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença grave, rara, neuromuscular, degenerativa, progressiva, irreversível e de origem genética (moléstia do neurônio motor, conhecida como Doença de Werdnig-Hoffmann).

Benjamin foi diagnosticado com AME, tipo I (G12.0), e seu caso ganhou projeção nos meios de comunicação após o lançamento da campanha “Ajude o Ben”, com o objetivo de arrecadar doações para aquisição do medicamento Zolgensma, que segundo a família, custa US$ 2.125.000,00 (dois milhões, cento e vinte e cinco mil dólares).

O Zolgensma obteve registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em agosto de 2020 e ele modifica o DNA do paciente, criando uma cópia funcional, em uma única dose. Além deste remédio, o tratamento da AME pode ser realizado também com o Nusinersena (Spinraza), só que este consiste num tratamento para o resto da vida, com custo de cerca de R$ 400 mil por ano.

Fonte: Jornal Do Commercio (PE)

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CPI: Integrante do Conitec diz que foi surpreendido com retirada de pauta sobre ‘kit Covid’

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No último depoimento da CPI da Covid, Elton da Silva Chaves, que integra a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) disse que foi surpreendido pela retirada de pauta, no dia 7 de outubro, do relatório que recomendava não usar o ‘kit covid’ – medicamentos sem eficácia no combate à doença. O governo usa a falta de decisão do Conitec para não tratar do tema.

De acordo com Chaves, que é representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) no Conitec, o pedido de retirada de pauta foi feito pelo coordenador do grupo, Carlos Carvalho. Chaves também informou que retiradas de pauta ‘não são comuns’, mas já ocorreram em outras ocasiões. Ele votou contra o adiamento.

– Estávamos ansiosos e na expectativa de já analisar esse documento. Há uma expectativa dos gestores de ter uma orientação técnica para que a gente possa organizar os serviços e orientar os profissionais na ponta. Por isso, nossa surpresa -disse o representante do Conasems, completando que foi solicitada uma justificativa.

Ele explicou também que o prazo regimental para análise do relatório é de 180 dias, podendo ser prorrogado em determinados casos. Após a primeira liberação, o assunto é colocado em consulta pública para depois voltar para uma deliberação final.

O documento elaborado por técnicos é contrário a posição do presidente Jair Bolsonaro que insiste na defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da Covid-19. O Planalto teria determinado que o ministro Marcelo Queiroga evitasse que o texto fosse apreciado naquele momento. O documento seria uma prova produzida pelo próprio governo contra o presidente.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), cobrou do integrante da Conitec um posicionamento em relação ao protocolo com Covid, Chaves explicou que até o início deste ano ‘não havia tecnologia registrada’.

– Cobrávamos sim a necessidade de ter essas recomendações, as diretrizes (?) Em plenário sempre manifestamos a necessidade de nos debruçar sobre o caso dos medicamentos – respondeu Chaves, ressaltando também que os medicamentos já com ineficácia comprovada nem deveriam ser ser analisados.

Em depoimento à CPI, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando questionado sobre o tratamento com cloroquina e medicamentos do ‘kii Covid’, alegou que a questão deveria ser decidida pela Conitec.

Embora ligado ao ministério, o fórum é formado por representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasem), Conselho Federal de Medicina, Conselho Nacional de Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de sete representantes do Ministério da Saúde.

Fonte: Extra Online

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Relator da CPI pede envio de dados de 47 pessoas a MPs estaduais

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Na minuta do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) pede que sejam encaminhadas aos Ministérios Públicos estaduais, com competência para atuar na primeira instância judicial, e às Secretariais de Segurança Pública dos estados, para encaminhamento às delegacias de polícia, cópias do relatório, documentos e oitivas relacionadas aos fatos que são imputados a 47 pessoas.

Dentre elas estão o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo; o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde coronel Elcio Franco; o ex-diretor de Logística da pasta Roberto Dias; o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten; os empresários Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, e Carlos Wizard; o representante da empresa americana Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, e o vendedor autônomo de vacina pela empresa, cabo da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) Luiz Paulo Dominghetti.

Também estão na lista pessoas apontadas como integrantes do gabinete paralelo de assessoramento ao presidente da República, Jair Bolsonaro, com informações negacionistas no âmbito da pandemia, como o ex-assessor especial da presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub; a médica Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto.

O documento aponta diferentes tipos penais para as 70 pessoas cuja sugestão é de indiciamento. O texto indica o envio do relatório ao procurador-geral da República (PGR) Augusto Aras, junto com a cópia dos documentos e oitivas relacionados aos fatos praticados por Jair Bolsonaro e pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

Em relação a Bolsonaro, o documento cita o cometimento de 11 crimes: de epidemia; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevarização; crime contra a humanidade; violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo, esses dois últimos crimes de responsabilidade.

Os fatos que se referem a Onyx são relativos à interrupção de um programa de cisternas (para qual havia verba aprovada) que atendia às terras indígenas e que foi interrompido em 2020, durante a sua gestão no Ministério da Cidadania.

Na minuta, Calheiros também pontua que o ministro integra um núcleo que oferece suporte político às decisões da organização que dissemina informações falsas no âmbito da pandemia e teriam incentivado pessoas a descumprirem as normas sanitárias. Em março deste ano, Onyx disse em entrevista que o fechamento total (‘lockdown’) para evitar a circulação do coronavírus não funciona, porque insetos podem transportar o vírus. Por esses fatos, o relator sugere o indiciamento do ministro por incitação ao crime e genocício de indígenas.

A minuta também sugere o envio ao procurador-geral dos documentos relativos ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; da Defesa, general Braga Netto; e da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Também pede o envio das informações envolvendo os deputados federais Osmar Terra (MDB-RS); Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara; Ricardo Barros (PP-PR); Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente; Bia Kicis (PSL-DF); Carla Zambelli (PSL-SP); Carlos Jordy (PSL-RJ); e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho de Bolsonaro.

O documento também pede o envio ao Ministério Público Federal (MPF) de documentos e oitivas relacionados aos fatos praticados pelo ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello; da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na pasta, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘Capitã Cloroquina’; do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) Mauro Luiz de Brito Ribeiro; dos diretores da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior e Rodrigo Esper; e outras quatro pessoas.

O relator também sugeriu o envio dos documentos da CPI, assim como o relatório, ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e à Secretaria de Estado da Polícia Civil (Sepol) para apurar fatos praticados pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Ainda em relação ao Rio, ele pede o compartilhamento de informações relativas aos hospitais federais do estado ao MPF e TCU.

Calheiros ainda solicita o envio do documento ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), “para conhecimento e as providências cabíveis”. A minuta do relatório indica o cometimento de dois crimes de responsabilidade por parte do presidente Jair Bolsonaro, o que pode gerar pedidos de impeachment a serem analisados pela Casa.

Improbidade administrativa

A minuta do relatório final, a ser lida na próxima quarta-feira (20), pontua que deverão ser encaminhadas à Procuradoria da República no Distrito Federal os fatos envolvendo improbidade administrativa e corrupção praticados por pessoas jurídicas. Também pede o encaminhamento à procuradoria dos documentos referentes ao coronel Elcio, Roberto Dias, outras 12 pessoas e três empresas, sendo elas: Precisa Medicamentos, VTCLog e Belcher Farmacêutica.

“Dado o curto prazo para as investigações, ainda não foi possível reunir provas suficientes para o indiciamento ou para indicar claramente as necessárias providências nas esferas cível ou administrativa uma série de pessoas. De qualquer forma, entendemos que os elementos colhidos inicialmente não devem ser desperdiçados, mas, ao contrário, devem passar pelo crivo das autoridades competentes para que, se assim entenderem, deem prosseguimento às apurações”, ressaltou Renan.

Covaxin e VTCLog

A minuta sugere o envio de documentos relativos à vacina indicana Covaxin ao Tribunal de Contas da União (TCU). Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde fechou contrato de R$ 1,6 bilhão com a empresa brasileira Precisa Medicamentos, então representante do laboratório que produz o imunizante, Bharat Biotech, para compra de 20 milhões de doses. O contrato foi cancelado após apurações da CPI identificarem suspeitas envolvendo a Precisa.

Em relação ao caso da VTCLog, empresa de logística com contratos com órgãos do governo federal, o parecer sugere o encaminhamento ao MPF para que avalie a possibilidade de promover as ações civis e penais; propõe ainda a solicitação ao TCU das decisões de mérito e das principais decisões interlocutórias de dois casos envolvendo a empresa; e a recomendação ao Ministério da Saúde para que deflagre novo processo de licitação para contratar uma solução técnica capaz de realmente atender às necessidades do ministério relacionadas ao transporte e armazenagem de medicamentos, evitando que o serviço seja prestado por terceiros.

Gabinete paralelo

Além da apuração de pessoas apontadas como integrantes do ‘gabinete paralelo’ nos Ministérios Públicos estaduais, a minuta diz que o MPF “deve tomar ciência dos atos de todos aqueles que, por qualquer meio, promoveram de forma sistemática a difusão do tratamento precoce e da imunidade de rebanho por contaminação natural”.

O documento, então, cita a associação Médicos pela Vida, que divulgou nos maiores jornais do país um manifesto, no início deste ano, defendendo o tratamento precoce; a empresa Vitamedic, produtora de ivermectina; Nise Yamaguchi; Carlos Wizard; Arthur Weintraub; os deputados Ricardo Barros e Osmar Terra; o virologista Paolo Zanotto; e o médico Luciano Dias Azevedo, que seria integrante do gabinete paralelo. Calheiros pede que o MPF apure os agentes que tenham participado na divulgação de boatos contra a vacinação de indígenas, o que pode estar sujeito ao Tribunal Penal Internacional.

CFM

Calheiros pede, ainda, o envio do relatório ao Conselho Federal de Medicina, para que se apure a responsabilidade do presidente Mauro Luiz de Britto Ribeiro, autor de um parecer de março do ano passado que autoriza o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, cabendo a decisão a cada médico. A minuta do parecer do relator também pede que o conselho aapure a responsabilidade dos médicos que participaram da publicação do manifesto dos Médicos pela Vida.

Receita Federal

Outro órgão citado por Renan Calheiros é a Receita Federal. Ele pede que haja o aprofundamento de invesrigações fiscais em relação às empresas que possuem como sócio o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). O mesmo pedido é feito em relação a Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.

“As ocorrências apontadas com relação às empresas pertencentes a Francisco Emerson Maximiano recomendam fortemente que a Receita Federal se debruce sobre as operações fiscais e financeiras dessa sociedade e suas associadas, para investigar as transações não declaradas e representar aos órgãos competentes sobre eventuais indícios de crimes como sonegação fiscal, corrupção e lavagem de dinheiro”, pontua.

Fake news

Ao longo das apurações da CPI, Renan Calheiros quis levar o foco à disseminação de informações falsas. A ideia era apurar de forma significativa para servir como uma barreira à desinformação em 2022, ano de eleição presidencial. A questão acabou sendo apurada nos bastidores, com reforço de um delegado da Polícia Federal. Na minuta do relatório, o texto diz que houve cometimento de ilícitos em relação às publicações de notícias falsas.

Calheiros cita que os “elementos colhidos servirão para a tomada de providências nas esferas cível e administrativa”. “Assim, consideramos que os elementos colhidos não devem ser perdidos. Ao contrário, sugerimos que passem pelo exame das autoridades competentes para que, se assim entenderem, deem prosseguimento às apurações”, pontua, sugerindo o envio ao MPF e à Polícia Federal.

Prevent Senior

No caso da operadora de Saúde Prevent Senior, a indicação é de envio dos fatos apurados pela CPI ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), à Polícia Civil e à Assembleia Legislativa do Estado, que está em processo de criação de uma comissão para investigar a Prevent. No caso do MP, a força-tarefa criada pelo órgão já recebeu parte de documentos encaminhados pela CPI.

A Prevent foi investigada pela comissão depois que médicos ex-funcionários da empresa fizeram uma série de denúncias. Dentre elas, apontaram que eram obrigados a receitar o “kit Covid” a todo paciente com suspeita ou confirmação da infecção pelo coronavírus; subnotificação de casos de Covid-19; e ocultação de óbitos em um estudo feito com cloroquina, medicamento ineficaz contra a doença. A advogada do grupo de médicos, Bruna Morato, prestou depoimento à CPI e na ocasião afirmou que a Prevent adotou a disponibilização de medicamentos ineficazes no combate à Covid-19 como uma estratégia de redução de custos.

Compartilhamento de provas

Há documentos recebidos pela CPI em que a autoridade competente para apuração solicita o compartilhamento de informações. É o caso do TCU, em relação às apurações envolvendo a Covaxin; o MPF, no caso envolvendo a empresa Davati Medical Supply e a suspeita de propina de US$ 1 por dose de vacina; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que solicitou os dados envolvendo José Ricardo Santana, amigo de Roberto Dias e ex-secretário-executivo da Anvisa; da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de compartilhamento de informações e documentos que possam ajudar na apuração do caso Prevent Senior.

Há ainda pedido da CGU, de compartilhamento de informações relacionadas ao pagamento de boletos de Roberto Dias realizados pelo motoboy da VTCLog Ivanildo Gonçalves; e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRM-SP), de compartilhamento de informações e provas das principais peças e depoimento prestado pelo médico Pedro Benedito Batista Junior. Além dos casos citados pelo relator, no dia 13, a Polícia Federal pediu o compartilhamento de provas obtidas pela comissão que envolvem o grupo econômico liderado por Francisco Maximiano.

“Considerando que estamos falando de documentação que sem sombra de dúvidas irá contribuir para a identificação de práticas ilícitas e respectivos responsáveis, entendemos que as referidas solicitações devem ser atendidas”, pontua o relatório.

Fonte: Correio do Povo

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Farmácias de Porto Alegre passam a aceitar receitas médicas digitais

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Farmácias – Os porto-alegrenses podem dizer adeus às receitas escritas à caneta em papel, pelos seus médicos. Em versão totalmente eletrônica, a receita digital já garante que pacientes da cidade saiam de seus médicos com apenas um link contendo todas as prescrições de medicamentos, solicitações de exame e até mesmo o atestado médico. De forma geral, a tecnologia tem encontrado amparo legal e também forte adesão dos profissionais de saúde. Uma prova é que o número de médicos com certificado digital, instrumento necessário para assinaturas eletrônicas com validade, saltou nos últimos meses. Antes da pandemia da Covid-19, apenas 22% dos médicos que atuam no Brasil possuíam este certificado. Hoje, são mais de 500 mil, o que representa 57% dos profissionais.

No Rio Grande do Sul, diferentes iniciativas têm fomentado o avanço e disseminação da receita digital. O próprio Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) lançaram, no ano passado, uma ferramenta que facilita a emissão de receitas e atestados médicos a distância.

Outra iniciativa que marca presença, neste setor, em Porto Alegre (RS) é a solução da Nexodata, que funciona como um integrador entre médicos, pacientes e farmacêuticos, atuando já em mais de 3 mil municípios brasileiros, por meio de uma rede de 25 mil farmácias. Deste total, quase 500 delas operam na cidade de Porto Alegre (RS). A tecnologia da Nexodata é capaz de gerar a receita digital e enviá-la, por SMS, ao celular do paciente, com total segurança para os seus dados. Com apenas um clique, ele consegue comprar seus medicamentos em qualquer farmácia física e até mesmo online. É possível, inclusive, usar as receitas Nexodata para compra de medicamentos em e-commerce de farmácias.

No cotidiano dos médicos, além da praticidade, as receitas digitais da plataforma Nexodata garantem uma série de benefícios no chamado Clinical Decision Support, auxiliando e aprimorando as tomadas de decisões no fluxo de prescrição de medicamentos, gerando mais segurança ao paciente. Um exemplo é a capacidade da própria tecnologia entender, identificar e apontar, de forma automática, quaisquer tipos de interações medicamentosas na prescrição ainda em elaboração. Na prática, a tecnologia funciona como uma espécie de inteligência artificial, que consegue criar barreiras para mitigar possíveis erros relacionados à prática profissional.

Pode não parecer, mas casos de interação medicamentosa ou mesmo erro de medicação, por exemplo, são frequentes e podem ter consequências bastante graves ao paciente. Segundo dados reunidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estima-se que até 6% das hospitalizações do mundo todo estejam relacionadas ao uso de medicamentos, principalmente de pacientes mais idosos. Só no Brasil, uma pesquisa realizada em cinco hospitais públicos de ensino encontrou mais de 30% de erros ou falhas em prescrições médicas.

Outra pesquisa realizada em um pequeno hospital de Pelotas (RS) encontrou uma média de 5 erros por prescrição. Do total de 2.687 receitas analisadas, apenas 22 não apresentavam nenhum tipo de inconsistência. Posologia incompleta, ausência de forma farmacêutica e presença de abreviatura foram os erros mais recorrentes. Mas ainda chamam atenção problemas como ilegibilidade de grafia, ausência de via de administração, e ausência de concentração.

Na última etapa da jornada da receita digital, clicando no link, o farmacêutico de qualquer farmácia de Porto Alegre (RS) consegue acessar o documento, consultar e validar a assinatura digital do médico e dispensar cada medicamento prescrito. Além da praticidade e da segurança para todos os envolvidos no processo, a prescrição eletrônica também evita alguns dos gargalos dos farmacêuticos, como os possíveis erros de dispensação consequentes da má interpretação de caligrafias ilegíveis em receitas de papel. É possível, ainda, contribuir para diminuir a incidência do uso de receitas médicas falsificadas.

Fonte: Correio do Povo

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Quebra de patentes na área de saúde divide especialistas do setor

Patentes – Durante o Summit Saúde 2021, evento realizado pelo Estadão para debater o futuro da saúde no Brasil pós-pandemia, especialistas discutiram sobre a inovação e investimentos na pesquisa. Participaram Abner Lobão, diretor executivo de Medical Affairs da Takeda, Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Margareth Pretti Dalcolmo, médica pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Sue Ann Costa Clemens, professora de Saúde Global na Universidade de Oxford e diretora do Grupo de Vacinas Oxford-Brasil, e Esper Kallás, médico infectologista e professor da USP.

Durante o evento, ficou claro que o Brasil ainda tem muito o que evoluir. Segundo Elizabeth, o País tem muita pesquisa clínica, “mas tem muita lição de casa para fazer”. Esper Kallás defendeu a pesquisa nas universidades públicas e citou o molnupiravir como um caso de sucesso. Em contrapartida, citou o alto preço do medicamento como exemplo que justifica a quebra de patentes.

“A indústria peca quando ela cria salvaguardas, traves e dificuldades para fazer chegar, inclusive no momento de uma pandemia tão grave como a gente está vivendo, vacinas para países como Haiti, países da África onde não chegam.”

Representante da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Elizabeth de Carvalhaes criticou a iniciativa do governo federal de derrubar as patentes. “Essas ações intempestivas na pandemia criam discussões caras, do ponto de vista político e do investimento, e não trazem solução.” Elizabeth acredita que as parcerias que trouxeram vacinas para o País, como a da Astrazeneca com a Fundação Oswaldo Cruz, trariam “soluções mais ágeis dentro do tempo da ciência”.

O caminho também foi apontado pelo representante da Takeda no Brasil, Abner Lobão. Na opinião dele, as parcerias aceleraram os processos para a obtenção de novos imunizantes. “A gente tem de ter aprendido alguma coisa, para que cada vez mais a gente tenha aceleração dos processos e faça com que, no mundo acelerado que a gente vive, os problemas que hoje são os problemas dos pacientes possam ser atendidos”, afirmou.

Kallás também comentou sobre o momento atual da ciência no Brasil. “Alguns colegas foram duramente atacados, Marcos Lacerda ameaçado de morte. As pessoas tentam distorcer as mensagens de investir em ciência de boa qualidade e achar soluções através dela”, concluiu.

Sue Ann ressaltou que a mistura de diferentes tecnologias de vacinas ajuda a ter um reforço melhor. “A vacina ajudou o mundo a frear essa pandemia, mas agora a gente precisa ser responsável para saber quando dar a dose de reforço”, afirmou.

A fuga de cientistas brasileiros para outros países também foi comentada durante o painel. A pesquisadora Margareth Pretti Dalcolmo criticou os cortes no orçamento de pesquisa. “Em nenhum processo civilizatório você admitiria que alguém chamasse de gasto o que é investir em uma nova geração de pessoas”, afirmou. Para ela, o atual momento deveria servir para uma retomada da valorização dos cientistas do País.

Fonte: Terra

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As 13 doenças prioritárias para vacinas, segundo criadora do imunizante de Oxford contra covid-19

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Vacinas – Na vanguarda da área de imunização global, a professora Sarah Gilbert, pesquisadora do Instituto Jenner e criadora do imunizante de Oxford contra a covid-19, acredita que o salto tecnológico feito durante a pandemia de covid-19 vai facilitar o desenvolvimento de vacinas no futuro – e ela já tem em mente uma lista de doenças prioritárias cujo enfrentamento global seria beneficiado por novos imunizantes, potencialmente prevenindo futuras epidemias ou pandemias.

No caso da covid-19, usando uma tecnologia revolucionária, a equipe de Oxford, da qual Gilbert faz parte, elaborou uma vacina para iniciar testes clínicos em apenas 65 dias desde o início dos trabalhos. Em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, mais de 1,5 bilhão de doses já foram distribuídas em todo o mundo.

A nova geração de vacinas é rápida de se fazer e altamente flexível. “É como decorar um bolo”, afirma a pesquisadora.

No método clássico para desenvolver imunizantes, era necessário voltar às matérias-primas e começar do zero a cada vacina. É como iniciar uma receita de bolo com farinha, açúcar, ovos e manteiga.

O passo seguinte é pegar o vírus agressor, ou outros micróbios causadores de doenças, e matá-lo ou enfraquecê-lo para fazer a vacina.

Veja o exemplo das vacinas contra a gripe que são aplicadas sazonalmente todos os anos. A injeção para adultos é feita através do cultivo do vírus da gripe dentro de ovos. Os vírus são então purificados e mortos para formar a vacina.

Já o spray nasal para crianças contém vírus vivos, mas eles são enfraquecidos e tornados instáveis para que possam crescer nas temperaturas mais baixas do nariz, mas não no calor dos pulmões.

Mas é necessário muito trabalho para começar o processo do zero a cada nova doença, e muitas coisas podem dar errado. Você pode acabar com o equivalente no mundo das vacinas de um bolo solado.

O desenvolvimento da vacina contra o coronavírus de Oxford usou uma abordagem completamente diferente conhecida como “plug-and-play” (conecte e use, em tradução literal).

Com esse tipo de vacina, a maior parte do trabalho já foi feito – o bolo foi assado previamente, só precisa ser “decorado” para atingir seu objetivo.

“Nós temos o bolo e podemos colocar cerejas por cima, ou colocar alguns pistaches se quisermos uma vacina diferente”, exemplifica a professora Gilbert. “Apenas adicionamos a última parte e está pronto.”

O “bolo” da vacina de Oxford – ou plataforma, para usar o termo científico – é um vírus que causa a gripe comum em chimpanzés. Ele foi geneticamente modificado para torná-lo seguro, de modo que não possa causar infecções nas pessoas.

A “decoração” é qualquer material genético necessário para treinar o sistema imunológico a atacar. Esse material é adicionado ao bolo e o trabalho está feito.

Foi esse trabalho, aplicado ao coronavírus Sars-Cov-2, que levou a professora Gilbert a receber muitos reconhecimentos, que vão desde um título de dama real, concedido pela rainha Elizabeth 2ª, até uma boneca Barbie feita à sua imagem.

“A Barbie está confortavelmente instalada no meu escritório, mas sim, estou pensando em enviá-la como minha substituta”, brinca a cientista. “Seria útil ter uma dublê que pudesse conceder entrevistas em meu lugar.”

Duas das outras principais vacinas contra a covid – a Pfizer-BioNTech e a Moderna – usam outro estilo de tecnologia de vacina “plug-and-play” altamente adaptável. E todas essas tecnologias devem tornar mais rápido e fácil o desenvolvimento das vacinas do futuro.

No topo da lista de Gilbert estão 13 “patógenos prioritários”. Enquanto a covid-19 pegou todos de surpresa, as doenças listadas por Gilbert são ameaças mortais bem conhecidas. Têm potencial para causar grandes surtos e podem ser as pandemias do futuro. Vacinas contra elas salvariam vidas.

A lista de Gilbert é a seguinte:

1) Mers – vírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês) e membro da família dos coronavírus, surgiu em 2012 na Arábia Saudita e, desde então, já apareceu em países como Coreia do Sul, Estados Unidos, Catar, Líbano, França, Itália e Reino Unido.

2) Lassa – vírus transmitido por animais como ratos, que provoca uma febre hemorrágica aguda. Foi primeiro descrito em 1969 na cidade de Lassa, na Nigéria, e é endêmica em países do Oeste africano como Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria.

3) Febre hemorrágica da Crimeia-Congo – causada por um vírus transmitido aos humanos pela picada de carrapatos infectados ou pelo manuseio e preparo de animais infectados, já teve casos identificados na África, Rússia, Balcãs, Oriente Médio e Ásia.

4) Nipah – vírus transmitido por animais como morcegos e porcos, por alimentos contaminados ou diretamente de um humano a outro, pode causar síndrome respiratória aguda e encefalite (infecção do cérebro) em fetos. Apareceu pela primeira vez na Malásia em 1999.

5) Zika – vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e identificado pela primeira vez em 1947, na floresta Zika, em Uganda. Um surto no Brasil em 2015 provocou diversos casos de microcefalia (malformação em que a cabeça é menor do que o esperado) em bebês.

6) Ebola – vírus altamente infeccioso causador de febre hemorrágica, com primeiros surtos registrados em 1976 no Sudão e na República Democrática do Congo, tem morcegos frutíferos como hospedeiros.

7) Febre de Vale do Rift – provocada por um vírus transmitido por mosquitos como o Aedes aegypti e o Culex, com surtos registrados na África e Oriente Médio.

8) Chicungunya – vírus que provoca doença parecida com a dengue, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Uma vacina já está sendo desenvolvida pela farmacêutica francesa Valenva, que tem parceria com o Instituto Butantan e está em fase de ensaios clínicos.

9) Dengue – vírus que provoca doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A vacina existente no Brasil, chamada Dengvaxia, teve sua bula alterada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária em 2018) e é indicada apenas para as pessoas que já tiveram dengue.

10) Hantavírus – família de vírus transmitidos pela saliva, urina e fezes de roedores que pode provocar duas condições distintas: Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH), mais comum nas Américas, incluindo o Brasil; e Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR), mais frequente na Europa e Ásia.

11) Peste – doença infecciosa provocada pela bactéria Yersínia pestis, transmitida principalmente por picada de pulgas infectadas, com três possíveis manifestações clínicas: bubônica (quando afeta as glândulas linfáticas), septicêmica (quando se espalha pelo sangue) e pneumônica (quando transmitida de pessoa para pessoa por via respiratória). Também conhecida como “peste negra”, “febre do rato” ou “doença do rato”, ela causou a pandemia da Peste Negra, matando centenas de milhões de pessoas.

12) Marburg – vírus considerado um “primo um pouco menos mortal do Ebola”, comum em locais onde existem morcegos da espécie Rousettus, como países do sul da Ásia e da África.

13) Febre Q – doença provocada pela bactéria Coxiella burnetii, transmitida ao homem em geral pelo contato com animais infectados como bovinos, ovinos e caprinos.

Financiamento para vacinas

Parte desse trabalho, da adaptação da “receita de bolo” para outras vacinas, já está em andamento. Oxford iniciou testes clínicos para uma vacina contra a peste usando sua tecnologia plug-and-play.

Separadamente, a Moderna já está pensando em usar sua própria tecnologia de mRNA para fazer uma vacina contra Nipah. O vírus mata até três de cada quatro infectados.

No entanto, a grande barreira para combater essas doenças será a mesma de sempre: dinheiro. Elas afetam algumas das partes mais pobres do mundo, e existe a preocupação de que, mesmo sob risco de pandemia, as pesquisas não conseguirão financiamento suficiente.

E, embora a tecnologia da vacina tenha avançado, os velhos inimigos ainda são os mesmos e alguns têm peculiaridades complicadas, que representam desafios monumentais.

Todas as vacinas precisam de um alvo – chamado antígeno – que treine o sistema imunológico para atacar.

Apesar de todos os problemas que a covid-19 causou, o vírus era bastante simples e o antígeno alvo era óbvio: a superfície externa do vírus é coberta por proteínas spike. Portanto, tudo o que os pesquisadores precisaram fazer foi conectar o material genético da proteína spike, treinar o corpo para reconhecê-la e ter a certeza de que a vacina iria funcionar.

No entanto, o antígeno alvo não é tão óbvio em outros micróbios mais complexos, como os três grandes assassinos – malária, HIV e tuberculose.

O HIV é um alvo em constante movimento. É um campeão da metamorfose que muda rapidamente para alterar sua aparência e enganar nosso sistema imunológico. É difícil saber como identificá-lo.

Já temos vacinas contra a malária e a tuberculose, mas elas estão longe de ser perfeitas.

Próximo grande salto

O mundo comemorou com razão o lançamento neste mês da primeira vacina contra a malária na África, mas ela é apenas cerca de 30% eficaz na prevenção de manifestações graves da doença. Isso porque o parasita da malária tem um ciclo de vida complexo, durante o qual ele sofre mutações para uma variedade de formas.

Uma bactéria da tuberculose também é muito mais complexa do que um coronavírus.

Há uma longa lista de antígenos para escolher no caso da tuberculose e da malária, e encontrar o certo tem se mostrado uma tarefa frustrante.

“Há uma gama muito grande de opções e não é óbvio qual devemos usar”, diz Gilbert. “Está demorando muito para encontrar o antígeno certo, então é muito mais difícil. Eles são muito mais complicados do que esses patógenos de surtos, que são vírus bastante simples.”

No entanto, a BioNTech está usando sua tecnologia para tentar desenvolver uma vacina contra o HIV.

Então, se o plug-and-play foi a revolução comprovada durante a pandemia, o que vem por aí?

“Acredito que o próximo grande salto em vacinas, em vez de (criarem-se) tecnologias totalmente novas, é tornar as tecnologias que temos mais estáveis. Isso será ótimo”, diz Gilbert.

As vacinas são meio como bolos de sorvete – elas precisam ser mantidas na temperatura certa desde o momento em que são feitas até a hora em que são aplicadas.

Isso significa que há uma rede global de freezers, geladeiras, caixas frias e assim por diante, conhecida como cadeia de frio. Mas é difícil levar vacinas para algumas das partes mais remotas e pobres do mundo, especialmente onde não há eletricidade.

A pesquisadora também diz que seria muito bom se pudéssemos obter vacinas que não dispensem agulhas e injeções – já que, no caso de algumas infecções pulmonares (como a própria covid-19) é possível obter uma resposta imunológica melhor se administrarmos os imunizantes na forma de spray.

“Como é (o pulmão) para onde o próprio vírus normalmente iria, é diferente se você tiver uma infecção transmitida pelo sangue, como a dengue”, pondera a especialista. “Mas isso (a transição para um spray) é algo que não podemos fazer muito rapidamente, há muitos testes de vacinas a serem feitos.”

Fonte: Terra

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Capital paulista antecipa segunda dose da Pfizer a partir desta quarta

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Pfizer – A cidade de São Paulo passa a adotar o intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer contra covid-19 a partir desta quarta-feira (20). A medida valerá somente para pessoas acima de 18 anos e deve beneficiar 82.804 pessoas na capital e cerca de 2 milhões no estado.

A redução do prazo de 56 para 21 dias não é válida para os adolescentes. Para os jovens de 12 a 17 anos de idade, o intervalo entre as doses permanece de oito semanas. A antecipação para esse público será adotada a partir da disponibilização de mais doses por parte do Ministério da Saúde.

A alteração se dá após o governo de São Paulo anunciar na última segunda-feira (18) uma mudança no intervalo para todo o estado. Os municípios ficaram a cargo de definir como e quando a mudança se dará.

Com relação às outras vacinas, o intervalo para a segunda dose segue sendo de 12 semanas para AstraZeneca e de 28 dias para CoronaVac.

Veja o público-alvo da vacinação

A cidade de São Paulo segue vacinando com a terceira dose da vacina contra a Covid-19 idosos com mais de 60 anos e profissionais da saúde maiores de idade nesta quarta-feira. Os imunossuprimidos também podem procurar as unidades de saúde para receber o reforço.

Para receber a terceira dose, o grupo deve ter completado o esquema vacinal (com primeira e segunda doses tomadas, ou dose única) há pelo menos seis meses, com exceção dos imunossuprimidos, que são pacientes que têm HIV ou pessoas que passaram por algum transplante. Esse público pode receber o reforço se tiver completado o esquema vacinal há pelo menos 28 dias.

É necessário, ainda, levar o documento de identificação e comprovante de vacinação físico ou digital.

Além disso, os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades já estão elegíveis para receber a primeira dose. Nesse grupo é aplicado exclusivamente o imunizante da Pfizer, o único autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para pessoas com menos de 18 anos.

Postos de vacinação

A primeira dose, a segunda e a adicional são oferecidas das 8h às 17h nos megapostos, drive-thrus e farmácias parceiras e das 7h às 19h em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs/UBSs Integradas.

Filômetro e pré-cadastro

O site De Olho na Fila ajuda a evitar aglomerações ao exibir a movimentação de pessoas nas unidades. A ferramenta também informa quais vacinas estão disponíveis para aplicação da segunda dose.

Além disso, fazer o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento no posto de vacinação.

Fonte: R7 Notícias

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‘Quando ninguém falava em inclusão, nós já fazíamos’, diz CEO da Vizcaya Cosméticos

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O mercado de cosméticos movimenta mais de US$ 30 bilhões por ano só no Brasil. Para falar sobre o mercado de beleza e saúde, o JR Business desta semana recebe Barbara Kern, CEO da Vizcaya Cosméticos, que fala sobre o desenvolvimento de produtos para o consumidor brasileiro e a importância do compromisso social da empresa. Acompanhe na íntegra.

Fonte: R7 Notícias

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Lira anuncia volta presencial à Câmara e pedirá carteira de vacinação

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse em sua conta no Twitter nesta terça-feira que a Casa retomará os trabalhos presenciais na próxima segunda-feira e entre as medidas sanitárias contra a Covid-19 estará a apresentação da carteira de vacinação contra a doença.

‘A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu há pouco que os trabalhos presenciais serão retomados a partir da 2ª-feira, 25. Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação’, escreveu Lira na rede social.

O presidente Jair Bolsonaro, aliado de Lira, tem constantemente questionado, sem qualquer embasamento, a eficácia das vacinas contra Covid-19, embora todos os imunizantes aplicados no Brasil tenham passado por testes clínicos e recebido o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ele também tem criticado com frequência medidas adotadas por Estados e municípios como a exigência de comprovação de vacinação para entrada em estabelecimentos e eventos, o chamado passaporte sanitário.

Bolsonaro, que afirma até agora não ter se vacinado contra a Covid-19, embora ele já pudesse tê-lo feito há tempos por conta de sua idade, está com 66 anos, já chegou a dizer que seria o último a se vacinar no Brasil, depois afirmou que não tomaria um imunizante e mais recentemente disse ainda não ter se decidido.

Ao contrário do presidente, vários ministros de seu governo tomaram a vacina, inclusive alguns dos mais próximos a Bolsonaro, como o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e os titulares da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente, também se vacinaram contra a Covid.

Fonte: Isto é Dinheiro Online

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FGTS: Quem pode sacar? Como consultar o saldo? Quem tem direito?

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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito do trabalhador com carteira assinada e só pode ser sacado mediante condições específicas fixadas em lei, como demissão, aposentadoria, compra da casa própria e saque aniversário.

Enquanto ele não é retirado, fica depositado na Caixa Econômica Federal, e é usado para financiar programas governamentais nas áreas de habitação, saneamento básico e mobilidade urbana, por exemplo.

Criado há 55 anos para servir como uma reserva financeira de longo prazo para os trabalhadores, o FGTS funciona como uma espécie de poupança forçada que o empregador faz para os empregados.

Segundo a Caixa Econômica Federal, atualmente mais de 88 milhões de trabalhadores possuem contas vinculadas ao FGTS com saldo.

Veja abaixo como funciona o FGTS:

Quando o saque é permitido?

Mais detalhes sobre condições e documentos para saque do FGTS pode ser obtidos no site da Caixa.

Saque-aniversário

Quem adere ao saque-aniversário pode retirar anualmente uma parte do saldo até dois meses após o mês de aniversário, mas perde direito à retirada do saldo total de sua conta do FGTS em caso de demissão sem justa causa, o chamado saque-rescisão. Também é permitido ao optante pelo saque-aniversário solicitar empréstimo bancário utilizando o saldo do FGTS como garantia.

Como consultar o saldo?

Os trabalhadores podem consultar seus depósitos e o saldo do FGTS das seguintes formas:

Para fazer a consulta pela internet fazer um cadastro e informar o CPF ou o NIS (PIS/Pasep), que pode ser consultado na carteira de trabalho, e usar uma senha cadastrada pelo próprio trabalhador.

Como fazer o saque?

A Caixa disponibiliza a opção de saque do FGTS 100% digital, sem precisar ir à uma agência, para todas as modalidades previstas em lei. A funcionalidade está disponível desde 2020.

Basta acessar aplicativo FGTS para consultar os valores e solicitar o saque, indicando uma conta de sua titularidade, de qualquer banco.

Após a solicitação, o valor estará disponível em conta depois de 5 dias úteis. O trabalhador poderá ainda fazer upload de documentos, além de acompanhar as etapas entre a solicitação e a liberação dos valores para o saque.

Quando há rescisão de contrato, o empregador precisa primeiro comunicar o ocorrido à Caixa para que o trabalhador possa sacar o benefício.

Quem tem direito ao FGTS?

Têm direito ao FGTS trabalhadores regidos pela CLT, trabalhadores rurais, empregados domésticos, temporários, avulsos, safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais.

O fundo foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Assim, o trabalhador pode ter mais de uma conta de FGTS, incluindo a do emprego atual e dos anteriores.

Uma conta do FGTS fica inativa quando deixa de receber depósitos da empresa devido à extinção ou rescisão do contrato de trabalho. No entanto, o trabalhador poderá sacar esse dinheiro desde que esteja nas condições de retirada ou quando o governo autorizar o saque.

Quem paga o FGTS?

O FGTS não é descontado do salário, pois é uma obrigação do empregador. O valor é pago sobre salários, abonos, adicionais, gorjetas, aviso prévio, comissões e 13º salário.

Pelas regras, até o dia 7 de cada mês, os empregadores devem depositar, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Quando a data não cair em dia útil, o recolhimento deve ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. Se o empregador depositar após o vencimento, o valor deve receber juros e correção monetária.

Para os contratos de trabalho de aprendizagem, o percentual é reduzido para 2%.

No caso de trabalhador doméstico, o recolhimento é correspondente a 11,2%, sendo 8% a título de depósito mensal e 3,2% a título de antecipação do recolhimento rescisório.

Qual é o rendimento do dinheiro no FGTS?

Por lei, o FGTS tem rendimento de 3% ao ano. Todo dia 10, as contas do FGTS recebem atualização monetária mensal.

Desde 2017, porém, os trabalhadores recebem também parte dos lucros do Fundo de Garantia, que resultam dos juros cobrados de empréstimos a projetos de infraestrutura, saneamento e crédito da casa própria. A distribuição melhora o rendimento dos recursos depositados no fundo.

Em agosto, a Caixa distribuiu aos trabalhadores R$ 8,1 bilhões. O valor representou 96% do lucro registrado pelo fundo no ano passado. Com isso, o FGTS teve rendimento total de 4,92% em 2020, contra uma variação de 4,52% da inflação medida pelo IPCA no ano passado.

O que fazer se a empresa não depositou

Ao descobrir que o dinheiro não foi depositado, o trabalhador pode entrar em contato com a empresa e cobrar o depósito dos valores atrasados.

Se não houver acordo, ele pode fazer a denúncias pelo site da STI: https://denuncia.sit.trabalho.gov.br/.

O trabalhador pode buscar auxílio ainda no sindicato da sua categoria para formalizar a denúncia. Também pode fazer uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) ou ingressar com reclamação na Justiça do Trabalho.

Nos casos em que a empresa não existe mais, o trabalhador também pode ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho e requerer o pagamento do FGTS devido.

Multa dos 40%

Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, ele tem direito a receber o saldo do FGTS que foi depositado pelo empregador durante a vigência do contrato de trabalho mais a multa rescisória de 40% em cima desse valor total.

Mesmo que uma parte do dinheiro do FGTS seja sacada, independente da razão, os 40% são calculados em cima do total que a empresa depositou ao longo do contrato de trabalho, e não sobre o valor que restou após o saque realizado. A multa é calculada sobre o “valor para para fins rescisórios” informado no extrato do FGTS.

Quem é demitido por justa causa não tem direito ao saque do FGTS nem à multa dos 40%. Ele deve se enquadrar nas situações que permitem o saque. Da mesma forma, quem pede demissão também não tem direito ao saque do FGTS nem à multa – também deve obedecer às hipóteses que autorizam o saque.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/fgts-completa-55-anos-em-meio-a-debate-sobre-reposicao-da-inflacao/