Movimento BBeauty ganha força no Brasil e projeção no mercado internacional

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Marcas nacionais de skincare, com forte apelo sustentável e cultura digital, propagam cuidados específicos para o tipo de pele e a rotina da mulher brasileira.

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A pele da brasileira não é igual à pele da mulher europeia, muito menos da asiática. Fatores como a exposição excessiva ao sol, diferentes tipos de clima no país e a miscigenação da população no Brasil fazem com que o ritual de skincare que funciona em outros lugares do mundo, não funcione por aqui.

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‘Passamos anos e anos recebendo o que vinha de fora e colocando em uso, muitas vezes sem levar em consideração a peculiaridade da pele, da cultura e da rotina da brasileira’, diz Patrícia Lima, CEO e fundadora da Simple Organic. ‘A rotina coreana, por exemplo, chegou com tantos passos, que não se encaixa no dia a dia corrido. Os produtos pesados, que têm um longo tempo de absorção, também não foram pensados para nossas peles mistas e oleosas e os dias de muito calor’, acrescenta. Sua marca é uma das pioneiras do movimento BBeauty (de Beleza Brasileira, em inglês), que surgiu como uma resposta a essa universalização dos produtos de skincare.

‘O BBeauty apoia uma rotina minimalista e eficaz com produtos voltados às características das peles brasileiras’, explica o dermatologista Luiz Romancini, fundador da Creamy. ‘O movimento está se destacando por valorizar a diversidade e representatividade da pele brasileira. Essa identificação cultural nos rituais de beleza e autocuidado é importante para encontrar fórmulas e tratamentos mais assertivos’.

O movimento foi impulsionado com a chegada da Covid-19. ‘O skincare, como ferramenta de autocuidado, ganhou protagonismo na pandemia e marcas brasileiras focadas em levar o melhor do Brasil e de suas matérias-primas – tão eficientes quanto ativos importados – se fortaleceram no mercado interno e passaram a ser destaque no mercado internacional’, afirma Lima.

A Simple Organic foi uma das empresas citadas em uma extensa publicação sobre BBeauty no Business of Fashion (BOF), uma das principais plataformas globais de moda e beleza. ‘Nosso destaque na capa do BOF só reforça que estamos no caminho certo e a internacionalização da marca é um caminho natural’, revela a CEO.

CARE Natural Beauty é uma das marcas que lideram o movimento

Patrícia Camargo, co-fundadora da CARE Natural Beauty, aponta outro fator para a popularização do movimento fora do Brasil. ‘Há cinco anos, não tínhamos tanta tecnologia disponível para o desenvolvimento de produtos de altíssima performance, como temos agora. Acreditamos que seja uma grande surpresa para o mercado internacional tantos produtos de qualidade, que privilegiam ativos nacionais e desenvolvidos especialmente para pele da brasileira’, diz.

Ela lembra que marcas de BBeauty também têm um forte apelo sustentável. ‘As pessoas estão mais preocupadas com o que descartam no meio ambiente e como esse consumo desenfreado impacta no planeta e na saúde das pessoas. O comportamento de compra está mudando e o olhar do consumidor está atento às embalagens, logística reversa, substâncias nocivas à saúde’, afirma Camargo.

Outra característica das empresas que encabeçam esse movimento é a cultura digital, com vendas online, relação próxima com os clientes e parcerias com influenciadores ‘reais’, que transmitem veracidade e respeitam a diversidade dos seus públicos.

‘Assim como outras empresas de cosméticos, a Creamy é totalmente digital. Nascemos em meio à pandemia e isso não nos impediu de conquistar nosso público. Os influenciadores foram parte importante neste processo, não apenas para a comercialização dos produtos, mas também para disseminar informações úteis sobre skincare’, cita Romancini. Para ele, o BBeauty veio para ficar. ‘As pessoas buscam otimizar tempo, por isso uma proposta de cuidados mais simples e certeira é a melhor opção’.

A fundadora da Simple Organic também acredita no futuro do movimento. ‘O que está acontecendo lá fora vai continuar fazendo parte das rotinas brasileiras, mas o BBeauty vem para completar esse processo e não deve ir embora. Afinal, faz muito mais sentido abraçar o que foi pensado para mim’, finaliza Lima.

Fonte: Brazil Beautynews

Vacinação infantil ‘não é requisito’ para o Auxílio Brasil, diz governo

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Nem a vacinação infantil nem a frequência escolar serão critérios para barrar o pagamento no Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família. O benefício começa a ser pago a 14,6 milhões de pessoas a partir de quarta-feira (17).

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Hoje, a concessão do Bolsa Família depende de exames pré-natal, acompanhamento nutricional e de saúde e frequência escolar mínima de 85%. Outra condição para concessão do Bolsa Família é a vacinação de crianças de 0 a 6 anos.

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A informação foi dada pelo Ministério da Cidadania em comunicado. De acordo com a pasta, o acompanhamento da imunização e a frequência escolar de crianças foram mantidos no novo programa, mas o desrespeito a essas regras não impede que o dinheiro seja repassado às famílias em vulnerabilidade social.

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“A vacinação infantil é importante ferramenta para o desenvolvimento saudável das crianças e não é requisito para o pagamento do auxílio”, afirma o ministério. “Famílias que tiverem dificuldades para cumprir o calendário de vacinação terão apoio do poder público para regularizar a vacinação, mas continuarão a receber o benefício.”

Enquanto o Ministério da Saúde fiscaliza a vacinação infantil, nutrição das crianças e pré-natal de gestantes, o Ministério da Educação acompanha a frequência escolar dos estudantes.

Dentre as vacinas infantis estão a da caxumba, rubéola, sarampo, hepatites A e B, varicela, poliomielite, febre amarela, meningite e rotavírus. Se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também aprovar a aplicação da vacina contra Covid-19 a crianças de 5 a 11 anos, esse imunizante também pode entrar no calendário nacional infantil.

O ministério admite que o objetivo das condicionalidades “é estimular as famílias a exercerem o direito de acesso às políticas públicas de assistência social, educação e saúde” e que o acompanhamento por parte do governo permite identificar os problemas sociais “que afetem ou que impeçam o acesso das famílias aos serviços públicos”.

COMO SÉRA O AUXÍLIO BRASIL

Em novembro, o benefício sofrerá reajuste de 17,8%, aumentando o valor médio para R$ 217,18 mensais. No mês que vem, o valor das parcelas deverá ser acrescido de um benefício que vai durar até dezembro de 2022 e que garantirá um Auxílio Brasil de R$ 400 a 17 milhões de beneficiários

Os 14,6 milhões que hoje recebem o Bolsa Família não precisarão se recadastrar.

Têm direito ao benefício as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas na extrema pobreza. Quem está em situação de pobreza -renda per capita até R$ 200- terá direito ao benefício desde que entre seus integrantes haja alguma gestante ou morador com até 21 anos incompletos.

Fonte: Bocão News

Brasil recebe mais 1,5 milhão de doses de vacina da Pfizer

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Na madrugada de hoje (15), mais 1,5 milhão de doses da vacina contra covid-19 fabricadas pela Pfizer chegaram ao Brasil. O desembarque foi no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

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Esse é mais um carregamento que faz parte das 100 milhões de doses previstas para serem entregues até o final de 2021, como parte do segundo contrato assinado entre o governo e a Pfizer.

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A previsão do Ministério da Saúde é que 56,7 milhões de doses do imunizante da Pfizer cheguem em novembro, com antecipação de parte dos lotes.

De acordo com o painel informativo atualizado pela pasta, a vacina mais distribuída até o momento no Brasil foi a desenvolvida pelo consórcio de laboratórios internacionais Pfizer/BioNTech, com 132,8 milhões de doses. Em seguida vêm os imunizantes de Fiocruz/AstraZeneca (118,2 milhões), Butantan/Sinovac (100,9 milhões) e Janssen (4,8 milhões).

Das doses distribuídas, 294,2 milhões foram aplicadas, de acordo com os dados oficiais. Com isso, 156,7 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose de vacina, o equivalente a 70% da população, informou a Saúde. Dessas, 126,2 milhões completaram o esquema vacinal com duas doses ou dose única (Janssen).

Fonte:  

O novo velho continente e suas contradições: As vacinas e a indústria dos grandes lucros

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Em fevereiro passado, um ano após o início da pandemia, postei aqui um texto que se intitulava Porque o mundo deve quebrar a patente das vacinas. Falava da dificuldade dos países pobres em conseguir vacinas na quantidade necessária para imunizar o seu povo enquanto os ricos esbanjavam: já tinham feito compras em número suficiente para imunizar três vezes a sua população. Apenas o Canadá já garantira doses suficientes para vacinar cinco vezes cada cidadão. Os países pobres só seriam capazes de vacinar uma em cada dez pessoas.

O enriquecimento obsceno dos laboratórios pertencentes ao grande capital havia trazido à luz uma verdade inconveniente: a vacina e as terapias precisavam ter suas patentes quebradas em benefício de todas as populações do mundo. A União Europeia, em obediência a seus dogmas neoliberais, se recusava, no entanto, a sequer debater o assunto.

Richard Bergström

O tema volta a ser abordado diante da notícia de que a Comissão Europeia nomeou um grupo de sete pessoas para negociar com os laboratórios os novos preços das doses da vacina. Mas, curiosamente, mantem em sigilo o nome dos negociadores. Investigate Europe (www.investigate-europe.eu/en/), um consórcio de jornalistas investigativos de onze diferentes países europeus, identificou alguns deles, inclusive o sueco Richard Bergström, que vem a ser o diretor geral da Federação das Associações da Indústria Farmacêutica.

A raposa a tomar conta do galinheiro.

Um lobista

O próprio Bergström não tem a preocupação de se esconder. Ele hoje trabalha para o governo sueco, mas antes foi responsável pelo lobby europeu da indústria farmacêutica. Olivier Hoedeman, do Corporate Europe Observatory, diz que a Comissão Europeia não considerou as ligações privadas dos negociadores que nomeou e afirma que Richard Bergström tem conflitos de interesse e nunca deveria ter sido nomeado como negociador.

Os sete membros do grupo foram indicados pelos governos da França, Suécia, Espanha, Alemanha, Holanda, Itália e Polônia. Dos preços já negociados, a Pfizer vai cobrar 19,50 euros pela dose da sua vacina e a Moderna 25,50 euros. As vacinas do tipo RNA são produzidas por 1,18 dólares, segundo um estudo realizado pelo Imperial College London. A indústria nunca ganhou tanto dinheiro e seus altos executivos nunca receberam tão altos bônus e dividendos. Nos escritórios das empresas, ouvem-se nos fins de tarde o estourar de rolhas de garrafas de champagne comemorativo.

(reuters)

O Parlamento Europeu discorda da Comissão Europeia e pede maior transparência. Mas a Comissão informou à Investigate Europe que não há qualquer intenção de informar o nome dos membros do grupo porque isso poderia prejudicar as negociações.

Os jornalistas de Investigate Europe descobriram alguns. São eles Roland Driece, funcionário público, pela Holanda; César Hernandez, profissional de saúde, pela Espanha; Giovanni Rezza, do Ministério da Saúde italiano; o representante da Polônia não foi identificado e, pela Alemanha, aparentemente é o funcionário do Ministério da Saúde Thomas Müller, diretor geral de medicamentos. A França nomeou Pierre Cunéo, um executivo de carreira, como seu representante no grupo de negociadores.

O Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia entrou com um processo no Tribunal de Justiça Europeu pedindo acesso transparente aos contratos até agora negociados com a indústria farmacêutica. Afirma que os cidadãos da Europa têm o direito de saber quem está negociando em seu nome.

(UNSPLASH)

A Organização Mundial da Saúde já fez um apelo, depois esquecido, para que as patentes das vacinas se tornassem públicas. Isto permitiria que a produção se organizasse de acordo com a capacidade instalada dos laboratórios em todo o mundo segundo as necessidades de cada país sem foco predominante no lucro, como está sendo feito.

Aos que defendem o direito de a indústria se remunerar do investimento que fez para chegar às vacinas, a resposta é que este investimento foi subsidiado pelos governos, pelo povo de cada país, portanto. A Astra Zenica e a Pfizer receberam juntas cinco bilhões de euros em financiamento público. Sua tecnologia é mantida em segredo para, praticando preços exorbitantes, assegurarem maiores lucros à custa de vidas humanas.

Fonte: Agência Carta Maior

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Com produção nacional, Blau Farmacêutica obtém registro do primeiro genérico da molécula Sugamadex no Brasil

Sugamadex – A Blau Farmacêutica (B3: BLAU3), uma das principais indústrias farmacêuticas da América Latina focada na produção de medicamentos de alta complexidade para o segmento institucional, obteve o registro junto a Anvisa do primeiro genérico do medicamento Bridion (Sugamadex), indicado para acelerar a recuperação dos músculos dos efeitos dos relaxantes musculares após uma cirurgia.

O genérico da molécula Sugamadex foi desenvolvido pela equipe técnica da área de PD&I da Blau – Blau Inventta – e terá produção em território brasileiro, na planta localizada em Cotia (SP).

‘Temos investido cada vez mais em novas tecnologias, seguindo com a nossa missão de ampliar o acesso a medicamentos e desenvolver produtos para necessidades médicas pouco atendidas. Além de tudo, é um orgulho poder desenvolver e fabricar no Brasil, com os mais altos padrões de qualidade. ‘, afirma Marcelo Hahn, CEO da Blau Farmacêutica.

O medicamento genérico da molécula Sugamadex, desenvolvido pela Blau, é indicado para acelerar a recuperação dos músculos dos efeitos dos relaxantes musculares após uma cirurgia, quando o relaxante muscular utilizado for o brometo de rocurônio ou o brometo de vecurônio. Sua apresentação será 100mg/mL Solução Injetável C/2mL em caixa com 10 frascos.

De acordo com os dados da IQVA (MAT 09/21), este medicamento possui um mercado endereçável no Brasil de aproximadamente R? 200 milhões.

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Fonte: 2A+ Farma

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Skala Cosméticos apresenta a linha Skala Genetiqs

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Skala Genetiqs – Seja ele liso, ondulado, cacheado ou crespo, é fato que cada fio de cabelo é único. Pensando em restaurar e valorizar as características genéticas de cada tipo de cabelo, Skala Cosméticos, marca brasileira vegana e com preços acessíveis, enriquece seu portfólio com a nova linha de produtos Skala Genetiqs.

Composta por Shampoo, Condicionador, Creme de Tratamento e Creme para Pentear 3 e, 1 com proteção térmica, a novidade é ideal para todos os tipos de cabelos e promete enriquecer ainda mais a sua rotina de cuidados com a G-FORCE. Uma molécula inteligente, de origem botânica, que promove força, brilho e hidratação para cabelos que sofrem com agressões externas diariamente.

A proposta da linha é restaurar a fibra capilar e estimular o crescimento saudável dos fios, com o objetivo de combater o enfraquecimento, ressecamento e opacidade. A Skala entende que diferentes fios de cabelo possuem diferentes necessidades. Pensando nisso, este lançamento possui o intuito de atender diferentes curvaturas, tonalidades e couros cabeludos, se alinhando ao propósito da marca, que é levar beleza para todos.

‘Unimos a expertise da marca com a força e a ciência das plantas, em uma linha completa, cheia de tecnologia e inovação que atendem todos os tipos de cabelos sem comprometer a individualidade de cada um. A linha Genetiqs é o lançamento mais tecnológico de todos os tempos, vamos fazer história’, revela Bruna Veneziano, gerente de marketing da marca.

Os produtos já estão à venda no e-commerce de Skala e nas lojas autorizadas.

Por dentro da linha Skala Genetiqs | Shampoo, Condicionador e 1000G

Todos os dias somos expostos a diferentes agentes que podem fragilizar a saúde de nossos fios. Além do estresse, lidamos com os danos acumulados com o tempo e fatores externos, sejam eles químicos, ambientais, mecânicos e físicos. Tudo isso pode contribuir para que os fios fiquem enfraquecidos, secos e opacos. A linha Skala Genetiqs Força, Brilho e Hidratação cria um filme de proteção contra essas agressões externas, restaurando a resistência capilar e valorizando a genética dos seus cabelos. A solução perfeita para a revitalização da raiz às pontas.

Força Botânica: Aliamos nossa expertise técnica a ciência das plantas. A tecnologia

G-Force restaura e valoriza as características genéticas de cada tipo de cabelo, uma dose diária de benefícios que promove um tratamento completo para os cabelos e couro cabeludo. Repara a fibra capilar e estimula o crescimento saudável dos fios, dando força, brilho e hidratação.

Condicionador, Creme de Tratamento e Creme para Pentear contam com fórmula 100% liberada, ou seja, não possuem parabenos, petrolato, silicones e óleo mineral na composição. Ideais para as técnicas de co-wash e pré shampoo. Além de finalizador, o Creme para Pentear protege do calor de fontes térmicas como secador, difusor e chapinha, formando uma película ao redor da fibra capilar, que a protege de temperaturas de até 230 graus.

Fonte: 2A+ Cosmética

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‘Excluir a Coronavac é mais um erro do Ministério da Saúde’, diz o presidente do Butantan

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Coronavac – Presidente do Instituto Butantan, um dos maiores produtores de vacina contra covid-19 no Brasil, Dimas Covas afirma que, diferentemente do que tem sido especulado, o órgão não vai deixar de lado a produção da Coronavac.

A expectativa é que com a chegada dos dados coletados após a vacinação até meados de novembro, o Butantan solicite o registro definitivo da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A falta de registro definitivo na Anvisa é um dos argumentos do Ministério da Saúde para não contratar mais doses da Coronavac.

O secretário Executivo da pasta, Rodrigo Cruz, e a secretária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, se reuniram com Covas para falar sobre o tema. Na conversa, foi atualizado o status da produção de dados para subsidiar o pedido relativo à Coronavac e também fornecidas informações sobre o desenvolvimento da ButanVac, mas sem avanços quanto a novas contratações. No caso da ButanVac, a expectativa é que o imunizante chegue ao braço dos brasileiros somente no ano que vem.

Em entrevista ao jornal O Globo, Covas afirma que além dos dois imunizantes já conhecidos, o instituto atua no desenvolvimento de uma terceira vacina que pretende imunizar ao mesmo tempo contra covid-19 e contra gripe. O pesquisador criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à vacinação e disse que o Ministério da Saúde erra ao preterir a CoronaVac em sua estratégia de imunização.

Covas critica ainda a discussão sobre fim da obrigatoriedade do uso de máscaras e fala sobre a necessidade de manter medidas de contenção da disseminação do coronavírus.

1) Qual vai ser o lugar da Coronavac nos planos do Butantan daqui pra frente? A vacina vai continuar sendo carro-chefe do instituto?

Nós temos duas vacinas, uma em uso, que é a Coronavac, e uma em desenvolvimento adiantado que é a ButanVac. São vacinas que têm princípios diferentes, que têm imunogenicidades diferentes. E uma pode completar a ação da outra. Então, nesse momento o nosso planejamento é manter a Coronavac como o carro-chefe, mas futuramente incorporar a ButanVac não só como vacina única, mas também como uma vacina combinada. Nós estamos desenvolvendo um imunizante que combina a vacina da gripe com a da covid-19 no sentido de disponibilizar uma única vacina que sirva tanto para uma quanto para outra. São planos de médio prazo.

2) O senhor mencionou o desenvolvimento de vacina única para gripe e covid-19. Como funcionaria isso?

Prevendo que o coronavírus se tornará possivelmente endêmico, ele não vai desaparecer, decorre dessa suposição a necessidade de uma vacinação anual. E uma vacinação anual que é exatamente a mesma população que recebe a vacina da gripe. Aplicar uma vacina única para covid-19 e gripe faz todo o sentido. Estamos trabalhando nesse desenvolvimento. É uma vacina diferente e que é possível, porque a tecnologia que produz a vacina da gripe é a mesma tecnologia que produz a ButanVac. Já estamos fazendo testes em animais e trabalhando intensamente nesse desenvolvimento. Primeiro precisamos terminar a ButanVac para na sequência fazer estudos com essa combinação. Em princípio a vacina seria para todas as populações que são elegíveis para a gripe, que é aplicada a partir dos três anos de idade.

3) Quando a ButanVac estiver pronta para uso vocês pretendem descontinuar a Coronavac?

O mundo nesse momento precisa de vacinas. Pouco mais de três por cento das populações dos países pobres foi vacinada até momento. Existe ainda uma incerteza sobre como o coronavírus vai se comportar nos meses seguintes, no próximo ano. Então nós temos que ter à mão todas as vacinas disponíveis.

O Butantan manterá a Coronavac. Estamos nesse momento num processo de planejamento para o fornecimento da Coronavac para outros países. Estamos aguardando um posicionamento da Organização Pan-Americana de Saúde.

4) O governo brasileiro disse que não tem planos por enquanto de adquirir mais doses da Coronavac, e usa como argumento a falta de registro definitivo na Anvisa. Por que o Butantan ainda não solicitou registro definitivo?

O Ministério da Saúde erra ao descartar uma vacina. Como eu mencionei, nós não sabemos ainda o que vai acontecer com essa pandemia. A necessidade de revacinação já é hoje quase certa. Na minha opinião isso vai se estender à toda população. Temos ainda a questão de uso pediátrico. A CoronaVac é a vacina mais segura entre todas que estão sendo utilizadas para todas as populações, mas especialmente para a população de 3 a 17 anos. Então estamos também aguardando o pronunciamento da Anvisa no sentido de que autorize o uso dessa vacina nessa população.

No caso do registro definitivo existe ainda uma pendência em relação a dados posteriores à vacinação, os dados de imunogenicidade. Estamos providenciando e tão logo estejam disponíveis vamos formalizar o pedido de registro definitivo. Esses dados estão na iminência de chegar, são exames que estão sendo feitos na China e estamos aguardando para meados desse mês.

Fonte: O Sul

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Melatonina: entenda as orientações médicas para uso do hormônio do sono

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A melatonina é um hormônio indicado para tratar distúrbios do sono, agora liberada para venda como suplemento alimentar – sem prescrição médica. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro, mas a expectativa do setor é de que a venda do produto como suplemento em farmácias comece em dezembro. Especialistas, porém, recomendam sempre buscar orientação profissional e veem riscos se houver consumo excessivo.

O uso terapêutico do chamado ‘hormônio do sono’ já existia no Brasil mediante receita médica, com venda restrita a farmácias de manipulação. Agora liberada como suplemento e sem receita, a dosagem recomendada é de de 0,21 mg por dia e para pessoas com 19 anos ou mais, exceto nos casos contraindicados (gestantes, lactantes e crianças). Segundo a Anvisa, a dosagem é considerada segura por ser próxima à quantidade encontrada em alimentos.

Em países como os Estados Unidos e Alemanha, a melatonina é vendida como suplemento alimentar em doses maiores, que variam de 0,3 mg a 5 mg. No Brasil, a aprovação das dosagens mais altas não aconteceu porque a Anvisa considerou que foram apresentados poucos estudos que explorassem o uso mais prolongado da substância como suplemento alimentar em níveis maiores de concentração.

Mas pesquisadores alertam que mesmo uma dosagem considerada baixa pode causar consequências e defendem a busca pela prescrição. ‘A melatonina é um hormônio, não suplemento alimentar. Por isso deve ser vista com cuidado para não causar alterações metabólicas’, diz Bruno Halpern, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Conselho Federal de Farmácia considerou a dosagem aprovada pela Anvisa como segura, mas também defende ajuda especializada. ‘A orientação é que seja feita por indicação de profissional habilitado: médico, farmacêutico e nutricionista’, diz Priscila Dejuste, representante da entidade e farmacêutica especializada na área de suplementos alimentares.

As consequências do uso indevido podem variar desde fadiga e sono durante o dia até alterações nas funções hepáticas e nos níveis de glicose e insulina. Da mesma forma, segundo o CFF, o déficit da substância também pode causar alterações que levam a diabetes, hipertensão e obesidade. O ideal é que os níveis de melatonina estejam equilibrados.

Uso pela manhã não é recomendado

A empresária Ana Paula Montanha, de 47 anos, mora nos Estados Unidos. Vice-presidente de uma multinacional, ela toma melatonina diariamente antes de dormir. ‘Por trabalhar em uma multinacional, lido com fusos diferentes durante reuniões e tinha muita dificuldade para dormir por conta disso’, conta ela, que comprou o produto como suplemento alimentar.

Professor de Fisiologia e Biofísica da USP, José Cipolla, também alerta que um dos usos indevidos comuns da substância é ela ser usada pela manhã, horário em que o hormônio não é naturalmente produzido pelo corpo. Isso pode levar a uma ‘confusão’ interna. ‘A melatonina é produzida quando estamos em ambientes noturnos, sem luz, e por isso deve ser utilizada sempre à noite’, afirma.

Nos suplementos vendidos nos Estados Unidos, por exemplo, as recomendações de uso noturno da melatonina são colocadas na embalagem. Segundo Cipolla, essas recomendações também precisam estar presentes nos produtos brasileiros. Ele teme que, com o uso irrestrito, haja desinformação. Na internet, por exemplo, há quem recomende melatonina para o emagrecimento, mas não existe nenhuma evidência científica desse efeito.

Em nota, o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas afirma que ainda não é possível medir o impacto na indústria farmacêutica. ‘Poucas indústrias estão atuando no mercado com esse produto’, afirma.

Apesar do interesse e do início da produção do suplemento por parte de algumas empresas, a substância ainda não começou a ser comercializada. A perspectiva da indústria é que os primeiros produtos cheguem às farmácias no mês que vem.

Fonte: O Sul

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Vacina ‘anticocaína’ desenvolvida na UFMG pode proteger grávidas e bebês dos efeitos do vício

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Uma vacina desenvolvida por pesquisadores da UFMG apresenta potencial para proteger grávidas dependentes de cocaína, bem como seus bebês, dos efeitos negativos dessa droga.

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Os primeiros experimentos do imunizante, que está em desenvolvimento na instituição desde 2018, mostraram que a proteção foi eficaz no cérebro de camundongos fêmeas durante a gestação e a amamentação.

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A vacina também foi capaz de estimular a produção de anticorpos do tipo igG, que impedem a passagem da cocaína para o sistema nervoso central. O imunizante é composto da proteína GNE-KLH, criada a partir da modificação da própria droga, e que é capaz de induzir o organismo a produzir células de defesa.

Durante os testes em laboratório, a vacina foi aplicada em 26 cobaias grávidas. Metade foi vacinada e o restante recebeu apenas placebo. Ao analisar os resultados, os pesquisadores observaram que o imunizante estimulou a produção de anticorpos de quatro a seis vezes mais do que o uso da droga.

Comparadas às fêmeas tratadas com placebo, os roedores imunizados durante a gestação também apresentaram maior ganho de peso gestacional e tiveram mais filhotes. Além disso, o IgG passou pelo leite materno, protegendo também os roedores recém-nascidos. Os filhotes também sofreram menos problemas de locomoção e de desinibição causados pela droga.

Para o coordenador do estudo e professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG, Frederico Garcia, o uso de crack e cocaína na gravidez é um problema de saúde pública. ‘A droga não só afeta diretamente o feto, mas também a mãe e a criança em médio e longo prazos. Dessa forma, a vacina pode beneficiar as novas gerações e oferecer prevenção primária na área de saúde mental’.

Ao analisar os resultados, os pesquisadores observaram que o imunizante estimulou a produção de anticorpos de quatro a seis vezes mais do que o uso da droga

O pesquisador acredita que, em breve, o imunizante poderá ser disponibilizado tanto na rede pública de saúde, quanto privada. ‘Não existem soluções no mercado de medicamento ou outros tratamentos para a prevenção da exposição intrauterina à cocaína. Essa seria a primeira solução disponível para isso’, explica o cientista.

A vacina ainda pode evitar problemas gestacionais como pré-eclâmpsia grave, aborto espontâneo e parto prematuro com complicações, nas usuárias de cocaína.

Quanto aos bebês, o experimento aponta chances significativas de prevenção do baixo peso ao nascer, das malformações e da síndrome de abstinência, sintomas comuns observados em recém-nascidos de dependentes químicas.

A próxima etapa da pesquisa é o registro da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorização para a realização de testes clínicos em humanos.

Fonte: Hoje em Dia MG

Brasil passa EUA em porcentagem de população totalmente vacinada contra covid-19

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No final de semana, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no percentual da população totalmente vacinada – duas doses ou o imunizante de dose única – contra a covid-19. É o que apontam os dados coletados pela plataforma Our World in Data, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Vale lembrar que os norte-americanos começaram a campanha ainda em dezembro de 2019, quando nenhuma vacina estava disponível para os brasileiros.

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Nesta segunda-feira (15), o Brasil registra 59,75% da população com o esquema vacina completo, o que representa 127,85 milhões de brasileiros imunizados contra a covid-19. Além disso, 16,1% da população – cerca de 34,46 milhões de pessoas – já iniciou a vacinação e aguarda pela segunda dose.

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Nos EUA, a vacinação completa alcança 57,58% dos norte-americanos, ou seja, 193,65 milhões de pessoas. Além disso, 32,96 milhões de pessoas – cerca de 9,8% da população dos EUA – já iniciaram a vacinação, mas aguardam pela segunda dose. Dessa forma, o país ultrapassa o Brasil apenas em números absolutos.

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No mundo, 40,77% da população global está com o esquema vacinal completo, enquanto 11,34% aguardam pela segunda dose. No extremo oposto, apenas 4,5% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose de alguma vacina contra a covid-19 até agora.

Covid-19 no Brasil

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou oficialmente 21,9 milhões de casos da covid-19, sendo 4.129 novas infecções adicionadas nas últimas 24h. Além disso, 611.283 óbitos foram contabilizados, sendo 61 mortes acrescentadas no último período. O último relatório foi divulgado no domingo (14).

No entanto, tanto a média móvel de novos casos quanto a de óbitos estão em movimento de queda nas últimas semanas. Nos últimos 7 dias, a média móvel de novos casos é de 11.075, enquanto a de mortes está em 262.

Fonte: Canaltech