‘Não é hora de viajar para os países europeus’, afirma Gonzalo Vecina

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A recente reabertura das fronteiras dos principais destinos turísticos do mundo tem incentivado muitos brasileiros a sonhar novamente com viagens para o exterior. Mas, para o médico sanitarista Gonzalo Vecina, ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), este ainda não é o momento ideal para programar férias para a Europa.

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‘Para os países europeus, eu diria que não é hora de viajar. É perigoso porque a variante Delta está circulando de forma mais ativa’, explicou Vecina em entrevista ao Metrópoles. ‘Tem que tomar muito cuidado, usar máscara, manter o distanciamento social e ficar ainda mais atento em ambientes fechados’, alertou.

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Enquanto o Brasil observa a melhora dos indicadores da pandemia da Covid-19 – com mais de 67% da população com 12 anos ou mais totalmente imunizada e a redução dos registros de novos casos e mortes -, alguns países da Europa caminham na direção oposta, com as infecções diárias atingindo níveis recordes.

Na última semana, o continente registrou cerca de 2 milhões de novos casos e 27 mil mortes em razão da doença. A quantidade de óbitos representa mais da metade de todas os falecimentos que ocorreram no mundo no período, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Vacinação na Europa

A Europa vive dois cenários distintos quando o assunto é a imunização. A maior parte dos países do lado ocidental do continente conta com boas políticas públicas de incentivo à vacinação, com até 80% da população completamente imunizada. A parte Oriental – incluindo Rússia, Bulgária e Sérvia, por exemplo -, segue com baixa cobertura vacinal por diferentes motivos, como a falta de doses, recusa da população em se vacinar e/ou limitações nas políticas públicas.

Surgimento de novas variantes

As variantes dos vírus circulam de formas diferentes no mundo. Atualmente, a Delta, identificada pela primeira vez na Índia, é a de maior circulação na Europa.

‘A Delta está varrendo a Europa que, civilizadamente, conseguiu ter menos casos e tem uma cobertura vacinal interessante, mas não suficiente. E os países orientais não têm cobertura vacinal embora tenham tido algum sucesso em segurar a doença no primeiro momento’, analisa o ex-diretor da Anvisa.

Vecina explica que, com a evolução da doença em algumas partes do mundo, a chance de surgir uma nova variante é grande porque elas obedecem a eventos probabilísticos, isto é, quanto mais casos ocorrerem, maior é a probabilidade de ocorrer um erro, que provoque mutação na genética viral. ‘Pode surgir uma nova letra grega nessa história e começar tudo de novo, se ela for resistente à vacina’, acredita.

Inverno

Outro fator que influencia o aumento de casos é o inverno porque, durante o período, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados, aglomeradas. Mas Vecina não vê este componente como decisivo para afirmar que nas próximas estações a doença recuará novamente.

‘É um conjunto de elementos que está fazendo com que a Europa passe por esta dor de cabeça. A temperatura é um dos componentes, mas não é decisivo. O principal é a existência de pessoas suscetíveis’, pondera.

O médico sanitarista acredita que a melhor estratégia para conter novos surtos do vírus Sars-CoV-2 nesses países é adotar medidas mais rígidas agora, antes que a doença faça mais vítimas. Ele sugere a imposição de lockdown para diminuir a frequência com que as pessoas se expõem ao vírus, restabelecer o uso de máscaras e acelerar o ritmo de vacinação.

Fonte: Portal Metrópoles Online

E-commerce projeta alta em 2022

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Uma pesquisa recente aponta que o e-commerce, mesmo com o retorno das atividades comerciais nos espaços físicos, não sentirá tanto as perdas no próximo ano. Segundo o material divulgado no estudo Market Review: tendências do e-commerce para 2022, da Bornlogic e Opinion Box, cerca de 50% dos brasileiros vão seguir comprando por meio digital.

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A motivação tem algumas explicações: praticidade (63%), preços (61%), promoções que só encontram na internet (58%), facilidade na comparação de preços (44%), além das promoções sazonais e formas de pagamento (24%).

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Ainda no raio-X, os consumidores colocaram como intenção de compras os eletrônicos (59%), telefonia e celulares (57%), eletrodomésticos (56%), moda e acessórios (55%), cosméticos, higiene e beleza (51%), informática (44%), artigos de decoração e livros (38%).

Com a pandemia, o brasileiro se viu sem outra opção a não ser consumir usando as ferramentas digitais. Os que antes enfrentavam uma barreira por falta de hábito, desconfiança ou outro motivo, tiveram que superar os obstáculos. As empresas que enxergaram esse potencial se deram bem, prova disso é que as vendas online tiveram crescimento de 31% no primeiro semestre de 2021, atingindo R$53,4 bilhões, segundo estudo da Ebit /Nielsen, em parceria com o Bexs Banco.

É importante nesse momento, em que empresas já estão finalizando o planejamento para 2022, isso claro, considerando o melhor dos cenários, estejam atentas a esses dados. Temos uma mudança de comportamento do consumidor que é positiva para o e-commerce, mas também pontos de atenção, como atender bem o seu público.

Assim como a sua empresa está no digital, outras várias estão brigando pelo ‘lugar ao sol’. Quando caem as barreiras físicas, reduz-se o distanciamento e, consequentemente, amplia-se a concorrência. Nessas horas é preciso se destacar: estar presente digitalmente nos pontos de contato que são fundamentais para o seu cliente, facilitar o acesso seja por computador ou celular, primar pela experiência do usuário e pensar nas estratégias de posicionamento da sua marca. Porque no fim, não é só estar online: é ser acessível e estratégico para o cliente.

Fonte: Diário do Nordeste

Cientistas aproveitam o pequi como anti-inflamatório e protetor solar

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Pequi – Muitos cosméticos são produzidos a partir de matérias-primas naturais, que estão disponíveis a baixo custo e sem agredir o meio ambiente. E ainda ajudam a movimentar a economia e ajudar pequenos produtores.

É o caso do pequi, muito utilizado na culinária no cerrado brasileiro, principalmente pela população de Goiás. Além da alimentação, o óleo de pequi, extraído da polpa e da amêndoa do fruto, já é utilizado na indústria farmacêutica e de cosméticos. Mas, o que sobra do pequi após esse processo, equivalente a 90% do fruto, geralmente é descartado, gerando um desperdício de centenas de toneladas por ano.

Isso, no entanto, pode mudar. Pesquisadores da unidade de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp), encontraram uma forma criativa, sustentável e barata de aproveitar essa matéria-prima natural. Em estudos que começaram em 2016, os cientistas desenvolveram dois novos produtos a partir dos resíduos da fruta: um creme anti-inflamatório e um protetor solar com propriedades antioxidantes, capazes de retardar o envelhecimento da pele.

A professora da Unesp em Assis, Lucinéia dos Santos, cita as vantagens dessa descoberta e destaca benefícios que o aproveitamento das sobras do pequi vai proporcionar. Segundo ela, além dos benefícios no campo da cosmética, a economia social das famílias que dependem do fruto também pode melhorar com o aproveitamento desse material de forma sustentável.

Ainda segundo a pesquisadora, os produtos desenvolvidos com o resíduo do fruto apresentaram resultados promissores em testes farmacológicos.

+ Antonio Freixo, o administrador que montou a operação de offshore do Banco Garantia nas Bahamas

As novidades já foram patenteadas pela Agência Unesp de Inovação e aguardam aprovação da Anvisa para serem comercializadas.

FONTE: Isto é Dinheiro Online

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Câncer por HPV despenca com vacina: descubra sintomas e onde se imunizar

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Um estudo publicado na revista científica The Lancet, que apontou queda de quase 90% nos casos de câncer de colo de útero entre vacinadas contra HPV, gerou uma onda de otimismo e confiança na imunização.

Mas também despertou dúvidas sobre a vacina, a infecção sexualmente transmissível e a pesquisa em si, que consolidou resultados positivos que já vinham sendo percebidos por médicos e especialistas.

Afinal, o que é exatamente esse vírus, quais são os sintomas e como se proteger? Como é o tratamento? Homens também são afetados? Quem tem direito à vacina no Brasil?

Essas e outras perguntas serão respondidas abaixo pela reportagem. Mas, primeiro, vamos ao estudo.

Na pesquisa, feita na Inglaterra com dados de mulheres de 20 a 64 anos coletados entre 2006 e 2019, foram analisados os impactos do imunizante entre vacinadas e não vacinadas contra o HPV.

Isso foi feito a partir dos diagnósticos do câncer de colo de útero ou cervical entre as participantes ou detecções de alterações anormais de células do colo do útero que podem indicar uma espécie de fase pré-câncer, chamadas de neoplasia intraepitelial cervical (ou NIC3).

Ficou evidente para os pesquisadores a significativa redução dos dois indicadores após o início do programa de imunização contra o HPV, em 2008.

Um exemplo: as vacinadas entre 12 e 13 anos, hoje na casa dos 20 anos, apresentaram incidência de câncer cervical 87% menor em comparação às mulheres não vacinadas.

Os dados da pesquisa apontaram que essa faixa etária está ligada à maior eficácia da vacina porque as garotas nessa idade tiveram pouca ou nenhuma exposição prévia ao HPV, transmitido principalmente pela via sexual.

Mas qual é a relação entre HPV e câncer de colo de útero, quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil?

“Pode-se dizer que ele é 100% associado ao HPV”, resume Agnaldo Lopes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em entrevista à BBC News Brasil.

Por ano, mais de 16 mil brasileiras são diagnosticadas com essa doença no Brasil, e cerca de 7 mil acabam morrendo.

No mundo, são 342 mil mortes por ano, sendo 90% delas em países de renda baixa e média, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.

Vale lembrar que o HPV é comum, bastante prevalente na população em geral. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que pelo menos 80% das mulheres e dos homens sexualmente ativos serão infectados por um ou mais tipos desse vírus em algum momento da vida.

Em 2017, um estudo do Ministério da Saúde apontou que metade dos jovens brasileiros tinham HPV – que é considerado o segundo maior agente causador de câncer nos humanos, atrás apenas do tabaco.

Por isso, a vacina é fundamental para mulheres e homens por ajudar a evitar tanto a infecção e a transmissão do vírus quanto o surgimento das lesões que podem se tornar câncer.

Mas a baixa adesão à vacinação contra HPV no Brasil, recomendada principalmente para mulheres de 9 a 45 anos (exceto grávidas) e homens de 9 a 26 anos, indica que esse problema de saúde ainda está bem longe do fim.

Como se contrai o HPV e quais são os sintomas?

HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) é um conjunto de vírus que podem infectar a pele e a mucosa de algumas partes do corpo feminino e masculino, como vulva, vagina, colo do útero, pênis e região perianal.

Segundo a Febrasgo, há mais de 200 tipos de HPV, sendo que cerca de 40 são capazes de infectar o trato genital de homens e mulheres, e 13 são considerados oncogênicos – ou seja, com altas chances de desenvolver infecções constantes e capacidade de causar câncer.

Dois tipos de HPV, 16 e 18, são responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais e lesões cervicais pré-cancerosas.

Já os tipos 6 e 11, apesar de não oncogênicos, aparecem em 90% das lesões (como papilomas laríngeos e condilomas genitais).

Sexo eco-friendly? Como tornar sua vida sexual mais sustentável

Os tipos de HPV de alto risco de virar câncer podem levar ao aparecimento de lesões de alto grau, mas a doença pode ser prevenida em praticamente todos os casos se essas lesões forem identificadas e tratadas de forma precoce.

Tanto as lesões pré-cancerosas quanto o câncer em estágio inicial podem não apresentar sintomas, mas, com o avanço da doença, pode haver sangramento, corrimento e dor.

Essas infecções costumam ser transitórias, com regressão natural na maioria das vezes, especialmente entre mulheres com menos de 30 anos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções por HPV podem desaparecer graças ao próprio sistema imunológico, sem nenhuma intervenção externa alguns meses após contrair o vírus, sendo que quase 90% delas somem dentro de 2 anos.

Mas fatores como imunidade, genética e comportamento sexual podem ampliar os riscos de transmissão e persistência da infecção.

“O problema está nas infecções persistentes, que têm a ver com sistema imune. Toda imunossupressão, como por exemplo os pacientes portadores do HIV, transplantados renais, quem faz uso de corticoide ou mesmo cigarro, está associado a uma diminuição da imunidade, e aumentam as chances de problemas com o HPV. Eles podem e devem ser vacinados, porque o vírus é mais grave nesses pacientes”, afirma Lopes, da Febrasgo.

O sexo é considerado a principal via de infecção, mas isso pode ocorrer também pelo contato direto com a pele ou a mucosa infectada.

Geralmente, as regiões afetadas no corpo feminino são: vagina, vulva, colo do útero, região pubiana e perianal, boca e garganta. Nos homens, podem ser atingidos: pênis, bolsa escrotal (onde estão os testículos), região pubiana, perianal, boca e garganta.

Nem sempre o HPV causará verrugas e lesões. Por isso, sem sintomas, o vírus pode ser transmitido ao parceiro sexual sem que nenhum dos dois saiba previamente da infecção.

Mas, no caso da presença de lesões, estas identificadas de duas formas: clínica e subclínica.

A primeira trata-se das manifestações visíveis, como as verrugas conhecidas popularmente como “crista de galo” (condilomas acuminados), que podem ter diferentes tamanhos, extensões e localizações.

O diagnóstico é geralmente feito durante exame clínico em consulta com ginecologistas, urologistas e proctologistas.

A segunda categoria, subclínica, demanda exames laboratoriais como citopatológico, histopatológico e biologia molecular (que detecta a presença do DNA do vírus).

Outras possibilidades são as lentes de aumento que ajudam a visualizar melhor as partes afetadas ou a aplicação de reagentes químicos de contraste como peniscopia, colposcopia e anuscopia. Tudo sempre feito por profissionais especializados.

Das lesões ao câncer: como funciona a prevenção

Lopes afirma que, geralmente, leva cerca de dez anos para a lesão pré-cancerosa virar um câncer, e o aparecimento de sintomas costuma indicar uma fase avançada da doença. Mas como se dá esse caminho e como evitá-lo?

Tania Petraglia, pediatra e secretária do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica: “Primeiro você não visualiza nada. Há uma lesão começando no colo do útero, e a mulher não sente nada, não tem uma leucorreia (conhecida como corrimento). Mas a célula está lá sofrendo transformação. E por isso também é preciso fazer o exame preventivo periódico, para identificar células que estejam nessa transição para a malignidade. Ela não se torna maligna do dia para noite. É uma evolução de anos. E, ao longo do tempo ,é possível encontrar atipias celulares, que são alterações das características das células”.

Segundo Lopes, o HPV não se resume ao câncer de colo de útero. “Ele também está associado a outros tipos de cânceres como o câncer de vulva, vagina, pênis, cabeça, pescoço, ânus”.

Homens e mulheres podem se prevenir desta e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) usando preservativo durante o sexo, pois ele diminui a área de exposição. Mas a transmissão pode ocorrer mesmo sem penetração vaginal ou anal.

“Para a transmissão do HPV, você não precisa ter a consumação do ato sexual. O contato é pele a pele, e a transmissão é alta”, diz Petraglia, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Ou seja, a utilização do preservativo continua essencial, mas a camisinha masculina ou feminina são incapazes de cobrir todas as partes do corpo que podem ser infectadas.

Por isso a vacina contra o HPV se mostra tão importante, principalmente antes do início da vida sexual.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Febrasgo recomendam a vacinação de mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, e de 9 a 26 anos para pessoas com HIV e para pacientes oncológicos ou transplantados.

Outro pilar da prevenção é a realização dos chamados exames de rotina ou preventivos, como o papanicolau, que podem detectar infecções e lesões antes que elas se agravem.

No Brasil, é possível realizar gratuitamente exames preventivos de câncer do colo do útero nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo os postos de coleta de exames preventivos ginecológicos gratuitos presentes em todos os Estados brasileiros.

Segundo o Inca, não há tratamento para eliminação do vírus em si. Mas há formas de lidar com as lesões, por exemplo, como laser, eletrocauterização e remédios. Tudo a ser definido caso a caso por um profissional.

Quem deve se vacinar contra HPV e onde está disponível?

Há duas vacinas disponíveis contra o HPV no Brasil, ambas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A bivalente (os dois tipos de HPV de alto risco: 16 e 18) e a quadrivalente (para dois tipos de baixo risco e dois de alto risco: 6, 11, 16 e 18). A vacina é feita com o vírus inativado e, portanto, não tem como causar a doença.

Em 2014, o Ministério da Saúde brasileiro adicionou ao Calendário Nacional de Vacinação a vacina quadrivalente, que ajuda a prevenir quatro tipos de HPV e proteger o organismo de lesões pré-cancerosas no colo de útero, na vulva e na vagina e do câncer do colo do útero.

Esse imunizante é oferecido gratuitamente no SUS em duas doses (com intervalo de seis meses entre elas) para todas as garotas de 9 a 14 anos e todos os garotos de 11 a 14 anos.

O estudante que perdeu o tio para a aids e decidiu ajudar na busca por vacina contra o HIV

Há outros grupos da população que podem receber a vacina de graça no Brasil, em duas ou três doses, como mulheres imunossuprimidas de até 45 anos e jovens com HIV-Aids. Mais informações estão disponíveis no site do Ministério da Saúde.

Anvisa aprovou o uso da vacina quadrivalente para mulheres de 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos, e o uso da vacina bivalente para mulheres entre 10 e 25 anos.

Em clínicas particulares, duas doses da vacina bivalente custam ao todo R$ 400, em média; as da quadrivalente totalizam R$ 600, em média.

Especialistas e estudos apontam que a eficácia da vacina será maior antes de qualquer contato com o HPV, e essa proteção será inversamente proporcional à idade e à exposição ao vírus.

Ou seja, quanto mais velho e mais contato com o vírus, menos eficaz será o imunizante no momento da aplicação na pessoa, ressalta Petraglia.

“O ideal mesmo é que toda população sexualmente ativa, homens e mulheres, se vacine contra o HPV”, recomenda Lopes.

Valentino Magno, ginecologista oncologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ressalta a importância da vacina mesmo entre quem não está mais na adolescência.

“É possível se contaminar por mais de um tipo de HPV, e isso é comum. Por isso que a única vacina disponível no Brasil contempla os principais tipos, os 6 e 11, que causam mais de 90% das verrugas genitais e o 16 e 18 que são os principais causadores das lesões pré-câncer e câncer do colo do útero, vulva, vagina, canal anal e pênis.”

Baixa adesão e cobertura da vacina contra HPV no Brasil

Mas, como ocorre com a vacinação contra outras doenças no Brasil, a imunização contra o HPV está abaixo do patamar almejado pelo Ministério da Saúde.

Segundo dados compilados pela SBIm, em 2020, a primeira dose da vacina HPV, cuja meta é de 80%, foi aplicada em cerca de 70% das meninas de 9 a 15 anos e em pouco mais de 40% dos meninos de 11 a 14 anos. Na segunda dose, os índices foram de aproximadamente 40% e 30%.

A vacinação contra HPV enfrenta obstáculos semelhantes à imunização contra outras doenças, incluindo notícias falsas. E a situação se complica ainda nesse caso porque envolve adolescentes e questões sexuais.

“É difícil adolescente ir ao médico. É difícil adolescente se vacinar. É uma questão do adolescente com a saúde. A vacinação na escola para essa faixa etária seria uma estratégia excepcional para melhorar essa adesão. Falta aos municípios, lá na ponta do sistema de saúde, perceberem que medidas muito simples podem aumentar a adesão”, diz Petraglia.

Ela defende também outras estratégias, como o programa Saúde na Família, com a capilaridade dos agentes de saúde presentes em comunidades.

A vacinação contra HPV chegou a acontecer em parte das escolas há alguns anos, ajudando a manter a cobertura vacinal em um patamar elevado, mas atualmente o programa está concentrado nas unidades básicas de saúde.

Há outros obstáculos para essa faixa etária, segundo especialistas, como os pais não levarem os adolescentes para se imunizar tanto quanto fazem com filhos ainda crianças, a falta de campanhas de conscientização dos jovens, a circulação de informações falsas por redes sociais e a moralidade em torno do HPV por causa da questão sexual.

“Tem uma conotação errônea para isso como se, por ser um vírus de transmissão sexual, se está estimulando a vida sexual. Não faz sentido. Isso prejudica ainda mais a aceitação da vacina. Faltam campanhas de conscientização”, afirma Lopes.

Para ele, “é uma vergonha sobrar vacina em um país com uma prevalência de câncer de colo tão elevada”.

Além disso tudo, a pandemia de covid-19 também afetou programas de imunização e a cobertura vacinal contra diversos patógenos, incluindo o HPV.

Vacina contra HPV para grávidas

Há apenas três grupos que não se recomenda tomar a vacina contra HPV: quem apresentou anafilaxia na primeira dose dessa vacina, quem tem alergia a alguns dos componentes do imunizante e quem está grávida.

Magno, da UFRGS, explica que a infecção do HPV se manifesta durante a gravidez de maneira muito semelhante em relação a quando não está grávida.

São feitos exames preventivos, como o papanicolau, e a via de parto definida (natural ou cesárea) continua a mesma, exceto se houver verrugas (condilomas) muito grandes no canal do parto. Nesse caso, haveria risco de sangramento.

“Como na gravidez a imunidade está diminuída, algumas lesões de HPV podem aparecer nessa fase. Então, uma paciente pode ter algum HPV que está quieto, e durante o processo normal de baixar a imunidade, aparecer alguma lesão de HPV. Por isso, no acompanhamento de pré-natal também é avaliado o colo do útero”, explica o ginecologista.

Lopes aponta ainda que pode haver uma transmissão da mãe para a laringe do recém-nascido, a papilomatose laríngea recorrente.

E no caso de câncer? Ele explica que o câncer de colo de útero é incomum em grávidas e a gravidez acaba servindo de janela de oportunidade para um diagnóstico porque as mulheres podem fazer exames que não costumam realizar.

Mas, se houver câncer, há tratamento durante a própria gravidez, e não se interrompe mais a gestação, como no passado.

“Se é um câncer inicial, acompanhamos, se for um câncer mais avançado, esperamos passar o primeiro trimestre, o começo da gravidez e a formação do bebê. Alguns médicos fazem até quimioterapia durante a gravidez, e fazem o tratamento definitivo depois que o bebê nascer”, explica Lopes.

Fonte: BBC Brasil

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RD completa dez anos e amplia metas de expansão

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RD completa dez anos e amplia metas de expansão

No último dia 11, o Grupo RD (RaiaDrogaisl) completou dez anos de existência. Presente em todos os estados do Brasil, em uma década, o número de PDVs, que era de 776, subiu para 2.414. Mas a rede não planeja parar por aí. As informações são de O Estado de S. Paulo.

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O grupo aumentou sua projeção de abertura de novas farmácias em 2022. A meta agora é de 260 inaugurações, quase 10% maior que a anterior, de 240 novas lojas.

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“A fusão entre a Raia e a Drogasil foi uma das poucas e a mais bem-sucedida entre grandes varejistas do Brasil até hoje, e continua sendo bem-sucedida”, comenta Eugênio Foganholo, sócio da consultoria Mixxer.

Na época da fusão, as redes somavam um faturamento anual de R$ 4,7 bilhões. Atualmente, esse faturamento saltou para R$ 24,6 bilhões, no acumulado de 12 meses.

“Se você olhar o mercado físico de farmácias, fizemos o que dava para ser feito e conseguimos fazer isso com o foco no longo prazo. Nunca vimos o meio como o fim”, comenta o CEO do Grupo RD, Marcilio Pousada (foto), que ocupa o cargo desde 2013.

O novo foco da RD

Após a primeira década de existência da RD, o foco do crescimento do grupo é agora outro: a digitalização do cliente e a oferta de serviços farmacêuticos.

Sobre as compras online, Pousada explica que a pandemia foi um grande motor para a expansão. “A pandemia exponencializou isso. Em 2018, nosso negócio da internet era cerca de 1,5% das vendas, hoje já representa 9,2%”, comenta.

Já no que tange à transformação da rede em hub de saúde, a RD também abraçou o digital para a missão. Em julho, o grupo lançou a Vitat, plataforma de saúde que oferece produtos, serviços e conteúdos sobre saúde e bem-estar para os usuários.

“Hoje, a farmácia é diferente, pode entregar muito mais do que beleza, bem-estar em saúde e medicamentos, pode entregar também saúde integral para o cliente”, aponta o executivo.

Os planos para 2025

Quando questionado sobre os próximos dez anos da RD, Pousada revelou que o grupo trabalha com um prazo menor, até 2025. “Criamos um plano novo com três pilares estratégicos: a nova farmácia, que é digital; o marketplace de saúde, que ainda é pequeno, mas já começou a operar com quase 60 mil itens; e a plataforma de saúde, com a criação de um ecossistema em que o cliente se relaciona conosco em vários momentos e oferecemos produtos e serviços para ele mudar hábitos de saúde. Em 2025, começaremos a colher os frutos desta estratégia”, explica.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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DPSP prevê energia renovável em todos os PDVs até 2023

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DPSP prevê energia renovável em todos os PDVs até 2023

O Grupo DPSP irá mudar a matriz energética para o uso de fontes renováveis em 100% das quase 1.400 lojas que compõem a rede até o fim de 2023. A varejista estima uma redução de mais de 42 mil toneladas na emissão de gás carbônico em dez anos.

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Esse não é o primeiro passo da rede na geração de energia limpa. O grupo já possui uma usina solar na cidade de Paracatu, em Minas Gerais, que permite que todas as lojas do estado sejam abastecidas por meio da instalação de painéis solares. A iniciativa já representa uma redução de aproximadamente 70% no custo energético.

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O projeto será expandido ainda em 2022 para todas as farmácias nos estados da Bahia, Distrito Federal, Pernambuco e Rio de Janeiro, e também para unidades no interior de São Paulo.

O diretor financeiro do Grupo DPSP, Marcelo Casarin, entende que a iniciativa é um importante passo para o setor como um todo. “Estamos empenhados na diversificação do nosso cenário energético para fontes renováveis e entendemos que este é um importante passo para o fomento à adoção de energia limpa no varejo farmacêutico”, comenta.

Os números do projeto do Grupo DPSP

Uma vez com o projeto concluído, as fazendas solares abastecerão as lojas dos quatro estados já citados. Essas usinas fotovoltaicas, que terão potência de 21,88 MW, gerarão uma economia prevista suficiente para abastecer mais de 19 mil casas populares.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Indústria não pode repassar custo da logística reversa

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Indústria não pode repassar custo da logística reversa, diz Sindusfarma

O presidente do Sindusfarma (Sindicato da Industria Farmacêutica), Nelson Mussolini, expôs, em participação no pavilhão brasileiro na COP26, as dificuldades enfrentadas pela indústria farmacêutica com a logística reversa dos medicamentos. Segundo o executivo, outros setores, como eletrônicos e óleo lubrificante, não passam pelos mesmos percalços. A informação é da Folha de S. Paulo.

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“No nosso caso, o medicamento não pode ser reaproveitado, não vira subproduto. Ele precisa ser destruído ou seguir para aterro sanitário específico”, explica Mussolini.

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Outra dificuldade enfrentada pelo setor diz respeito aos custos da prática. Por conta do controle imposto ao preço dos medicamentos, a indústria farmacêutica não pode repassar os gastos ao consumidor final. Segundo Mussolini, também é responsabilidade da população o processo de logística reversa, o que justificaria o repasse.

Indústria farmacêutica já atua na coleta dos medicamentos

Atualmente, a indústria farmacêutica mantém 3 mil pontos de coleta no estado de São Paulo. O objetivo do setor, segundo Mussolini, é levar o projeto para todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes até o fim de 2022.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Johnson & Johnson planeja se dividir em duas empresas

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Johnson & Johnson planeja se dividir em duas empresas

A Johnson & Johnson anunciou na última sexta-feira,  dia 12, que planeja separar a sua divisão de higiene e medicamentos sem prescrição da área de remédios com prescrição. A informação é da Folha de S. Paulo.

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Em comunicado, a J&J argumenta que a medida criará “dois líderes mundiais que estarão mais bem posicionados para oferecer melhores resultados de saúde para pacientes e consumidores”.

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Ambas as empresas criadas a partir da divisão seriam de capital aberto. A expectativa é que o processo de separação gire em torno de 18 a 24 meses. Alex Gorsky, diretor-executivo da companhia, disse que a decisão foi tomada após uma “avaliação integral”.

Também segundo Gorsky, conselho e gerência concordam que essa é “a melhor maneira de acelerar nossos esforços para atender pacientes, consumidores e profissionais da saúde, criar oportunidades para nossa talentosa equipe global (…) e, o mais importante, melhorar os resultados dos cuidados de saúde para as pessoas ao redor do mundo”, completa.

O executivo destacou também que a divisão proporcionará inovações e que os 136 mil colaboradores “continuarão sendo a espinha dorsal deste negócio”.

Não é só a Johnson & Johnson que se divide

A separação de companhias é uma tendência no mercado das multinacionais, não sendo apenas a Johnson & Johnson a investir na estratégia. A companhia foi a terceira no espaço de uma semana a fazer um anúncio. As outras foram a General Electric e a Toshiba.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Biomm quase dobra receita líquida no 3º trimestre

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Planta da Biomm

A Biomm apresentou um crescimento de 95,4% em sua receita líquida no terceiro trimestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O montante totaliza R$ 36,7 milhões. O ramp-up (aumento da produção antes do aumento da demanda) e a expansão do portfólio foram dois dos principais estímulos para esse avanço da farmacêutica brasileira.

Veja também: Saiba quem lidera a área de prescrição entre as farmacêuticas

Quando comparado ao 3T20, o lucro bruto da biofarmacêutica subiu 82,5%, também motivado pela ampliação no roll de produtos. Já nos três primeiros trimestres de 2021, em relação ao mesmo período do último ano, a evolução é ainda maior – 106,2%.

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Terceiro trimestre da Biomm foi marcado por vacina

Outro importante ponto para a Biomm neste terceiro trimestre foi o acordo com a CanSino Biologics para o fornecimento da vacina Convidecia, contra a Covid-19.  No começo de novembro, a biofarmacêutica entrou com pedido de uso emergencial do imunizante junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Heraldo Marchezini, CEO da companhia, deu mais detalhes sobre a parceria. “Numa segunda fase, a vacina Convidecia poderá ser produzida na nossa fábrica em Nova Lima (MG). O acordo com a CanSino prevê, ainda, a comercialização de outras vacinas produzidas pela empresa no Brasil”, explica.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Outfog lança flanelas antiembaçantes

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Outfog lança flanelas antiembaçantesA Outfog, empresa 100% nacional e com sede em Blumenau (SC), lançou durante a pandemia as flanelas antiembaçantes, para auxiliar cerca de 40 milhões de brasileiros que usam óculos.

O produto é formado por compostos orgânicos e cria uma película que impede que os óculos embacem. Esse efeito pode durar até 36 horas, se as lentes não forem lavadas. Outra vantagem das flanelas é que elas podem ser reutilizadas até 500 vezes.

Essa inovação também possibilita desembaçar óculos de natação, capacetes e óculos de proteção. Depois do uso, as flanelas devem ser devolvidas ao envelope para manter as propriedades.

Distribuidora: Utiliza sistema de distribuição próprio
Diretor de marketing: Marcos Paulo Chelest – outfog@lprbrasil.com – (47) 9 9183-6241 (WhatsApp comercial) ou (47) 3039-8080

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico