Técnica de enfermagem vira ré por simular vacinação em Niterói

0

Dez dias após simular a aplicação de uma dose de vacina contra Covid-19 em um idoso em Niterói, na região metropolitana do Rio, nesta segunda-feira, 22, a técnica de enfermagem Rozemary Gomes Pita, de 42 anos, tornou-se ré por peculato e infração de medida sanitária preventiva. A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) foi aceita pela 1ª Vara Criminal de Niterói. Se ela for condenada, a pena pode chegar a até 12 anos de prisão pelo peculato e a 1 ano e 4 meses pelo outro crime. O MP-RJ também pediu a prisão preventiva da técnica de enfermagem, mas a Justiça negou.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Na decisão, o Juízo registrou que “os fatos narrados na denúncia são graves, sobretudo porque em tese praticados por uma profissional de saúde, durante pandemia que se abate sobre o país e o mundo e contra idoso de 90 anos de idade”. Mas não considerou que a profissional representaria “riscos para a ordem pública” por “reiteração da prática criminosa”, já que a técnica de enfermagem já foi demitida pela Prefeitura de Niterói. A prisão nesta fase foi considerada medida desnecessária e desproporcional, mas a Justiça determinou que Rozemary não pode sair do Estado do Rio por mais de 15 dias, não exerça função pública e compareça mensalmente em juízo para informar suas atividades. Ela pode ser presa caso deixe de cumprir alguma dessas medidas.

O caso. O episódio aconteceu em 12 de fevereiro, no posto drive-thru de vacinação do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Gragoatá, bairro de Niterói. Acompanhado por familiares, um idoso de 90 anos foi ao local para ser vacinado. Um parente filmou toda a ação. Ao ver as imagens, a família percebeu que a vacina não havia sido aplicada. Nas imagens é possível ver que a técnica de enfermagem injeta a seringa no braço e a retira sem pressionar o êmbolo – portanto, sem aplicar a dose.

Segundo a Secretaria de Saúde de Niterói, logo depois profissionais da saúde foram à casa do idoso e aplicaram corretamente a vacina.

Resposta. Em depoimento à Polícia Civil, na semana passada, a técnica de enfermagem afirmou que estava “cansada e estressada”, mas não soube explicar por que deixou de aplicar a vacina, segundo a polícia. A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói informou ter desligado a profissional de saúde de seu quadro de funcionários.

“Inicialmente, ela alegou que estava estressada e extremamente cansada. Mas como explicar o inexplicável? Como uma profissional experiente vai justificar o motivo de não ter apertado o êmbolo de uma seringa na hora de aplicar a vacina? Por isso, ela se limitou a dizer que não sabia o motivo. No vídeo, ficou registrado que o acompanhante do idoso inclusive perguntou se ela havia aplicado a vacina corretamente, e ela respondeu com ironia, confirmando que o fez. Ela sabia que o líquido estava ali. Já descartamos a hipótese de que ela esqueceu de apertar. Ela tinha plena consciência do que estava fazendo”, afirmou à imprensa na ocasião o delegado Luiz Henrique Marques Pereira, da 76ª DP (Niterói), responsável pela investigação. Para ele, a técnica de enfermagem agiu intencionalmente.

Fonte: MSN

“Vacinagate”: o escândalo dos furadores de fila do Peru

0

Quase 500, incluindo figuras públicas conceituadas, passaram à frente na prioridade da vacinação contra a covid-19. Além de apuros sanitários, políticos e econômicos, peruanos enfrentam agora crise moral.O ex-presidente, sua esposa, seu irmão, a ministra do Exterior, a ministra da Saúde, seu motorista, o marido de uma congressista, dois reitores de uma universidade, agroindustriais, até o embaixador do Vaticano e arcebispo: a lista dos furadores da fila da vacinação no Peru abarca 487 nomes. Todos receberam o imunizante contra a covid-19 da empresa chinesa Sinopharm antes da hora, de forma secreta e ilegal, e um quarto deles é funcionário do Estado peruano. “Vacinagate” é o sensacionalista apelido dado pelas mídias nacionais ao escândalo. E assim como o caso Watergate, em 1972, envolvia mais do que o assalto à sede do Partido Democrata americano, em Washington, também na república andina trata-se de muito mais do que o delito trivial de passar à frente do pessoal de saúde. Pois se, mesmo antes da crise do coronavírus, a confiança dos peruanos em seus políticos já era muito baixa, devido a numerosos escândalos de corrupção, agora ela tende a zero. Isso, justamente em plena pandemia do século, e a menos de dois meses das eleições presidenciais e legislativas de 11 de abril. Desculpas deslavadas “Os peruanos estão muito decepcionados. Antes tínhamos situações mafiosas nos governos, com conexões com o narcotráfico. O povo esperava que os novos responsáveis fossem diferentes”, afirma Mayte Dongo, historiadora e cientista política da Universidade Católica do Peru, em Lima. Contudo o pior talvez seja que esses “espertalhões” servem de espelho para a população: “Muitos peruanos possivelmente teriam agido exatamente assim.” Em agosto de 2020, a farmacêutica chinesa Sinopharm realizou um amplo estudo de fase 3 de seu imunizante, em 125 países, inclusive o Peru. Embora o produto já esteja em uso na Sérvia, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda está estudando a autorização. Após o estudo no Peru, sobraram 3.200 doses da vacina. E muitos políticos se aproveitaram. “É claro que a população associa o escândalo ao novo governo”, diz Dongo. Não com Francisco Sagasti, eleito chefe de Estado interino pelo Congresso Nacional, em meados de novembro. Mas sim com a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, e a do Exterior, Elisabeth Astete. Ambas já se demitiram e estão ameaçadas de até oito anos de prisão. Talvez os peruanos tivessem perdoado, até certo ponto, as furadoras de fila, mas não o descaramento com que elas tentaram se eximir da culpa. Astete argumentou que, “como ministra do Exterior, eu não podia me dar ao luxo de ficar doente”. Porém sua colega de gabinete Mazzetti foi ainda mais longe. “Nós, que encabeçamos as instituições, devemos dar o exemplo e esperar decentemente pelo nosso momento. Na verdade, minha vez é na semana que vem, mas o capitão é o último a abandonar o navio, certo?”, alegou numa coletiva de imprensa, dez dias atrás. Só que, poucos dias depois, a responsável pela Saúde teve que admitir que fora a primeira a saltar para o bote salva-vidas, vacinando-se às escondidas. Dongo não está especialmente surpresa com a conduta dos políticos: “Antes de a vacina chegar, os cidadãos já estavam dizendo: ‘Prestem atenção com a vacina, pois tem gente que vai furar a fila'”, conta a cientista política. Ela teme consequências sérias para o próximo pleito. “Muitos políticos jogaram fora a confiança depositada neles, e possivelmente já vamos sentir isso em abril, nas eleições. Como a população está farta, ela poderá eleger um candidato sem nada a ver com o establishment. E isso é perigoso, pois o populismo pode se aproveitar.” Peru não é caso isolado Cabe notar que o ocorrido no Peru também acontece diariamente pelo mundo afora. Na Alemanha e na Áustria, os prefeitos passam à frente para tomar a vacina anti-covid; na Espanha, a liderança militar e o bispo de Maiorca; na Polônia, o ex-primeiro-ministro; no Reino Unido, um parlamentar conservador. Assim como, na encomenda dos imunizantes, os países industrializados tratam de se garantir, sem consideração pelos demais. Na vacinação são os representantes das camadas superiores que usam suas conexões para receber logo a sua dose. Ainda assim, para o neurobiólogo Edward Málaga-Trillo o caso do Peru é ímpar. “Por um lado, a dimensão é muito maior; por outro, não só políticos, mas também cientistas e médicos estavam entre os vacinados, gente que deveria saber melhor que ninguém a fronteira ética que estava ultrapassando. Acima de tudo, porém, isso acontece num país que chegou a ter o maior número de mortos em relação à população, que sofreu com o vírus como poucos outros”, pondera. Até o momento, mais de 44 mil já morreram do Peru em consequência de uma infecção com o vírus Sars-Cov-2. Isso coloca o país, com seus 33 milhões de habitantes, na oitava colocação dessa triste estatística da pandemia. O “Vacinagate” é um tapa na cara também para médicos e pesquisadores. Danos à ciência Para Málaga-Trillo, que atuou como pesquisador na Alemanha por mais de dez anos e esteve no front avançado durante a primeira onda da pandemia, o caso chega a ser uma “ofensa pessoal”. Até o ano 2000, o neurobiólogo se dedicava à pesquisa de base sobre a doença de Alzheimer, com 3 mil peixes-zebra, em seu laboratório. Com a eclosão da pandemia, ele mudou de foco, desenvolvendo testes moleculares rápidos de coronavírus. Para tal, assume um grande risco pessoal, juntamente com sua equipe: enquanto a maioria dos peruanos permanece em casa, em confinamento, os jovens pesquisadores vão às ruas e trabalham dia após dia com amostras do vírus. “E aí você fica sabendo que alguns privilegiados, que não estão expostos a nenhum perigo, tomaram a vacina. Dá um sentimento de que todos os sacrifícios que se faz pelo país não são valorizados, e na verdade de nada valem.” Para Trillo, o “Vacinagate” é a quarta crise que atinge simultaneamente o Peru: à pandemia e aos apuros econômicos e políticos, junta-se agora uma crise moral. “Mesmo o Ministério da Saúde, que tem a responsabilidade pelo combate à pandemia e deveria ser um exemplo, não coloca seus interesses pessoais em segundo plano. Ou seja, as pessoas que deveria proteger a população peruana pensam primeiro em si.” As consequências são devastadoras, em especial para o centro de pesquisas do neurobiólogo: sua Universidade Peruana Cayetano Heredia era considerada instituição de elite na pesquisa da pandemia, altamente conceituada nos meios científicos. No entanto, como os testes para a Sinopharm foram realizados lá, agora ocorrem renúncias em massa, verbas de pesquisa estão retidas, possivelmente não se poderá mais realizar estudos clínicos na universidade. “Essas pessoas também sujaram a ciência, esse é um golpe duro para o futuro do combate ao coronavírus”, queixa-se Málaga-Trillo. Certo está que o “Vacinagate” serve, desde já, como uma advertência global contra os furadores de fila da vacinação. Contudo ele teme que este só seja o começo do escândalo. “A coisa ainda não acabou. Estamos todos ansiosos para saber que nomes e surpresas os próximos dias ainda vão trazer”, acrescenta. Autor: Oliver Pieper

Fonte: O Povo Online

Butantan entrega novas doses da CoronaVac nesta terça-feira

0

O Instituto Butantan começa a entregar nesta terça-feira (23) novas doses da CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Na quarta-feira (17), o governo de São Paulo anunciou que seriam entregues 3,4 milhões de imunizantes.

O governo afirmou ainda que antecipará, junto com o Instituto Butantan, a entrega das 54 milhões de doses para o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. A entrega das doses estava prevista para o final de setembro deste ano, mas será realizada, de acordo com a administração estadual, até o final do mês de agosto.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Leia também

Cidades da Grande SP suspendem vacinação por falta de doses

Exames indicam novo nódulo e Covas passará por quimioterapia

Pressionado, Pazuello acena a governadores com 230,7 milhões de doses de vacina

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, em coletiva de imprensa na quarta-feira (17), que serão entregues por dia para o Ministério da Saúde, 426 mil doses. “Em 8 dias, vamos chegar aos 3,4 milhões doses. Espero não parar mais porque não temos mais problemas com matéria-prima. Devemos escalar essa produção e, a partir de abril, possivelmente vamos dobrar essa produção porque teremos à disposição uma fábrica que está sendo usada para a vacina da gripe.”

Doria afirmou ainda que até até abril serão entregues ao Ministério da Saúde 46 milhões de vacinas do Instituto Butantan, e na segunda etapa, 54 milhões de doses do imunizante até o final de agosto, totalizando 100 milhões de doses. “É inaceitável que tenhamos algumas capitais e cidades que não tenham vacinas e estados que estejam na fase final de disponibilidade”, lamentou o governador.

Butantan e Ministério da Saúde

De acordo com o governo, pelo novo acordo firmado entre o Butantan e o Ministério da Saúde na segunda (15), a carga adicional de 54 milhões de doses se soma às 46 milhões que o instituto Butantan havia se comprometido a fornecer ao PNI (Plano Nacional de Imuniuzações).

Veja também

Diário Digital

Imunidade pós-vacina pode demorar semanas, dizem especialistas

Brasil

Mãe de Bolsonaro tomou CoronaVac, mostram dados oficiais

São Paulo

Em lockdown, Araraquara (SP) tem 100% dos leitos de covid ocupados

“No cronograma contratado, a última entrega seria em setembro. Nós vamos fazer todo o esforço para adiantar essa produção e entrega. Esperamos que, no máximo em agosto, tenhamos entregue o total de 100 milhões de doses”, disse Covas. “Neste momento, é a única vacina que está sendo usada em grande volume no Brasil. Isso traz uma responsabilidade muito grande para o Butantan”, acrescentou Dimas.

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram, até o momento, 9,8 milhões de vacinas ao PNI. Em janeiro, foram 6 milhões no dia 17, outras 900 mil no dia 22 e mais 1,8 milhão no dia 29. Em fevereiro, foram enviadas outras 1,1 milhão de doses no último dia 5.

A partir da próxima semana, o Butantan começa a entregar parte de uma nova carga de 17,3 milhões de vacinas fabricadas com o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) enviado neste mês pela biofarmacêutica Sinovac. O governo informou ainda que 11 mil litros de matéria-prima chegaram da China para a fábrica em São Paulo.

O Butantan diz ter pedido uma nova remessa de 8 mil litros de IFA para a Sinovac. O objetivo, segundo o governo, é acelerar ainda mais a produção de novas vacinas na capital paulista.

Fonte: Portal R7 

Fiocruz receberá sábado matéria-prima para produzir 12 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, diz Ministério da Saúde

0

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá nesta terça-feira (23) uma nova remessa de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford produzidas pelo Instituto Serum, da Índia. O lote seguirá para Bio-Manguinhos para passar por conferência de temperatura e integridade da carga, ser etiquetado com informações em português e ter amostras encaminhadas para análise de protocolo e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). O processo acontecerá ao longo do dia e a previsão é de que a remessa esteja pronta para ser distribuída na madrugada de amanhã.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Tanto a Fiocruz quanto o Ministéiro da Saúde ressaltaram que a importação de doses prontas da vacina é uma estratégia paralela à produção de imunizantes a partir da chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), para acelerar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A pasta informou ainda que, neste sábado (27), o país receberá dois lotes de IFA que serão suficientes para a fundação produzir cerca de 12 milhões de doses da vacina de Oxford.

Também a partir de hoje, o Instituto Butantan (SP) começará a liberar para o Plano Nacional de Imunização (PNI) 426 mil doses por dia da CoronaVac. Ao todo, serão oito entregas diárias que, até 2 de março, somarão 3,4 milhões de vacinas. O EXTRA apurou que o instituto paulista ainda trabalha para aumentar esse volume.

A entrega faz parte do contrato firmado pelo instituto com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses — mais 32,8 milhões devem ficar prontas até abril. O governo paulista, responsável pelo Butantan, afirma já ter reservado o insumo para a fabricação dos imunizantes. Outro contrato prevê, até o fim do ano, a venda de 54 milhões de vacinas da parceria entre o Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Por enquanto, as vacinas dependem do insumo vindo da China. Mas está prevista para outubro a inauguração da fábrica que permitirá que todo o processo seja feito no Brasil.

Fonte: Yahoo Brasil

Doze estados brasileiros mais o DF estão com taxa de ocupação de UTIs acima de 80%

0

Ao menos 12 estados brasileiros e o Distrito Federal estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80%, nível considerado crítico. São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraná, Pernambuco, Piauí , Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. E as internações por Covid-19 na rede pública do Brasil cresceram 8,7% em dez dias, segundo levantamento realizado pelo GLOBO, a partir de informações das secretarias estaduais de saúde. São cerca de 28,8 mil pessoas internadas pela doença em leitos de enfermaria e UTI do Sistema Único de Saúde. No dia 12 de fevereiro, eram aproximadamente 26,5 mil internados.

No Pará, a ocupação é de 78,8%, e em outros três estados o índice está acima de 70%. São Paulo, Amapá e Minas Gerais não informaram a taxa específica dos leitos de Covid-19 da rede pública.

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Lígia Bahia, especialista em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e colunista do GLOBO, explica que a elevada ocupação dos leitos de UTI é como a ponta de um grande iceberg, que nesse caso, representa uma taxa de transmissão do vírus muito alta e seu espalhamento geográfico pelo Brasil.

— É o que estamos falando desde o início, há uma ausência de bloqueio da transmissão. As novas variantes podem ser mais transmissíveis e potencializar o aumento de casos, mas não explicam esse cenário, que é caracterizado pela abertura de atividades não essenciais de maneira caótica. O repique decorre do aumento da circulação e aglomeração, em transportes coletivos lotados, bares, restaurantes, festas, além do uso eventual e incorreto de máscaras — avalia.

Guilherme Werneck, epidemiologista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), também destaca a transmissão do coronavírus, que “claramente não está controlada”, e tem sido estimulada pelo contato entre as pessoas.

— Nesse período, que vem desde as eleições municipais do ano passado, depois o final do ano com Natal, ano novo e agora esse período de janeiro em que as pessoas ainda estão tendo muito contato, certamente é um grande fator de estímulo à transmissão. Associado ao relaxamento das políticas locais, com governos e municípios buscando liberar atividades sociais e econômicas no início do ano, isso estimula o contato, e, quando ele se dá com maior frequência, principalmente em ambientes fechados, aumenta a transmissão. Do meu ponto de vista, nesse período estamos colhendo os frutos dessas ações de relaxamento — afirma o epidemiologista.

Ele explica que o impacto desses fatores pode não ser sentido imediatamente, porque quem costuma sair mais são os adultos jovens, que na maioria das vezes não precisam ser internados, mas podem transmitir a doença para pessoas mais velhas ou com comorbidades, que mais tarde podem precisar ser hospitalizadas.

Werneck afirma que um segundo fator que contribuiu para o cenário atual foi a desativação de leitos:

— Acaba tendo uma ocupação alta porque não tem tantos leitos disponíveis. Houve um esforço em alguns locais para aumentar, mas a velocidade não corresponde à necessidade, porque precisa não só de equipamentos, mas também de pessoas: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais especializados, e que também foram afetados pela pandemia — explica o epidemiologista, que também menciona as novas variantes do coronavírus, mas afirma que ainda não se sabe qual seria o papel delas nesse processo.

Medidas para conter avanço

Com a alta nos casos de Covid-19, alguns estados adotam medidas para tentar conter o avanço da doença. A Bahia decretou nesta segunda-feira novas determinações para o toque de recolher, medida que também foi implementada no Ceará.

Araraquara, em São Paulo, que ficou com UTIs lotadas devido a uma escalada de casos da doença, implementou uma quarentena de 60 horas no domingo. O estado de São Paulo, que bateu nesta segunda-feira o recorde de internações por Covid-19 desde o início da pandemia, deve adotar novas medidas de endurecimento da quarentena.

Para Ligia Bahia, as medidas de toque de recolher são válidas, mas também é importante ter medidas de controle durante o dia.

— Seria o caso de restringir de fato e exigir o uso de máscaras. Ambas não são medidas fáceis, requerem muito diálogo, muita divulgação de informação científica e total apoio da área econômica para que as empresas e os trabalhadores possam se adequar às restrições durante a pandemia — afirma.

A especialista em saúde pública explica que a vacinação sozinha não será capaz de conter a transmissão, mesmo que o Brasil conseguisse vacinar rápido os grupos prioritários, o que não é provável em função da escassez de vacinas. Por isso, ressalta ser imprescindível manter medidas de isolamento social.

Werneck também afirma que, não havendo vacinação suficiente para causar algum impacto, é necessário investir nas medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, priorizar máscaras de boa qualidade, evitar aglomerações e, principalmente, não frequentar lugares fechados, como restaurantes e boates.

— Na política pública eu vejo como inevitável a estratégia de reduzir a abertura ou o tempo de abertura dos locais que agregam muitas pessoas. Eu vejo que está na hora, ou já passou, de medidas mais firmes. E precisa de uma estratégia de comunicação forte para a população, para que as pessoas que entendessem a gravidade e aderissem mais fortemente às medidas de prevenção, enquanto a vacinação não consegue atingir parcelas maiores da população — avalia.

Fonte: Yahoo Finanças

Elsevier lança solução para apoiar médicos no pronto atendimento

0

A Elsevier, empresa global em publicação de pesquisas e informações analíticas, está lançando o ClinicalKey Now, solução de ponto de atendimento projetada diretamente para o médico. A ferramenta, desenvolvida especificamente para esses profissionais no Brasil, França e Alemanha, fornece informações atualizadas sobre diagnósticos e tratamentos, orientados pelas práticas locais atuais no idioma de cada país de maneira rápida e acionável.

“A pandemia global tornou ainda mais complexo para os provedores de saúde avaliar os dados e fornecer os tratamentos mais eficazes para os pacientes. O ClinicalKey Now fornece aos médicos os mais recentes insights clínicos no local de atendimento e os auxilia na definição de um plano de tratamento personalizado em minutos. O conteúdo é selecionado e revisado por especialistas clínicos, para garantir que as informações mais relevantes e atuais estejam disponíveis para os médicos. Continua sendo nosso objetivo servir a comunidade de saúde no Brasil, França e Alemanha, fornecendo-lhes as ferramentas de que precisam para melhorar o atendimento ao paciente”, explica Tim Hawkins, Diretor de Soluções Clínicas da Elsevier,

Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

De acordo com a empresa, a solução permite que as decisões sejam facilmente rastreadas e explicadas. A ferramenta oferece compartilhamento de informações entre colegas para obtenção de conselhos de pares, de modo que eles possam ter confiança em suas decisões para manter a continuidade do atendimento aos pacientes. Outros recursos incluem Algoritmos Clínicos, visões rápidas, Revisões clínicas, informações sobre medicamentos, interações medicamentosas, calculadoras clínicas e diretrizes. .

A tecnologia também é otimizada para uma experiência móvel que fornece resultados de pesquisa concisos e rápidos, com recomendações acionáveis, o que permite aos médicos diagnosticar e tratar pacientes com eficiência, eficácia e a um preço acessível. As informações são agrupadas, condensadas e recomendadas. Com isso, os médicos podem obter informações mais rapidamente com uma jornada do usuário guiada, que os ajudam desde a identificação de sinais e sintomas iniciais, como apoio de diagnóstico, até as recomendações de tratamento.

“O ClinicalKey Now parte de algoritmos que levam a pesquisas rápidas, tratamentos recomendados, diagnósticos diferenciais, calculadoras clínicas e interações medicamentosas, além de diretrizes. Esta nova solução foi desenhada em parceria com médicos de todo o Brasil e contém apenas o que é relevante à beira do leito. 60% das questões que os médicos têm na hora do atendimento não são respondidas por falta de tempo ou informação. Esses profissionais precisam de apoio para encontrar diagnósticos diferenciais e o tratamento mais adequado para o paciente”, explica Claudia Toledo, General Manager da Elsevier Brasil.

Fonte: Revista Medicina S/A

Dose alta de vitamina D não melhora evolução de pacientes com COVID-19 moderada ou grave

0

Poderia uma alta dose de vitamina D administrada no momento da internação hospitalar melhorar a evolução de pacientes com COVID-19 moderada ou grave? De acordo com um estudo brasileiro, publicado nesta quarta-feira (1702) no Journal of the American Medical Association (JAMA), a resposta é não.

Veja também: Estudo indica que semaglutida ajuda na perda de peso

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo-controlado – modelo considerado padrão-ouro para avaliar a eficácia de medicamentos – foi conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) com apoio da FAPESP. Participaram 240 pacientes atendidos no Hospital das Clínicas (HC-FM-USP) e no Hospital de Campanha do Ibirapuera, entre junho e agosto de 2020.

Siga nosso Instagram

“Estudos anteriores in vitro ou com animais mostraram que a vitamina D e seus metabólitos, em determinadas situações, podem ter efeito anti-inflamatório, antimicrobiano e modulador da resposta imune. Decidimos então investigar se uma dose alta da substância poderia ter efeito protetor no contexto de uma infecção viral aguda, seja reduzindo a inflamação ou diminuindo a carga viral”, conta à Agência FAPESP a pesquisadora Rosa Pereira, coordenadora do projeto.

Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos: parte recebeu uma única dose de 200 mil unidades (UI) de vitamina D3 diluída em óleo de amendoim e, os demais, apenas o óleo de amendoim. Todos os participantes foram tratados com o protocolo hospitalar padrão, que envolvia antibióticos e anti-inflamatórios.

O principal objetivo foi avaliar se a suplementação aguda teria impacto no tempo de internação dos doentes. Mas também se buscou avaliar se haveria redução do risco de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubação e morte.

Para nenhum dos desfechos clínicos avaliados foi observada diferença significativa entre os grupos. Pereira ressalta que o ensaio foi desenhado para avaliar principalmente o impacto no tempo de internação e que, para mensurar o efeito sobre a mortalidade de forma adequada, seria necessário um número maior de voluntários

“Até este momento, podemos dizer que não há indicação para ministrar vitamina D a pacientes que chegam ao hospital com a forma grave da COVID-19”, afirma a pesquisadora.

Na avaliação de Bruno Gualano, pesquisador da FM-USP e coautor do artigo, esses achados demonstram que por enquanto não existe uma “bala de prata” para o tratamento da COVID-19. “Isso não significa, contudo, que o uso continuado de vitamina D não possa exercer alguma ação benéfica”, afirma.

A dose ideal

Atualmente, Pereira coordena na FM-USP um estudo que tem como objetivo avaliar se indivíduos com níveis suficientes de vitamina D circulantes no sangue lidam melhor com a infecção pelo SARS-CoV-2 do que aqueles com níveis insuficientes do nutriente.

De acordo com a pesquisadora, o nível ideal de vitamina D no sangue e a dose diária que deve ser suplementada varia de acordo com a idade e as condições de saúde de cada indivíduo. Idosos e pacientes com doenças crônicas, entre elas a osteoporose, devem ter valores circulantes acima de 30 nanogramas por mililitro de sangue (ng/mL). Já para adultos saudáveis, valores acima de 20 ng/mL seriam aceitáveis.

“O ideal é analisar caso a caso, se necessário dosar periodicamente a substância por meio de exames de sangue e, se for o caso, repor o que falta”, orienta.

Fonte: Plantão News 

Vírus Nipah pode ser a próxima epidemia, alertam cientístas

0

Enquanto o mundo luta com a epidemia do coronavírus, um novo aviso veio para o vírus Nipah. A Chefe do Departamento de Bioquímica Molecular e Celular da Universidade de Kentucky nos EUA, Dr. Rebecca Dutch afirmou que o vírus Nipah (NiV) poderia causar a próxima epidemia. A taxa de mortalidade desse vírus pode variar de 45 a 75%, que é muito maior do que a taxa em Covid-19.

Anteriormente, a organização holandesa Access to Medicine Foundation também alertou sobre o Nipah, que foi incluído na lista dos vírus mais perigosos para a humanidade pela OMS.

O vírus Nipah (NiV), cientificamente denominado “Nipah henipavirus”, detectado no Sudeste Asiático e fonte natural de morcegos frugívoros, tem potencial para iniciar uma nova epidemia nos próximos anos. Não existe vacina para a doença sem cura e com taxa de mortalidade de até 75%. Atualmente, estima-se que cerca de 700 pessoas no mundo estejam infectadas com o vírus Nipah.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus  pode ser assintomático e causar graves problemas respiratórios, inflamação cerebral e edema cerebral. O Nipah pode ser transmitido aos humanos por morcegos e porcos ou por alimentos contaminados.

O longo período de incubação, 45 dias, do vírus significa que uma pessoa infectada tem amplas oportunidades de propagá-lo sem perceber que está doente. Além disso, diferentes tipos de animais podem ser infectados, o que aumenta a probabilidade de propagação de doenças. Além disso, as doenças podem ser transmitidas por contato direto ou pelo consumo de alimentos contaminados.

Afirma-se que o vírus Nipah, mais comum em Cingapura, Malásia, Índia e Bangladesh. As farmacêuticas ainda não têm um projeto de desenvolvimento de medicamentos contra o Nipah. Em vez disso, é usada terapia intensiva sintomática contra o Nipah.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/23/virus-nipah-pode-ser-a-proxima-epidemia-alertam-cientistas/

Chuvas estragam doses de vacina contra a covid-19 em cidade de Minas

0

As chuvas que mataram ao menos cinco moradores de Santa Maria de Itabira, na região central de Minas Gerais, no último fim de semana, também estragaram doses das vacinas contra covid-19 que a Secretaria Municipal de Saúde recebeu para imunizar grupos prioritários (idosos, profissionais de saúde e idosos que vivem em instituições de longa permanência).

Segundo a secretária de saúde do município, Janaína Machado dos Santos, a água e o barro que invadiram a Unidade Básica de Saúde (UBS) Lincoln Martins Moreira penetraram no refrigerador onde os frascos de vacina estavam armazenados.

“Perdemos todas as vacinas que ainda tínhamos guardadas”, disse a secretária à Agência Brasil. A quantidade de doses perdidas ainda está sendo contabilizada, mas, para Janaína, qualquer perda, por menor que seja, significa um enorme prejuízo, principalmente diante da escassez do produto.

De acordo com Janaína, os frascos inutilizados fazem parte do lote com que a prefeitura previa começar a vacinar os primeiros idosos da zona rural da cidade, localizada a cerca de 150 quilômetros de Belo Horizonte.
“A previsão era começarmos a vaciná-los na semana passada, entre quinta e sexta-feira, mas a chuva atrapalhou o cronograma. Estávamos aguardando as chuvas diminuírem para darmos continuidade à vacinação”, acrescentou a secretária, sem saber informar se a geladeira continua funcionando.

O prejuízo provocado pelas chuvas à secretaria de saúde não se limita às vacinas. “O prédio da secretaria também foi afetado. Perdemos pedidos de exames, prontuários, documentos do conselho de saúde. E ainda estamos checando se houve danos materiais e aos equipamentos. Até porque ainda não tivemos acesso aos postos de atendimento da zona rural.”

HOSPITAL
“Nada é tão ruim que não possa piorar. Não bastasse a pandemia, agora vem a chuva”, comentou Delvais da Consolação Silva, auxiliar administrativa do hospital filantrópico Padre Estevam.
Atingido pelas águas, o hospital foi forçado a interromper os atendimentos desde ontem. Em um vídeo divulgado nas redes sociais da instituição, é possível ver os corredores do local alagados.

“Não houve parte do prédio que não tenha sido afetada. Perdemos medicamentos, material hospitalar”, acrescentou Delvais, explicando que voluntários e funcionários de empresas que ofereceram apoio estão ajudando na retirada da lama e na limpeza do local. “Só depois que terminarmos saberemos o real tamanho do prejuízo.”

Para auxiliar no atendimento às vítimas de deslizamentos e outras consequências da chuva, a direção do Padre Estevam improvisou um posto de atendimento na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, onde médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem estão atendendo casos de emergência. A igreja também é um ponto de coleta de donativos (alimentos não perecíveis; medicamentos; roupa e água) que serão entregues ao Corpo de Bombeiros para serem distribuídos às famílias que precisarem. (*) Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Fonte: Jornal Interior.com.br

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/17/governo-compra-mais-54-milhoes-de-doses-de-vacina-contra-covid-19/

Alívio que vem pelo olfato: conheça os benefícios da aromaterapia para a saúde

0

A aromaterapia é uma técnica terapêutica que pode ser utilizada de forma complementar e atua a partir da utilização de óleos essenciais. O método auxilia no tratamento de pacientes com depressão, ansiedade, enxaqueca, insônia, infecções e alergias.

A publicitária Luísa Amorim, de 23 anos, contou ao Correio que teve o primeiro contato com a aromaterapia quando estava grávida da sua filha, Maya. “Um dia a minha doula veio à minha casa e fez um escalda pés em mim com óleo essencial para relaxar e para diminuir a ansiedade, porque já estava no final da minha gestação. Estava muito ansiosa e, naquele momento, me fez muito bem”, lembra.

Ela diz que já tinha escutado falar sobre a técnica, mas não sabia o que era realmente. “Na minha cabeça, e acho que na cabeça de muitas pessoas, são apenas óleos com cheirinhos, que vão deixar o ambiente perfumado e tudo mais. Pelo menos era o pensamento que eu tinha.”

Quando Maya nasceu, a publicitária começou a aprofundar-se na terapia complementar e se apaixonou pelo método: “Estava em busca de uma alternativa mais natural para me livrar um pouco dos remédios, até porque, quando amamentamos, não podemos usar muitos medicamentos, já que alguns componentes sempre vão para o leite e aí, consequentemente, passam para o beb. Hoje, Luísa utiliza os óleos essenciais para o tratamento de enxaqueca, rinite alérgica, picada para mosquito, dor no estômago, criatividade e para melhorar o sono.

Origem

A aromaterapeuta e farmacêutica Isis Petry explica que os óleos essenciais são produtos do metabolismo secundário de uma planta, ou seja, eles atuam na comunicação de autodefesa dos vegetais. “Existem óleos essenciais para evitar que bichos venham machucar a planta e tem outros que atraem polinizadores. Esses óleos essenciais na planta são aquilo que geram o cheirinho. Então, aquele cheiro característico, por exemplo, da pizza na verdade é o cheiro do orégano”, explica.

Segundo a aromaterapeuta, os óleos essenciais podem ser inalados quando há liberação das partículas com o auxílio de um difusor e, também, por meio de massagens. Isis alerta que eles são compostos químicos muito concentrados que demandam cuidado no momento do uso. “Nós temos alguns óleos essenciais, por exemplo, que são hepatotóxicos. Se utilizados de uma forma muito concentrada, que chamamos de uma forma irracional, pode gerar a intoxicação”, pontua.

Ela ressalta, ainda, que alguns óleos não podem ser usados por gestantes e crianças menores de 3 anos, a exemplo do óleo de hortelã de pimenta, que pode causar danos ao sistema nervoso. “Por isso, é muito importante procurarmos um profissional adequado que tenha conhecimento na área para que possa fazer uma indicação correta do óleo essencial a ser utilizado.”

A economiária Giovana Pastori, 38, também teve o primeiro contato com a aromaterapia quando estava grávida de gêmeos. “Desde a gestação, que depois seguiu com a amamentação, essa explosão hormonal me fez ter muitos altos e baixos: crises de medo do novo, choro, baby blues, falta de rede de apoio, pois toda minha família mora no Rio Grando do Sul. Tudo isso misturado, claro, à alegria da descoberta da gestação gemelar, que também é comum na minha família, e aos desafios de ser mãe de gêmeos. A partir de então, mais do que nunca, fui me aprofundando na leitura sobre florais, óleos essenciais e aromaterapia”, conta.

Giovana segue os “rituais” diários com os óleos essenciais até hoje. “Meus filhos estão com 2 anos e 3 meses. Ser mãe me empoderou, me fez descobrir as profundezas e o céu das emoções, o sagrado feminino. Sinto minhas emoções mais equilibradas com uso de óleos essenciais formulados de forma individual, para atender minhas necessidades em todos os campos da vida: afetiva, profissional e familiar”, relata.

Ela acrescenta que a aromaterapia está presente em todos os momentos do seu dia, seja em óleo para aplicação em pontos estratégicos do corpo ou em spray vaporizador no quarto e escritório: “Um para necessidade pessoal e dos ambientes”.

Como escolher?

Isis Petry explica que o aromaterapeuta precisa conhecer o estado de saúde de cada paciente. “Nós precisamos saber tudo que aquela pessoa tem, então, tanto em termos fisiológicos, quanto emocionais e a capacitação do profissional, é importante que a gente cuide que o seu aromaterapeuta esteja realmente capacitado com os devidos conhecimentos, cursos e até recomendações”, afirma.

A especialista destaca a importância de uma equipe multiprofissional no tratamento. “A aromaterapia não é uma coisa que é feita sozinha, especialmente em casos mais complexos. Eu sempre recebo indicação de psicólogos, por exemplo, para que a gente possa fazer um trabalho em conjunto, porque é realmente uma prática integrativa complementar, porque ela complementa o tratamento alopático.”

Pandemia

Cientista aromatólogo e proprietário fundador da empresa Laszlo, Fabian Laszlo conta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu e incorporou a aromaterapia às Medicinas Tradicionais e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2018. “O Brasil tem uma diferença muito grande dos outros países, a gente é o único que tem o SUS, tem essa prática reconhecida, e é o único país que tem essa data realmente no calendário do governo federal, que é em 19 de dezembro”, elenca.

Segundo Laszlo, a prática cresceu muito no país. Inclusive, há postos de saúde e hospitais adotando a terapia complementar. A procura, aliás, aumentou durante a pandemia do novo coronavírus: “É um recurso que você consegue usar em casa para conter a ansiedade, e o fato de muitos óleos serem antivirais potentes, terem utilidade para eliminar catarro ou ajudar nessa parte respiratória, também foi muito aproveitado pelas pessoas durante a pandemia”.

Fonte: Correio Braziliense Online

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/02/15/oleos-essenciais-ajudam-a-combater-estresse-ansiedade-e-insonia/