Covid: Ministério da Saúde desiste de remédio que governo anunciou como capaz de ‘salvar vidas’

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‘Nitazoxanida não consta nas orientações deste Ministério da Saúde para o tratamento da Covid-19’, informou a pasta. Em outubro, Bolsonaro participou de cerimônia sobre vermífugo.

O Ministério da Saúde decidiu não incorporar a nitazoxanida (vermífugo também conhecido comercialmente como Annita) aos protocolos de tratamento da Covid-19, mesmo depois de o governo ter anunciado que o medicamento poderia “salvar vidas”.

Em resposta a um pedido de informações da Câmara dos Deputados, o ministério informou não ter planos de distribuir o remédio na rede pública.

Em outubro, o governo promoveu uma solenidade do Palácio do Planalto para apresentar o que seriam os resultados de uma pesquisa financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia sobre tratamento precoce com a nitazoxanida.

A apresentação não trazia números detalhados porque, segundo o governo, ainda aguardava publicação em revistas científicas. O governo investiu R$ 5 milhões na pesquisa.

Durante a cerimônia, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle, foi exibido um vídeo que mostraria a trajetória dos estudos, mas o gráfico exibido sem dados era idêntico ao disponível no serviço de banco de imagens ShutterStock.

As imagens foram exibidas quando o narrador afirmava que “a missão dada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação foi cumprida” e “o resultado comprovou de forma científica a eficácia do medicamente na carga viral”.

Em discurso, o ministro Marcos Pontes disse que o remédio “reduz o contágio entre as pessoas, diminui a probabilidade de agravamento de sintomas”.

“Temos uma ferramenta que o Ministério da Saúde pode usar para salvar vidas”, afirmou o ministro.

Quanto à inclusão do medicamento em protocolos, Pontes disse na solenidade: “Nós estamos passando o bastão para o Ministério da Saúde, para o general Pazuello [ministro da Saúde] dar continuidade ao trabalho”.

Pedido de informação

Após a divulgação dos resultados, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) encaminhou um pedido de informações ao Ministério da Saúde sobre o tema.

Um dos itens incluía as seguintes perguntas: “Quais os planos do governo para uso do medicamento na rede pública de saúde? Há uma previsão de compra do remédio? Já existe alguma orientação preliminar sobre o uso do remédio?”

A resposta, produzida em dezembro, foi enviada na última sexta-feira (8) para o Congresso.

“A Nitazoxanida não consta nas orientações deste Ministério da Saúde para o tratamento da Covid-19, e também não se encontra incluída na Relação Nacional de Medicamentos – RENAME 2020, de forma que esse medicamento não é adquirido ou financiado com recursos federais do SUS”, diz o ofício enviado pelo Ministério da Saúde.

“Este Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF/SCTIE) e Insumos Estratégicos informa que até o momento, não tem ciência de nenhum processo para aquisição de Nitazoxanida pelo Ministério da Saúde, ou de planos para sua disponibilização na rede pública de saúde”, afirma o texto.

O G1 questionou o Ministério da Ciência e Tecnologia sobre a decisão do Ministério da Saúde e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. A pasta também não respondeu se foi ouvida pela Saúde sobre o tema.

Um artigo com os dados detalhados da pesquisa foi divulgado alguns dias depois da solenidade no Planalto.

Especialistas analisaram os resultados e concluíram que o medicamento não atende aos objetivos principais do tratamento, como redução do risco de vida ou de situações graves como necessidade de oxigênio e respiradores mecânicos.

Ouvido pelo G1 à época, o infectologista Alberto Chebabo, diretor da Divisão Médica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não viu motivos para a inclusão do medicamento nos protocolos do ministério.

“Os efeitos apontados no tratamento com nitazoxanida são mínimos. Não justifica uma produção em massa e adoção em tratamentos. Porém, tem atividade antiviral, então pode ser mais estudado”, disse. “A título de comparação, é muito melhor que cloroquina, que é cara e não tem efeito”, comparou.

Fonte: Portal G1.com

 

ANS propõe revisão do rol de medicamentos e procedimentos a cada 6 meses

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Pela primeira vez na história, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou uma nova proposta sobre a atualização de seu rol de medicamentos e procedimentos, os quais são oferecidos pelos planos de saúde aos pacientes.

Após atuação contínua de entidades médicas e da sociedade civil, o novo modelo propõe que as decisões de incorporação aconteçam semestralmente, com a possibilidade de submissões e suas respectivas análises técnicas serem realizadas de forma contínua.

Sempre engajada na busca pelo acesso mais rápido dos pacientes a tratamentos mais eficazes, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é participante ativa nas discussões sobre melhorias. Para Dr. Renan Clara, diretor executivo da SBOC, há dois grandes desafios a serem enfrentados.

“O principal ponto, que tentamos mudar há muito tempo, é a longa espera de dois anos para a abertura de ciclos de submissão de novos pedidos de recomendação. Além disso, buscamos continuamente por mais clareza nos critérios utilizados para a avaliação e recomendação de novos medicamentos e tratamentos. Só assim conseguiremos construir uma oncologia efetiva no Brasil.”, comenta.

A mudança já vinha sendo considerada no setor da saúde, mas pela primeira vez a sugestão parte da própria ANS. A equipe técnica da Agência afirma que o objetivo dessa nova proposta é reduzir o intervalo das recomendações sem que a qualidade técnica, a transparência na tomada de decisão e a ampla participação social sejam comprometidas. Nesse modelo proposto, serão contempladas semestralmente as submissões cujas análises técnicas tenham sido concluídas.

Outro ponto decisor para a proposta foi a aprovação, pelo Senado, da PL 6.330/2019, projeto de lei que pretende acelerar o acesso dos pacientes a quimioterápicos orais pelos usuários de planos de saúde, sem que haja qualquer análise técnica de eficácia e impacto orçamentário.

Para evitar que novos medicamentos fossem implementados sem a devida recomendação, a ANS, enfim, agiu na criação de um grupo de trabalho para discutir as mudanças nos processos de implementação.

No modelo atual, ocorre um período de consulta pública a cada dois anos, aberta à sociedade civil, onde todas as demandas são inseridas durante um período e são finalizadas ao mesmo tempo.

No novo modelo proposto, o conceito de ciclo de atualização do Rol deixaria de existir, desta forma, as demandas serão analisadas de acordo com suas particularidades e terão tempo de decisão diferentes umas das outras. É esperado que a média para a resposta esteja entre 9 e 18 meses, incluindo análise e discussão técnica, consulta pública e aprovação da Diretoria Colegiada.

De acordo com Dra. Clarissa, presidente da SBOC, a mudança traz benefícios aos pacientes. “Ficamos felizes com a evolução da ANS. Isso auxiliará na fluidez e na simplicidade das análises técnicas, além de agilizar os processos de incorporação de novos tratamentos e medicamentos mais avançados, evitando que os pacientes esperem tanto tempo para terem acesso a opções mais eficazes e tecnológicas em suas jornadas de tratamento.”

Para que a mudança seja efetivada, a equipe interna da ANS discutirá sobre os novos processos, não só para oncologia, e preparará um documento formal que será encaminhado para a aprovação da Diretoria Colegiada.

Após a aprovação, a resolução passará por uma consulta pública, onde receberá sugestões das entidades de saúde e da sociedade civil, que voltarão à Diretoria Colegiada para análise e adequações, caso necessário. “Ainda não há previsão de data ou cronograma de atividades, por isso, a SBOC e as demais sociedades estão engajadas no seguimento dessa proposta para que o novo modelo seja colocado em prática o quanto antes”, completa Dr. Renan.

Fonte: Portal Saúde Business

Sanofi adquire fabricante de anticorpos monoclonais por 1,19 mil milhões de euros

A Sanofi, empresa farmacêutica que está a desenvolver uma vacina contra a Covid-19 com a GSK e que já tem acordo com a UE, quer ter no seu portfólio medicamentos experimentais para doenças inflamatórias, como o KY1005, um anticorpo monoclonal humano com um novo mecanismo de ação.

A farmacêutica francesa Sanofi, que em conjunto com a britânica GSK vai fornecer à União Europeia 300 milhões de doses de uma vacina para a Covid-19, adquiriu a empresa fabricante de anticorpos monoclonais Kymab no valor de 1,45 mil milhões de dólares (1,19 mil milhões de euros).

De acordo com a Bloomberg, a Sanofi quer ter no seu portfólio medicamentos experimentais para doenças inflamatórias, como o KY1005, um anticorpo monoclonal humano com um novo mecanismo de ação. O medicamento desenvolvido pela empresa britânica Kymab tem o potencial de tratar doenças imuno-mediadas e distúrbios inflamatórios.

A Sanofi também passará a ter acesso a um tratamento experimental contra o cancro, através de um anticorpo monoclonal que está em testes clínicos iniciais como uma monoterapia e em combinação com uma imunoterapia, bem como acesso a novas tecnologias de anticorpos e recursos de pesquisa.

A aquisição da Kymab faz parte de uma estratégia da Sanofi para aumentar o seu portfólio de medicamentos. Em 2020, a farmacêutica francesa investiu 2,9 mil milhões de euros na compra da biotecnológica norte-americana Principia Biopharma.

A Sanofi é uma das farmacêuticas que está na linha da frente do combate à Covid-19. A empresa fechou no ano passado um contrato com a Comissão Europeia para a distribuição de 300 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19. A vacina da Sanofi foi descoberta em parceria com a GSK. Esta vacina só deverá estar pronta no quarta trimestre deste ano de 2021.

Além da Sanofi-GSK, a Comissão Europeia tem garantidas vacinas da AstraZeneca, Johnson & Johnson, BioNTech e Pfizer, CureVac e Moderna.

Fonte: Jornal Económico – Portugal

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/01/12/setor-volta-a-questionar-governo-doria-por-fim-da-isencao-do-icms/

Fresenius Kabi conclui incorporação da Novafarma

A Fresenius Kabi, empresa de assistência médica global especializada em medicamentos capazes de salvar vidas e tecnologias para infusão, transfusão e nutrição clínica, concluiu a incorporação da Novafarma, adquirida em 2014 com o objetivo de ampliar sua capacidade de fornecer aos pacientes medicamentos intravenosos de alta qualidade.

Situada em Anápolis (GO), cidade que abriga o segundo maior polo farmacêutico do país, a unidade conta com cerca de 400 funcionários e um portfólio de soluções e medicamentos injetáveis, além de um centro de distribuição e de um centro de pesquisa e desenvolvimento.

A aquisição permitiu que a Fresenius Kabi ampliasse significativamente sua oferta de medicamentos capazes de salvar vidas para região, somando importantes opções terapêuticas ao portfólio da companhia e fortalecendo o fornecimento para hospitais de medicamentos anti-infecciosos, anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos, anestésicos, anti-inflamatórios, antialérgicos, antieméticos e estimulantes cardíacos.

“A conclusão dessa fusão é um marco importante para a expansão da nossa posição de mercado na América Latina. Além de reforçar os nossos constantes investimentos no país, juntamos os mais altos padrões de segurança e qualidade no Brasil e nos beneficiamos da junção da expertise internacional”, explica Hernâni Sério, Diretor-Presidente da empresa no Brasil.

A unidade de negócio passou por melhorias estruturais e é o único centro de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos intravenosos da empresa na América Latina.

A empresa global de saúde, fundada na Alemanha, está comprometida em garantir elevados padrões globais de qualidade e segurança. A Fresenius Kabi está em operação no Brasil há mais de 40 anos. A empresa conta com 3 unidades de produção, 1 centro de pesquisa e desenvolvimento e 4 centros de distribuição no país.

Fonte: 2 a Mais Farma

Setor volta a questionar governo Doria por fim da isenção do ICMS

Setor volta a questionar governo Doria por fim da isenção do ICMS

Oito entidades do setor de saúde protestaram, em Carta Aberta ao governador João Doria, sobre o fim das isenções fiscais do ICMS sobre medicamentos. O documento reivindica que o benefício seja restabelecido para todos os medicamentos.

Na última quarta-feira, dia 6, após inúmeras críticas, o governo paulista voltou atrás na decisão de ampliar a alíquota do imposto, mas isentou apenas os medicamentos genéricos e sem considerar remédios contra doenças como câncer e HIV.

“Obrigado, governador João Doria, pela manutenção do benefício fiscal dos medicamentos genéricos. A medida vai evitar um grave problema de saúde, especialmente para as famílias de renda mais baixa. Mas a correção do grande equívoco precisa ser completa”, diz o documento assinado pela  Alanac, Confederação Nacional de Saúde, Grupo FarmaBrasil, Instituto Coalizão Saúde, Interfarma, Pró-Genéricos, SindHosp e  Sindusfarma.

As entidades afirmam que o aumento de 21,95% no preço dos medicamentos para tratamento de câncer, diálise de pacientes renais crônicos, Aids, doenças raras e gripe H1N1 deve gerar impacto negativo nos tratamentos oferecidos no SUS. São Paulo é o principal produtor e fornecedor de medicamentos para câncer.

“Hoje o setor privado é responsável por grande parte dos tratamentos quimioterápicos e as clínicas particulares de hemodiálise atendem, no Brasil, mais de 140 mil pessoas”, informa. A tributação também aumentará a sinistralidade dos planos de saúde, que é o gatilho para reajuste de mensalidades de planos empresariais e individuais, uma vez que mais da metade das pessoas em tratamento com quimioterápicos são atendidas por planos”, diz o documento.

Na coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo, o Grupo FarmaBrasil, que congrega as principais indústrias farmacêuticas nacionais,  afirma que o repasse direto ao consumidor será inevitável diante da desvalorização do Real em 2020 e da alta nos preços das matérias-primas, encarecidas pela pandemia.

Em nota, a Interfarma também ressalta que o tratamento de saúde em território paulista ficará mais oneroso do que aqueles realizados em outros locais do país, com reflexos negativos em toda a cadeia de saúde paulista.  Vale salientar ainda que as operações com medicamentos no estado estão submetidas ao regime de substituição tributária, por meio do qual se concentra no industrial/importador (primeiro elo da cadeia) a tributação de ICMS devida por toda a cadeia econômica. Porém, de maneira geral, as operações de venda de medicamentos não ocorrem diretamente do estabelecimento fabricante para os hospitais, clínicas, planos de saúde e afins (consumidores finais).

Ou seja, a comercialização desses produtos é realizada por meio de estabelecimentos distribuidores. Como o destino das mercadorias normalmente é desconhecido quando se realizam as operações entre fabricantes e distribuidores, até mesmo os produtos farmacêuticos cujo destino venha a ser o Sistema Público de Saúde poderão sofrer tributação de ICMS neste primeiro elo da cadeia.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Ex-ministro teme que Brasil produza vacina da covid-19 apenas para exportar

O Brasil sob o governo de Jair Bolsonaro pode se tornar um grande produtor de vacina contra a covid-19, mas para imunizar a população de outros países, em vez de a brasileira. O alerta foi feito hoje (11) pelo ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

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“O governo não faz acordo para a compra, a Anvisa não acelera os trâmites para liberação emergencial, não solicita informações aos laboratórios. Há o risco de a vacina ser produzida no Brasil somente para ser exportada”, disse durante participação no programa Tertúlia, apresentado pelo jornalista Fábio Pannunzio na TV Democracia.

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A partir desta sexta-feira (15), um dos laboratórios da indústria farmacêutica brasileira União Química, situado em Brasília, deverá iniciar a produção da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. As doses do imunizante serão exportadas para países da América Latina que já autorizaram o uso, como Argentina e Bolívia. A farmacêutica brasileira ainda aguarda liberação da Anvisa para testes da fase 3, que avalia a eficácia do imunizante.

Sem vacina

A vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Buntantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, já obteve autorização emergencial na Indonésia, país com mais de 267 milhões de habitantes – população superior à do Brasil, com cerca de 211 milhões.

Em fevereiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deverá começar a produzir a vacina desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, do Reino Unido – onde o imunizante já está sendo aplicado.

“Não faz sentido não termos ainda, em janeiro, um plano de vacinação. E nem terminar o mês sem termos uma vacina disponível no Brasil”, criticou o ex-ministro. “Temos de ter um plano para até o começo do outono, para vacinar pelo menos 70, 80 milhões de brasileiros. E na chegada do inverno, vacinar o conjunto da população. Para isso precisamos ter disponíveis quatro, cinco vacinas, como nos outros países. A gente não pode dispensar nenhuma vacina segura e que tenha eficácia. Qualquer vacina que reduza em mais de 50% a infecção vai ter grande efeito para a saúde pública”.

É dose

Pela manhã, o ministro da Saúde general Eduardo Pazuello se manteve evasivo quanto a um calendário para o início da vacinação no Brasil – motivo pelo qual vem sendo pressionado por governadores e prefeitos. Segundo ele, a imunização terá início “no dia D e na hora H”.

E chegou a defender a aplicação de apenas uma dose da vacina de Oxford, dobrando assim o número de brasileiros que receberiam o imunizante. Para o general, que não tem formação alguma na área de saúde, uma única dose garante proteção contra as complicações trazidas pela infecção pelo novo coronavírus.

Fonte: Sul 21

Santa Maria-DF vai produzir Sputnik V

A cidade de Santa Maria, no Distrito Federal, fabricará a vacina Sputnik V pela indústria farmacêutica União Química.

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Segundo comunicado da empresa, a produção do imunizante contra a Covid-19 pode acontecer ainda em janeiro. A unidade no DF atende o mercado nacional e internacional e tem cerca de 1,1 mil trabalhadores.

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No sábado (09), uma comitiva da farmacêutica União Química embarcou para a Rússia para validar o processo de fabricação da vacina russa contra a Covid-19 no Brasil.

De acordo com presidente da companhia brasileira, Fernando Marques, e integrantes da área industrial da empresa serão realizados série de encontros com o Instituto Gamaleya para Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, que desenvolveu a vacina, e com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), que financia a produção da Sputnik V.

A farmacêutica espera começar a produção ainda neste mês, por intermédio dessa transferência de tecnologia, nas unidades em Brasília e em Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo a CNN Brasil. A ideia da União Química é que a produção da vacina aconteça paralelamente à realização da fase 3 de testes clínicos no Brasil.

Questionado pela reportagem do G1 e TV Globo sobre o processo de produção da Sputnik V no Brasil, o Ministério da Saúde informou que, atualmente, a pasta acompanha o estudo de 212 vacinas no mundo, sendo 48 em estudos clínicos e 164 em estudos pré-clínicos.

A Agência de Vigilância Sanitária respondeu que “até o momento, a União Química não enviou as informações para a Anvisa. O status atual do pedido é ‘aguardando o envio das informações solicitadas na exigência técnica’ “, diz trecho do comunicado.

A União Química no DF fabrica medicamentos humanos não estéreis, com destaque para os seguintes produtos/formas farmacêuticas: Semissólidos: cremes, pomadas, géis; Líquidos: soluções orais, suspensões orais, gotas orais, líquidos inalatórios e soluções de uso tópico; Sólidos orais: comprimidos, comprimidos revestidos, drágeas, cápsulas e pós; Cápsula mole; Efervescentes: comprimidos efervescentes e grânulos efervescentes; Probióticos: pós, comprimidos e cápsulas.

São produzidos 8 milhões de doses por mês neste primeiro trimestre de 2021. Atualmente, cada dose da Sputnik V custa US$ 10 dólares (cerca de R$ 60), mas a União Química acredita ter capacidade para chegar a US$ 5 por dose. A imunização com a vacina russa também tem que ser feita em duas doses, com um intervalo de 21 dias.

Fonte: Tudo OK Notícias

Por redução de custos e mapeamento da distribuição, empresas digitalizam operações logísticas

Muito além da malha viária brasileira, o que não faltam são desafios para as empresas brasileiras garantirem eficiência no processo de distribuição. Um estudo recente da Fundação Dom Cabral mostra que os custos do setor podem representar 12,37% do faturamento bruto nos negócios. Para driblar o cenário, cada vez mais empresas apostam em inovação e tecnologia. Em muitas delas, a bola da vez é a implantação de sistemas de gestão que permitam unificação e controle de ponta a ponta – da cotação e auditoria do frete até o monitoramento da frota.

Veja também: Veja como será a logística para vacinação contra a Covid no estado de SP

Um exemplo é a indústria farmacêutica Kley Hertz. A companhia contratou a solução de negociação, auditoria, controle e central de fretes da Lincros, uma das empresas brasileiras que é referência em tecnologia para o segmento. E os ganhos já são consideráveis: entre março e agosto deste ano, houve uma redução de R$ 35 mil em cobranças de frete, graças à identificação de pagamentos indevidos ou duplicados através do software. “A distribuição das mais de 13 mil entregas em todo o país é 100% terceirizada e havia muito retrabalho. Antes levávamos de oito a nove horas para auditar uma fatura de frete e hoje este é um trabalho de, no máximo meia hora”, avalia a analista de Transportes Sênior da Kley Hertz, Tais Weber.

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No Grupo Level, maior importadora de pneus do país, o índice de eficiência logística, que leva em consideração fatores como entregas no prazo e pagamentos otimizados, chegou a 95% com o apoio tecnológico. “Desde os primeiros meses de uso da ferramenta da Lincros, em 2016, registramos uma média mensal de 4% na redução da conta frete. O próprio processo de envio das faturas se tornou mais consistente, e hoje já atingimos 80% de redução nas inconsistências identificadas nas faturas.”, avalia Ramon Otto Schoeffel, head de logística do grupo

Já na Hope, marca de moda íntima, a digitalização da logística iniciou em 2015 e os resultados seguem aparecendo. “Atualmente temos uma economia mensal de 1,82% na conta frete por conta do processo de auditoria. Antes do sistema era impossível verificar os CTEs, que são os documentos relacionados ao transporte, um a um, pois o volume é muito grande – mais de 5000 por quinzena. Então antes esse controle ocorria por amostragem, o que levava cerca de dez dias. Hoje o processo é assertivo e totalmente automatizado. Em poucos minutos temos identificadas eventuais inconsistências”, comenta a gerente de logística, Luciane Silva.

Para Gilson Chequeto, CEO da Lincros, a necessidade de otimização da estrutura é uma das questões que contribui para a busca por soluções digitais. “A logística é um setor fundamental para o andamento das empresas. Garantir compliance é muito desafiador quando os dados não são concentrados em um sistema e ainda mais complexo quando não há automação”, reflete.

Demanda extra na pandemia

Outro cliente da Lincros é a Oxford, uma das marcas mais tradicionais no segmento brasileiro de produtos para a casa. Mensalmente, mais de 7 mil clientes varejistas de todo o país recebem peças do portfólio da companhia. “Com as pessoas mais tempo em casa, as vendas online também cresceram. Passamos de uma média de 200 pedidos por mês em 2019 para 200 pedidos ao dia nos últimos meses. Neste cenário também já temos entregas que passam pelo sistema de gestão logística, o que nos permite ter mais controle sobre o status do pedido”, diz Marcelo Correa, gerente de logística da Oxford.

Ganhos no agronegócio

Na SSA Alimentos, agroindústria que gere as marcas Super Frango e Boua, mais de 90 mil entregas mensais são geridas pelo software da Lincros. A frota da companhia de agronegócio é terceirizada e, segundo Ricardo Natal Rodrigues Cardoso, um dos grandes desafios é garantir uma roteirização eficiente, trazendo melhor custo-benefício para a rotina de entregas. “Temos aproximadamente 250 veículos rodando diariamente. Com a tecnologia, esse trabalho de gestão da frota foi 100% automatizado e hoje as rotas são desenvolvidas com base nas informações do sistema, levando em consideração diversos indicadores para melhor aproveitamento de recursos e tempo”, revela.

Para todas as empresas, no entanto, um fator é comum: manter a operação rodando com qualidade e custos controlados só é possível quando a tecnologia é protagonista na rotina de trabalho.

Sobre a Lincros

Especialista em soluções para gestão logística de transportes, a Lincros é uma das principais empresas de tecnologia do país voltada ao segmento. Com o portfólio de softwares para logística mais completo do Brasil, a empresa promove o monitoramento de mais de 20 mil veículos que circulam pelo país, e mais de R$ 1,7 bi em conta frete passam por soluções da empresa.

Sistema da Lincros auxilia grandes empresas no controle da rotina logística Por redução de custos e mapeamento da distribuição, empresas digitalizam operações logísticas

Fonte: SEGS

Rappi lança banco digital no Brasil

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O Rappi lançou hoje, 11, no país o RappiBank. Trata-se de um banco digital criado para oferecer serviços financeiros a seus usuários e parceiros. O primeiro produto disponível da nova vertical é uma linha de crédito de capital de giro voltada aos comerciantes que usam o app.

O empréstimo, chamado de RappiCapital, tem valor de R$ 10 mil a R$ 500 mil e taxa de juros a partir de 1,7% ao mês, com prazo de até 24 meses. O programa é dirigido a todos os tipos de estabelecimentos participantes do ecossistema do Rappi, incluindo restaurantes, farmácias, lojas e supermercados.

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“Queremos ser parte essencial da vida dos nossos parceiros e, nesse sentido, serviços financeiros são fundamentais para alcançarmos esse objetivo”, Sérgio Saraiva, presidente do Rappi no Brasil.

Próximos lançamentos

O processo de solicitação do empréstimo é realizado de maneira 100% digital e sem a necessidade de garantias. Após a análise e aprovação do crédito, o valor é depositado na conta dos estabelecimentos em até 24 horas.

Segundo o presidente do RappiBank no Brasil, João Paulo Félix, esse modelo de crédito permite que os aliados tenham acesso ao capital necessário de maneira simples e rápida para continuar crescendo seus negócios dentro e fora do ecossistema do Rappi – algo essencial para o momento de pandemia que estamos vivendo. “Esse é o primeiro produto financeiro de uma série que estamos preparando para nossos usuários e parceiros”, adianta.

O RappiBank tem mais dois lançamentos programados para este primeiro trimestre de 2021: a chegada do cartão de crédito, que já tem uma lista de espera disponível aos interessados em adquiri-lo, além de uma solução de antecipação de recebíveis direcionada para pessoas jurídicas. (Com assessoria de imprensa)

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Fonte: TeleSíntese

Healthtech curitibana Hilab terá laboratório portátil de exames

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Apontada como uma das startups brasileiras mais atraentes de 2020, graças a seu laboratório de exames portátil conectado à internet, a healthtech curitibana Hilab vai lançar este ano um novo dispositivo portátil ainda mais revolucionário. O Hilab Molecular vai ampliar a capacidade de realização de novos exames usando metodologia de biologia molecular de segunda geração. Os novos exames serão feitos em uma hora com métodos menos invasivos, como amostra de saliva e de swab nasal (cotonete longo e estéril). O atual Hilab usa amostra de sangue.

A Hilab nasceu em 2010 e vem crescendo ano a ano com seu dispositivo portátil de diagnóstico de doenças, considerado o menor laboratório do mundo. A tecnologia usa a inteligência artificial para realizar 20 exames como HIV, dengue, zika e hepatite, a partir de qualquer local. Em 2020, a startup curtibana lançou um teste rápido com o dispositivo para o novo coronavírus e a expectativa da empresa é ampliar número de testes disponíveis para cerca de 100 exames.

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A necessidade de isolamento social durante a pandemia da Covid-19, inclusive, garantiu um grande crescimento no ano passado. Em 2020, a healthtech faturou R$ 200 milhões e teve um crescimento superior a 50 vezes no número de pacientes atendidos em relação ao ano anterior. “Antes da pandemia, nós estávamos em cerca de 250 cidades do país. Agora estamos em mais de 1 mil municípios”, lembra Marcus Figueiredo, fundador e CEO da Hilab.

Logo no início da pandemia, a Hilab se mobilizou para apoiar empresas e organizações, como Loft, Clube Athlético Paranaense, Sesi, além de estabelecimentos de saúde (farmácias Pague Menos e Vale Verde), clínicas (Davita), planos (Unimed e Porto Seguro), bem como órgãos públicos e comunidades em vulnerabilidade social por meio de projetos e ações (Favela Sem Corona e Bora Testar Rocinha). O laboratório portátil curitibano realizou mais de 2 milhões de exames apenas ao longo de 2020 e já estava disponível em grandes redes de farmácias (Pague Menos, Panvel, Nissei, Drogaria Araújo e Promofarma), mesmo antes da pandemia.

Para a Hilab, 2020 ainda marcou a entrada de dois novos fundos de investimento, em uma rodada de US$ 10 milhões para compor o grupo de sócios atuais ao lado da Positivo Tecnologia, Monashees e Qualcomm Ventures. Os novos sócios são a Península Participações e a Endeavor Catalyst. “Houve a fase das fintechs, a fase das startups de transporte, e agora é o momento das healthtechs”, comemora Figueiredo.

Desde 2018, a startup curitibana integra o Tecnoparque, programa municipal que oferece redução de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS) a empresas que investem em tecnologia e inovação. A Hilab tem atualmente 219 funcionários, com 90% atuando na sede em Curitiba.

Fonte: Revista Amanhã